Resolvendo Problemas

Resolvendo Problemas



Draco se acordou com uma idéia que não saía de sua cabeça: mostrar para Rony que era ele quem fazia Hermione sofrer. O sonserino culpava Rony de ter-lhe afastado da garota que ele gostava e isso lhe deixava profundamente em fúria. Mesmo que a voz de Hermione insistisse em se repetir em sua mente com os dizeres de deixar o ruivo em paz, ele tinha certeza do que deveria ser feito.

E ele faria tudo sozinho. Normalmente, Draco chamaria Crabbe e Goyle para servir de apoio em suas brigas, mas dessa vez ele queria agir com as próprias mãos. Não usaria varinha, portanto não causaria um duelo. Ele só queria deixar claro para o ruivo que ele deveria manter distância de Hermione e deixá-la ser feliz ao seu lado.

Enquanto andava a caminho da masmorra onde teria a aula de Poções aquela manhã, Draco sentia seu coração bater em acelerado. Ele olhava para todos os lados a procura de Rony e se perguntava como agiria se o visse rodeado de muitos grifinórios. Mas agora não lhe importava mais, ele só pensava em ficar em paz com Hermione.

Foi quando o viu sozinho. Talvez fosse o destino facilitando para o que ele queria, pois Rony não vinha acompanhado por ninguém. E, sem que desse tempo para o ruivo pensar, Draco apareceu do nada e empurrou-o para trás com as mãos em seus ombros.

- O que foi que deu em você, idiota? – perguntou Rony, um pouco assustado, enquanto se levantava do chão e passava as mãos pelas vestes, procurando a varinha.

- Vamos brigar como homem! – gritou Draco, encoberto pela raiva, preparando os punhos para soltar algum murro.

Rony permaneceu com a varinha na mão direita apontando na direção de Draco, sem saber ao certo o que fazer. Soltar algum feitiço? Ou simplesmente partir para cima do garoto que ele tanto odiava? Impulsivamente, ele jogou a varinha para o lado e correu para cima de Draco com o punho direito preparado para acertar o rosto pálido de Malfoy.

O sonserino não esperava por tal atitude e ainda que tivesse tentado se desvencilhar, recebeu um soco pesado nos olhos. Ele foi jogado com tudo para o chão, mas se levantou imediatamente e devolveu o soco no olho esquerdo de Rony.

- O QUE É QUE ESTÁ ACONTECENDO? – gritou Harry assustado enquanto puxava Rony do chão.

Do outro lado, Simas e Lino seguraram um Draco raivoso que tentava em vão se soltar dos quatro braços que lhe seguravam. Harry teve que fazer muita força para segurar Rony e quase não teve êxito.

- Eu só digo uma coisa, Weasley! – gritou Draco, cujo rosto pálido tornara-se vermelho. – Deixe Hermione em paz! Afaste-se dela!

- Quem você pensa que é para dizer o que eu devo ou não fazer? Você é quem está usando Mione! Uma hora ela vai perceber isso! Eu tenho certeza. E se ela sofrer, eu vou fazê-lo pagar por tudo, ouviu bem?

Em questão de minutos, todos os alunos da Grifinória e da Sonserina que se encaminhavam para a aula de Poções, formaram uma roda ao redor deles e se questionavam o que havia acontecido.

- Devia ter acertado esse idiota em cheio, Draco! – gritou Crabbe entre risos maldosos.

Hermione não acreditava no que via. E não demorou muito para que Draco lhe visse com uma expressão de decepção no rosto. Ele se levantou dizendo que não iria fazer mais nada e, afastando as pessoas do caminho, foi até a garota querendo de alguma forma se explicar e pedir desculpas. Ele sabia agora que tinha errado.

- Granger...

Hermione simplesmente balançava a cabeça negativamente e percebia que tinham toda a atenção voltada para eles.

- Eu não quero conversar agora, Malfoy.

Aquelas palavras o machucaram muito mais do que o soco que levara no rosto. E a expressão de desprezo no rosto de Hermione fez com que ele se sentisse um nada.

Todos ao redor murmuravam e se questionavam o que estava acontecendo, surpresos pela atitude de Draco ao ir conversar com uma sangue-ruim. Mas ele não ligava, ele só queria seu perdão.

Por sorte, Snape não percebeu o que tinha acontecido, pois estivera dentro da masmorra por todo esse tempo. E todos os alunos simplesmente entraram na sala, eufóricos.

Depois da aula, Draco correu ao encontro de Hermione para tentar se desculpar.

- Granger, por favor... Eu quero falar com você!

A garota olhava para os lados, com medo do que as pessoas iriam pensar sobre eles. Percebendo esse desconforto, Draco segurou Hermione pelos ombros, com cuidado para que não fizesse força e prosseguiu.

- Por favor, Granger... Eu quero que todos saibam o que existe entre nós! Eu quero ficar com você!

Hermione observou o olho roxo de Draco e sentiu vontade de fazer-lhe um carinho, mas então se lembrou do que ele tinha feito para receber isso.

- Você traiu minha confiança, Draco... Agora eu estou ainda mais confusa...

- Não! Por favor, não diga isso! – ele parecia realmente preocupado com a resposta de Hermione.

Ela simplesmente balançou a cabeça positivamente e saiu andando o mais rápido que pôde, sentindo uma angústia nunca sentida antes.




Harry passou o resto do dia observando Rony. Deu o espaço necessário ao amigo, sem nada perguntar, pois sabia que poderia levar um fora típico. Sabendo o motivo da briga, Harry preferiu deixar também Hermione em paz. O clima entre eles três nunca estivera tão tenso. E a verdade é que ele já estava se cansando de tudo isso. Há poucos meses as coisas estavam totalmente diferentes. A harmonia reinava, ainda que por dentro de Hermione e Rony predominassem desejo e ciúme embutidos.

Ao final do dia, enquanto voltavam para o dormitório, Harry pensava numa forma menos invasora de conversar sobre o assunto com Rony. Este, por sua vez, permanecera silencioso por todo o tempo.

- Rony, posso te fazer uma pergunta? – perguntou Harry, após se certificar de que estavam a sós no dormitório masculino.

O ruivo simplesmente balançou a cabeça positivamente numa expressão quase que de indiferença.

- Como foi que a briga começou?

Rony se sentou em sua cama com as pernas dobradas e bem separadas. Apoiou os cotovelos nos joelhos e abaixou a cabeça para que as mãos passassem pelos cabelos colocando-os para trás e Harry pôde perceber o quanto ele ainda estava tenso.

- Eu estava indo para a sala e o idiota do Malfoy apareceu do nada me empurrando para trás. Eu tive que revidar é claro. Mas eu só ia duelar. Ele é que quis uma briga de “homem”, algo que com certeza ele não é.

- Mas ele disse por que fez isso?

- Nada foi dito até vocês chegarem. Tenho certeza de que o que ele quer é afastar Mione da gente. E nós não podemos permitir isso, Harry! A Mione é nossa! É, digo... Nossa amiga! – ele percebeu seu rosto queimar. – Ele não tem o direito de roubá-la de nós!

- Calma, Rony! – respondeu Harry, percebendo o amigo se alterar. – Você está muito nervoso. A Mione é nossa amiga e tenho certeza de que ela não vai deixar de ser por causa do Malfoy!

Mas Rony balançava a cabeça negativamente.

- Rony, você tem que se decidir. Se você gosta mesmo da Mione, você vai ter que agir.

Rony sentiu seu rosto queimar ainda mais e olhou envergonhado para o amigo à sua frente.

- Você gosta mesmo ou não gosta? – insistiu Harry.

O ruivo ficou em dúvida. Harry já sabia de seus sentimentos e deixara isso bem claro outro dia. Não adiantava mais ele esconder do amigo o que sentia. Mas será que falar sobre esse assunto seria o certo? Ele simplesmente se limitou a responder com um sim de cabeça sem esperanças.

- Isso é um sim? – perguntou Harry, ele queria de todas as formas ouvir Rony responder com palavras.

- Sim, Harry!! Eu sou apaixonado por ela, sempre fui! Satisfeito? – soltou um Rony sem paciência.

Harry teve vontade de sorrir com a façanha conseguida, mas simplesmente passou a mão direita sobre o ombro esquerdo de Rony, dando leves tapinhas.

- Então aja. Faça alguma coisa enquanto há tempo! Vá atrás do que você quer!

- Mas ela não quer nem me ver... – Rony respondeu tristemente olhando para um ponto fixo qualquer.

- Isso vai passar. Eu tenho certeza disso. Se ela também gosta de você, ela vai voltar atrás. Mas para que isso aconteça, você tem que mostrar o que sente, cara!

Após deixar Rony pensando em Hermione, Harry decidiu resolver o problema que mais lhe afligia. Ele desejava muito encontrar Gina, fazê-la sorrir e beijar aqueles lábios que lhe encantavam. Mas sabia que não seria fácil.

Assim que desceu para a Sala Comunal, encontrou algumas quintanistas e perguntou-lhes por Gina. Todas disseram que no dormitório ela não estava, mas também não sabiam onde ela poderia estar àquela hora.

Harry andou por quase todo o castelo à procura da ruivinha, quando encontrou Luna e Ernesto conversando em um dos pátios internos cobertos por neve.

- Desculpem atrapalhar, mas... Luna, você viu Gina em algum lugar?

- Ah, que é isso, Harry! – respondeu Luna, sem graça. – É... A Gina só pode estar na biblioteca! Você já procurou lá? Ultimamente ela tem se ocupado muito na biblioteca.

- Tudo bem, então! Obrigada, Luna.

E Harry se dirigiu à biblioteca sentindo seu coração bater mais rápido. Como ele iria convencer Gina de que só queria o seu bem? Provavelmente ela não iria acreditar nele, mas o garoto estava determinado a tentar.

Ao entrar na silenciosa biblioteca, Harry logo a avistou sentada sozinha a uma grande mesa. Ele andou rapidamente e se sentou ao seu lado.

A ruivinha levantou a cabeça assustada para ver quem se sentava ao seu lado e sentiu seu coração querer pular pela boca quando se certificou de quem se tratava.

- Harry?

- Gina, eu preciso conversar com você!

- Nós estamos numa biblioteca – ela respondeu quase que em sussurro. – Não podemos conversar aqui.

Harry percebeu a frieza de Gina, mas insistiu.

- Vamos para outro lugar então, por favor.

- É mesmo necessário ou a gente pode conversar outro dia?

- Tem que ser agora! – Harry respondeu, nervoso.

Sem falar nada, Gina fechou o livro que lia e se levantou. Harry apenas lhe seguiu até que eles saíssem da biblioteca e ela parasse de frente para ele no corredor.

- Pode falar – ela finalmente disse, sem conseguir olhá-lo nos olhos.

- Gina, – começou Harry, segurando uma das mãos da garota. – Eu sei que só errei com você até agora e sei também que vai ser muito difícil para você confiar em mim, mas... Eu só queria que você soubesse que tudo o que fiz foi porque gostava de você. Talvez não da forma como eu gosto agora, mas já gostava de você. Eu não sei explicar como isso aconteceu, só sei que foi um sentimento que surgiu recentemente. Um sentimento verdadeiro que eu nunca tinha tido por ninguém antes! – Harry percebeu Gina ficar vermelha à sua frente. – É uma vontade incontrolável de querer estar ao seu lado. Faz tempo que eu sonho com você, que eu vejo você nas garotas que eu saio. E se eu não te disse isso antes, foi porque tinha medo de te magoar. Até porque, Gina, você é uma garota muito especial para mim! Você é a irmã mais nova do meu melhor amigo, então eu não poderia simplesmente me declarar para você sem ter a plena certeza do que queria. Agora eu sei o que quero! E vou lutar por isso. Nada vai me impedir de tentar te reconquistar!

Gina não conseguia definir o que sentia. Há anos que ela esperava por essa conversa, mas agora ela estava acontecendo no momento em que ela menos confiava em Harry.

- Se você não quiser responder nada agora, eu vou entender, Gina – disse Harry, percebendo que a ruivinha permanecia sem nada dizer. – Você pode ter o tempo que quiser para pensar, que eu estarei aqui esperando por você!

- Tem certeza de que você não está brincando com meus sentimentos mais uma vez? – perguntou Gina, agora encarando os olhos verdes de Harry.

- Eu nunca tive tanta certeza, Gina – respondeu Harry, passando uma de suas mãos sobre o lado esquerdo do rosto de Gina. – Eu estou apaixonado por você!

Gina fechou os olhos e sentiu uma enorme vontade de ser abraçada pelo garoto que amava. Mas então, subitamente, ela sentiu um medo inquietante. E se no dia seguinte ele esquecesse do que tinha lhe dito? E se ele lhe trocasse por outra em poucos dias ou semanas?

- No momento, eu acho melhor a gente tentar se esquecer, Harry – ela disse isso, sentindo a voz embargada. – Eu não sei até que ponto posso acreditar nos seus sentimentos!

Percebendo a vontade de chorar no rosto de Gina, Harry a abraçou firme. Sentiu o cheiro maravilhoso dos cabelos ruivos e quis lhe beijar, mas se segurou.

- Pensa com carinho no que eu disse – ele respondeu, ainda envolvendo-lhe num abraço. – Eu sei que meus sentimentos por você não são passageiros.

Gina enxugou as duas lágrimas que insistiram em cair e se afastou do abraço fazendo de tudo para que ele não percebesse que ela tinha chorado.

- Só o tempo irá dizer – foi o que ela conseguiu responder antes de se virar e voltar rapidamente para a biblioteca.




Ansioso e preocupado por não receber nenhuma resposta para seu bilhete, Ernesto passou a noite procurando Luna para conversar pessoalmente. Quando finalmente lhe encontrou, foi até menos difícil do que ele esperava convencê-la de se sentarem em algum lugar isolado para conversar. O frio estava muito forte e os dois usavam roupas grossas para se agasalhar.

- Luna, eu sei que falhei com você. Mas eu ainda espero que um dia você me perdoe. Sabe, eu percebi o quanto gosto de você, depois que notei sua indiferença comigo. Nossa, aquilo me matou por dentro você não imagina o quanto!

Luna nada respondeu e permaneceu parada, olhando para a frente.

- Por favor, Luna. Olha para mim, pelo menos.

E a garota o olhou. Ernesto pegou em uma de suas mechas de cabelo loiro e teve uma profunda vontade de lhe beijar e ficar assim para sempre. Mas a expressão no rosto da garota ainda era um pouco hostil.

- Ernie!! – ele ouviu a última voz que gostaria ouvir, gritar por perto.

Luna não pôde acreditar no que via. Justo quando ela estava finalmente querendo perdoar Ernesto pelo que ele fizera, Jessie tinha que aparecer para estragar tudo.

- Desculpa, Luna – ele disse, sem jeito e se levantou para saber o que Jessie queria.

Luna sentiu vontade de sair dali correndo e voltar para o quarto fazendo uma nota mental para nunca mais dar ouvidos para Ernesto, para esquecer que um dia ele existiu. Mas preferiu ficar para ter ainda mais certeza de que precisava esquecê-lo.

- JESSICA, VÊ SE ME ESQUECE! – gritou Ernesto, deixando sua ex-namorada assustada. – Eu já soube do que você fez comigo! Eu já soube do que você aprontou! Agora vê se cresce e esquece que um dia fui sequer seu amigo!

Luna não esperava ver o que via. Ernesto estava gritando com Jéssica e a garota parecia profundamente abalada. Luna nunca se sentira tão confiante e tão feliz. Ernesto então voltou para o seu lado, com o rosto todo vermelho.

- Então, Luna... – ele começou, colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. – Como eu ia dizendo... Eu gosto muito de você!

- Ernesto! – ela disse colocando o indicador direito sobre os lábios do garoto. – Shhh... Você já disse tudo.

E, colocando uma de suas mãos sobre a nuca do garoto, ela fechou os olhos e levou sua boca ao encontro dos lábios dele. O beijo foi ainda melhor do que eles haviam dado quando estiveram juntos antes. Era intenso, desejado.

E assim que terminou, ele continuou lhe abraçando enquanto afastava o rosto para encarar seus olhos.

- Eu quero que todos saibam que nós estamos juntos, Luna! Você quer ser minha namorada?

- É claro que sim! – ela respondeu antes de lhe dar mais um beijo.




N/a:

Geeente,
queria pedir desculpas a vcs pelo enorme atraso da atualização... Acontece que a faculdade está me ocupando muuuito mesmo... Quando atualizei das últimas vezes ou eu estava de férias, ou as aulas tinham acabado de começar e eu não tinha ainda muito trabalho para fazer e nem prova. Enfim, só queria deixar bem claro aqui que a fic NÃO VAI SER ABANDONADA!! Infelizmente, eu passarei um tempo atualizando menos. Só isso.
Ah, e assim que tiver tempo, respondo os comentários!! ;)
Enquanto isso, continuem dizendo o que pensam! O final pode depender de vcs... hehehe


Miiil Beijos!
Lina.

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