Epílogo





DISCLAIMER: Não é meu! É tudo da J. K. Rowling.


BETA READER: Shey Snape – muito obrigada!


N. A.: Este é o Epílogo! Nathan e Trelawney dão uma olhada no future da família Granger-Snape.




Epílogo


A reunião com os outros professores já havia terminado fazia tempo, e mesmo assim seu pai ainda estava no escritório da diretora. Eles já deveriam ter saído em direção a Hogsmeade, mas a Diretora McGonagall parecia estar tendo dificuldades em deixar seu pai ir. Será que ela não se lembrava de que ainda eram férias de verão? O ano letivo só começava no próximo mês!


Não era apenas o tédio de esperar que deixava Nathan inquieto. Ele estivera sentindo uma sensação estranha que parecia aumentar em intensidade, e ele não sabia o que fazer dela. Ele se sentia como se não devesse estar ali, como se fosse esperado em outro lugar.


Ele se mexeu, inquieto.


Talvez uma caminhada faria o sentimento ir embora. Nathan deu uma última olhada para a porta entre as gárgulas e começou a andar corredor abaixo sem destino em mente. O que ele não sabia era que seus pés o levavam muito deliberadamente para algum lugar. Uma luz vinda de uma porta que fora deixada entreaberta poderia tê-lo alertado dos propósitos de seus pés.


Incapaz de resistir, Nathan abriu a porta e espiou. Na mesa estava uma grande bola de cristal emanando uma luz azulada.


Como em um transe hipnótico, Nathan fora pego pela luz e trazido a olhar fixamente para o interior rodopiante do globo de cristal.


— Estivemos lhe esperando.


Nathan continuou a olhar fixamente para a esfera de luz.


— O futuro quer ser desvelado para você.


— Meu futuro? — Nathan perguntou.


— Coloque a mão na bola de cristal.


Nathan assim o fez. Uma mão adulta veio pousar sobre a dele. Ele desviou o olhar da bola e descobriu que era a mão da Profa. Trelawney.


— O que você vê? — ela perguntou.


Ele focou na luz revolvente atrás do vidro, procurando. Três manchas de luz se tornaram gradualmente mais definidas, e corpos começaram a tomar forma. Em mais alguns segundos, Nathan podia reconhecer os amigos Kevin e Andy em uniformes de quadribol, e a terceira figura era... ele mesmo, também em uniforme completo de quadribol, vassoura na mão. Eles celebravam, percebeu.


— Estou no time de quadribol? — ele disse em voz alta, e no momento em que o fez, a cena se dissolveu.


Quando Nathan tentou tirar a mão da bola de cristal, a de Trelawney não permitiu.


— O que mais você vê? — ela perguntou, e como em um comando, outra cena começou a se formar dentro da esfera brilhante.


A figura de uma menina começou a se formar, ganhando cor bem como forma. O cabelo dela era cor de cobre, o corpo era magro, mas uma figura mais escura apareceu ao lado dela, fazendo-a parecer mais baixa do que provavelmente era. As feições da segunda forma começaram a ficar mais definidas, e Nathan ficou chocado ao perceber que era uma versão mais velha de si mesmo. Ele ficou bem de cabelos mais longos. A menina se aproximou e o beijou na boca.


— Tem uma menina me beijando — ele disse, chocado. Novamente, a cena pareceu se dissolver com as palavras ditas.


— Tem mais. Olhe.


Um ponto branco de luz começou a crescer dentro da bola de cristal. Estava, novamente, tomando a forma de alguém. A figura ria, Nathan percebeu, e ao lado dele, com um braço em seus ombros, estava outra figura, outra versão mais velha de si mesmo. Eles pareciam velhos o bastante para serem uns dos alunos do sétimo ano, e riam juntos. Olhando mais de perto para o jovem loiro, Nathan o reconheceu.


— Sou amigo do Malfoy?! — A visão perturbadora dissolveu com a admissão.


— Tem mais?


Muitas cabeças e depois corpos começaram a se tornar visíveis. A multidão olhava atentamente para uma figura em uma posição mais alta, algum tipo de palco. Não era Hogwarts, e a figura que se formava não era nem seu pai e nem sua mãe. O homem era mais jovem que seus pais, embora Nathan estava tentado a dizer que se parecia muito com seu pai. Poderia ser uma visão do passado? Nathan olhou mais de perto enquanto a multidão aplaudia o rapaz, e quando o homem sorriu, percebeu que era ele mesmo. Aquilo o pegou de surpresa. Luzes brilharam enquanto um homem de aparência importante apertava sua mão.


— Sou bem importante e famoso — disse, admitindo o que as imagens lhe mostrava, e como as outras, ela se dissolveu.


— Você vê mais alguma coisa?


Nathan olhou intensamente dentro da bola novamente, esperando que houvesse mais sobre sua fama. A luz se rearranjou e vagarosamente formou a figura de um homem, e depois outra figura se juntou à primeira. Desta vez Nathan não teve dúvida que o segundo homem era seu pai, e em seus braços havia um bebê. Sua mãe entrou na cena, e Nathan sentiu uma vontade incontrolável de estar com aquele bebê.


— Tem um bebê nos braços do meu pai — ele respondeu à mulher. Novamente, a visão se dissolveu, e Nathan sentiu uma pontada de perda que não conseguia entender direito.


— Solte meu filho agora mesmo.


Nathan piscou para a voz do pai, desconectando-se da esfera brilhante. Ele deu alguns passos para longe do objeto mágico e logo sentiu as mãos do pai, puxando Nathan para trás dele e colocando-se entre ele e Trelawney.


— A próxima vez que lhe pegar usando meu filho como cobaia, não me lembrarei que somos colegas de trabalho nesta escola — ele a ameaçou.


— O futuro queria ser revelado para ele. A Visão Interior...


— Coisa nenhuma! — Seu pai apontou um dedo para a mulher, o que a fez recuar de medo. — Fique longe de nós!


Nathan foi arrastado para fora da sala e corredor abaixo.


— Não fique sozinho com aquela lunática, entendeu?


— Sim, Pai.


Suspirando, o homem perguntou:


— O que estava acontecendo lá? Ela estava lhe machucando?


— Não tenho certeza — Nathan respondeu depois de alguma hesitação. — Senti a esfera me chamando... Olhei dentro dela e talvez estivesse vendo meu futuro, não sei. Vi você, e a mamãe, e eu mesmo, só que mais velho. Havia um bebê... — O sentimento associado com aquela visão em especial ainda estava apegado claramente a Nathan. — Você segurava um bebê.


— Eu nunca seguro bebês, o que prova que o que viu não era nada além de outra invenção barata daquela fraude.


Não era o que sentira, mas Nathan podia sentir quando não discutir com seu pai.


Eles entraram rapidamente em Hogsmeade, onde visitariam a botica e depois encontrariam sua mãe para almoçar. Nathan tentou deixar os acontecimentos estranhos para trás e aproveitar o dia.


~o0oOo0o~


Nathan estava se aprontando para dormir. Fora um longo dia, e ele se sentia exausto. Poderia ter algo a ver com o incidente da bola de cristal – ela o drenara.


Sua mãe apareceu à porta de seu quarto quando acabara de se acomodar na cama.


— Tudo bem por aí?


— Sim.


Ela entrou no quarto e se aproximou de sua cama, visivelmente nada convencida de sua afirmação. Ela colocou uma mão em sua testa, mas claro que ele não estava quente demais. Não havia nada fisicamente errado com ele, exceto pelo cansaço.


— Seu pai de contou sobre o episódio com a Trelawney. Ele disse que teve uma quantidade grande de magia envolvida. Tem certeza que está se sentindo bem?


— Estou bem. Só cansado, eu acho.


Ela se sentou no colchão e o tirou dele cabelo dos olhos.


— Precisa de um corte.


Nathan revirou os olhos. — Já disse que estou deixando crescer.


— Tudo bem, menino teimoso. — Ela disse aquilo e permaneceu lá, observando-o. — Tem certeza que está só cansado? Porque esteve quieto demais o dia todo hoje.


Com as palavras da mãe, a pontada voltou ao peito de Nathan. Uma tristeza que não conseguia definir a origem tomou conta, e sentiu vontade de chorar.


— Em uma das visões na bola de cristal, eu vi o papai segurando um bebê — ele contou, esperando que ela fosse capaz de explicar porque esses sentimentos o assaltavam. — Você também estava lá, e eu fiquei feliz e triste ao mesmo tempo.


— Ah, querido. Por que isso está lhe deixando triste?


— Não sei.


— Foi só uma visão, e se eu conheço bem a Trelawney, não é nem legítima. Não deixe ela lhe afetar, está bem? Odeio ver você triste.


— Vou azarar Trelawney da próxima vez que a vir. — Nathan não notara que seu pai estivera ouvindo a conversa à porta. Ele agora se aproximava da cama também.


— Não está passando, está? — sua mãe perguntou, e Nathan balançou a cabeça.


— Muito bem, então o que faremos a respeito? — ela inquiriu com uma mão no peito dele.


Nathan fechou os olhos e tentou racionalizar seus sentimentos e pensamentos. — Vocês gostam um do outro, não gostam? — perguntou aos pais.


— Gostamos — sua mãe respondeu por ambos.


— Se você gosta dele e ele gosta de você também, por que não ficaram juntos quando eu nasci?


— Não era tão simples assim. — A mão de sua mãe fez círculos em seu peito. — Seu pai e eu... Nós estávamos acabando de deixar uma guerra para trás.


— Eu não tinha lugar para uma família em minha vida naquela época. Sua mãe tomou a decisão certa quando o levou para longe — seu pai interveio.


— Queria que ela não tivesse me levado para longe — Nathan insistiu, ainda incerto sobre porque era tão importante fazê-los entender. Mas parecia que não seria uma tarefa fácil; seu pai balançava a cabeça em desacordo.


— Você não diria isso se tivesse me conhecido naquela época. Aceite minha palavra neste assunto, Filho, eu teria feito vocês dois infelizes se ela tivesse ficado — ele argumentou.


Nathan segurara as lágrimas o quanto pode, mas os sentimentos esmagadores eram fortes demais.


— Mas por quê? Você não nos ama?


— Eu amo você como nunca pensei que amaria ninguém — seu pai confessou com toda sinceridade nos olhos. — Eu não saberia disso há doze anos — completou. Ele olhou para sua mãe; ela também derramava lágrimas silenciosas. — Sua mãe sabia disso.


— Eu senti sua falta — Nathan continuou. — Eu vi todos os meus amigos com os pais deles, e eu só tinha a mamãe. Não era justo.


— Não, não era — sua mãe concordou. — Eu sinto muito mesmo por isso.


— Você poderia ao menos ter me contado que ele existia. — Ele retomou a velha discussão, sua voz molhada pelas lágrimas.


Ela se curvou e beijou sua testa.


— Shhh. Sem mais choro sobre isso — ela sussurrou contra sua pele. — Já passou. Shhhh.


Severo se sentou no outro lado da cama. — Estou aqui agora. — Nathan se jogou nos braços do pai. — Estou aqui. Não vou a lugar algum.


Hermione veio por trás de Nathan e abraçou os dois. — Estamos todos aqui, e se é amor nos mantendo juntos, então ficaremos assim enquanto eu viver.


~ FIM ~


N. A.: Quero agradecer do fundo do meu coração a cada pessoa que chegou até aqui e terminou de ler esta história. Foi para mim uma jornada longa e recompensadora escrever e compartilhar essas palavras com todos vocês.


Nathan, Severo e Hermione foram entidades vivas na minha cabeça por mais de sete anos, e vou sentir muita falta deles agora que não estarei mais escrevendo sobre eles todos os dias. Nathan, em particular, será sempre meu bebê, mesmo que eu tenha sido obrigada a dar ele para a Hermione. ~rs~


Também fazem parte desta jornada todos aqueles que deixaram review, os que me apoiaram, as moderadoras de arquivos, e claro, minhas beta-readers. Tive a sorte de receber a ajuda de mulheres maravilhosas como a SnarkyRoxy, Poultrygeist, GinnyW, Indigofeathers, Annie Talbot, e as Snapetes, em especial a BastetAzazis e a Shey Snape. Muito obrigada mesmo! Não teria conseguido sem vocês!


~abraços~


Fer



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Comentários (5)

  • ElisaPhillips

    2018-02-09
  • Mione Jean Potter

    Eu AMEI essa fic! Muito bem escrita e elaborado. Os dilemas e situações. Tudo perfeito! Genial! Muito bom, de verdade. Uma das minhas favoritas. Amei a cena do Sev dando os pontos para a Grifinoria! E achei uma gracinha esse epílogo 

    2015-04-11
  • taina cullen

    hehehe, lindo o cap *-* parabéns, se algum dia for escrever outra fan fic deixe um recado aki!bjoks, vc fez um ótimo trab aki menina!! 

    2012-11-02
  • Thaiana Tolkki Snape

    Aqui está uma história que já li, reli e sei que relerei dúzias de vezes sem nunca enjoar dela. Obrigada por nos presentear com essa preciosidade, Fer!

    2012-10-22
  • Cindy

    Nos que temos de agradecer a vc por uma historia tão linda. obrigado

    2012-10-22
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