Sensações e sonhos




- Nos vemos amanha, Ninfa- disse Snape, que ainda não notara a presença de Lupin.
Sem dar importância a Snape, ela quase que gritou:
- Remo, não é o que voc..
Mas ele já havia saído de lá. Tonks foi em seu encalço. Snape ainda estava ali parado, apenas contemplando os dois saírem correndo. Sem dúvida, isso ia ser divertido e a encomenda estava lhe saindo melhor que o combinado. Alem de ter uma relação mais intima com Ninfadora, que era linda, Lupin viu o beijo que ela mesma lhe dera,embora não tivesse essa intenção. A vingança contra Sirius e Lupin estava indo de vento em polpa, e ainda ficaria melhor, isso era uma promessa.O que diria Almofadinhas se visse ele envolvido com sua prima?



Após uns minutos perseguindo Remo, Tonks conseguiu puxa-lo pelo braço enquanto corria, fazendo –o parar. Ambos estavam ao lado da Casa dos Gritos.Ele voltou- se para ela.
- Remo, você viu tudo errado eu e Snape tivemos uma tarde um tanto agradável e..
- Então você confessa que estava se jogando para cima daquele ranhoso!?
- Não....eu...- até com as palavras ela era desastrada- nos encontramos por acaso e ele me convidou para comermos algo..
- COMO VOCÊ PÔDE FAZER UMA COISA ASSIM COM SIRIUS? SERÁ QUE NÃO ENTENDE? SNAPE É O PRINCIPAL CULPADO PELA MORTE DO SEU PRIMO!- gritou Lupin a plenos pulmões, fazendo Tonks começar a chorar.
- Não... você não entende...não ....não foi ..e-e-le – soluçou a bruxa, um tanto intimidada.- v-você-ê ..in-interpretou ..mal. Snape...fa-falou aquilo..na na mansão.. .só para ..
- CHEGA.JÁ NOTEI QUE VOCÊ ACREDITA MAIS NELE DO QUE EM MIM, MAS TUDO BEM, FAÇA COMO QUISER.
- R-Remo...não...por favor-r
- Pensei que você fosse diferente. Uma amiga para todas as horas, verdadeira, sincera. Mas vejo que você não é nada disso. Você simplesmente está confraternizando com aquele..
- PÁRA, PÁRA.Não vou mais deixar você falar comigo como quiser. Não estou traindo a memória do meu primo. E nem sei por quê você ficou tão alterado. Foi apenas um beijo...- Disse ela enxugando suas lágrimas quando foi interrompida.
- Nos lábios, eu vi perfeitamente você se atirando para cima dele.
- Só um minuto. Não somos namorados, noivos, casados, amantes nem nada. Apenas amigos , mas estou duvidando disso nesse momento, quer me dizer qual o motivo da rebeldia?- Tonks enumerava os elementos nos dedos .
- Você simplesmente fica com graça para cima dele e já disse isso mil vezes. A propósito, desde quando ele te chama de “Ninfa”? Pensei que só eu te chamava assim- agora ele estava de braços cruzados e com um ar muito sério.
- Lupin, por acaso você está com ciúme?- perguntou Tonks num tom mais ameno.
- Era só o que me faltava. Eu tô nem aí para vocês. Façam o que quiserem. Apenas lamento por Sirius. Onde quer que esteja, está se revirando- Lupin deu as costas para Ninfadora e desapareceu em algum lugar na fachada da Casa do Gritos.
Ela ficou parada ali por alguns minutos e depois resolveu voltar para casa.Aquele dia tinha sido agradável com Severo,mas com Lupin uma tortura. Enquanto caminhava de volta para casa lentamente no meio da noite pensou em várias coisas.Talvez, seria um favor se Comensais da Morte a atacassem ali mesmo. Ele não a amava e deixou bem claro : “Eu tô nem aí para vocês. Façam o que quiserem”.Snape tinha razão, Lupin só pensava em prejudicá-lo sem saber da história completa. Pela primeira vez, Lupin não acreditou nela e isso era uma apunhalada. Ao chegar na porta de casa, notou que Severo não estava mais lá, o que era bom, pois queria ficar sozinha.Foi até o quarto, se atirou na cama, agarrou o travesseiro e chorou um choro desesperado por horas e horas.
Lupin chutou com raiva a cadeira ao seu lado. Estava inconformado com o que tinha visto. Sentou –se na cama, ainda bufando. Como ela pôde fazer aquilo? Como pôde deixar de acreditar nele? Desde quando ela e Snape eram tão “amigos”? Essas perguntas não deixavam a cabeça de Lupin. E Sirius? O que devia estar pensando? Pobre de Almofadinhas...Como aquele anjo poderia estar se envolvendo com alguém do partido das trevas? Pois ela sabia disso, tinha que saber.
Ele deitou exausto na cama com estrado quebrado que estava com lençóis todos rasgados, onde se encontrava uma camada de pó. Tentou dormir, mas a imagem de Tonks não o deixava. “Como pude me encantar por ela?” –pensava.



No dia seguinte, Tonks quase perdeu a hora, mas acordou, com os olhos inchados e doloridos. Tomou um banho fervendo e, quando estava finalmente despertada, notou, ao olhar para o espelho ainda enrolada na toalha, que seus cabelos rosas e espetados desapareceram. No lugar estavam cabelos pretos e ondulados que iam até a cintura- típico da família Black. Seus olhos não estavam mais escuros, mas verdes. Essa era sua imagem real. “O que aconteceu? Não me lembro de ter mudado de aparência ontem..” Ela fechou os olhos fazendo uma cara de como se estivesse tentando lembrar de algo e, quando os abriu, viu que suas madeixas continuavam iguais. Tentou cinco vezes depois e nada aconteceu. Tinha perdido seu poder de metamorfomaga. Apenas uma emoção muito grande poderia faze-la perder seus poderes. A briga com Lupin.Só podia ser. Colocou suas vestes de bruxa que costumava ir trabalhar, um vestido longo azul marinho liso de alça e sua capa preta. Desaparatou para o Ministério. Ao chegar lá, teve que pegar o elevador até o seu departamento. Todos bruxos e bruxas pareciam olha-la discretamente. Tinha muito trabalho para fazer, embora não tivesse nenhuma vontade.
Lupin acordou às três horas da tarde na Casa dos Gritos. Estava com a coluna toda torta pois dormiu em más condições. Pensou tomar uma Poção Analgésica para aliviar a dor. Mas lembrou que tinha brigado com Ninfadora e nem queria ver Snape; nunca se dera bem com poções . O problema era que não tinha dinheiro para pagar o St. Mungos, caso comprasse uma.. Resolveu então deixar de lado sua saúde e foi falar com Dumbledore sobre sua nova missão com os outros lobisomens.
- É melhor você ir ao subterrâneo nesse domingo à noite porque começa o ciclo de lua cheia desse mês.Assim que ele terminar, você fica por lá e começa seu trabalho como espião.- disse Dumbledore, sentado em sua cadeira atrás da escrivaninha.
- Tudo bem.
- Seria melhor se mandasse relatórios semanais e ..tome cuidado com o que diz. Grayback é muito esperto com as palavras.
- Terei cuidado, professor- Lupin já se virava para ir embora quando Alvo o intrrompeu.
- E mais uma coisa, Remo.
- Hum?
- Peça a madame Pomfrey uma poção para melhorar sua dor nas costas. E te aconselho a resolver todos seus problemas antes de partir domingo.
Lupin o encarou com um olhar curioso, mas Dumbledore sabia que Remo entendera perfeitamente a dica. O lobisomem voltou para a porta e saiu, indo para a enfermaria.Definitivamente era difícil esconder algo do diretor, até mesmo uma dor física e outra sentimental.



A semana foi passando, Tonks e Lupin não haviam voltado a conversar.Com a falta dele, a bruxa sentia-se cada vez mais vazia, como se faltasse um pedaço de si. A saudade não parava de aumentar. Queria ficar com ele para sempre, mesmo que ela a desprezasse. A lua cheia estava chegando e ela queria estar com Lupin para ajuda-lo ao máximo. Sim, ela o amava. Teve que acontecer um desentendimento entre eles para perceber isso. Todas as noites chorava no travesseiro.Não adiantava ir falar com ele pois, com certeza, lhe daria as costas de novo. Snape percebeu o que acontecia com ela e oferecia seu apoio, tentando consola-la, conquista-la.
No sábado à noite, Lupin arrumava suas malas para o dia seguinte Não tinha ninguém agora com quem contar. Os marotos estavam mortos e Dumbledore trabalhando sem parar para descobrir planos de Voldemort. Tonks fazia mais falta a ele do que imaginava. A frase do diretor de Hogwarts não saía de sua mente: “E te aconselho a resolver todos seus problemas antes de partir domingo.” Sim, era o único modo. Não parou de pensar nela um só minuto durante a semana. Definitivamente, o que Sirius poderia estar pensando de Ninfa não era exatamente o que aborrecia Lupin. Algo a mais no “beijo” de Tonks o incomodava, mas não sabia o quê nem o por quê. Precisava vê-la e dar uma chance de se explicar, pois poderia jamais voltar vivo da “aldeia” de lobisomens. Lupin pegou sua capa negra, vestiu-a e aparatou de dentro do seu quarto.



Eram quase onze horas. Caía uma forte chuva em Hogsmeade. Tonks estava arrumando uns pergaminhos no quartinho que lhe servia de escritório. O trabalho no Ministério, naquele momento era a única coisa que apagava Lupin de sua mente, mesmo que por pouco tempo. Concentrada, parou ao ouvir um barulho na porta da frente.Imediatamente, ergueu sua varinha e seu levantou. Sem querer, seu penhoar ficou preso na fechadura duma gaveta aberta. Ela era desastrada ate mesmo em situações de alerta.Desprendeu a roupa e continuou avançando cuidadosamente ( se isso era possível).
Ao chegar perto da porta, viu a silhueta de um homem. Num movimento rápido que aprendera durante seu curso para ser uma auror, abriu a porta com um estrondo e posicionou-se para um ataque contra o visitante mas relaxou ao ver de quem se tratava. Remo Jonh Lupin estava ali fora, completamente encharcado pela chuva. Tonks sentiu uma breve vontade de rir naquele momento porem se conteve.
- Lupin, o q..
- Sei que não devia estar aqui e agora. Mas precisava ver você.. e se pudesse entrar, aqui está gelado- disse ele tremendo.
Ela deixou espaço para ele passar. Molhado e com a roupa grudada no corpo, Remo ficava muito mais charmoso.
- Veio para me ofender de novo?- ela disse enquanto fechava a porta
- Não, queria pedir que me desculpe, fui infantil e um idota.
- É fácil para você vir aqui e pedir desculpas depois de tudo que vo..
- Olha, entrarei em missão daqui a algumas horas e quero resolver meus problemas.
- Me acha um problema então?
- Não. Quero ir sem nenhum peso na consciência. Mesmo sabendo que você e aquele ranhoso...
- Está vendo? Como quer que te desculpe se você não se arrepende de verdade? Você só se importa com você mesmo e não com o que os outros sentem, nem se importa se magoa alguém ou não.- Disse isso se aproximando dele alterada.
- Me importo muito com você, Ninfa.
- Mentira.
- Duvida?
- Claro que sim.
- Ótimo, então veja você mesma.
Ele a puxou para si tão rápido que ela não conseguiu escapar, em seguida juntou seus lábios aos delas com paixão. Tonks tentou empurrar seu “agressor” com violência, mas ele era mais forte e, aos poucos, foi cedendo aos seus instintos, agarrando aqueles cabelos grisalhos fortemente, enquanto as mãos dele, que à principio estavam na cintura da bruxa, começaram a correr suas costas com rapidez , procurando apalpa-la por inteiro. O beijo que começou feroz se tornou cada vez mais ardente. As línguas exploravam as bocas sem timidez, as mãos iam pelos corpos opostos e a roupa de Lupin molhava a de Tonks.Para ele, era uma satisfação que era correspondido e percebeu que seus movimentos confirmavam o que sentia ....amor, não mais atração. Por outro lado, Tonks sentia o tórax de seu companheiro firme, embora com a respiração mais acelerada a cada instante. A cada carícia sentia que era desejada e amada com fervor. Os beijos no pescoço, suas pernas entrelaçando. Há quanto tempo vinha imaginando o que estava acontecendo naquele momento? Ela só queria sentir o momento e pensar que aquilo nunca ia acabar. Lupin a apertava em seus braços, deixando-a mais frágil àquilo tudo e nem percebeu que o conduzia para o quarto.
A cama macia até fez um breve barulho quando o colchão se afundou sob o peso de ambos, deitados, ele sobre ela.Lupin beijava Tonks, ainda vestida, em todos lugares do rosto. Sentia-se como se estivesse numa noite de lua cheia, a adrenalina, a falta de controle, tudo estava presente naquele momento.Parecia um adolescente, apesar de fazer muito tempo que não ficava assim com nenhuma outra mulher, muito tempo mesmo.
Tonks apenas fechou os olhos e deixou-se levar por ele. Provavelmente, a espera para finalmente terem um tempo intimo a sós deixava seu “lobo” assim: incontrolável, mas estava gostando.Nunca havia passado por uma situação como aquela, porem a cada momento, adorava mais. E o melhor ainda estava por vir.
Remo continuou a acaricia-la e ao mesmo tempo a tirar seu penhoar, desamarrando-o na cintura, abrindo-o, e assim mostrando uma camisola rosa bebê no corpo dela; fazia tudo suavemente, para aproveitar ao máximo a cena. Ela, por sua vez,tirava sua capa de viagem ensopada e jogou-a longe. Abria sua camisa velha, mas parou, quando viu uma cicatriz enorme e horrível em seu peito.Parecia que as conseqüências da ultima lua cheia não haviam melhorado. Discretamente, uma lágrima caiu de um olho, mas Remo não percebeu pois beijava freneticamente seu pescoço e depois o seu colo. Pobre Remo, Não tinha ninguém nos últimos tempos e ainda devia enfrentar suas transformações mensais dolorosamente. Que cruz aquele homem carregava!
Tonks queria que isso mudasse, que ele não ficasse só.Iria ficar com ele até o fim, o amava de mais e não queria que nada de ruim , em todos os sentidos, lhe acontecesse.
Lupin, ao perceber que Ninfa parara de despi-lo, pois ficou perdida em seus pensamentos, olhou frustrado para ela , tentando descobrir o motivo.Ao ver que ele também parou com os movimentos, ela disse:
- Eu te amo Remo, nunca vou te deixar.
- Eu também te amo e muito, minha Ninfa.
Ao ouvir isso, ela sentiu como se jamais voltaria das nuvens. Aparentemente, Remo também notou essa sensação e começou a tirar sua camisola lentamente, revelando ao longo do tempo um corpo nu e suave.Diante daquela imagem, Lupin começou a mordisca-lo e beija-lo com delicadeza, ate mesmo nas partes mais intimas, fazendo-a vibrar de prazer. Tonks continuou tirando sua camisa e hesitou um pouco em tirar a calça, morrendo de vergonha ainda. Ele sussurrou em seu ouvido:
-Não se preocupe, só mordo nas noites de lua cheia e, é claro, quando você me pedir.
Ela riu em silencio e continuou suas descobertas e explorações com a boca e com as mãos ao longo do corpo do companheiro.
Num momento, ambos, já totalmente despidos, entraram debaixo dos lençóis e os movimentos começavam a acelerar novamente,mas agora como nunca. Sensações inexplicáveis vinham aos dois. Os corpos,molhados pela chuva, saliva e suor,deliravam. Gritos e até gemidos eram possíveis serem ouvidos na sala. Ora Tonks sobre Lupin, ora ao contrário; Ninfadora arranhando ferozmente com as unhas as costas de Remo a cada delírio que ele dava a ela. Com o passar do tempo, a agitação diminuía. Remo ficou com a cabeça sobre os travesseiros e Tonks com o rosto apoiado em seu peito, acariciando-o levemente. Até que ambos finalmente dormiram abraçados.
Não muito longe dali, um certo professor em Hogwarts suava durante seu sonho com uma certa mulher de cabelos curtos rosa choque, que o beijava loucamente.


N/A: E ai? Como estou me saindo?
Eu acho esse capítulo tao lindo. E vcs?
Vlw pelo apoio pela fan fic e continuem comentando.
Beijos


Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.