A Nova Comensal



Cap 09 – A Nova Comensal

Dessa vez Pansy tomou a dianteira, subiu as escadas em total silêncio, assim como a casa permanecia. O único barulho que se fazia presente era os rangidos dos degraus e as capas longas farfalhando no chão. Ao chegarem na porta do aposento de Lorde Voldemort, eles pararam Pansy com a mão na maçaneta e Draco logo atrás dela. Ela se virou para ele, ainda com a mão na maçaneta.
- Que foi? – Ele perguntou sem entender.
- Nada, Amo você nunca se esqueça! – Pansy deu um beijo no rosto dele e finalmente abriu a porta.
- Boa noite! – ela disse.
Draco entrou e fechou a porta.
- Boa noite! – Voldemort disse.
Ele estava sentado em sua poltrona, em frente á lareira e Nagini, sua cobra estava ao seu lado em cima de um tapete velho.
- Vocês estão bem? Fiquei sabendo que se mudaram.
- Sim, nos mudamos e estamos muito bem morando juntos. – Pansy disse séria.
- Que bom. Draco você está melhor, se recuperou? – Voldemort levantou-se e encarou Draco.
- Estou ótimo, muito melhor! Se o senhor tiver alguma missão pra mim, pode dizer.
- Não, agora não vamos resolver a questão de sua namorada, uma missão é apenas o próximo passo.
Eles ficaram em silêncio. E então depois de um bom tempo apenas se olhando, Voldemort voltou a falar.
- Então Pansy querida, uma semana faz que você estava ai parada nesse mesmo lugar, com uma proposta em suas mãos e só cabe a você aceitá-la ou não.
- A minha resposta você já deve imaginar não é mesmo?
- Tenho palpites, para as duas hipóteses. Sinceramente, sem usar os meus anos e anos de Oclumência e só utilizando os meus anos e anos de experiência, acho que o meu corpo docente aumentará esta noite.
- Seus anos e anos de experiência estão certos, Lorde das Trevas. – Pansy disse sorrindo
- Perfeito! – Ele se aproximou. – Se você não se incomodar, poderia mostrar seu braço esquerdo. Quero fazer isso o quanto antes possível, temos algo a fazer esta noite. Ou melhor, você tem algo a fazer esta noite por mim.
Pansy levantava a manga da blusa enquanto Ele falava. Quando Ele ficou quieto novamente olhou para Draco, que a observava com um sorriso no rosto então disse apenas movendo os lábios, mas sabia que ele tinha entendido tudo.
- Estou fazendo isso por você!
Voldemort empunhou sua varinha, e apontou para o braço dela. E então disse.
- Infinitum Momordre!
Uma espécie de sombra negra deixou a ponta de sua varinha e foi em direção ao braço de Pansy, que olhava atentamente para a forma que se assemelhava a uma cobra negra andando pelo braço dela até tomar sua posição. Ao tocar sua pele Pansy não conseguiu descrever o que sentira, um misto de dor e prazer. Aquilo, aquela nova sensação a agradou muito. Fechou os olhos até que a marca terminasse de se fixar em sua pele. Quando terminou ela abriu os olhos e olhou para Draco novamente ele se aproximara. De Draco seu olhar correu a Voldemort e então a Marca Negra, agora pulsando em seu braço.
- Bem vinda, aos Comensais da Morte. – Voldemort falou orgulhoso, como se alguém muito importante tivesse se aliado a ele.
- Bem vinda! – Draco sussurrou em seu ouvido.
Pansy apenas sorria e então se lembrou da tarefa que já estava designada a fazer.
- Você disse que tinha algo que iria fazer esta noite e o que seria, Lorde?
- Ah sim, a tarefa. Bem no porão da casa, nos temos um prisioneiro do Ministério. Ele até agora está resistindo ao interrogatório, adoraria se você tirasse alguma informação importante dele.
- Seria um prazer.
- Com todo seu talento sei que conseguira isso para mim. Não se importe com tempo minha querida, apenas me traga as informações.
- Sim senhor.
Draco abriu a porta do aposento para ela, que saiu e então a seguiu. Deveria estar junto dela no interrogatório, o Lorde das Trevas não disse nada em voz alta, mas disse em sua cabeça. Desceram novamente ao térreo e foram até a cozinha, lá tinha um alçapão que levava até o porão. Pansy desceu as escadas primeiro, o lugar era escuro imundo porem não tinha muitas tralhas, apenas o prisioneiro sentado e amarrado em uma cadeira de pedra no centro do lugar. Tinha também uma escrivaninha velha com penas e pergaminhos em cima algumas cadeiras e três comensais vigiavam ele.
- Vocês poderiam me deixar sozinha? Apenas com o prisioneiro e Draco.
Os comensais se entre olharam e então saíram do porão. Quando o último estava saindo Pansy e Draco ouviram uma voz feminina vinda da cozinha.
- Porque estão saindo de seus postos inúteis?
- Vão interrogar o prisioneiro e pediram que a gente se retirasse.
O Comensal que estava por ultimo continuava na escada, estava parado provavelmente observando a cena.
- Saia daí inútil!
Ele recomeçou a subir e então novamente alguém começou a descer as escadas. A mulher entrou no porão e então tirou o capuz.
- Boa noite! - disse displicente.
- Que prazer em revê-la tia! – Draco disse sorrindo.
- Olá querido! – ela disse sem tirar os olhos de Pansy – Quem é ela?
- Minha namorada, Pansy Parkinson e a mais nova Comensal!
Draco disse abraçando a namorada orgulhoso, entrando no campo de visão da tia.
- Parabéns, agora me diga porque tirou os outros daqui?
- Quero interrogar o homem e não preciso de platéia para isso apenas Draco.
- É imprudente fazer isso? Você não sabe disso.
- O homem está amarrado, – Pansy foi até o homem e puxou as correntes. – ele está cansado, Draco está aqui para me ajudar caso algo aconteça. Ele tem poucas chances você não acha?
Bellatrix riu-se.
- Nunca subestime alguém preso ou aparentando estar nesse estado. Eles são espertos, são poucos, mas sempre tem os espertinhos.
- Vou me lembrar disso, pode deixar. Agora se você não se importar. – Pansy indicou as escadas.
- Peço permissão para ficar e ver o interrogatório. – Ela disse num tom calma e dócil.
- Fique, tanto faz. Não quero mais perder tempo. Draco pronto?
Ele já estava sentado à escrivaninha com um pergaminho a sua frente e uma pena flutuava sob o pergaminho, como se esperasse para poder começar a escrever.
- Testando, meu nome é Draco Malfoy. – Draco disse. E a pena escreveu exatamente o que ele dissera. – Sim estamos prontos. Pode começar.
Bellatrix se encostou em uma parede e Pansy pegou uma cadeira e a posicionou invertida na frente do homem. Sentou-se e o olhou. Ele tinha uma aparência de quem estava ali a uns dois dias, os cabelos negros totalmente bagunçados, a barba por fazer, olhos fundos, roupas sujas e rasgadas.
- Boa noite! Você poderia me dizer o seu nome? – Pansy disse gentilmente.
Bellatrix fez um barulho feito pelo nariz, como se abafasse o riso.
- Se você vai ficar fazendo seus comentários mesmo que silencioso, prefiro que você saia!
- Tudo bem ficarei quieta! – ela disse sorrindo.
- Então qual é o seu nome? – Pansy disse gentilmente novamente.
O homem a olhou por um minuto e então disse.
- Willian Korippe. – A voz dele era rouca.
- Você tem família Willian?
Ele balançou a cabeça afirmativamente.
- Mulher e filhos?
- Sim.
- Quantos filhos?
- Dois.
Qual o nome deles?
Willian ficou quieto.
- Não precisa dizer seus nomes.
Pansy fez menção de continuar a falar, mas Willian a cortou.
- Albert 11 anos e Marrie 9 anos.
- Acredito que Albert vai para a escola esse ano.
- Sim, ele iria para Hogwarts, mas acredito que vou ter que achar outra escola. Hogwarts não abrirá esse ano letivo.
- Verdade, e a sua esposa? Qual o nome dela?
- Carla. Ela é engenheira.
- Ela é o que? – Pansy nunca tinha ouvido falar naquilo.
- Bem ela trabalha na construção de casas, prédios. Ela é trouxa.
- Ah sim.
- E você trabalha no ministério não é?!
- Sim, trabalho.
Pansy ficou em silêncio, como ele estava dando informações a mais de graça imaginou que ele fosse falar em que departamento. Mas ele apenas olhou para Draco, e depois para ela novamente.
- É seu namorado?
- Sim ele é!
- E você vão se casar?
- Talvez.
- Pansy, não fale sobre a nossa vida para ele! – Draco repreendeu.
- Desculpe, não sabia que você não podia falar.
- Magina, Draco por favor. – Pansy respondeu, lançando um olhar severo para o namorado.
Bellatrix apenas olhava para aquela cena, e sorria. Pansy era infantil e naquele papinho que levava não iria descobrir nada. E isso faria o Lorde ficar muito bravo, ele odeia fracasso. Ela pensava e imagina a primeira tortura da garota, com seria bom participar daquela tortura, ela mal conhecia a garota, mas sabia que ela lhe causaria problemas quanto ser a favorita do Lorde. Só pelo fato dele já tê-la mandado no seu primeiro dia para um interrogatório sabia que ela já poderia ser a nova preferida.

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