Esclarecimentos



Esclarecimentos

Capítulo 2

Lili nem imaginava que enquanto estava na beira do lago seu verdadeiro pai estava bem perto dela, no Castelo Potter, conversando com o Conde Potter e Sir Tiago.

Depois de ter derramado todas as lágrimas que tinha e as que não tinha. Lavou o rosto, respirou fundo e começou o caminho para casa. Quando chegou em casa Petúnia estava com cara de poucos amigos por que teve que fazer o jantar e já ia começar a ralhar comigo por não ter chegado mais cedo, para fazer o jantar para o papai, ou melhor, do Sr. Evans. Passei por ela como se não a tivesse visto e fui a uma espécie de escritório que o Sr. Evans tinha em casa, onde aguardava suas peças mais valiosas. Parei o umbral da porta, fiquei observando ele trabalhando, todo compenetrado, igual ao que eu fazia quando pequena, adorava vê-lo trabalhando criando peças únicas, lindas e exclusivas, para os senhores e suas esposas. Lembrando dessas coisas, mais lágrimas escorreram pelo seu rosto. Limpando as lágrimas, ela disse:

- Pai! — ele se virou procurando a voz de sua filha e olhou-a, então ele soube que ela sabia e não havia como esconder mais nada. — Por que não me contou, por que me enganaram todos esses anos?

- Minha filha, eu não podia te contar, fui proibido pela a pessoa que me deu você em confiança. — quando disse já estava chorando.

Lili não esperava essa resposta, esperava que ele dissesse que não era para ficar magoada, que sua mãe o tinha obrigado a guardar segredo mesmo depois da morte, enquanto essas coisas passavam por sua cabeça foi ficando indignada e perguntou no tom de voz que nunca tinha falado com o pai. — Não podia me contar, mas pai. — disse agora sim indignada. — Sou sua filha mesmo que não de sangue, você não precisaria me contar quem é a minha família, mas me contasse que eu era adotada, era o mínimo que eu esperaria do senhor.

- Minha filha, por favor, tente entender, eu jurei, que nunca ninguém saberia da sua adoção nem você, principalmente, a pessoa que me deu você jurou, que sua vida e de todos a sua volta corriam perigo.

- No entanto o senhor contou a Petúnia, mas não a mim.

- Não é verdade, sua mãe quando estava morrendo preocupada com você e sua segurança e sabendo que seria um fardo muito grande para eu carregar sozinho contou a Petúnia e pediu a ela que cuidasse de você, como uma mãe.

- Coisa que ela não fez. — disse azeda.

— Achado que já era hora de se intrometer na conversa, disse: — É verdade, Lilian, mamãe me contou a beira da morte me fazendo prometer que cuidaria de você, não deixando nada de mal acontecesse a você. E foi o que fiz.

- Petúnia, por favor, não vem com essa para cima de mim, não, ta. Você nunca gostou de mim, nunca se importou comigo, sempre me castigando quando papai não estava perto, nunca deixando eu fazer as coisas que gostava, sempre me obrigando a fazer os seus serviços para ficar à toa ou para ficar conversando como filho do ferreiro, o tal de Valter de Dursley, se não me engano o filho mais velho do ferreiro.

- Sim, é verdade. Mas fazia isso para protegê-la. — disse Petúnia. — Lili soltou uma risada irônica.

— Assim que você me protegeu, bela proteção. Você me sufocou.

— Lilian, eu fazia essa coisa para que você ficasse em casa, por que sabia se você ficasse em casa você não correria perigo, assim eu estaria cumprindo a promessa que fiz a mamãe. Quanto ao Valter, gostaria de dizer que ele me pediu em casamento, papai consentiu. Eu aceitei, então nós iremos nos casar até no máximo o final do ano. E se quando nós estávamos namorando eu ficasse em casa com você. Você sairia ou então iria para a loja se isso acontecesse e alguém te reconhecesse, nós teríamos que nos mudar de novo, e papai já esta velho, cansado, para se mudar.

Mesmo magoada com a forma com que Petúnia a tinha tratado, começou a entender o por que. Porém, agora ela queria saber de toda estória. — Pai. — disse com a voz suplicante. — Já sou grande, não sou mais uma criança que precisa de tanta proteção, pode me contar a minha estória.

- Sei que enquanto não te contar você não vai sossegar, então sentem as duas por que só vou contar uma vez e não falaremos mais nesse assunto. — Vendo a cara de espanto da sua Lili, por permitir que a irmã ficasse, e como se tivesse lendo em seus olhos “mas Petúnia não sabe de tudo?” Ele respondeu em voz alta. — Não, Petúnia, não sabe. Só sabe que é adotada que corre perigo, mas não sabe toda a estória, por que nem sua mãe sabia.

- Como vocês sabem fui, sou, e sempre serei ourives, profissão que aprendi com meu pai, e ele com o dele e assim sucessivamente. Eu e a mãe de vocês somos do Contado de Northumberland onde eu era o ourives do Conde de Northumberland exclusivamente, mas um belo dia ele pediu-me um favor, que era ir ao convento de mesmo do condado, por que a Madre Superiora Dolores Umbridge precisava de um favor, e fui. Quando cheguei lá a Madre pediu-me que fizesse uma imagem em ouro da virgem para dá-la de presente ao seu primo o Conde Snape, eu falei que fazia e o trabalho estaria pronto dali quatro semanas.

“No final desse período eu fui ao convento novamente e entreguei a encomenda, a Madre por sua vez perguntou me se eu era casado e se tinha família, achei muito estranhas aquelas perguntas, e quis saber por que. Ela disse que a pouco, mais ou menos, uma semana haviam deixado um bebê aos seus cuidados sido entregue pessoalmente, por uma pessoa de conhecimento dela e ela não me disse o nome, então me pediu para proteger a criança”.

“Perguntei a ela se estaria sugerindo que eu adotasse, disse sim, já me conhecia, sabia que nascera no próprio condado. Depois perguntou se teria algum problema em sair do condado, disse que não, porém o Conde teria que libera-lo, disse que então não haveria problema, que ela ia pessoalmente falar com o Conde”.

“Bom depois eu peguei minha Lili no colo levei-a até a mãe. A mãe de vocês ficou tão emocionada com você no colo do mesmo jeito que ficou quando pariu a Petúnia a pegou no colo. Nas duas ocasiões quando foi colado o bebê em seu colo, ela chorou e disse minha menininha”. — disse se lembrando da cena e se emocionado de novo. Quando olhou para as filhas estavam ambas abraçadas e chorando, elas se levantaram abraçando-o e assim ficamos um tempo. Petúnia sempre prática disse: — Limpem seus rostos, pois, vamos jantar e depois dormir, pois temos que estar descansados amanhã. — e foi andando na frente.

Virando para o pai — Obrigada, papai. — e o abraçou. — Ele murmurou em seu ouvido.

— Quem tem que agradecer sou eu por ter uma filha maravilhosa como você. Obrigada.


Sir Tiago e o Duque de Griffindor preparam-se para sair do condado de Potter, somente, com o escudeiro Hagrid. Primeiro por que não gostariam de chamar atenção sobre eles e depois por que assim a viagem seria mais rápida, pois, eles estavam indo ao condado próximo. Para convocar os outros dos “marotos” como disse o Duque.

Então começou a conversar com seu escudeiro, visto que, o Duque estava submerso em seus pensamentos. Com certeza lembrando da mulher amada.

Duque Godric estava satisfeito por finalmente ter se livrado do seu segredo. Como toda vez que se lembrava da mulher e da filha, uma mágoa por seu pai e uma raiva profunda por seu primo se abatia sobre ele e sem que pudesse controlar.

Mesmo depois de tantos anos que sua amada morrerá ainda lembrava-se de com ela era bonita, meiga, doce, corajosa. Tinha uma beleza que não vinha de sua aparência e sim de seu interior. Era alta, loira com cabelos na altura da cintura, olhos verdes. Ainda hoje se lembrava da primeira vez que a viu no salão do Castelo de Hogwarts, mas, não se lembrava do por que ela estaria no castelo, já que seu pai o Barão de Blanck, não era um barão tão importante para o reinado, essa era a opinião de seu pai sobre o barão e seu baronato. Quando a viu num canto do salão foi como não existisse mais ninguém a nossa volta, somente, seus olhos de um verde profundo e sincero. Voltando ao presente e sentiu uma lágrima cair. Nesse momento Sir Tiago que estava ao seu lado na estrada virou a cabeça e disse:

- Duque, mais meia hora de estrada e chegaremos ao castelo Black.

- Tudo bem. Tiago, — era como o Duque o chamava, por que eram amigos e confidentes antes de serem Senhor e vassalo. — Quando conheci minha falecida esposa, era a personificação de um anjo na terra. Era a pessoa mais meiga, amorosa, justa e honesta que conheci. Você deve ter estranhado o fato de nunca ter falado sobre ela, com vocês?

- Na verdade eu estranhei, sim. Mas devido à natureza do assunto não posso dizer que discordo, do Senhor por não ter falado nada. Nós três os “marotos” como o senhor gosta de se referi, não éramos um poço de responsabilidade, na época que fomos treinados pelo o Senhor.

- É verdade. — disse o Duque pensativo.

- Éramos muito cabeça-quente, discutíamos e arranjamos briga à toa, e sem querer poderíamos ter atrapalhado sua investigação sobre o paradeiro de sua filha. Afora as bebedeiras. — assim que acabou de dizer sobre as bebedeiras deu um sorriso de desculpa.

- Nossa, Tiago, desde quando virou um sábio? — disse gracejando e soltando uma gargalhada que foi acompanhada pelo fiel escudeiro de Tiago, Hagrid.

Tiago apenas deu um meio sorriso sem-graça e perguntou ao Duque: — Quais são as outras informações que tem sobre sua filha? — tentando mudar de assunto para não ficar mais sem-graça do que estava.

- O meu espião disse que o seu pai quem executou o serviço a mando de meu primo, antes de morrer e com medo de ir parar no inferno por ter cometido um assassinato, confessou a um padre e contou toda a estória ao filho.

- Muito interessante, não sabia, que assassino tinha alma e muito menos teria medo do inferno. — disse em tom de deboche.

Não passou despercebido pelo Duque, que não gostou. Tiago percebendo, fez uma cara de inocente. Pedindo que continuasse o relato.

- Ele também falou que o pai havia deixado a minha filha na porta de um convento, que ele sabia ser decente, honesto, que ele não achava certo a filha de um Duque ser criada por qualquer um. — Tiago ameaçou dar uma risada, mas o Duque o olhou feio e continuou com o relato. — Havia deixado minha filha no Convento de Northumberland, soubemos depois que a Madre a deu em adoção para um casal, cujo homem é ourives e sua esposa costureira. Logo depois da adoção por instrução da própria Madre que sabia da origem da criança mudou-se de lá. Nesse ponto que paramos a investigação.

- Por que?

- Primeiro ele estava chamando atenção sobre si e sobre o assunto. Depois ele simplesmente não achou pista nenhuma sobre o ourives e sua família.

- Bom pelo menos tem um ponto de partida. Agora não estamos no escuro, apesar de não confiar em seu espião. Acho que posso descobrir algumas coisas.

- Sei que não adianta discutir com você sobre meu espião, nunca vou entender por que você não gosta dele e o sentimento é recíproco, então, prefiro não saber de nada, mas que isso não interfira no meu assunto.

- Pode deixar, meu senhor.


N/A: Bom, ai vai mais um capítulo para vocês se divertirem

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