Depressão Coletiva



No dia seguinte, Harry acordou com um estalo bem alto. Fred e Jorge tinham aparatado ao lado de sua cama. Ron na cama ao lado, continuava a dormir tranqüilamente...

- Olá Harry! - falaram eles.

- Er... Oi... - respondeu ele pegando os óculos.

- Só viemos te dizer que... Bem... Não é nada fácil, mas... Ontem, esse lugar foi invadido. - disse Fred.

- O que?!

- É isso aí... - continuou Jorge - Haviam vários vultos encapuzados (provavelmente novos Comensais recém recrutados), não sei dizer quantos... Eles estavam acompanhados de dez Dementadores. Após horas a fio duelando os membros da Ordem estabeleceram controle, mas um dos Dementadores... - ele suspirou e engoliu seco - Fred, conta você.

- Um dos Dementadores beijou o Mundungo.

- MUNDUNGO?! - Harry não podia acreditar... Não podia nem sequer respirar! Não podia ser verdade...

- Ei... A gente já vai indo... Temos trabalho! Ah, e não se preocupe... Todos já sabem...- disse Jorge forçando um sorriso.

- Até Harry! - com essas palavras, os dois desaparataram.

Harry olhou no relógio. já eram nover horas. Resolveu se trocar e tomar café.

Na cozinha, Harry encontrou a Sra. Weasley choramingando e soluçando. ele se aproximou e ao vê-lo ela tentou disfarçar as lágrimas, mas se desesperando, chorou mais.

- Sra. Weasley, a senhora está bem?

- Ah Harry... Sempre tão gentil... É muito bom com os meninos... - ela tinha um sorriso triste, meio inespressivo.

- O que aconteceu? - perguntou ele sentando-se ao seu lado.

- As coisas que adam acontecendo... Você, Daphne, Gina, Percy, Mundungo, Hermione... Quando é que acaba!? Quando!?

- Tem que ser forte Sra. Weasley... Tem que agüentar firme...

- Os meninos e Gina... Eu NUNCA me perdoaria se algo mais acontecesse a eles! Tenho tanto medo Harry...

- Não se preocupe... Não vai acontecer nada... Essas coisas vão acabar logo, vai ver!

- Obrigado por tudo Harry...

Nesse momento quatro garotas entraram pela porta da cozinha e a Sra. weasley enxugou as lágrimas indo preparar o café. Daphne parecia assim como Harry, um tanto entorpecida.

- Bom dia gente. - cumprimentou Harry.

- Oi. - disse Daphne e o pegando pela mão ela o guiou para fora dali. Foram para a sala que estava vazia e silenciosa.

- Harry... - começou ela timidamente mas ele a interrompeu.

- Eu sei Daph... Eu pessoalmente também estou apavorado. - Daphne começou a chorar silenciosamente.

- Porque... Isso... Tem... Que... Acon-tecer? - soluçou ela.

- É porque para haver o que é bem... É necessário o mal e um completa o outro. A vida não teria sentido se não fosse assim... - ele passou o braço em sua cintura e eles se abraçaram somente ao som dos soluços de Daphne.

- Prometa Harry, que você não vai mais fazer besteiras e que se eles me pegarem de novo você não vai vir atrás de mim!

- Não. Isso é algo que eu não posso prometer. - disse ele sério.

- Mas Harry se você não fizer isso você vai morrer! - ela se atirou no chão e começou a chorar.

- Daphne, pra mim agora, não faz mais diferença se eu vou morrer amanhã ou depois... mas o que eu não posso fazer é viver um dia sem você. - ele agachou ao seu lado, levantou sua cabeça e disse baixinho - Mas eu prometo que eu não vou deixar ele te pegar pra eu não precizar ir atrás dele. - ela sorriu entre lágrimas. Era imprecionante como ela era bonita até mesmo assim. Eles foram se aproximando e se beijaram.

Quando por fim se largaram Daphne disse:

- Vamos pra cozinha... Eu tenho que tomar café e fazer pesquisas... Bah!

- Vai pesquisar o que? - perguntou ele sem intender nada.

- Eu não vou pesquisar... Vou fazer pesquisas... No centro de pesquisas de St. Mungos... Eles vão... "me estudar".

Eles riram apesar de tudo e foram andando o mais lentamente o possível conversando sobre Quadribol e assuntos mais alegres. Harry sabia o que estava acontecendo apesar de tudo; eles estavam prestes a entrar em uma crise...

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