Previsões na Folha de Chá

Previsões na Folha de Chá



Era de madrugada na sala Comunal e Julie, Natalie, Cris, Bia e Mione estavam estudando. Os meninos tinham tido treino de quadribol e estavam exaustos, por isso tinham ido dormir assim que chegaram.
- Eu não agüento mais estudar! – falou Cris jogando o livro de História da Magia no chão – Alguém pode dizer o que a Caça às Bruxas na América Latina tem haver com a minha carreira promissora no quadribol?
- Deixa de ser metida, garota. – falou Natty.
- Você não pode ser uma retardada que não sabe nada sobre a caça às bruxas, assunto que qualquer bruxo sabe falar. – explicou Mione.
- Isso é conhecimento geral. – completou Bia.
- Natty, você tá tomando chá de que? - perguntou Ju soltando o livro de Adivinhação.
- Chá preto. – falou ela olhando para a xícara. – Por quê?
- Da onde?
- Não sei, mas eu ouvi uma vez o Dobby falando que eles preferem da Índia ou da França, quando ele começa a falar de assuntos domésticos, ele fica realmente impossível de ser interrompido.
- Tô vendo que o meu avô não está economizando gastos com coisas inúteis. – comentou Cris.
- Você o tomou todo? – perguntou Ju.
- Não, só dei alguns goles. – respondeu Natty que ainda não entendia porque o interesse de Ju no seu chá.
- Onde você quer chegar? – perguntou Mione.
- Eu não agüento mais ler esse livro, e um comentário: a pessoa que escreveu esse livro não tinha o tão famoso ‘dom’. – falou Ju – Eu tenho que botar em prática o que eu leio, por isso eu podia tentar Ler a Sorte na folha do Chá da Natty.
- Boa idéia! – falou Natty toda animada.
- Natty, coloca a xícara de cabeça para baixo nesse pires e depois bate três vezes no fundo da xícara, é para a maioria das folhas caírem, eu esqueci de perguntar, o chá tá com as folhas?
- Mais ou menos, têm algumas. – falou Natty fazendo o que Ju tinha pedido – Eu pedi pros elfos-domésticos coarem, mas eles nunca fazem isso direito, sempre sobra alguma coisa.
Ju pegou a xícara e examinou o desenho das folhas que ficaram coladas no fundo e dos lados, a cara dela não era boa.
- Primeiro eu quero falar que eu nunca fiz isso, por isso eu posso tá vendo alguma coisa que não tá aí. – alertou Ju – E segundo nós não seguimos exatamente tudo o que o livro pediu.
- Vai mulher, fala o que você tá vendo. – falou Cris afoita.
- Eu tô vendo uma flecha, e ela não está tão longe. – falou Ju com um certo receio.
- E o que significa isso? – perguntou Mione.
- A flecha significa más notícias em uma carta.
- Que ótimo, mais notícias ruins. – falou Natty.

Alguns dias depois...

- Onde estão as nossas queridas feiticeiras? – Perguntou Olívio quando chegou com Rony do treino de quadribol ‘especial’.
- Estão com a Minerva. – falou Harry que não tinha parado de fazer seu dever de feitiços.
- Elas por acaso fizeram alguma coisa e a Minerva teve que chamá-las? – perguntou Olívio meio preocupado, ele conhecia Natty, Ju e Cris e também conhecia como as três gostavam de aprontar e acabavam levando a Bia junto.
- Não! - tranqüilizou Mione bem rápido – Elas estão bem calmas agora, faz mais de dois meses que elas não são chamadas na sala da McGonagall. – defendeu ela.
- Lógico que elas não são chamadas na sala da McGonagall a mais de dois meses, estamos nas primeiras semanas da nossa volta a escola, nós estávamos de férias. – falou Harry.
- Então, o que elas estão fazendo com a Mcgonagall?- perguntou Olívio impaciente.
- Treinando para se tornar animagos. – respondeu Mione.
- A Ju já decidiu em que animago ela vai se transformar? – perguntou Olívio curioso. – Dá última vez ela disse que queria ser um coelho.
- Não. – falou Mione – Ô garota pra ser indecisa, outro dia ela queria ser uma lesma, no outro um marimbondo.
- Reparem que a minha priminha só escolhe bichinho interessante. – falou Harry fazendo os outros rirem – Nós podemos acidentalmente matá-la no jardim.
- Rony, tá tão calado, o que que houve? – perguntou Mione.
- Eu tô faminto, que horas são? – perguntou Rony se sentando.
- São onze horas, o jantar já terminou à muito tempo. – falou Mione – Eu também tô com fome. – reclamou ela.
- Por quê nós não vamos até a cozinha? – falou Harry.
- A gente pode sair essa hora? – perguntou Mione.
- Eu sou professor, bora. – falou Olívio.
- E que exemplo de professor. – censurou Mione – Levando os alunos pra um passeiozinho noturno pela escola.
- Você tá com fome ou não? – falou Olívio se virando impaciente.
- Não tá mais aqui quem falou! – disse a bruxa ofendida.

- Será que os elfos-domésticos ainda estão acordados? – perguntou Mione.
- Claro! – falou Olívio com certeza.
- Como você sabe? – perguntou Rony desconfiado.
- Quando a Julie vai nos meus treinos ou quando a gente fica andando por aí, ela sempre sente fome e eu sempre trago ela pra cozinha, até as três da manhã eu garanto que tem alguns elfos-domésticos acordados. – respondeu Olívio.

- Boa noite! – falou Dobby assim que eles entraram na cozinha.
- Boa noite, Dobby. – falou Mione com a voz um pouco triste.
- Que houve, Mione? – perguntou Harry ao reparar a mudança de voz da amiga.
- Todos esses elfos... – começou ela.
- Todos os elfos aqui só não recebem porque não querem, eles se sentem ofendidos quando você oferece um salário. – falou Harry rapidamente, cortando a amiga – Um exemplo, a Luney é a elfa dos Lupin...
- Eu sei quem é a Luney, Harry. – disse Mione seca.
- Então, ela tava morando na casa de um primo distante do Lupin, a Natty me contou que quando eles pegaram a Luney o Lupin ofereceu um salário pra ela, ela simplesmente saiu correndo e enfiou a cabeça dentro do fogão ligado. – falou tentando mostrar para Mione que os elfos se sentem ofendidos quando lhes oferecem salário.
- Por quê? A Luney é maluca? – perguntou Mione assustada.
- Ela achou que não era mais útil, não sei porque, mas foi isso que ela achou.
- Mas o Dobby gosta de ser livre. – falou Mione.
- O Dobby é a famosa exceção de toda regra. – explicou Harry – Você realmente acha que o Dobby é um elfo normal? – Mione deu uma risadinha.
- Mione, você teve mais adeptos ao F.A.L.E.? – perguntou Rony enquanto comia.
- Tive, depois que a Bia se inscreveu, eu tive uma grande procura, muitos querem fazer parte do mesmo grupo que a neta do diretor. – falou ela sorrindo – E ao contrário de muitos membros do F.A.L.E., ela participa de todas as reuniões e projetos, posso dizer que ela é um membro ativo.
- Será que elas já estão na Sala Comunal? Eu tô curioso, qual será o animal que a Ju escolheu pra hoje?
- Boa pergunta. – disse Rony rindo – Cada dia um animal diferente...
- Mas o melhor são os esporros que a Bia dá nela. – disse Harry.

- Podemos ir? – falou Olívio ao ver os pratos de Mione e Rony vazios. Mione só comeu um bolinho enquanto Rony comeu uma refeição completa, com tudo que tinha direito.
- Tchau, Sr. Potter! Tchau, Srta. Granger! Tchau, Sr. Weasley! Tchau, Professor! – falou Dobby quando viu os meninos e Mione irem embora.
- Ele sabe que eu sou professor! – comemorou Olívio sozinho – Ele não me confundiu com um aluno!
- Eu acho que a Julie não tá sendo uma boa influência para o Olívio, tá cada dia mais maluco, agora tá falando sozinho. – falou Rony, também sozinho enquanto via Olívio comemorar.
- Dobby, onde está a Winky? – perguntou Mione.
- A Winky já tá dormindo a muito tempo. – respondeu Dobby.
- Ela já se acostumou com a liberdade, Dobby? – perguntou Mione.
- Mais ou menos, ela não tem bebido tanto ultimamente. – respondeu Dobby com um grande sorriso – Desde que os outros se reuniram com ela e disseram que era uma vergonha quando os alunos chegavam aqui e a viam bêbada.

- Eu vou para o meu quarto. – falou Olívio quando eles chegaram no quinto andar.
- Nos vemos amanhã. – falou Rony desanimado.
- Amanhã o treino é de manhã. – falou Olívio antes de entrar num corredor.
- Eu sei. – falou Rony meio irritado – Você já me falou isso três vezes hoje.
- A Katie é a nova capitã? – perguntou Mione.
- É. – falou Harry.
- E ela tem passado muito tempo com o Olívio?
- Acho que sim, mas eu tenho certeza que o único assunto em comum é o quadribol mesmo. – garantiu Harry.
- Sendo quadribol ou culinária, a sua prima sabe que eles têm passado um tempo razoável juntos? – perguntou Mione com um certo receio, ela já tinha idéia da resposta.
- Não. – respondeu Harry começando a entender porque a Mione estava perguntando tanto.
- Já imaginou o escândalo que ela vai fazer quando descobrir? – perguntou Mione.
- Eu acho melhor a gente falar para o Olívio conversar com ela. – disse Rony – Antes que ela descubra sozinha, aí ela vai fazer da vida do Olívio um inferno, e é lógico, por conseqüência, ele vai fazer da minha vida um inferno!
- É bom ver como você consegue se importar com outra pessoa que não seja você – censurou Mione.
- O que? – perguntou rony constrangido.
Mione balançou a cabeça negativamente e se virou para Hary: - A Katie realmente dá em cima do Olívio como a Ju não pára de falar?
- É, ela realmente dá um pouco em cima do Olívio, mas o cara é tão alucinado por quadribol, e quando eles se encontram é para falar de quadribol, que ele nem repara. – falou Harry.
- Mas ela é super discreta, só a ciumenta da Ju para reparar. – falou Rony rindo.
- Quando vai ser o teste para o time de quadribol? – perguntou Mione.
- Amanhã de manhã, depois do meu treino. – falou Rony.
- A Ju já sabe? – perguntou Mione.
- Já, ela tem treinado com a Bia quando elas têm tempo vago na mesma hora. Acredito que ela passe. – falou Harry. – Por que você não tenta pra artilheira? – encorajou ele.
- Não, Harry. – falou ela rindo – O meu negócio são os livros, só os livros. Eu prefiro só assistir o quadribol, lógico, a uma distância segura.
- Você é quem sabe, Mione, se eu fosse você eu tentava. – insistiu Harry.
- Obrigada pela confiança, mas prefiro ser apenas uma espectadora.
- Até amanhã, Mione. – falou Rony quando eles chegaram na Sala Comunal.
- Acho melhor você dizer até mais tarde, já passou da meia-noite a muito tempo. – falou Mione olhando no relógio.
- Até amanhã, Mione. – insistiu Rony dando um longo bocejo.

- Ju, você pode, por favor, para de andar em círculos? – pediu Mione – Eu tô começando a ficar tonta.
Natty, Ju e Mione estavam no campo de quadribol, Ju ia fazer o teste para batedora da Grifinória, e as amigas estavam lá para acompanhar, pra ver se ela não enlouquecia antes. Bia, Cris, Olívio, Harry e Rony estavam assistindo os testes atenciosamente para poderem escolher quem vai ser o novo batedor e o novo artilheiro.
- Julie Lupin, sossega o facho, eu já não te disse que ano passado o Harry falou que você só não tinha entrando no time por causa da anta do Kurt, agora ele se formou e a vaga é praticamente sua. – disse Natty impaciente.
- Você fala assim, porque você já tá como locutora dos jogos. – falou Ju com desdém – E outra, aquela coisinha asquerosa com certeza vai dificultar a minha entrada no time.
- Quem iria imaginar que essa sua voz exageradamente alta e fina, algum dia ia ter utilidade. – falou Ben ao chegar onde elas estavam.
- Pra você vê, eu nem fiz teste, não tinha me tocado que o Lino tinha saído, um belo dia depois da aula de Transfiguração a Minerva perguntou se eu não queria narrar os jogos. – falou Natty toda cheia de si – Ser locutora deve ser o meu talento nato, a McGonagall deve ter sentido isso.
- Mas tu tá metida! – disse Mione.
- Julie Lupin! – chamou Olívio todo sério – Sua vez.
- Mas ele tá formal. – falou Ju quando passou pelo Olívio.
- Boba. – falou Olívio ao acompanhar ela.

- O que eu tenho que fazer? – perguntou ela quando já estava no ar.
- Eu vou soltar três balaços, você tem que rebater dois dentro daquele círculo e um nesse boneco. – falou Bia – Nada muito complicado.
- Acertar o boneco não vai ser um problema, ele já andou treinando com o Malfoy. – falou Rony fazendo uma piadinha que era só pra Harry ouvir, mas Cris acabou ouvindo também e lançou um olhar pra ele que deixou ele da cor dos cabelos.
- Tudo bem. – falou Ju.
Ju rebateu um balaço perfeitamente dentro do círculo, um no aro e o outro na barriga do boneco.
- Tem que fazer mais alguma coisa? – perguntou Ju descendo da vassoura.
- Não, obrigada. – falou Katie com um tom meigo – Hoje, depois do almoço o resultado vai estar preso no mural da Sala Comunal.

- E aí? Como é que foi? – perguntou Ben ansioso.
- Eu errei um dos balaços, mas eu acho que fui bem. – disse Ju esperançosa.
- Vamos esperar eles? – perguntou Natty
- Acho melhor não, eu fui a última do teste pra batedor, mas o pra artilheiro começou agora.
- Então vamos. – falou Mione se levantando.

- Ju, o... resultado já... tá preso... no... mural, lá...embaixo. – falou Bia que tinha subido correndo as escadarias do dormitório.
Ju estava no dormitório, pois tinha acabado de tomar banho e estava arrumado o cabelo. Natty e Mione estavam lá embaixo tentando aprender a jogar xadrez.
- Ei! – chamou Ju quando Bia desapareceu da porta.
- Que...é? – perguntou Bia se apoiando na parede.
- Qual foi o resultado? Eu passei?
- Não...sei. – mentiu Bia – Desce...pra ver.
Julie saiu correndo pela as escadas da torre dos dormitórios femininos, ela quase atropelou Lilá, que carregava seu trabalho de Adivinhação, no meio do caminho.
- Dá licença! Dá licença! Dá licença! – pedia Ju para o povo que estava na frente do resultado.
Quando Ju conseguiu chegar finalmente no mural, tomou ar (pois estava sem fôlego da corrida) e olhou para o papel.
- Eu passei! Eu passei! Eu passei! – falava ela enquanto pulava enlouquecidamente. – Amor! Amor! – chamava ela quando viu o Olívio sentado numa poltrona – Eu passei! Eu passei! – e ela deu um beijo bem dado no namorado.
- Eu sei. – falou Olívio – Eu tava lá quando decidiram.
- Parabéns! – falou Bia.
- Obrigada! – falou Ju que não conseguia parar de rir.
- Nós devíamos comemorar. – falou Cris – A Ju tá no time e a Natty vai ser locutora, eu nunca imaginei em toda a minha vida que a Natty ia fazer parte de qualquer coisa relacionada a quadribol.
- Mas eu entendo alguma coisa sobre quadribol. – falou Natty chateada – Mas disso! Disso! – ela apontava descontroladamente pro tabuleiro – Disso u não entendo!
- Que você entende, eu sei, só se você fosse muito burra pra não entender nada, você passava uma parte das suas férias no acampamento do Puddlemere United, sem contar que eu não paro de falar nisso o dia inteiro. Eu não tô falando isso. – falou Cris se defendendo – Só que você é muita preguiçosa pra participar de qualquer esporte.
- Bobinha... – falou Natty – Eu posso narrar sentada, não vou ficar cansada.
- Melhor ouvir isso do que ser surda. – reclamou Cris – Eu vou encontrar com o Draco, até mais.
- Ela vai comemorar por nós. – falou Ju ao ver que Cris já tinha saído da Sala Comunal toda animada.
- Já reparou que toda hora ela sai pra encontrar o Draco, tô me sentindo tão trocada pelo Malfoy. – brincou Bia.
- Bia, você não tem os braços do Draco. – brincou Ju.
- Que? – perguntou Olívio furioso.
- Nada. – disse Ju olhando pra baixo envergonhada – Nada, querido. – agora ela forçava um sorriso, mas não adiantou muito, ele continuou com o semblante irritado.
- Quem vai ser o artilheiro? – perguntou Natty.
- A Gina. – falou Bia – Rony, eu nunca imaginei que a sua irmã fosse tão boa em quadribol.
- Isso prova que nem tudo são os genes. – disse Olívio pensando alto.
- Vocês todos tão de prova que não é exagero meu, a Ju faz qualquer coisa que desagrade ele, e sobra pra quem? Pra mim, claro! – resmungou o ruivo.

Notas da Autora: Esse capítulo não foi tão inútil assim! Tem alguma coisa, se você procurar bem, você acha alguma coisa útil! Aew!!!! Bom, eu decidi que só vou atualizar se tiverem comentários, porque eu realmente acho q estou escrevendo para ninguém =P Então, por favor, comentem^^ Bjus e até a próxima.

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