A Volta de Luna



**Capitulo 6 – A Volta de Luna**

Rony trabalhou com a cabeça na lua e pediu para sair meia hora antes para encontrar com Hermione. Ficou esperando ela sair da livraria.
– Rony? – disse Hermione vendo-o encostado contra a parede. – O que faz aqui tão cedo?
– Vim assegurar que você não fugisse de novo. – disse Rony sorrindo.
– Está falando de hoje de manhã? – disse Hermione rindo. – Eu não tenho motivos para fugir, Ronald. Nas segundas chegam alguns livros novos, e eu preciso estocá-los.
– Meu Deus, não podem usar magia não? – disse Rony dando-lhe um selinho. – Precisam abusar assim da minha namorada?
– Ah Rony, eu gosto de trabalhar aqui. – disse Hermione sorrindo. – E o que seria de nós se usassem magia para tudo?
– É verdade. – disse Rony, caminharam de mãos dadas.
– Harry foi falar com Dumbledore? – perguntou Hermione.
– Acho que sim. – disse Rony. – Quando eu saí de casa ele ainda estava dormindo. Mas ele disse que iria, não é mesmo?
– Espero que sim. – disse Hermione. – Isso seria ótimo para Harry. Já que desistiu de ser auror, deve aproveitar seu talento para “Defesa contra as Artes das Trevas”.
– Chegamos! – disse Rony parando em frente da casa de Hermione, havia luz lá dentro e viram o vulto de Gina pela janela. – Combinado nosso jantar hoje então?
– Claro. – disse Hermione sorrindo.
– Ahh que bom que chegaram. – disse Gina aparecendo na porta. – Entrem que Harry já está aqui. E temos ótimas notícias!
– Podiam ter me avisado. – disse Rony fechando a cara. – Ficaria em casa horas esperando o Harry e ele estava aqui!
– Até parece que eu não ia te chamar. – disse Hermione dando-lhe um selinho. – Agora desfaça essa carinha emburrada.
– Quais as novidades? – perguntou Rony entrando na casa. Agora sorria.
– Estão na frente do novo professor de Hogwarts! – gritou Gina animada.
– Não brinque! – gritou Hermione com um sorriso enorme no rosto, abraçou Harry com força. – Isso é magnífico!
– É realmente incrível! – disse Rony abraçando o amigo.
– Imagina, todos conhecemos Dumbledore. – disse Harry sem jeito.
– Não tire seus créditos. – disse Gina sorrindo para ele. – Você fez por merecer, amor.
– Tudo bem então. – disse Harry sorrindo encabulado. – Mas eu não fui o único a entrar para o mundo adulto hoje.
– Ahh, eu apenas arrumei um empreguinho por aí. – disse Gina sorrindo.
– Ótimo! – disse Hermione animadíssima. – Onde?
– Bem, na Dedosdemel. – disse Gina juntando as mãos contra o peito. – Parece que eu e Harry teremos que lidar com os alunos de Hogwarts.
– E eu só consegui um empreguinho de quinta. – disse Rony emburrado.
– Nenhum emprego é ruim. – corrigiu Hermione. – Ruim é não ter emprego.
– Vamos comer. – disse Gina animada. – Não vejo a hora de começar a trabalhar, é uma pena que falta tanto para Hogwarts voltar à ativa.
– Que bom. – disse Harry sorrindo. – Vou ter algum tempo para planejar algumas aulas.
Durante o jantar o assunto foi o mesmo, o emprego de Harry e Gina. Embora Rony e Hermione estivessem com vários problemas na cabeça, não deixavam de se sentir extremamente feliz pelos amigos. E por alguns momentos, todos os problemas haviam sumido.
A semana passou rapidamente. Na sexta Rony e Hermione estavam voltando do trabalho como de costume, mas Hermione recusou-se a ir até a casa dele, e foi direto para a sua.
– Vocês têm muito que conversar. – disse Hermione tentando parecer forte, deu um beijo no garoto. – Mas não me deixe sem notícias.
– Não deixarei. – disse Rony abraçando-a. – Te amo Hermione.
– Também te amo, Ronald. – disse Hermione soltando-o, entrou em casa.
Rony arrastou-se até sua casa, como se estivesse indo ao próprio enterro (como se isso fosse possível). Quando chegou em casa Harry estava sentado no sofá lendo o Profeta Diário, e por algum instante Rony pensou que a carta tivesse sido delírio. Então Harry virou-se para Rony, e encarando-o voltou seu olhar para a cozinha, indicando que Luna estava lá. Rony então, arrastou-se até lá.
– Oi Rony! – disse Gina emburrada. – Vou deixar vocês sozinhos.
– Olá Luna. – disse Rony assim que a irmã saiu.
–Oh, Rony! Que saudades! – disse Luna jogando-se nos braços dele, arriscou dar-lhe um beijo, mas Rony esquivou-se. – O que houve?
– Você foi embora, lembra? – disse Rony seriamente.
– Mas estou aqui agora. – disse Luna chegando perto dele. – Nós estamos.
– Luna, não sei se te falaram, mas eu estou com outra pessoa agora. – respondeu Rony recuando alguns passos.
– Com quem? – perguntou Luna parecendo surpresa.
– Hermione. – disse Rony num cochicho.
– Hermione? – indagou Luna incrédula. – Você só pode estar brincando!
– Não estou. – assegurou Rony
– Quanto tempo depois que fui embora vocês começaram a namorar? – perguntou Luna desconfiada.
– Alguns di... – dissera Rony, calou-se rapidamente. – Algum tempo.
– Como pode deixar de amar tão rápido? – perguntou Luna indignada. – Porque você dizia que me amava, Rony!
– E amava mesmo. – disse Rony colocando a mão na nuca. – Mas acho que sempre amei a Hermione também.
– Não se ama duas pessoas ao mesmo tempo. – disse Luna com raiva nos olhos. – Como fui burra! Não acredito que estou aqui agora. Esqueça que estive aqui. Adeus Ronald.
– Hei, espera aí. – disse Rony segurando-a. – Você não veio até aqui para falarmos de nós, e sim para falarmos desta criança que está esperando.
– Acho que vai querer ter seus filhos com Hermione. – disse Luna ignorando o garoto.
– Não tem nada a ver uma coisa com a outra! – dissera Rony zangado. – É meu filho de qualquer maneira, e não vou deixar de amar ele.
– Mando algumas fotos, algum dia. – disse Luna encarando-o.
– Como você pode ser tão mesquinha? – perguntou Rony indignado. – Este filho também é meu, e eu tenho meus direitos sobre ele.
– Ele não é um objeto Ronald. – retrucou Luna. – Vou voltar para a Austrália e ele vai nascer e crescer lá comigo. Se quiser saber de seu filho, que vá visitá-lo, pois ele nunca virá aqui atrás de você, isso eu posse lhe assegurar.
– Seus pais não aceitariam isso. – disse Rony. – Eu sou o pai, e acredito que eles mandariam meu filho para me ver.
– Meus pais nem queriam que você soubesse. – disse Luna enfurecida. – E se depender deles, você nunca verá seu filho, porque eles acham que você é um irresponsável, Ronald Weasley, e é exatamente isso que você é. Um irresponsável!
– Escute aqui Luna Lovegood. – dissera Rony num tom de voz que fez a garota se calar e encará-lo. – Eu não fiz esse filho sozinho, se sou irresponsável, você é tanto, ou mais do que eu. Nem você, nem seus pais poderão me impedir de ver meu filho.
– Adeus Ronald. – disse Luna aparatando dali.
Rony caminhou meio cambaleante até a sala, onde Harry e Gina estavam sentados, e jogou-se no sofá ao lado deles. Ficou um longo tempo sem dizer nada.
– Vou ir para casa. – disse Gina abraçando o irmão e beijado Harry.
– Diga para Mione que preciso conversar com ela. – disse Rony quando a garota se dirigia para a porta. – Só que amanhã, já está tarde.
Ela assentiu com a cabeça, e Harry a acompanhou até em casa. Quando voltou Harry não viu mais Rony ali, já estava dormindo, e Harry não demorou ao fazer o mesmo.

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