Matar ou morrer




-Porcaria...-Raquel resmungou, em um sussurro, quando sua capa se prendeu em um espinho. Eles haviam avançado tanto que já estavam no ponto da floresta em que as arvores nasciam juntas, coladas umas nas outras, mas até agora não encontraram Rony.-Escuta...Não é mais fácil a gente se separar e procurar?- A morena perguntou mal-humorada.


-Não!- Harry respondeu, se divertindo com o mal humor da moça- Temos que ficar juntos por causa do sentimento que á nas amizades, Raquel! Se nos separamos não teremos esse trunfo...-Respondeu, enquanto saiam em uma clareira e olhava ao redor. Raquel suspirou e se agachou, para descansar, sem deixar de olhar ao redor.


-E lá vamos nós...Na jornada incrível!- Ironizou Biatriz.


-Não será necessário!- Uma voz falou, vindo das sombras das arvores mais a frente. Raquel se levantou em uma velocidade incrível, se por susto ou reflexo, Harry não sabia.


-Quem está ai?- Hermione perguntou, apertando mais a varinha nos dedos.


-Comensais, sangue ruim!- Outra voz respondeu, enquanto vários homens encapuzados saiam da sombra, ao lado de um deles, estava Rony flutuando. O ruivo já estava acordado, porém estava amarrado e amordaçado, e olhava assustado e confuso para os amigos.


-Que lindo...Um bando de fedorentos das trevas!- Raquel sussurrou, estendendo a varinha, em forma de defesa.


-Vejam quem resolveu voltar!- Uma voz gélida e sem alegria chegou aos ouvidos dos jovens, enquanto olhos vermelhos apareciam no meio das sombras, fazendo parecer que flutuavam.- A nossa amiguinha, sangue ruim!


-E vejam só se não é o líder fedorento!- Raquel respondeu no mesmo tom. Os olhos de Voldemort ficaram mais vermelhos.


Voldemort saiu das sombras e foi até Rony, que tentou se soltar, em vão. O Lord das Trevas segurou o queixo de Rony com uma das mãos.


-Vocês pegaram um Weasley!- Ele comentou -Um membro da família ama trouxa!- Completou e todos os comensais riram. Harry apertou com mais força a varinha.


-Você fala em sangue ruim com tanto nojo, mas se esquece que também é um!- Raquel falou num tom de voz auto e irritado.
Voldemort soltou o rosto de Rony e se virou para encarar a morena.


-Sabe...O seu maior defeito é que você fala de mais!- Ele disse, colocando um sorriso desdenhoso nos lábios finos.


-E o seu é que você se acha mais do que realmente é!- Ela devolveu, sua varinha soltou fagulhas vermelhas - Quero dizer, você se acha o todo poderoso, mas não passa de um pobre coitado com mania de poder!- Completou, totalmente sarcástica.


-Crucio!- Voldemort exclamou, apontando a varinha para a moça, que caiu de joelhos e mordeu o lábio inferior para não gritar.


-EXPELLIARMUS!- Harry gritou, apontando a varinha para Voldemort, que cambaleou. Raquel se levantou, sendo ajudada por Lílian.


-Estou totalmente comovida com sua incrível habilidade de resposta!- Biatriz comentou, sarcástica. Voldemort a encarou por um longo tempo, a morena não desviou o olhar.


-Matem o Weasley...- Voldemort falou com algo como desespero na voz.


-Não se atrevam!- Hermione falou furiosa, apontando a varinha para os dois comensais que haviam se postado ao lado do ruivo. Os comensais olharam da varinha estendida da jovem para o Lord.


-Estão com medo de uma sangue ruim?- Voldemort perguntou furioso.


-Eu, no lugar deles, estaria com medo!- Raquel falou, sorrindo- Sabe...Ela é a bruxa mais inteligente dessa geração, e creio que ela possui na memória, todos os livros de feitiço que viu na frente!- Voldemort não deu ouvidos á Raquel, mas parecia que seus comensais deram, pois estes se afastaram de Rony, discretamente.


-Finite Incatatem...-Hermione sussurrou apontando para Rony, fazendo com que as cordas e a mordaça sumissem.


Rony caiu de quatro, mas logo se levantou e se juntou aos amigos.


-Cadê sua varinha?- Lílian perguntou em um sussurro para o amigo.


-Está com eles...-Rony respondeu no mesmo tom.


-Accio varinha Rony...-Ela sussurrou e do bolso de um dos comensais, saiu a varinha de Rony, que veio flutuando até eles. O ruivo pegou a varinha no ar.


-Chega de brincar!- Voldemort falou, agora totalmente furioso - Acabem com eles! Mas, prestem atenção, Potter é meu!
Vários comensais se dividiram em cinco grupos e cada um foi em direção á um dos amigos de Harry, enquanto Voldemort caminhava até o moreno.




Raquel se viu cercada por seis ou sete comensais. Respirou fundo. Estava na hora da ação.


-Quem vai ser o primeiro?- Ela perguntou sarcástica. Um comensal, particularmente gordo, caminhou até ela.- Ah, você é o... Qual é mesmo seu nome?- Ela perguntou.


-Não te interessa!- Ele respondeu num rosnado.


-Ora, vamos...Eu vou morrer não é?- Ela perguntou, ele confirmou com um aceno de cabeça - Então...É que eu queria fazer uma homenagem á você na minha lápide!


-McGordon!- Ele respondeu e Raquel girou os olhos, esse devia ser o idiota da turma.


-Hei...Lílian!-Chamou.


-Que é?- A voz da amiga chegou á seus ouvidos com uma espécie de esforço, ela provavelmente estava empurrando alguém.


-Se eu morrer...Você pode colocar uma frase na minha lápide?- Perguntou, enquanto se desviava de McGordon, que tentava segura-la para que os outros a torturassem.


-Qual?- Lílian perguntou ofegante.


-Foi morta na guerra por um perfeito idiota!- respondeu, e Lílian riu.


-Pode deixar!- Ela respondeu e voltou toda sua atenção para a batalha.
Raquel colocou uma expressão falsamente surpresa no rosto ao ver McGordon sacar a varinha.


-Crucio!- Ele exclamou. Raquel "jogou" o corpo para o lado, desviando, assim, da maldição.


-DORMIENS!- Raquel exclamou e McGordon caiu no sono profundo, fazendo seu corpo cair no chão com um grande impacto.- Próximo...- Raquel exclamou sorrindo.




Lílian se desviou por pouco do feitiço que um dos comensais jogara. Depois que Raquel falara com ela, não tinha mais como saber se seus amigos estavam bem, se estavam perto, pois os comensais formavam um circulo em volta de si, que a impedia de ver o que acontecia além da barreira maciça de homens.


-FÉRULA!- Lílian exclamou irritada, enquanto da ponta de sua varinha saia várias faixas, que se enrolaram no comensal, que perdeu o equilíbrio e caiu, totalmente enrolado nas faixas, como se fosse uma múmia.
Os comensais grunhiam e avançaram. Lílian arregalou os olhos e desviou como pôde dos feitiços.




Rony levantou uma sobrancelha em sarcasmo, quando um dos comensais tentava, em vão, conjurar os imperdoáveis.


-Patético...-Rony resmungou.- Expelliarmus!- exclamou, fazendo a varinha do comensal voar até sua mão.-Enjaulius.- E várias grades cercaram o comensal, que ficou confuso e tentava sair de dentro daquela sela "portátil". Rony riu do homem mais velho, enquanto os outros comensais, grunhiam e mais um ia para cima do ruivo.




Biatriz estava parada no meio do circulo de Comensais, ainda estava com a varinha em punho, porém, esta estava apontada para o chão. Em seu rosto uma expressão neutra. Ao seu redor, os comensais cochicham entre si, para articular um plano.


-O tempo de vocês acabou!- Comentou, erguendo a varinha e apontando a varinha para qualquer comensal, em forma de desafio. Ele caminhou até ela com uma expressão assassina - Coonjunctivitius! - Falou com calma e firmeza, antes de o comensal pudesse ou sacar a varinha ou se aproximar mais que três passos. O homem levou as mãos aos olhos, enquanto curvava um pouco o corpo para frente, enquanto grunhia de dor.- Dormiens!- Exclamou com a mesma calma de antes e o corpo do comensal caiu no chão, enquanto este entrava em um sono profundo.




Hermione soltou um gritinho agudo e se abaixou, desviando por pouco do feitiço que dois comensais lançaram nela. Voltou a se levantar e apontou a varinha para os dois.


-Avivorus!- Exclamou com firmeza os dois pararam bruscamente e curvaram o corpo para frente, enquanto os rostos se contorciam em uma expressão de dor.


Logo no lugar dos comensais estavam dois pássaros, que começaram a quicar nas arvores, atrapalhando os outros comensais, os únicos que não pareciam se importar com isso eram Harry e Voldemort.




-Então, Potter, pronto para morre?- Voldemort perguntou, enquanto sacava a varinha. Harry sorriu sarcasticamente.


-Sempre...Mas tenha certeza de uma coisa...Não será você que irá me matar!- O moreno respondeu, ainda com o sorriso sarcástico nos lábios. Voldemort soltou uma risada sem alegria.


-Ás vezes, você é patético!- Voldemort disse, enquanto dois pássaros desgovernados passavam por eles.Foi a vez de Harry rir.


-E você é sempre!- Harry respondeu parando de rir e ficando sério.
Voldemort cerrou os olhos, que ficavam mais vermelhos á cada instante. O bruxo das trevas tirou a capa das vestes e a jogou no chão. Estalou o pescoço e apontou a varinha para Harry, que apontou a própria varinha para Voldemort.


-Você anda muito abusado, Potter!- Voldemort sussurrou, cerrando mais os olhos, fazendo com que virassem duas fendas vermelhas.-É hoje que você irá morrer! Igual ao seu pai!- Harry fechou a cara - Quis bancar o herói e acabou morrendo! Um fraco amante de trouxas!- Harry respirou fundo tentado se acalmar.


-Nunca toque no nome dos meus pais, Tom!- Harry falou entre dentes.


-Por quê? O que você vai fazer, Potter?- Voldemort perguntou - Chorar?- Completou sarcástico. Da varinha de Harry começou a sair várias fagulhas vermelhas e douradas.


-Chorar? Não!- Harry respondeu. Sentia um ódio jamais imaginado, invadir o seu ser. Como Voldemort tinha coragem em tocar no nome de seus pais? Como se eles fossem covardes, que se rebaixavam ao nível de alguém como Tom Riddle fora outrora. Não, não iria tolerar esse tipo de comparação indireta - A única coisa que eu vou fazer, Tom, é fazer você provar o gosto da morte! Você vai pedir desculpas á cada pessoa inocente que você matou, para depois ir para o inferno!-Completou, um dos comensais que duelava mais atrás pegou fogo do nada, tamanha a raiva do herdeiro de Tiago e Lílian Potter.


-Se eu morrer, Potter, eu te dou um alô no inferno!- Voldemort revidou. Harry crispou os lábios. As íris verde esmeralda que sempre era vista com tantos sentimentos puros, estava, no momento, cheia de ódio, rancor e sede de vingança - Crucio!- Um jato de luz prateada saiu da ponta da varinha do Lord das Trevas. Harry ficou parando esperando a maldição se aproximar, para logo se desviar em um movimento ágil.


-Não dessa vez, Tom.- Harry disse num sussurro furioso e perigoso.- Crucio!- Harry gritou, Voldemort foi atingido em cheio e cambaleou, porém não demonstrou sentir as mil facas perfuraram sua pele.


-Boa tentativa Potter!- Voldemort exclamou, enquanto voltava a se posicionar - Mas para se lançar uma maldição imperdoável, você tem que querer! Tem que realmente odiar! Tem que adorar ver dor e sofrimento!- Oh, sim! Ele queria ver dor! Ele realmente odiava esse ser desprazível que estava á sua frente! Ele queria que Voldemort sentisse, pelo menos um pouco, do sofrimento que fizera ele sentir, que fizera tantas outras famílias sentirem! Queria ver Voldemort morto e queria ver o mundo em paz. Não agüentava mais tanta violência! Só queria um pouco de paz, só queria se livrar de tanto ódio.


-Eu quero, Tom...- Harry sussurrou - O que eu mais quero é te ver morto!- continuou - Não importa que eu perca a vida, desde que você também perca sua!- concluiu.


-Pois tente, Potter!- Voldemort desafiou e voltou a apontar a varinha para Harry - Avada Kedavra!


No momento em que ouviu a maldição ser proferida pelo bruxo mais velho, ergueu seu braço. Se iria morrer agora, era hora de agir e tentar levas Voldemort junto. Tinha que pelo menos tentar.


-Avada kedavra!- Conjurou, no mesmo instante em que a maldição lançada por Voldemort lhe acertava o ombro esquerdo. Sentiu seus pés saírem do chão e suas costas se chocarem em algo sólido, antes do seu mundo ser invadido pela escuridão.




N/A: Espero que o capitulo tenha ficado bom, apesar do tamanho!^^ Continuem comentando!^^ bjs

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