O Feriado Será Sem Rony



Após uma longa aula de Herbologia, os alunos foram para o Grande Salão saborear o enorme banquete que os aguardava como sempre. Já era quase meio dia quando Rony, Hermione e Harry sentaram-se à mesa comentando algumas dúvidas ainda pendentes.

- Ainda bem que não vou mais precisar de Herbologia, definitivamente é muito chato ter que relembrar tudo o que já vimos!

Reclamou Harry caminhando ao lado dos amigos pelo espaço entre as mesas, em busca de algum lugar para sentarem. Hermione agora se habituara a insistir mais do que nos outros anos, que cada coisa, por mais simples que parecesse, e que revisassem durante este, que era o último ano deles em Hogwarts, era muito importante.

- Ora Harry é claro que isso é de extrema importância. Lembra-se do quanto foi útil conhecermos as Mandrágoras no segundo ano?

Harry concordou com a cabeça, enquanto sentavam-se.

- Fale por você Hermione, ainda posso me recordar daqueles berros horríveis!

- Bem Rony, acho que... Hermione tem razão. – Rony o encarou – Pense: se não fosse pelas Mandrágoras, ela e muitos outros ainda estariam petrificados.

Defendeu-a Harry.

- Talvez se estivesse petrificada não pegaria tanto no nosso pé.

Falou Rony amarrando a cara de um jeito engraçado. Nem Harry, nem Hermione puderam conter os sorrisos. Já estavam tão acostumados aos desleixos de Rony quanto a tudo, que decidiram considerar isso como uma característica particular do amigo e não se sentirem ofendidos, como acontecia com Hermione até o sexto ano.
Os dois, Rony e Hermione, haviam saído juntos por alguns tempos, o que Harry temia ser o fim da amizade entre os três. Se algum dia terminassem, ou ele só conversaria com Rony ou só com Hermione, nunca mais com os dois ao mesmo tempo. Mas para espanto de Harry e de muitas outras pessoas, que acompanhavam o namoro dos dois curiosos, Hermione e Rony pareciam ter melhorado o modo de se tratarem após o término e pareciam ter superado tudo muito naturalmente. Rony já estava até saindo com uma nova pessoa, ninguém menos do que Luna Lovegood, que agora estava muito mais bonita e menos louca. Hermione estava curtindo a vida solitária e Harry preferia não arriscar um novo relacionamento até estar certo de que aquele era o momento pra isso. Agora o que ele, e provavelmente os amigos queriam, era concentrar-se para obter sucesso nos Testes Finais, ou TF’S como os alunos falavam, que não tardariam muito a chegar. Hermione olhou para os lados como se procurasse algo.

- Que foi? – perguntou Harry a garota.

- Nada. – Ela mirou Rony à sua frente - Ronald, cadê a Luna?

- Ela... já deve estar vindo. – Falou Rony distraidamente enquanto apanhava outra daquelas douradas coxas de galinha e a levando à boca – Hummmm! Essas coxas de galinha são de fato as melhores que já comi, mamãe que não me ouça.

Hermione encarava Rony absorta com a falta de sensibilidade do garoto.

- Que tipo de namorado você é para não esperar por ela?

- O tipo que está faminto e, além disso, ela sabe que eu vou estar aqui não é?

Hermione sacudiu a cabeça e Harry achou melhor continuar calado. Lá na frente a Professora McGonagall agora pedia a atenção dos alunos.

-Um minuto de silêncio, por favor!

A conversa paralela foi dando lugar a murmúrios entre os alunos até o silêncio quase absoluto.

- Será que irá anunciar a volta do Prof. Dumbleodore? – cochichou Rony a Harry.

- Psiu! – interrompeu-os Hermione levando o indicador erguido aos lábios.

- Bem, o Prof. Dumbleodore deve ficar fora mais alguns dias, ele ainda está... resolvendo alguns assuntos de suma importância para todos os setimanistas, ou seja, a Formatura.

Desde o começo do ano não se falava em outra coisa a não ser na Formatura. Todos estavam empolgados e ao mesmo tempo tristes por terem de deixar Hogwarts. Harry trazia consigo que poderia voltar lá quando quisesse, mas nunca mais seria a mesma coisa.

- Cabe a mim, informá-los de tudo aqui e também de orienta-los sobre seus direitos e deveres...

A Professora McGonagall era extremamente rígida e encarregava-se de lembrar aos alunos de todas as suas obrigações sempre que achava necessário.

- Como sabem, o fim do ano letivo está quase por chegar e junto com ele os Testes Finais que começarão daqui a exatamente... quatro semanas – ela desceu os dois degraus do tablado de madeira que ficava à vista de todos no Grande Salão e prosseguiu com seu discurso. - O Conselho de Professores decidiu que... daremos a todos os setimanistas... um recesso de três semanas para aproveitarem da forma que melhor lhe convir... – a essa altura era meio impossível conter a euforia dos alunos que estavam empolgados com a idéia de um feriado prolongado. - ...e... poderão também se ausentar do Castelo, se quiserem, desde que devidamente acompanhados, é claro!

Não houve como evitar a balbúrdia que veio a seguir.

- Contudo... – ela falou com a voz forte fazendo todos os olhares se voltarem para ela novamente. – é preciso que se inscrevam nos seus devidos Testes ainda esta tarde, todos os professores estarão aqui para auxilia-los em quaisquer dúvidas.

- Inscrever? Ah não! Vamos demorar mil anos aqui. - lamentou Rony bebendo seu último gole de suco de abóbora. - E eu que pensei que teríamos a tarde toda livre.

- Livre? Já esqueceu-se da aula de Poções com Slughorn? – lembrou-o Hermione

- Ah é! – respondeu Rony desanimado.

- Bem, é melhor então que andemos de pressa ou aí é que vamos demorar muito mais. Talvez se chegarmos mais cedo o Slughorn também termine sua aula mais cedo. Vamos!

Sugeriu Harry ameaçando levantar-se, no que Rony e Hermione trocaram um olhar como se dissessem “ele tem razão”, mas a Profrª McGonagall parecia querer dizer mais alguma coisa.

- Atendendo a um pedido de Madame Pomfrey nós hospedaremos, até o resultado dos TF’s, sua sobrinha, a senhorita Loueine Brookstorm.

A garota que adentrou ao Grande Salão neste momento, colocando-se elegantemente ao lado da Profrª McGonagall, mais fazia lembrar um veela que uma garota comum de tão bonita. Todos os garotos pareciam estar um tanto quanto empolgados para a infelicidade das garotas. Até Rony ameaçou uma esticada de pescoço, mas Luna, que acabara de sentar ao lado dele sem que Rony percebesse, lhe estapeou a nuca.

- Ai! Ei! Quer que eu seja cego?

- Podia pelo menos disfarçar, não é?

As pessoas em volta deles riram.

- A senhorita Brookstorm estuda em Witchcrafts, e fará conosco um intercâmbio mágico acompanhando as aulas que melhor lhe convirem.

- Witchcrafts? – indagou Harry a Hermione que com certeza, além de ser a única que não parecia tão interessada na garota, poderia lhe responder com certeza.

- Sim. A Escola de Magia só para garotas que fica na... bem, eu não sei onde fica, é enfeitiçada pra não sabermos, lembra? – explicou numa voz rouca e abafada. Harry sacudiu a cabeça entendendo tudo. Depois voltou seu olhar lá para frente de novo. Ela de fato era muito bonita e provavelmente tinha a mesma idade de Harry. Depois das apresentações, a garota sentou-se próxima de sua tia, Madame Pomfrey, e a Porfessora McGonagall voltou para seu lugar. Agora sim poderiam sair dali o mais rápido possível e apressarem-se para a aula com o Prof. Slughorn. No caminho todos estavam conversando.

- Puxa! A aluna de intercâmbio é mesmo muito bonita, não acham? – falou Neville em tom sonhador.

- Aposto como consigo leva-la ao Baile! – gabou-se Simas Finnegan.

- Acho que precisa beber muito suco de abóbora para conseguir esta façanha Finnegan! – menosprezou Rony.

Os garotos riram, Simas ficou vermelho. As garotas escutavam tudo mais a frente enojadas.

- Garotos! Não podem ver um rabo de saia e olhe os bobos que se tornam! – falou Luna balançando a cabeça.

- Francamente! – concordou Hermione.

Gina que estava no grupinho, manteve-se estranhamente calada. Logo o assunto da garota foi substituído por alguma coisa realmente proveitosa, segundo Hermione, os TF’s.

- Então? Já decidiu o que vai fazer Harry? – perguntou Rony enquanto caminhavam.

- Na verdade eu já sabia exatamente o que eu queria e era me tornar um Auror. Mas isso vocês já sabiam.

Harry colocara essa idéia em sua cabeça desde o quinto ano. Voldemort havia sido morto finalmente no ano anterior.

- E Sirius sabe disso? Ele... concorda com a sua escolha?

Perguntou Hermione preocupada.

- É claro! Ele sabe muito bem o quanto significa pra mim tudo isso Hermione.

Explicou Harry. Os responsáveis pelo fim do Lorde das Trevas eram Harry e Sirius, este por sua vez retornara misteriosamente depois de dois anos tido como morto. Ele alegou usar estes dois anos para provar sua inocência e legitimar-se como o tutor absoluto de Harry até ele completar 21 anos. Harry ficou um pouco enraivecido pelo fato dele não dar uma única notícia, pois com muita dificuldade aceitara o fato do padrinho, que mal conhecia, mas pelo qual já tinha um grane apreço, estar morto. Desde então, os dois decidiram morar juntos na casa que pertencera aos pais de Harry, em Godric’s Hollow. A luta contra Voldemort, não fora uma luta fácil. Sirius ficou algumas semanas no St. Munguns, o hospital dos bruxos, em recuperação e Harry quebrara o braço, a perna e ficara muito fraco. Madame Pomfrey o fez beber muitas poções e isso ajudou o processo de sua recuperação acelerar-se e o Prof. Dumbleodore não permitiu sua volta para a casa dos Dursleys, os tios trouxas de Harry, por temer que algum seguidor de Voldemort tentasse algo contra o rapaz, principalmente agora que não estava mais sob o encanto de firmar os laços de amor entre ele e sua mãe, Lílian, sempre que voltava a rua dos Alfeneiros. Ainda havia muitos Comensais da Morte à solta, alguns deles talvez até aspirantes ao cargo que fora ocupado por Voldemort e que estavam cedentos de vingança. Harry prometera a si mesmo que enquanto estivesse vivo não permitiria tal coisa.

- E você? Já decidiu o que fazer Ronald? – perguntou Hermione, desta vez a Rony – Vai mesmo opinar por Trato das Criaturas Mágicas?

- Está brincando? É claro que não! Minha mãe deve estar louca se pensa mesmo que vou fazer uma escolha dessas! – ele respirou fundo – Pensei em ser um professor de...

Rony parecia um pouco receoso em prosseguir.

- De? – indagou Harry.

- De Quadribol! – ele esperou um momento a reação dos amigos. - O que... acham?

- Legal Rony, aposto que vai se dar muito bem, mas...

- Precisa estudar mais!

Rony olhou de Hermione para Harry esperando uma força do amigo.

- Ah... não olha pra mim! É Hermione quem está dizendo.

Eles apanharam o material necessário para a próxima aula, Poções, e deixaram seus demais pertences no dormitório. A aula foi bastante proveitosa. Na verdade, uma vez que Snape assumira sua fidelidade para com Voldemort, o Prof. Dumbleodore não hesitou em ser bastante severo quanto à partida definitiva dele de Hogwarts. O Prof. Slughorn não era exatamente maravilhoso, mas suas aulas eram bem mais tranqüilas.

- Bem setimanistas, hoje iremos falar um pouco sobre poções que confundem os sentidos das pessoas. Nosso carro chefe será a Poção das Fobias. Alguém poderia me dizer o que exatamente esta poção provoca? – Hermione levantara a mão. - Ehh... sim, Srta. Granger?

- A Poção das Fobias causa em quem a consome um efeito alucinógeno relacionado aos seus piores medos. Quem bebê-la imaginará sentir coisas que na verdade não estão sentindo ou ver coisas que não estão vendo.

- Excelente senhorita Granger, excelente! Dez pontos para Grifinória! – Hermione sorriu abaixando a mão, enquanto o Prof. Slughorn manipulava sua varinha e andava entre as fileiras. - Por exemplo, quem tem um grande medo de dementadores, os verá aos montes em sua volta, podendo até ficar louco, se não for logo socorrido. Mas para isso há um antídoto que veremos na página 147 do livro de vocês, A Arte de se Preparar Poções e Antídotos de Fey Strangfort. Por favor, abram-nos!

Todos os alunos pareciam interessados na aula e o horário passou rapidamente. Entre as explicações de Slughorn e caldeirões borbulhantes, a aula foi bastante proveitosa para todos.

- Vocês já podem sair, sugiro que repassem novamente os ingredientes para a Poção das Fobias e tentem criar um antídoto para ela, seguindo as instruções. Até a próxima aula pupilos!

A fila para as inscrições já estava um tanto avançada quando os garotos voltaram ao Grande Salão naquela tarde.

- Acho que todos tiveram a mesma idéia que nós Harry!

- Pelo jeito sim Ron.

Depois de discutirem com os devidos professores suas pretensões quanto ao que pretendiam fazer após Hogwarts, os garotos, Harry e Rony, foram até a biblioteca convencidos por Hermione. Rony disse que precisava falar com Luna, então Harry acompanhou Hermione à biblioteca sozinho.

- Vocês até que superaram bem o término não é?

- Acho que descobrimos que somos melhores como amigos.

- Isso é bom. Sinceramente cheguei a pensar que perderia vocês dois.

- Ora que bobagem Harry. Eu jamais deixaria que uma coisa dessas estragasse nossa amizade e acredito que nem o Rony.

Como Harry e Hermione não estavam saindo com ninguém no momento, passavam boa parte do tempo livre juntos. No começo Harry achou estranha a ausência de Rony, mas isso tornou-se tão constante que começou a ver em Hermione coisas divertidas também e ela já não estava tão severa como antes, parecia também querer libertar-se um pouco daquela Hermione CDF. A semana foi bem tranqüila e antes do recesso, Rony e Gina receberam uma carta dos pais. A de Gina a convidava para passar o feriado em casa e a de Rony, para fazer uma viagem bastante inesperada. Até ler as palavras “Romênia” e “Dragões” Rony estava empolgado, mas depois disso desatou a reclamar.

- Romênia? Eu não acredito nisso! Vou matar o Carlinhos! Como ele pode fazer isso comigo?

Enquanto Rony arrancava alguns cabelos, Harry e Mione liam a carta abafando risos. Nela o irmão mais velho de Rony, Carlinhos o intimava a ir até a Romênia, onde estudava dragões há algum tempo, para ajuda-lo com algumas novas espécies de bebês dragões. Luna tentava consola-lo, mas também estava tentando não sorrir.

- Rony, não fique assim! Logo você estará de volta e, além disso, você só tem que ir daqui a uma semana.

- Uma semana em três é muito para quem já estava planejando um feriado de paz e sossego!

Até o próximo domingo Harry, Hermione e Luna estavam certos de que não ouviriam outra coisa a não ser o lamento de Rony. Harry, como de costume, ficara no castelo, principalmente agora, às vésperas de seus Testes Finais para tornar-se um Auror. Rony viajara finalmente, mas ainda estava amedrontado com a idéia quando se despediu de Harry, de Hermione e Luna, mas a Sra. Weasley praticamente o obrigou a ir alegando que isso seria ótimo para seu aprimoramento pós Hogwarts.

- Promete que vai me enviar pelo menos uma carta? – pediu Luna carinhosamente.

- Se os dragões não me devorarem antes, eu prometo!

Os dois se beijaram e Luna, junto com Hagrid, acompanhou Ron e Gina até a Plataforma para apanharem o Expresso de Hogwarts.


BOM POTTERIANOS, POR FAVOR MANEREM COMIGO. ESTA É A PRIMEIRA FANFIC QUE EU FAÇO E ESPERO QUE GOSTEM REALMENTE PORQUE EU ADORO ESCREVER!!!
DAQUI A POUCO TEREMOS MAIS CAPÍTULOS...
AGUARDO SEUS COMENTÁRIOS ANSIOSA!
BJIM ^.^
FLÁVIA T.

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