O encontro com o imprevisto



Harry Potter e o Olho do Dragão
Capítulo Sete - O encontro com o imprevisto


A mansão dos Black estava mergulhada numa meia escuridão, alguns dos vários candelabros que havia na sala faziam o serviço de iluminação. Pelo menos era suficientemente visível as duas silhuetas que se encontravam ali. A mais alta delas caminhava sem parar, ora esbarrando num bibelô, ora esbravejando baixinho para si mesmo. A outra, no entanto, permanecia quieta, incapaz de emitir algum som.

- Não sei o que faço com você, Malfoy! - bradou Snape de repente, encarando o jovem. - Eu disse para procurar auxílio e o que fez? Procura o lugar mais despropositado que alguém possa imaginar.

Draco, então, conseguiu rugir algo para se defender:

- Foi o senhor quem disse para procurar o Potter!

- E o que ele estaria fazendo aqui? - indagou o ex-professor, feroz. - Sem dúvida, não estaria! Um lugar desprotegido e descuidado, facilmente localizado por um Comensal! Pensou que ele abriria a porta para você?

O loiro não respondeu, envergonhado por ter pensando nessa hipótese. Tinha sido mesmo um idiota em pensar que Potter abriria a porta sem alguma resistência. Afinal, ele era um Comensal da Morte. A marca de Voldemort ainda ardia em sua pele, a brasa consumindo cada vez mais sua pele branca e frágil. Potter o receberia sabendo que ele possuía a marca?

- Claro que não - disse Snape em resposta ao seus pensamentos. - Nem Potter e nenhum membro da Ordem da Fênix em seu estado normal deixaria você se esconder, mesmo que pedisse clemência eterna!

- Então por que quis que eu o procurasse? - Draco perguntou quase gritando.

Snape respondeu no mesmo instante, em cólera:

- Eu queria que você andasse por aí com um plano em mente! Fugir sem um caminho definido é muito mais perigoso... Não o culpo totalmente por isso, tenho que admitir, porém o simples fato deixaria margens muito mais claras do que o sol que isso é um verdaeiro absurdo! Você deveria pensar, Malfoy, colocar estas células cinzentas que estão aí em sua cabeça para funcionar!

Draco encolheu mais ainda.

- Tenho que tomar algumas providências - disse Snape para si e voltando-se para Draco: - O que está fazendo parado?

- O senhor não vai me ajudar?

Snape gargalhou, um tanto frio como era comum a sua personalidade.

- Tenho um plano para você se esconder, porém mais para frente - respondeu, tamborilando os dedos em seu próprio corpo. - Enquanto não chega a hora, continue e a caminhar em busca de Harry Potter!

- Mas...

- Eu disse para continuar, Malfoy! Siga as minhas instruções pelo menos uma vez.

- Quanto a Belatriz?

O rosto de Snape se encobriu pela escuridão nesse momento. Sua voz tornou-se mais rígida quando respondeu:

- Ela conseguiu escapar desaparatando daqui antes que fosse atingida. - Ante o olhar perplexo de Draco, prosseguiu: - Eu sei o que está pensando... Ela não contará para milorde o que aconteceu aqui, tenho Belatriz Lestrange ainda em minhas mãos. Não se preocupe comigo...

- Minha tia poderá estar contando agora, será tarde demais para o senhor.

O bruxo sacudiu a cabeça levemente.

- Lestrange não foi direto para o quartel-general, está assustada demais e recordará de mim, temerosa - sorriu. - Mesmo que conte, milorde me dará tempo para explicar... É aí que eu a tenho!

- Como o senhor tem tanta certeza que o Lorde dará tempo para explicações? - questionou Draco friamente. - Todos nós sabemos que ele é implacável, não tolera erros.

- Matei Dumbledore, algo que você deveria ter feito, mas graças ao juramento não pode - respondeu Snape. - Ele confia em mim e isso já basta para minha crença - concluiu o ex-professor alteando a voz amargamente.


XXX XXX



Os dias passaram rapidamente, deixando todos na Toca em estado de pura apreeensão. Afinal, faltava apenas um dia para o aguardado casamento de Gui e Fluer. A correria dos preparativos sobrava para todos, não havia um minuto sequer de descanso.

Ora era trocar os móveis de lugar, ora enfeitar a casa com os mais diversos enfeites mágicos que Harry nunca vira na vida. E quando todos pensavam que tudo se ajeitara, mais trabalho aparecia. A Sra. Weasley, no final da última tarde antes do grande dia, encontrava-se num estado completamente febril. Os cabelos ruivos espalhavam-se desajeitados pelo seu corpanzil, e sua roupa adorava ficar desajeitadamente assentada. Os seus berros eram frequentes, dirigidos principalmente a Fred e Jorge, que fizeram o favor de largar a loja para oferecer ajuda aos preparativos.

Harry fitava o pôr do sol com um leve desinteresse. Estava sentado no degrau que dava para o jardim, a mão escorando a cabeça levemente pendida para o lado esquerdo. Os óculos também estavam tortos, de modo que várias vezes tivera que consertá-los para que conseguisse enxergar a cena a diante de seus olhos. Rony e Hermione o acompanhava, os dois um tanto quanto próximos um do outro. Harry sabia interiormente que, com os últimos dias corridos que tiveram, Rony e Mione se aproximaram mais do que o normal. Rony não contara nada a Harry sobre esse respeito, portanto não confirmara se ele e Mione... bem, estavam ficando. O que se notava extraordinariamente era a falta das tradicionais discussões que demoravam horas para se concluírem, o que era um alívio para Harry.

Outro fator também foi a paz que instaurara a Toca nos últimos dias. Os preparativos da festa proporcionou a todos um breve esquecimento da guerra que se avizinhava. Era de praxe, toda manhã, o Sr. Weasley ou Carlinhos trazerem notícias sobre algo relacionado diretamente a guerra, mas isso ficou bem mais raro. A felicidade tomava conta de todos, e sorrisos que haviam desaparecido nos rostos de alguns voltaram a aparecer.

O bilhete do misterioso R.A.B, o prenúncio de Dumbledore e os horcruxes de Voledmort desapareceram da mente de Harry por algum tempo. Ele fez questão de esquecê-los pelo menos durante sua estada ali na Toca. Apenas o ritual de transferência que Dumbledore pediu a Harry que fizesse foi feito naqueles dias. Hermione se encarregou dos estudos de aprofundamento da transferência do segredo, já que ela não sabia das palavras necessárias para que se concretizasse o ritual.

Depois disso, com a carta de Dumbledore nas mãos de Harry e as varinhas de Rony e Hermione apontadas para o próximo fiel, uma linha dourada saiu da carta envolvendo-os. Então, Hermione sibilou as palavras necessárias e depois Rony concretizou dizendo "que a transferência se finalize". Outra linha dourada, um pouco mais tênue do que a anterior, saiu da carta, contornando primeiramente Harry e depois os seus amigos. Finalmente o Largo Grimmauld, Harry presentira naquele momento, era definitivamente sua.

Agora, o olhar de Harry fitava o sol descer por entre as montanhas no horizonte. Seu destino estava mais próximo, uma noite e um dia apenas. Depois disso, partiria em busca das horcruxes faltantes de Voldemort. Ele já havia escolhido o seu primeiro destino, enquanto pensava profundamente em suas escolhas: Godric's Hallow. Na verdade, escolhera muito antes, quando ainda estava em Hogwarts. Agora, ele dava o seu veredito.

- Harry, você vai mesmo ir embora depois do casamento? - perguntou Hermione, para sua surpresa, fazendo o levar de volta ao mundo real.

- Bem, eu já tinha dito antes... Não vou mudar minha opinião.

Rony, então, resolveu participar da conversa:

- Mas Dumbledore pediu que você ficasse em Hogwarts, cara!

- Sim, é claro, mas não vou seguí-lo... A caça das horcruxes é o essencial agora, voltar a Hogwarts seria perda de tempo.

Harry parou imediatamente ante o rosto perplexo da amiga. Sabia que viria uma chuva de recriminações pra cima dele.

- Harry, isso o que você falou nem um trasgo falaria! Há professores em Hogwarts e você precisa deles nesse momento. Você não lembra que nem ao menos fez um arranhão no Snape naquela noite? Ou pensa que Voldemort é mais fraco do que ele?

Nesse ponto, Hermione tinha razão, mas não quis dizer mais nada para não alongar a conversa. Queria ficar calado e pensar com seus botões. De fato, ele teria muito o que aprender e Hogwarts seria muito bem vinda ao seu aprendizado. No entanto não poderia esquecer de sua missão, esta era imprensindível para o seu sucesso.

- É claro - prosseguiu Hermione com a voz mais acalmada -, que você não vai esquecer de buscar as horcruxes. Eu acho que a Ordem poderá ajudá-lo, porque não?

- Dumbledore confiou a ele, Mione - respondeu Rony com o semblante sério.

- Ajuda é sempre bem-vinda, Ronald - disse Hermione em tom ríspido. - E mais...

Harry deixou de prestar atenção na discussão que começava a se aflorar. Estava tão bom os dois se interagirem sem brigas, mas parecia que era a sina de cada um. Nunca parariam, sempre trocariam farpas... Mas, por outro lado, Rony e Hermione se amavam, talvez este amor fizesse o papel do equilíbrio.

A noite caiu rapidamente, e Harry achou melhor dormir mais cedo do que o habitual, numa tentativa de poupar suas forças. Para que o sono viesse mais rapidamente, começou a folhear os livros de feitiço e defesa contra as artes das trevas. Como as palavras começavam a se embaralhar, não demorou muito e dormiu.

Com uma sacudidela violenta, Harry voltou a abrir os olhos. Incrivelmente estava diante de um rosto muito próximo, emoldurado pela luz da claridade vindo da janela aberta. Harru apalpou a mesinha de cabeceira a fim de pegar os óculos, e assim que os colocou, focalizou o dono do rosto. Gabrielle Delacour sorria abertamente, os cabelos loiros caindo por cima.

- Olá, Arry! - bradou ela, feliz.

- Mas o que... - Nem bem começou a dizer, outra voz o interrompeu, esta vindo da porta.

- Ei, o que você está fazendo aí? - Harry imediatamente reconheceu a voz repreendedora de Rony.

A menina se virou em direção a porta e respondeu:

- Vim acordar o Arry, orra!

- É, parece que já o acordou, seu trabalho está feito. Pode ir.

Gabrielle se mostrou relutante, mas acabou cedendo saindo porta a fora. Rony adentrou mais ao quarto, despindo a camisa que vestia.

- Bem, é melhor acordar logo. Está em cima da hora!

Harry levantou-se de um pulo e certificou-se a hora no relógio pendurado na parede.

- Puxa, dormi demais!

- Acho que você foi o único a dormir nessa casa - observou Rony com o rosto franzido. As olheiras eram bem proeminetes, o que corroborava com o que acabara de dizer. - Todos estão num estado de nervos nunca jamais vistos.

- É a apreensão do casamento - comentou Harry, trocando as roupas de pijama para as de festa. - Quando é que a Gabrielle chegou?

- Hoje pela manhã. Disse que estava ansiosa em vê-lo.

Harry sorriu, mas nada abertamente.

Os dois demoraram-se por alguns minutos e depois desceram. No caminho encontraram Hermione e Gina, as duas vestidas lindamente. Gina estava um pouco de cara fechada, já que ela fora cortada para levar as alianças aos noivos.

- Foi aquela Fleuma idiota! Disse que não servia porque constrastava muito com a altura da mini-Fleuma. - Harry e os outros riram do resmungo de Gina. Era bem visível que Gina crescera um bocado nos últimos meses, mas nada comparada à altura de Rony, por exemplo.

Assim que chagaram à sala, encontraram Fred e Jorge encostados num canto.

- Espero que não estejam tramando nada para a festa - disse Hermione em voz alta propositalmente.

Os dois se viraram, mas nada havia em suas mãos. Com um rosto bastante angelical para a ocasião, Jorge fez questão de retrucar:

- Nossa Hermione, você duvidando de nós dois?

Fred também aproveitou a deixa do irmão:

- Somos os filhos mais comportados dos Weasley, pelo menos não ficamos desentupindo ralo de pia para todo mundo ver.

A alfinetada deixou Rony corado, porém não disse nada para se defender. Harry percebeu um risinho torto aparecer no canto na boca de Hermione enquanto se deixava desabar no sofá ao lado de Gina.

A cena desanuviou com a chegada de Gabrielle a sala. A menina dava os seus saltinhos e avisou, quando deparou-se de frente a Harry, que se veriam na igreja.

- Ué, não vai com a gente? - quis saber Gina, com um leve desprezo.

- Eu só vim darr uma olhade em Arry, estava com saudades - respondeu ela, ainda dando pulinhos. - Merwes está aí forra para me levar... Então, até logue!

Saltitando, a menina saiu pela porta. O grupinho começou a conversar sobre coisas banais enquanto não chegava a hora de partir. Uns dez minutos depois, uma voz cortou o recinto tomando a atenção de todos.

- Garotos, estão todos prontos? - A Sra. Weasley vestia um longo vestido azul que se assentava muito bem em seu corpo. O seu estado foi aplaudido por Jorge no exato instante de sua entrada.

- Puxa, mamãe! A senhora está um deslumbre só.

Ela sorriu, corando as bochechas de leve. Seus cabelos vermelhos estavam presos nuam espécie de fita colorida, o que deixava o seu rosto um pouco mais a mostra do que o costume.

- Não estou... - falou ela vergonhosa.

O Sr. Weasley entrou na sala nesse instante, e quando viu a mulher soltou um assovio bastante longo. Todos riram, deixando a bruxa ainda mais tímida. Demoraram-se por alguns minutos e então depois partiram para a igreja, em carros cedidos gentilmente pelo Ministério da Magia.

XXX XXX


A missa se celebraria na igreja de Ottery St. Cathpole, localizado num bairro bem próximo ao centro comercial da velha Londres. Era um templo relativamente grande e classificado pelos trouxas como gótico perpendicular e decorado, mais ou menos construído por volta do ano de 1340. Fora um bruxo quem levantara aquelas pesadas paredes feitas de concreto, e por isso uma grande quantidade de casamentos bruxos era realizada em Ottery St. Cathpole desde então.

O interior não apresentava nenhum atrativo especial, além, é claro, da decoração especial produzida para o casamento. Era bem antigo, incontestavelmente, porém sofrera uma reforma rigorosa na era vitoriana dos trouxas. Os bancos pretos de pinho e os berrantes vitrais vermelho e azul haviam arruinado todo o encanto arcaico que outrora possuíra.

Harry reparava o local com interesse enquanto caminhava em direção ao primeiro banco ao lado de Rony, Gina, Hermione e os gêmeos. Atrás deles vieram Carlinhos, Tonks, Lupin e o Sr. Weasley, que conversavam num tom bem baixinho, parecendo ser confidencial.

A igreja estava toda ela enfeitada com flores rosas, amarelas e azuis, sendo esta última exigência da própria noiva. O ar era composto por vários aromas além das flores. Sra. Weasley ordenou para os funcionários responsabilizados pelo casamento que se enchessem o ar de estonteantes perfumes.

Alguns familiares da noiva chegaram alguns minutos depois. Gabrielle Delacour estava acompanhada de sua mãe, uma mulher loira com traços bem marcantes de veela, e de tios e primos. Sentaram-se do lado esquerdo do altar, destinados somente para convidados e familiares de Fleur. Gabrielle não parava de fitar Harry de soslaio o que deixava o garoto um pouco vermelho. Fred, percebendo os olhares da menina, disparou:

- Veja, a mini-Fleuma deixou de implicar comigo e está de olho no nosso Arry.

Harry ficou mais vermelho ainda quando notou a expressão contorcida de Gina ao seu lado. O momento de aflição só passou quando Molly Weasley e Gui Weasley chegaram acompanhados, indo em direção ao altar. O mais velho dos irmãos Weasley distribuía um lindo sorriso para seus convidados e também para a família de sua noiva.

Mais convidados chegaram, alguns rostos desconhecidos para Harry. Rony apontava alguns funcionários do Ministério da Magia, muitos amigos de seu pai, e outros membros distantes da família Weasley. Havia um bruxo de cara carrancuda e um ar de nobreza incomum que Rony disse se tratar de um tio de sua mãe. Seu nome era Gilles Watershire.

- Ele parece ser rico, não? - comentou Harry o fitando de seu lugar.

- Ele só faz pose, mas é tão pobre como nós - falou Rony.

Harry olhou para o relógio e disse:

- Quem ainda falta?

Gina se antecipou e respondeu:

- Creio que ainda faltam uns parentes de mamãe e papai. Fleur convidou alguns amigos como... Vitor Krum - Gina olhou de soslaio para o irmão, que parecia estar preste a um colapso nervoso. Já Harry notou Hermione se colorir de vermelho. - Cogita-se que o ministro virá, mas nada confirmado. Pelo menos papai fez de tudo para que ele não viesse... - Harry sabia o que ela estava pensando. O ministro viria somente para se promover e sabendo que Harry Potter não deixaria de estar presente, poderia ter uma conversa com o Eleito.

As pessoas não paravam de chegar. Harry conheceu a tia do Sr. Weasley, chamada por todos de tia Muriel. Era uma mulher alta e muito formosa, embora velha; muito magra e possuía dois brilhantes olhos castanhos. E claro, não podia faltar os cabelos ruivos, escovados especialmente para o casamento. Morava num país que Harry entendera ser a Espanha, por isso não tinha muito contato com os parentes ingleses. Foi uma emoção e tanto o encontro dos parentes, que não se viam há mais de dez anos.

Passados três minutos Gina apontou um primo de segundo grau de sua mãe. Possuía um ar de eterno contrafeito e um rosto branco e lívido. Não se simpatizava muito com os Weasley, e só se encontravam em festividades como aquela. Ele tinha uma filha aborto chamada Mafalda, que segundo Gina teria a idade de Gabrielle.

As figuras tornavam-se mais conhecidas para Harry, à medida que o tempo passava. O desfile se resumiu em Hagrid e Madame Maxime de mãos dadas; Quim Shacklebolt e Olho-Tonto-Moody; o professor Flitwick e a nova diretora de Hogwarts, Minerva McGonagall; Slughorn acompanhado por Percy e pelo ministro Scringeuor (para infelicidade de Harry) e, por fim, Vítor Krum (para aborrecimento de Rony).

- Acho que só falta a noiva, não!? - exclamou Hermione olhando para trás, um mar de cabeças, todas elas cochichando e sorrindo.

- E lá está ela - apontou Gina com o dedo.

De fato a noiva estava entrando. Fleur estava lindíssima num vestido de cetim branco e rodado, o véu caindo macio por sobre sua face. Ao seu lado e de braços entrelaçados caminhava o seu pai, um bruxo baixinho de feição cômica. A igreja, enquanto isso, guardava um completo silêncio que não era nada angustiante.

Gui, em seu posto perto do altar, não cabia em tanto contentamento. Finalmente o sr. Delacour entregou as mãos da filha para o garboso ruivo, e eles se encaminharam para o sacerdote.

- Eu tenho que admitir, a Fleuma está linda - cochichou Gina para os amigos e irmãos.

- Sim, está mesmo muito bonita. Quem entregará as alianças? - perguntou Hermiome, mudando de assunto.

Rony se antecipou para responder:

- Não será você, disso tenho certeza! - O ruivo riu, assim como os gêmeos e Gina.

Harry rolou os olhos para o chão, desanimado, premeditando mais uma briga entre Rony e Hermione, em meio ao casamento. A garota, por sua vez, franziu a testa e disparou:

- Muito engraçado, sr. Ronald! Mais uma brincadeirinha eu te transformo num porquinho voador, assim poderá levar as alianças.

- Será uma graça! - zombou Jorge.

O ruivo quis revidar, mas levou um puxão de orelha de Olho-Tonto-Moody, que estava sentado logo atrás dele.

- Cale-se, ruivinho, ou jogarei você para fora daqui! - O ex-auror não estava com muito bom humor, e Rony se calou imediatamente ante a ameaça.

- Que entre as alianças - ordenava o padre, enquanto isso.

Gabrielle entrou, para surpresa do jovem grupo sentado na frente.

- Nossa, que rápida - Gina disse, incrédula.

- Estava agorinha mesmo ali - disse Fred.

- Pode crer - concordou o irmão.

A irmã de Fleur levou as alianças e já tinha se sentado em companhia dos pais. Harry a viu pelo canto do olho, analisando como estava bonita dentro daquele vestido rosa com flores grudadas na saia rodada. No alto de sua cabeça um bonito arco azul assentava-se por entre a cabeleira loura. Harry sentiu então algo cutucando o estômago e percebeu se tratar do cotovelo de Gina, e não as antigas borboletas que sentia quando fitava Cho Chang. Lançou um olhar irritado para a ruiva, mas ela não se importou com a mirada assassina e continuou a prestar atenção na missa.

- Com a união selada pelas alianças, então vos declaro - o sacerdote dirigiu-se especificamente para o casal - marido e mulher. Pode beijar a noiva - acrescentou fitando Gui.

Gui e Fleur se beijaram apaixonadamente, enquanto os familiares corriam lágrimas por entre os rostos. A Sra. Weasley, além de não parar de chorar, murmurava constantemente:

- Oh, meu filho querido, meu filho querido... - Restava ao Sr. Weasley a missão de consolá-la.

- Bah, que choradeira - exclamou Jorge, enquanto aplaudia.

- É um momento feliz... - comentou Harry.

- Sim, mas... - Jorge se deteve. Ele olhava para trás espantado. Harry também se voltou para trás e para sua grande surpresa várias pessoas começaram a entrar na igreja. Gui e Fleur se desprenderam e também olhavam para os novos convidados
.
Convidados esses muito pouco convencionais... Não usavam roupas adequadas, e muito menos guardavam as varinhas em respeito aos noivos. Estavam encapuzados e uma manta negra escorria da cabeça aos pés... Eram os Comensais da Morte!

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Preview: Comensais na igreja? E agora? A luta começa em meio a felicidade, o caos não demora a desmoronar por cima da cabeça dos convidados. Você lerá, numa cena de tirar o fôlego, em O pedido de Scringeour.
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Aff, depois de dias sem atualização aqui estou eu com o capítulo Sete. Bem o nome era para ser outro, porem tive que mudar e anteciapar algumas coisas. O casamento seria no próximo, mas como tinha pouca coisa nesse capítulo, tive que adiantá-los. E bem, o encontro com os Comensais se tornou imprevisto. No proximo vcs entenderão como eles conseguiram entrar, viu.

Quê mais? Quero agradecer a todos que leram e, principalmente, aos que comentaram. Criaram coragem e fizeram um esforço pra comentar. Muito obrigada! E, podem ter certeza, NÃO vou abandonar a fic! Isso nunca! Poderá levar alguns dias para atualizar, demorar até mais, mas podem depositar a confiança em mim!

Falei demais, é melhor ir embora.

Malfeito Feito
Selina

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