Comportamento Estranho



Harry cruzou o hall principal meio tonto com tantas informações e se alegrou por começar a sentir fome. Depois de consultar seu relógio notou que ainda faltavam dez minutos para o grande banquete iniciar-se. Quando tomou fôlego para transpor as portas do Grande Salão, Rony apareceu a um canto.

- Ei Harry, por onde você esteve?

- Ah... oi Rony, eu...

- Eu e Hermione ficamos preocupados com você, sabia? – reclamou Rony.

- Eu não tive esta intenção, não mesmo. – Harry respirou fundo. - Na verdade... eu não queria contar antes de ter certeza do que iria acontecer.

- Contar o quê? – perguntou Rony curioso.

Harry olhou para os lados e puxou o amigo.

- Fui me encontrar com o Sírius hoje!

- Sírius! – exclamou Rony estupefato e sem perceber o tom que o fizera.

- Fala baixo! – advertiu-o Harry.

- Desculpe. Mas... como conseguiu fazer isso? Ele não estava viajando?

- E ainda está. É que ontem à noite ele usou a lareira do salão comunal e pediu muito apressadamente que eu fosse até Hogsmead hoje à tarde. É claro que eu não imaginava que o próprio Sírius estaria lá, mas foi o que aconteceu. Ele aparatou bem no Três Vassouras.

- Três Vassouras? Mas assim, na frente de todo mundo?

- Não se preocupe, só Madame Rosmerta sabe que ele esteve lá e o bar nem estava tão cheio porque era muito cedo pra isso. Parece que Sírius pediu que ela fizesse este favor à ele, vai saber como.

- Sei. – Harry começou a caminhar até a mesa para servir-se do delicioso banquete. -Mas porque não nos contou nada Harry? – perguntou Rony.

- Eu juro que não foi por mal Rony, mas Sírius achou melhor que eu fosse sozinho.

- Entendo. Ele deve estar preocupado com você não é Harry, vindo de tão... longe?

- Mais do que eu imaginava Rony.

- Como assim?

- Sírius está encabulado com a demora de outro daqueles ataques Comensais depois que... você-sabe-quem morreu. Sabe, ele está trabalhando para... – Harry olhou para os lados. - ... Dumbledore.

- Nossa! Então provavelmente é por isso que Dumbledore está há tanto tempo fora. Como eu não pude pensar nisso antes? – falou Rony socando a própria palma da mão.

- Nem eu pensei. Achei que fosse realmente por causa da nossa formatura.

- Papai e mamãe também estão preocupados demais pro meu gosto. Sempre enviam corujas a mim e a Gina perguntando se estamos bem. – Harry sacudiu a cabeça pensativo. – Ei Harry! Talvez eles saibam de alguma coisa que não sabemos. – comentou Rony.

- Pode ser. Eles ajudaram a Ordem da Fênix no ano retrasado, não foi?

- Sim, mas se bem que... eles não devem saber mais que Sírius sabe.

- Mesmo que saibam Rony, acho que vai ser bastante difícil que nos contem alguma coisa.

- Não tem idéia de como pode ser revoltante ser o filho mais novo às vezes. – emendou Rony inconformado. Bem sabia como os pais escondiam segredos dele e tudo porque entre os homens ele era o filho mais novo.

Os dois finalmente sentaram-se nos seus lugares costumeiros e serviram-se das deliciosas batatas recheadas. Durante o jantar inteiro Harry e Rony conversaram sobre o encontro com Sírius e também sobre Snape. Rony o alertou sobre a bronca que levaria de Hermione quando contasse a ela que não dissera a Sírius uma única palavra sobre seus pesadelos.

- E cadê a Hermione por falar nisso? – perguntou Harry percebendo que ela estava demorando muito pra descer.

- Acho que ela não vem jantar hoje. A última vez que a vi estava estudando, pra variar. Ela leva isso muito a sérios às vezes, dá até medo.

- Pode até ser Rony, mas era o mesmo que devíamos fazer se queremos mesmo ser aprovados e... - Rony levantou-se de um salto limpando a boca e tomando a última golada de seu suco de abóbora. – ... onde é que você vai?

- Vou me encontrar com...

- Luna, já sei. Você só tem feito isso ultimamente né?

- Não me leve a mal Harry, mas a companhia de Luna não dá pra dispensar. Até mais!

Harry o observou sair meio que sorrindo. Era bom saber que Rony e Luna estavam cada vez melhor, assim seria um motivo a mais pra ele criar coragem e conversar com Hermione sobre o que vinha sentindo ultimamente. Assim que colocou seu copo sobre a mesa Harry sentiu alguém sentar ao seu lado. Não houve forma de evitar seu engasgo.

- Professor Lupin? –

- Olá Harry, como vai? – perguntou o professor com cara de cansaço enquanto preparava-se para comer seu purê de abóboras.

- Mas achei que o senhor só voltaria no fim da semana que vem, pra aplicar os Testes Finais.

- Eu também, mas Dumbledore achou melhor que eu voltasse antes, assim poderia esclarecer as suas e as dúvidas dos demais setimanistas.

- Então o senhor também estava com Dumbledore?

- Também por quê?

- Sírius me contou que...

- Então já esteve com Sírius? – Lupin sorriu. - Eu imaginei que ele não esperaria até depois dos testes.

- Foi hoje à tarde, mas ele não contou sobre sua volta.

- Nem eu sabia que iria voltar hoje, como já disse. - Harry o olhou. Parecia realmente muito faminto. – Mas como está se sentindo Harry, preparado?

- Digamos que... ansioso.

- Soube que esteve me procurando estes dias, aconteceu alguma coisa?

Harry lembrou-se imediatamente do motivo que o levara a procurar Lupin e pensou se agora haveria necessidade de contar, já que Loueine havia esclarecido tudo. Talvez os pesadelos fossem algo realmente mais importante a se falar.

- Na verdade eu não sei se é algo pra se preocupar, mas aconteceu sim.

- Ah é? E o que aconteceu?

Harry olhou em volta e notou que haviam mais alunos sentados à mesa agora.

- Será que... podemos conversar em outro... lugar?

- Claro, vamos até a minha sala. Tem algumas coisas que preciso organizar mesmo.

O professor Lupin comeu seu último pedaço de pão e levantou-se juntamente com Harry. Lupin não falou nada além do que Sírius havia falado, pelo contrário, Sirius parecia saber mais coisas do que Lupin.

- Alohomora! – falou Lupin girando sua varinha no ar e destrancando a porta de sua sala. – Nossa! Eu já estava com saudades deste lugar.

Harry olhou tudo em volta. Estava do jeito que ele se lembrava de ter visto desde a última vez em que estivera lá. Lupin colocou duas cadeiras, uma frente a outra, e sentou-se esperando o que Harry tinha pra dizer. Harry sentou-se também.

- Antes de mais nada professor, eu queria pedir que não contasse a mais ninguém o que eu vou contar agora, é que não sei se será preciso, tudo bem? – Lupin deu de ombros como se não tivesse escolhas. – Ok! Há umas duas noites atrás eu tive... pesadelos. – Lupin ajeitou-se na cadeira cruzando os braços.

- Pesadelos? Mas que tipo de pesadelos?

- Isso é o que está esquisito professor. Eu só sei dos meus pesadelos porque Rony me contou.

- Seja mais preciso.

- Eu não me lembro de ter tido eles professor. - Lupin franziu as sombracelhas e levou um das mãos esfregando o queixo. Depois levantou-se dando as costas para Harry. – Professor?

- Hum? – respondeu Lupin ainda disperso em seus pensamentos.

- Acha que pode significar alguma coisa? Eu disse que parecia ser coisa simples.

Lupin respirou fundo e escorou-se numa das carteiras.

- Bem Harry, é normal esquecer os detalhes de um sonho ou de um pesadelo, mas... é estranho você não se lembrar que os teve, entende? – Harry sacudiu a cabeça positivamente. – Não se lembra de absolutamente nada mesmo?

- Não senhor, tudo o que eu sei é que fico resmungando coisas esquisitas e acordo todo suado.

- Isso também é normal. – Harry espremeu os lábios desviando o olhar. Parecia que Lupin estava tão perdido quanto ele. Mas de repente Lupin aproximou-se tenso. – Que tipo de coisas esquisitas você resmunga?

- Bom, Rony não soube explicar direito, mas disse que era algo parecido com... com a língua das... cobras professor.

O professor Lupin mudou a expressão duvidosa para uma expressão preocupada.

- Sua cicatriz...ela...não doeu mais, doeu?

- Não, nunca mais depois que... que Voldemort morreu. Mas porque está me perguntando isso professor? O senhor estava lá, viu quando ele foi morto não viu?

- Vi Harry, mas é que...

- É que?

- Nunca estamos totalmente seguros quanto a Voldemort. Embora eu não ache também que seja motivo pra paranóias. Eu só queria me certificar de como estão suas sensações quanto a isso.

- Acha que pode ter alguma coisa a ver?

- Sinceramente eu gostaria de saber Harry, mas não sei.

- Hum.

- Ouça! – Lupin sentou-se frente a ele de novo. - Eu quero que esteja bem atento às próximas noites e que não me esconda nada, entendeu?

- Pode deixar professor, eu vou estar.

Assim que saiu da sala de Lupin, Harry começou a caminhar pelos corredores refletindo sobre a possibilidade de ter toda a sua tranqüilidade, depois que Voldemort morrera, abalada. Será que nunca teria realmente sossego em sua vida e tempo para resolver problemas comuns que outros rapazes da idade dele tinham? Ele nem sabia direito por onde estava indo até deparar-se com a tapeçaria de Barnabás, o Amalucado e também com Loueine.

- Oi Harry! – ela o cumprimentou empolgada e mais bonita que nunca.

- Loueine? O que tá fazendo aqui?

Ela vacilou um sorriso não entendendo bem a pergunta de Harry.

- Eu... estava esperando você pra nossa... aula, lembra?

Harry não escondeu a surpresa.

- A aula, é claro! Puxa Loueine, eu sinto muito, mas me esqueci completamente disso e nem preparei nada.

- Não tem problema, eu espero você se preparar e começamos mais tarde, ok? – Harry mordeu os lábios desviando o olhar. – Algum... problema Harry?

- Na verdade Loueine, eu não estou... me sentindo muito bem pra isso hoje, sabe?

- Como assim? Está doente?

- Não, minha saúde vai bem, obrigada. Eu estou... preocupado com os testes finais, só isso.

- Quem sabe a aula não te distrai um pouquinho, hã? – arriscou a garota.

- Acho que não. – Harry sentiu Loueine um tanto quanto impaciente de repente. – Mas eu prometo que vou... repor estas aulas na...semana que vem.

- Semana que vem? Mas Harry eu... eu vou embora no fim da semana que vem. Eu... eu não tenho muito tempo e... você tem que me ajudar e vai me ajudar! – ela não parecia só fazer um pedido, ela parecia intimá-lo.

- Não me lembrava disso. A questão é que minha cabeça não está muito legal pra estas coisas, pelo menos não até o fim desta semana. – ela andava de um lado para o outro mais impaciente ainda. Harry apenas observava sério. – Mas... se você faz tanta questão eu posso falar com o professor Lupin agora mesmo e... – Harry precipitou-se a andar, mas Loueine o agarrou pelo braço com força.

- Você não vai a lugar algum Potter! – Harry olhou do braço agarrado pela mão dela para ela incrédulo. Depois soltou-se num arranco não violento.

- Loueine, eu... não estou te entendendo! – ela virou-se de costas esfregando as mãos.

- Eu não imaginei que fosse entender mesmo! – resmungou ela de um jeito que Harry não compreendeu bem.

- Eu já disse que sinto muito e que não vai ficar sem as suas aulas. Porque está agindo assim?

Ela virou-se bruscamente com os olhos marejados.

- PORQUE EU NÃO TENHO MUITO TEMPO SEU...

Loueine abafou um grito como se não devesse ter agido daquela forma e as lágrimas saltaram de seus olhos. Harry aproximou-se um pouco mais franzindo as sombracelhas.

- Tempo? Mas do que você está falando? – perguntou desentendido.


- Me desculpe! Me desculpe! Eu não quis... eu não quis gritar, me desculpe! É que... daqui a pouco eu vou embora e gostaria de... passar mais tempo com o único amigo que fiz. – Harry apenas a observou ainda absorto com tantas reações diferentes para uma pessoa só. Ela limpou o rosto e colocou as mãos na cintura. - Olha, quem sabe se você não gostaria de... de tomar um chá então, hein? Eu posso preparar um, sei como...

- Loueine, Loueine! – Harry a segurou como que tentando fazer ela entender. – Eu já disse que não estou me sentindo bem! – ele a soltou. - E sinceramente... nem você parece estar. – ela calou-se num choro contido desviando o olhar bastante dispersa. – São três dias até o início da semana que vem e eu prometo que terá suas aulas de novo, está bem? – Loueine apenas sacudiu a cabeça positivamente sem o encarar nos olhos. – Agora eu já vou e sugiro que você faça o mesmo.

Enquanto Harry tomava distância a garota apenas ficou ali, observadora, imóvel. Tinha os olhos vidrados, a respiração profunda e os punhos cerrados.

- Você é mesmo uma grande idiota! – começou ela num tom de voz alterado. - Não! Eu não sou idiota! – respondeu a si própria. - Está perdendo tempo demais! Eu juro que não! Eu vou... vou dar um jeito! – a garota parecia conversar consigo mesma. Os seus pais! Não! Meus pais não! Vamos ter que agir não? POR FAVOR NÃO FAÇA NADA COM ELES!

- Loueine? – alguém tocou o ombro de Loueine fazendo-a assustar-se.

- Gina? – perguntou apavorada.

- Com quem estava conversando? – perguntou Gina Weasley certa de que as duas eram as únicas por ali.

- Conversando? – Loueine vacilou um sorriso despistando. – Com ninguém, oras. Eu... eu só estava... estudando!

Gina a examinou bem e não engoliu a resposta que Loueine lhe dera. Desde que a vira não sabia exatamente o porquê de não ter ido muito com a cara da tal garota.

- Você tá legal? Eu poderia jurar que estava chorando.

- Chorando? Bem Gina, é que... eu estou com saudades dos meus pais e também... triste por saber que vou ter que ir embora, sabe?

- Sei. – as duas se encararam. – Olha, eu estou indo para a torre, se quiser podemos...

- Não! Eu vou depois Gina! Tenho que... que falar com minha tia.

- Você é quem sabe. Até mais então... Loueine.

- Tchauzinho... Ginevra Weasley! – acenou Loueine vendo Gina se afastar com certa repudia pela ruiva.


Harry sentia-se muito cansado quando finalmente chegou à torre. A reação de Loueine fora mesmo estranha, na verdade a coisa mais estranha que ocorrera o dia todo. Mas ele não estava ligando nem um pouco pra isso agora, tinha coisas mais importantes pra resolver.

- “Narguilés” ! - respondeu Harry à mulher Gorda clamante pela senha.

- Correto! Pode passar! – ela abriu a porta dando passagem à ele.

Harry caminhou bem lentamente enquanto se livrava do casaco. O salão comunal parecia vazio, mas para a surpresa de Harry alguém largara-se próximo à lareira. Hermione devia ter tido um dia realmente ocupado e não conseguira evitar o cansaço, adormecendo ali mesmo. Ela parecia ter caído num sono tão profundo que deixara escorregar das mãos o livro que lia. Como se não fosse possível, Harry fez-se ainda mais silencioso ao aproximar-se dela. Olhou ao redor pra estar certo de que ninguém estava ali. Ele apenas queria olhá-la sem sentir-se culpado por isso. As chamas crepitantes da lareira faziam os cabelos de Hermione ficar mais lanzudos e amendoados.
Então parou a uma distância favorável à sua visão e também a sua fuga, caso Hermione acordasse de repente. Sentou-se na poltrona frente à dela. Foram um, três, cinco minutos, ali, sentado, apenas observando que garota incrível Hermione podia ser até mesmo enquanto dormia. Ele jamais se aproximaria dela daquela forma, claro, contentava-se apenas em olhar. Mas suas mãos não pareciam resistir à vontade que tinha em tocar o rosto dela e tirar uma mecha dos cabelos que teimava em cobrir um pedacinho da face. Será que ela sentia o mesmo que ele? Bem devagar ele ergueu a mão em direção ao rosto de Hermione. Como se ela presentisse, soltou um leve suspiro que fez Harry parar meio centímetro de distância. “Eu não posso fazer isso”, pensou. De fato era muito arriscado. Se estava mesmo decidido a retomar o assunto de Hogsmead, não podia agir precipitadamente ou acabaria botando tudo a perder. Ele mantinha a cabeça baixa pensativo. Ela se mexeu devagar na poltrona e virou o rosto para o outro lado meio inquieta.

- Harry...

Hermione resmungou como num delírio fazendo o coração de Harry disparar e ele voltar a olhá-la incrédulo. Ela chamara por ele. Chamara pelo seu nome enquanto dormia. Ele sorriu por dentro e não escondeu a expressão. Novamente pensou em tocar o rosto dela, mas Gina entrou no Salão Comunal no instante seguinte e Harry sentiu-se imensamente feliz por ter evitado tal ato.

- Oi Harry, eu...

- Xii! – pediu Harry apontando para Hermione. – Ela caiu no sono! – sussurrou ele.

- Foi mal! – Gina aproximou-se cautelosa e sentou-se perto de Harry. – Pobre Hermione, depois que recebeu aquela carta de Paris... êpa! – Gina abafou um gritinho como se não devesse ter falado aquilo.

- Tudo bem Gina, eu já sei sobre a Universidade de Magia.

Gina respirou aliviada.

- Ainda bem porque Hermione ia me estuporar se eu estragasse a surpresa.

Os dois sorriram baixinho.

- Estou até com pesar de acordar ela, parece um sono tão profundo e tão... tranqüilo.

Comentou Harry sonhador lembrando-se de Hermione ter chamado justamente por ele, mesmo dormindo.

- Mas ela não pode dormir aqui Harry, vai acabar tendo um torcicolo.

- Isso é verdade. – concordou Harry.

- Ei Harry porque você não a leva até o dormitório, afinal o quadribol até que serviu pra te deixar mais forte. - sugeriu Gina sorridente no que Harry engoliu em seco. Ela praticamente insinuara que Harry carregasse Hermione.

- Mas Gina, eu não posso entrar no dormitório feminino, esqueceu? - Harry não estava apenas dando uma boa desculpa, mas afirmando o que era verdade.

- Eu tinha me esquecido disso. – Gina pensou um pouco. – Então? Acordamos ela?

- Eu realmente não queria fazer isso, mas não tem outro jeito.

- Sim, é melhor mesmo e... – Gina parou por um momento dispersando o olhar.

- Que houve Gina? – perguntou Harry notando Gina olhar de um lado para o outro como se procurasse alguma coisa.

- É que... acabo de me lembrar de uma... coisa. Eu... já volto. – Gina começou a sair de costas para o buraco do retrato. – Vai... acordando a Mione.

Antes que Harry pudesse entender direito o que acontecia, ela sumiu das vistas dele. Ele deu de ombros, depois retomou o seu olhar à Hermione.

- Hermione? – chamou ele delicadamente, mas ela ainda dormia. – Hermione? – chamou ele de novo, desta vez mais perto e um pouco mais audível.

Hermione começou a abrir os olhos devagar e encontrou o olhar dele. Harry sorriu.

- Harry? – Hermione ajeitou-se na poltrona rapidamente tentando se dar conta de onde estava.

- Você deve ter ficado tão cansada que acabou dormindo aqui mesmo. – explicou ele. Hermione permaneceu em silêncio. – Gina queria que... eu carregasse você... – Hermione arregalou os olhos. - ... mas não posso entrar no dormitório de vocês, então decidi acorda-la aqui mesmo, me desculpe.

- Você... fez muito bem Harry, eu ia ficar totalmente sem jeito.

- Eu imaginei isso.

Os dois sorriram amarelo. Harry a olhou daquela forma que a fazia corar.

- Hermione? – chamou ele depois de alguns segundos.

- Sim? – ela perguntou tensa. Harry hesitou um pouco.

- Você... sonhou com alguma coisa enquanto estava... dormindo?

Hermione mordeu os lábios desentendida. Se lembrara de ter sonhado com Harry de uma forma muito especial. Os dois estavam no baile de Formatura, dançando juntos. Harry estava lindo com suas vestes a rigor, que ela já não recordava a cor. Mas ela jamais falaria uma coisa dessas a ele.

- Bem Harry, eu... eu não sei. Porque está me perguntando isso?

É claro que Harry queria saber se estava sonhando com alguma coisa que o envolvia, assim saberia o motivo certo dela chamar por ele.

- É que... você me chamou agora a pouco.

- Chamei? – perguntou Hermione totalmente encabulada. Harry sacudiu a cabeça positivamente.

- Chamou. Posso saber por quê?

Ela levantou-se ajeitando suas vestes e os cabelos.

- Bom, eu devia ter...eu estava...bem... estava preocupada com você. Você... sumiu o dia todo e... aliás, onde foi que você esteve?

Perguntou ela tentando fugir do desconcerto e do assunto. Harry também colocou-se de pé.

- Eu... estive com Sírius.

Hermione perdera o rubor nas bochechas e franzira as sombracelhas.

- Sírius? Mas onde foi que...

- É um história meio longa, mas pelo menos agora eu sei que ele está bem.

Harry contou toda a conversa com Sírius, como havia feito com Rony. Hermione ficou realmente brava com o fato de Harry não ter contado a Sírius sobre os pesadelos dele.

- Mas Harry, por que foi que não contou a ele? E se for alguma coisa... grave?

- Eu achei melhor esperar Hermione, não queria preocupar Sírius à toa. Ele tem coisas mais importantes pra resolver agora. E se for passageiro, hum?

- Pode ser, mas eu ainda acho que você devia ter contado. Pode ser que não volte a vê-lo tão cedo. Já que está trabalhando para Dumbledore tem que estar à sua inteira disposição.




- Sei disso. E estou muito preocupado com o que possa acontecer daqui pra frente. Eu não tinha pensado por este lado antes.

- Seja lá o que for, sabe que tem ao Rony e a mim Harry.

Falou Hermione colocando sua mão sobre a dele num sorriso aconchegante. Harry olhou da mão dela para o rosto. Era tão ruim tê-la tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Parado ali ele apenas podia sorrir agradecido pelo o que já era fato consumado pra ele. Desde o dia em que conhecera Rony e Hermione, sabia que poderia contar com eles por toda vida.




OI GENTE!!!
POR FAVOR TENHAM CALMA COMIGO PORQ EU VOU CHEGAR A ALGUM LUGAR COM TUDO ISSO....RSRSR
O NOME DESTE CAPÍTULO DEDICO A CAROL FOFA PORQ FOI ELA QUEM SUGERIU O NOME E ESTÁ SEMPRE LENDO MINHA FIC! VALEU PELO APOIO CAROLZINHA!!! INTÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO!!!
FLEUR ^.^









Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.