A nova era se manifesta





5- A nova era se manifesta


Depois do banquete, Eva foi p/ o salão comunal da Sonserina com seus colegas. Passou uma noite não muito agradável, pois teve sonhos estranhos: sonhou que seu irmão a atacava com a varinha de Cellin, ele dizia que ela tinha que ter entrado para a Lufa-lufa com ele. Depois, sonhou que Cellin chorava, sobre o corpo de uma mulher, que parecia ser uma garota da Grifinória.

—Cellin? Cellin? — gritava ela, se revirando na cama.

— Eva? Vc estava sonhando! — disse Emily, que dormia na cama ao lado — agora, cala a boca e dorme!!!

— Não quero, vou ter pesadelos de novo! — Eva levantou da cama, muito preocupada, pegou uma bolsinha branca com o símbolo da Sonserina e saiu do dormitório.

—Ele também não jogou — delirava Elisabeth, se revirando em sua cama.

O salão comunal da sonserina tinha uma aparência muito fria, vários quadros pendurados, o fogo da lareira era azul, pois ninguém ali gostava de vermelho, as janelas geralmente ficavam fechadas. Eva foi para a sala, sentou em uma mesinha, pegou a bolsa, tirou dela um diário, e começou a escrever:

“Nossa, hoje foi um dos piores dias da minha vida. No trem, tive que me sentar com alunos da Lufa-lufa, que apesar de serem legais, depois do que o Sr. Gallo me contou, acho que devo me afastar. O pessoal da minha sala falou mal da Cellin novamente. Não sei mais como agir, mesmo tendo muitas colegas na Sonserina, agora que Elektra se formou, Cellin é a minha melhor companhia.

Mas, o que acabou mesmo com o meu humor, foi que Chris foi para a casa dos sangues-ruins. Não quero nem ver a carta que papai vai mandar para ele, nossa, isso é muito estranho, como um autêntico Rookwood não foi para Sonserina? Será que Chris é mesmo meu irmão?

Estou muito triste com isso tudo, pensei que o meu último ano seria o melhor, mas vejo que será pior que os outros. Apesar de tudo isso, hoje aconteceu algo muito fantástico comigo: quando Chris foi selecionado, eu fiquei muito mal, ai sai do salão, chorando. Nossa! Inacreditável, Régulo foi atrás de mim!!! Ele estava tão fofo, nossa, eu fiquei muito emocionada, e outro detalhe, quando estávamos no trem, ele me abraçou.

Mas quando eu estava no corredor, sozinha com Rég, Cellin foi atrás de mim. Fiquei com muita raiva dela. Será que ela não tinha percebido que ele foi para lá??? Qual é o problema de eu ficar com Rég??? Isso me deixou muito intrigada. Aquilo só colaborou para que Rég tratasse Cellin mal novamente”...

Depois de passar um bom tempo escrevendo, finalmente o sono dominou Eva e ela conseguiu dormir tranqüila. Na manhã seguinte, após se arrumar, Eva subiu para o salão principal, para tomar café. Estava ansiosa para ver Régulo. Ao chegar no salão, monitores distribuíam os horários das aulas:

— Ah não, vamos ter aula de transfigurações com a Grifinória? — falou Ulisses Apalache.

—É o que parece — respondeu Estephanie Mainz.

—Onde está Régulo? — perguntou Eva, olhando a monitora.

—Foi falar com o professor Cardiff...

Eva sentou, decepcionada. Tomou o café sem falar uma palavra, sua primeira aula seria feitiços, com a Corvinal. O correio chegou, a sua linda coruja azul deixou o jornal e uma carta, parou e começou a comer o seu cereal . Ela pegou primeiro o Profeta Diário, e começou a ler...

“Neste domingo, um bruxo desconhecido assassinou quinze membros da Ordem de Merlin sem deixar nenhuma pista, apenas uma marca jamais vista, no céu. Dentre as vítimas, estava o famoso casal de videntes Chambers e o Sr. Jacques Valence, responsável pela seção do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas na aliança mundial dos Ministérios da Magia. Os funcionários ministeriais estão trabalhando dia e noite para descobrir algum vestígio de quem possa ser o responsável por tal fenômeno. Parentes das vítimas se reuniram para poder ajudar nas investigações”...

—Já viu a notícia principal? — perguntou Cellin, ao se aproximar, repentinamente.

—Essa? — mostrou a notícia que acabara de ler.

— Sim! Que horror! — Cellin falava, franzindo a testa, com uma expressão de pavor.

— Olha... Foi no centro de Londres. Como um bruxo faz isso sem que ninguém perceba? — Eva jogou o jornal de lado, como se o que acabara de ler fosse o horóscopo do dia, pegou a carta.

“Querida Eva, peço-lhe desculpas por não ter ido te ver nas férias, estou muito triste com a minha atitude, mas os preparativos para o casamento estão me consumindo”...

Era uma carta enorme, quem mandara fora Saris, a irmã mais velha de Eva. Depois de ler a carta, Eva foi para o jardim com Cellin, pois ainda faltavam quarenta minutos para o início da aula de feitiços.

—O que ele queria com você?

— Só queria saber como eu estava. Porque, ele não pode?

— Já te disse um milhão de vezes, Black não é a pessoa certa para você, ele não gosta de você! — as duas saiam de dentro do castelo, em direção ao jardim — A família dele é muito suspeita, Eva!

— A família Black é amiga da minha família, minha mãe e irmãs adoram ele!!! — Eva falava em alto tom, Cellin balançava a cabeça.

—Ele tenta fazer a sua cabeça contra mim, você sabe disso!

— Eu sei, mas você sabe que eu não ligo para o que ele pensa de você.

— Isso é por enquanto, pois se vocês um dia ficarem juntos, aposto que você se afastara de mim.

Mas o que Eva não viu foi que Régulo passava por perto com o professor Paul Cardiff , observando a cena.

Eva abraçou Cellin:

—Nunca, isso nunca!

— Agora... quero que você me conte bem... aquela história da poção que controla os sonhos...

— Agora não vai dar, a aula já vai começar, depois do almoço te conto — Eva colocou a mochila nas costas e saiu.

Eva foi para o castelo, subiu as escadas e entrou na sala do professor Flitwick, onde vários alunos da Corvinal estavam sentados. Régulo já havia subido, estava sentado em uma carteira próxima ao professor, ao vê-lo, Eva abriu um enorme sorriso e foi em sua direção:

—Bom dia, Régulo — disse ela docemente.

—Oi! — respondeu ele, sem olhá-la, secamente.

— Posso me sentar com você? — perguntou Eva, receosa, pois percebera a frieza de Régulo.

—Não! — respondeu ele, ainda sem olhá-la — Hei, Philip, senta ai, amigão!

—Bom dia Black. Eva, está linda hoje! — Philip chegava, muito animado.

Eva fora procurar outro lugar para se sentar, ficou extremamente desanimada com Régulo, sentiu como se tivessem colocado uma pedra sobre sua cabeça. Não tinha entendido o porquê daquela atitude tão áspera, pois no dia anterior ele a tinha tratado muito bem.

—Posso me sentar aqui? — perguntou Eva, em baixo tom, a uma garota loira da Corvinal, que estava sentada na frente de Régulo e Philip.

—Pode, claro. — respondeu a garota, com uma voz muito suave e baixa.

Eva reparou que a garota estava muito triste, mas como não estava em uma situação melhor, resolveu ficar quieta e começar a prestar atenção no pequeno professor que acabava de chegar.

—Bom dia, sétimo ano! — cumprimentava o professor Flitwick.

—Bom dia, professor — respondiam os alunos.

A aula corria normalmente, a não ser pelo pequeno sermão referente aos N.I.E.Ms que o professor dera no início. Porém, no meio da explicação do professor, a menina que estava sentada com Eva começou a chorar, e como se já soubesse o motivo, o professor falou:

— Srta. Valence, se a Srta. não estiver se sentindo bem, pode ir descansar no salão comunal.

Vários Sonserinos começavam a rir discretamente, Eva conhecera Marrie Valence em seu primeiro dia em Hogwarts, antes de ser selecionada para Sonserina. Mas as recordações que tinha desta colega eram completamente diferentes das que se revelavam neste dia, pois Marrie sempre fora uma garota muito alegre.

Uma outra garota da Corvinal, que estava quase chorando, olhava Marrie. Eva não estava entendendo a situação até Philip Greenhouse esclarecer:

— O pai dela morreu ontem, aquele Jacques Valence — cochichava ele p/ Régulo, que começava a rir.

—Sim, eu já sabia — respondeu Régulo.

A garota saiu chorando em companhia do monitor da Corvinal, porém o professor Flitwick não conseguiu prosseguir:

—Bem, devido aos recentes acontecimentos, os senhores serão dispensados mais cedo hoje.

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