Cartas Escondidas



**Capitulo 8 - Cartas Escondidas **

Harry estava tomando café quando ele surgiu na sua frente.
– Por Deus Rony! – disse Harry engasgando-se com seu pão.
– O que foi? – perguntou Rony rindo alto.
– Você é maluco cara, pode matar alguém assim. – disse Harry se recuperando. – Mas me conta como foi.
– Ah ótimo. – disse Rony sorrindo. – Finalmente Luna cedeu. Mas ela se nega a mandar a criança para cá. Não quer que ela se envolva com Hermione.
– É compreensível. – disse Harry.
– Que horas são? – perguntou Rony.
– Quase dez. – disse Harry olhando para seu relógio de braço.
Rony saiu até a casa de Hermione, bateu a porta e Gina a abriu.
– Já voltou? – disse Gina abraçando ele. – Como foi?
– Ótimo. – disse Rony sorrindo. – Vou poder ver meu filho.
– Ou filha. – disse Gina sorrindo. – Ah eu ia adorar ter uma sobrinha.
– Hermione já acordou? – perguntou Rony rindo.
– Já. – disse Gina. – Está tomando banho, pode subir se quiser.
Rony subiu animado até o quarto de Hermione, a porta do banheiro estava entreaberta, e ele ouviu o barulho do chuveiro.
– Mione? – gritou ele entrando no quarto.
– Rony? – gritou Hermione animada. – Já estou saindo!
Rony sentou-se na cama dela, estava desarrumada. A porta do armário aberta, ele pôde ver algumas roupas dela dobradas lá dentro, e outras jogadas em um canto.
– Como foi lá? – perguntou Hermione animada.
– Ahn, quando estiver aqui falamos disto. – disse Rony disfarçando.
– Ta bom. – gritou ela do banheiro. – Quero que veja uma coisa. Pegue no meu armário uma caixa vermelha.
– Quê? – perguntou Rony sem entender.
– Pegue no meu armário a caixa. – gritou ela de volta, o chuveiro parou. – E pegue a carta bem de cima.
Rony foi até o armário e abriu a porta, haviam duas caixas redondas, uma vermelha e outra verde. Ele puxou a verde e colocou-a em cima da cama. Pegou a primeira carta e começou a ler.
– Encontrou? – perguntou Hermione. – Leia!
– Querida Hermione. – começou ele em voz alta. – Estou morrendo de saudades. Faz muito tempo que não nos vemos. Por que você demorou tanto para responder minha carta? Espero que não demore a responder esta. Espero que esse ano consigamos nos ver. Com carinho, Vítor Krum.
– O que está fazendo? – perguntou Hermione aparecendo de roupão na porta do banheiro, arrancou a carta da mão de Rony. – Isso é crime!
– Você quem me mandou ler. – disse Rony irritado. – E por que está tão nervosa, há algo que eu não saiba nessas cartinhas carinhosas que você nunca mencionou?
– Mandei você pegar a caixa vermelha! – disse Hermione. – E pare de ser bobo Rony, não há nada de mais nestas cartas.
– Eu realmente devo ser um bobo. – disse Rony. – Por que você nunca me falou que mantinha contado com esse babaca do Krum?
– Porque eu sabia que você agiria desta forma. – retrucou Hermione. – Não há nada de mais em me corresponder com ele, Rony!
– Ah não? – disse Rony nervoso. – Será que não mesmo? “Espero que esse ano consigamos nos ver”, o que é isso? Já haviam combinado de se ver alguma vez?
– Não Rony, Vítor queria vir aqui, mas eu não deixei. – disse Hermione. – Porque eu sabia como você agiria. Você iria pensar que eu havia convidado ele, e ficaria cego, exatamente como está agora.
– Pois devia tê-lo deixado vir. – disse Rony parecendo cada vez mais irritado. – Assim ele teria visto que você estava comigo, e desistido de uma vez por todas.
– Ele sabe que estamos juntos. – gritou Hermione. – Pelo amor de Deus Rony! Você estão comigo porque me ama, ou por causa do Vítor?
– Você está louca? – perguntou Rony. – Eu amo você, mas esse Krum me irrita! Você não pode mais se corresponder com ele! Ele sempre quis acabar com a nossa relação, desde a época em que éramos amigos.
– Não me diga o que fazer. – retrucou Hermione. – Eu não vou parar de me corresponder com ele porque você tem ciúmes. Você precisa ter mais confiança em mim, Ronald.
– Você gosta de saber dele, né? – disse Rony. – Não pode parar de se corresponder com ele, porque gosta dele. Pois fique com ele!
– Quê? – disse Hermione incrédula. – Você esta terminando comigo por causa dessa besteira?
– Foi sempre assim né? – disse Rony parado na porta. – Os meus sentimentos foram sempre besteiras. Pois saiba Hermione Granger, que essas besteiras me machucam.
– Ronald, você não pode estar falando sério! – gritou Hermione correndo atrás dele enquanto ele descia as escadas. Rony não se virou, foi até a porta e a abriu, Hermione foi atrás dele, e Gina a seguiu.
– Você vai parar de se corresponder com ele? – perguntou Rony parado na porta.
– Não, Ronald. Não vou. – disse Hermione.
– Então não temos mais nada a falar. – disse Rony, fechou a porta na cara da garota.
– Escute aqui Ronald Weasley. – gritou Hermione correndo até a rua. – Você está sendo muito egoísta. Eu não vou ter um filho com Vítor!
– Ah então este é o problema? – perguntou Rony, neste instante Harry veio até a rua ver o que estava acontecendo.
– Por que esta gritaria? – perguntou Harry parando-se ao lado de Rony.
– Não há mais problema. – disse Hermione. – Ou você se esqueceu do que acabou de me falar? Você é um burro Rony, burro em deixar que esse ciúme o segue. Você sabe que eu te amo, e que eu nunca ficaria com o Vítor, porque eu só quero estar com você! Mas é difícil demais você confiar em mim, e isso me machuca muito. Eu não vou parar de me corresponder com Vítor, porque ele é meu amigo, e ele sabe que amo você. E sabe de uma coisa? Você vai ter um filho, e vai estar sempre perto dele e da Luna, mas eu sempre te apoiei, mesmo sabendo que você já amou a Luna, e agora você simplesmente faz isso? Me joga de lado? Esqueça Ronald, eu não me importo mais, não vou correr atrás de você, só precisava que você soubesse disso antes que fosse tarde de mais!
Hermione deu as costas para o garoto que ficou parado um tempo sem ação e entrou na sua casa. Gina encarou Rony por algum tempo e depois foi atrás da amiga. Harry caminhou até Rony e colocou sua mão em seu ombro, e juntos foram para casa.

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