Um mundo sob trevas



N/A -> gente, eu só queria dizer que este capítulo pode... Hum... ASSUSTAR vocês um pouco... Mas LEIAM ATÉ O FINAL. Eu juro que a fic vai ter um final SHOW!

N/A -> outra coisa, LEIAM OUVINDO ESSA MÚSICA, que chama Breathe No More, do Evanescence. Fica muito mais mágico assim *-*. Beleza? Então se divertam ae!




Harry apenas a encarou, quieto. A expressão de Minerva o preocupava, ela parecia completamente desiludida.

- Professora, a senhora acha que a Hermione não... Não vai sobreviver? – ele perguntou, desejando não ouvir a resposta.

- Eu não sei, querido. Realmente não sei.

O rapaz olhou novamente para a criança, sem saber o que pensar.

Por um momento, sentiu um aperto no peito. Uma sensação ruim, como se algo estivesse prestes a acontecer.

I've been looking in the mirror for so long.

Eu me olhei no espelho por tanto tempo.

That I've come to believe my souls on the other side.

Que comecei a acreditar que minha alma esta do outro lado


Enquanto Harry refletia sobre os últimos e conturbados acontecimentos, uma forte baque se fez audível no térreo da mansão Black. Ele e McGonagal se entreolharam, preocupados e, depois da professora pegar novamente Heron no colo, desceram para ver o que fora o barulho.

O que encontraram na sala não foi uma das melhores cenas.

Dumbledore estava sendo colocado no sofá por Lupin. Os dois estavam muito machucados, cheios de escoriações e cortes pelo corpo.

- O que aconteceu? – indagou Minerva.

Lupin lançou uma olhar sério aos dois, enquanto Tonks o ajudava a se sentar.

- Os comensais invadiram Hogwarts em peso. – ele disse, com algumas lagrimas nos olhos. – eu nunca imaginei o colégio onde estudei e me formei daquela maneira.

- Eles ainda estão, lá? Lutando? – perguntou McGonagal.

- Não. – Lupin respondeu seriamente. – A batalha terminou... Dumbledore lutou cara a cara com Voldemort, mas acabou havendo uma explosão de energia, por pouco Dumbledore não... – ele não conseguiu terminar.

- Mas e a escola? – perguntou Harry.

Lupin levantou os olhos para o rapaz. Não havia brilho nos seus olhos, quase não havia vida. Pareciam apenas uma imensidão de trevas, sem nenhuma emoção.

Aquilo doixou Harry assustado. Lupin nunca usara uma expressão tão neutra e desiludida antes.

Não pode estar acabado, pensou o rapaz.

Todos ali tinham lágrimas nos olhos, afundados naquele silêncio pesaroso.

Harry, por um rápido momento olhou Dumbledore, que tinha a costumeira expressão serena, depois voltou aos olhos de Lupin. Estes vazios, completamente vazios... Sem expectativa...

- Dumbledore tentou impedir... – disse Lupin, deixando as lágrimas vagas escorrerem pelo seu rosto. – Mas não houve o que pudesse fazer... A escola foi tomada... – ele olhou para o alto, lembrando a Harry a primeira vez que contemplara o teto do grande salão. – Hogwarts acabou.

Foram precisas apenas essas ultimas palavras para que Minerva e TOnks caíssem no choro, desiludidas.

- Deve haver algo que possamos fazer. – insistiu Harry.

Lupin maneou a cabeça negativamente. – Não há, Harry, acabou... – ele disse. – Não há mais o que fazer... Não há mais nenhum herói capaz de nos salvar... Nenhum...

- Herói... – murmurou Minerva, vagamente, baixando os olhos para a criança em seus braços. – Heron... Ela sabia, de alguma forma, sabia. – disse chorando.

Lupin olhou para bruxa, confuso, só então notando a criança em seus braços.

Um pequeno sorriso se projetou em seus lábios, enquanto ele se levantava e ia até Minerva, olhando a criança.

- Então este é o filho de Harry Potter – ele brincou, brincando com o pequeno. – Como disse que se chama? – perguntou a Minerva, sorrindo.

Ela não compartilhou daquele gesto. Muito pelo contrario, o olhar que lançou ao bruxo era completamente sério, com um fraco brilho de expectativa e, ao mesmo tempo, curiosidade.

- Ele se chama... Se chama Heron. – o sorriso morreu nos lábios de Lupin. – E foi Hermione que deu este nome... Ela pediu que o chamássemos de Heron.

- Heron... – ele repetiu, parecendo assustado. – Ela pediu que chamassem seu filho de Heron... De herói...

Seu olhar voou para Harry, na poltrona ao lado.

- Você sabe por que ela quis esse nome?

A ficha do rapaz finalmente caiu. Seu filho chamasse Heron... Chamava-se herói, justamente o que estavam precisando.

- Não sei. – ele disse, se levantando para pegar o filho. – Mas Hermione parecia estar certa deste nome há bastante tempo.

Tonks também foi até eles, agitada.

- Será que ela, de alguma forma, sabia que isso ia acontecer? – Lupin balançou levemente a cabeça de um lado para o outro. – Não pode ser uma simples coincidência. – ela insistiu.

McGonagal inclinou a cabeça para encarar Dumbledore, no sofá.

- Tonks, chame Madame Pomfrey... Ela precisa devolver a consciência à única pessoa que poderá nos explicar tudo que esta acontecendo.

Tonks logo obedeceu, mas segundos depois que ela saiu da sala, Harry teve uma idéia que poderia ser mais rápida que tratar Dumbledore.

- Espere, eu tenho quase certeza que tem outra pessoa que poderá nos explicar tudo. – ele disse.

- Quem?

- Pra onde vocês mandaram os outros alunos?

- Para as suas respectivas casas. – respondeu Lupin. – Exceto é claro por Weasley e companhia limitada. Molly insistiu para que os levassem todos para sua casa. Quero dizer, você entendeu o “companhia limitada”, foram também Luna, Neville e...

- Alyne Wood?

- É, pelo pouco que eu sei esta também foi.

- Precisamos traze-la para cá. Ela deve saber exatamente o que esta havendo! – ele exclamou, abrindo novamente um sorriso. Algo lhe dizia que nem tudo estava perdido... Eles ainda tinham uma chance...


Oh the little pieces falling, shatter.

Oh, os pequenos pedaços caindo... Moidos

Shards of me,

Pedaços de mim

Too sharp to put back together.

Pequenos demais para serem colocados juntos novamente

Too small to matter,

Pequenos demais para importar

But big enough to cut me into so many little pieces.

Mas grandes o suficiente para me cortarem em tantos pedaços pequenos


Quando Madame Pomfrey finalmente conseguiu estancar o sangue e amenizar a hemorragia de Hermione, assustou-se com a expressão no rosto da morena. Não era mais o rosto triste que tinha quando desmaiou, agora tinha um pequeno e discreto sorriso. Estava estranhamente serena.

Contudo, a mulher assustou-se mais ainda quando viu o peito de Hermione não tornar a estufar-se. Ela ficara completamente imóvel.

Receosa, ela tomou o pulso da menina.

Antes que chegasse a uma conclusão concreta, a porta se escancarou por uma Tonks nervosa, que falava rapidamente tudo o que havia acontecido.

Embora Madame Pomfrey estivesse ouvindo e entendendo as palavras da auror, não disse nada, apenas virou-se para a porta, com os olhos rasos em lágrimas.

Tonks calou-se ao ver a expressão da enfermeira. Ela correu os olhos do rosto da mulher até o de Hermione, logo na cama atrás, e levou as mãos a boca, enquanto começava a chorar.


And I bleed,

E eu sangro

I bleed,

Eu sangro...

And I breathe,

E eu respiro...

I breathe no more.

Eu não respiro mais



- E então eu peguei Dumbledore a tempo de salva-lo. – disse Lupin, no final da narração da batalha.

- Você disse luzes coloridas por todos os lados?

- Sim, brilharam em cada canto do castelo, imagino eu. Mas o mais incrível foi a sensação de paz que aquelas luzes transmitiam, aquilo não parecia uma batalha, parecia um paraíso.

Minerva levou a mão no queixo, pensativa, enquanto Harry dividia a sua atenção entre a conversa e o filho, agora em seu colo.

A história de Lupin era totalmente triste, mas quando estava com Heron no colo, não sorrir parecia ser impossível.

- Eu vou procurar... – Minerva parou de falar instantaneamente.

Harry levantou os olhos do filho para ela.

Sua expressão era de surpresa, mas carregada de uma melancolia assustadoramente grande. Parecia uma mãe, quando sente que perdeu um filho...

Perder...

Vendo o olhar dela fixado atrás de si, ele se virou rapidamente, quase esquecendo que tinha um recém-nascido no colo.

Lá Tonks e Madame Pomfrey encaravam todos na sala com uma olhar desamparado.

- Hermione... – Harry tentou dizer, mas não saiu sequer um ruído.

Tonks correu abraçar Lupin, chorosa, enquanto Madame Pomfrey balançava a cabeça negativamente.

Harry sentiu vontade de gritar, de espernear, de chorar, de negar a si mesmo o que parecia ser um fato.

McGonagal o abraçou, ao seu lado no sofá, mas ele sequer sentiu os braços da bruxa ao seu redor.

Sentia-se empurrado, empurrado para um buraco escuro e sem fim, onde cairia para sempre, sem um dia parar, sem um dia morrer, sem um dia chegar ao chão. Não havia mais chão.

Uma lágrima acompanhou essas terríveis sensações, deslizando rapidamente pelo seu rosto, na frente de muita outras.

Enquanto seu chão desaparecia, sentia como se pudesse ver Hermione refletida em um espelho. Ela estava linda. Usava uma blusinha rosa clara e uma calça jeans desbotada nos joelhos, ambas as peças revelavam com clareza as atraentes curvas do seu corpo. Um bolero branco, de malha, completava o visual perfeito, enquanto seus cabelos eram presos em um coque, deixando algumas mechas encaracoladas caírem charmosamente.

Mas o rapaz não contemplou essa imagem por muito tempo. O espelho se quebrou, em pedaços grandes e outros muito pequenos. Quebrou-se diante dos seus olhos, quebrando consigo a perfeição da imagem de Hermione.

Eles não paravam de cair, levando a imagem perfeita de Harry embora. Ele caiu juntos aos pequenos cacos.

Eram pedaços pequenos demais para serem colocados novamente no seu lugar, para serem colocados juntos novamente, mas grandes o suficiente para cortá-lo. Cortes profundos e doloridos, que sangravam sem parar... Não doíam tanto quanto a dor de perdê-la.

A cor do sangue que ele quase podia ver no seu braço era a mesma do sentimento que cativava pela menina. O amor era vermelho sangue... Como poderiam duas coisas tão diferentes, estarem tão próximas?

Ele não soube responder.

Quando voltou a realidade, Heron já não estava mais em seu colo, e sim do de Madame Pomfrey. Tonks ainda chorava no ombro de Lupin e Minerva tinha o rosto molhado oculto em suas mãos.

Harry levantou-se e foi, lentamente, até a escada. Parou segurando o corrimão e não respondeu aos consolos ou chamados por seu nome, fazendo-os entender que queria ficar sozinho, estando todos calados, e voltou a subir e desapareceu no topo da escada, deixando as lágrimas, mais do que nunca, lavarem seu rosto...

Take a breath and I try to draw from my spirits well.

Tomo fôlego e tento puxar do poço do meu espírito

Yet again you refuse to drink like a stubborn child.

Mais uma vez você se recusa a beber como uma criança mal-criada

Lie to me,

Minta pra mim

Convince me that I've been sick forever.

Me convença de que eu estive doente pela eternidade

And all of this,

E tudo isso

Will make sense when I get better.

Fará sentido quando eu melhorar


Três dias inteiros se passaram desde a morte de Hermione.

Era incrível como um período de 72 horas pode mudar a realidade do mundo bruxo tão drasticamente. Cada canto do mundo estava diferente, o mundo parecia ter morrido, as pessoas não mais pareciam ter sonhos, expectativas, objetivos.

Tudo, obviamente, em decorrência da notícia da conquista de Hogwarts, por Voldemort. O Profeta Diário fora o primeiro a divulgar o acontecido, mas logo jornais bruxos do mundo inteiro tinham isso como manchete.

Voldemort havia, como todos temiam, saído das sombras. O bruxo já mandara cartas com ameaças para vários ministérios bruxos de diferentes partes do mundo. Os três dias já haviam sido palco de cinco grandes e significativos ataques.

Um no Brasil, em uma de suas maiores universidades os alunos haviam sido atacados, felizmente nenhuma morreu, mas vários estavam em estado grave e, o Ministério Bruxo do país tentava desesperadamente consertar a situação. O segundo fora no Canadá, durante o festival de música mais importante do país. Em seguida os comensais atacaram a própria Londres, dessa vez num ambiente mais bruxo, no caso, o hospital St. Mungus. O quarto ataque fora na França, no museu de Louvre. E o ultimo dos ataques fora o que mais causou repercussão e o que mais teve vítimas, este fora no Beco Diagonal.

Depois desses cinco e super planejados ataques, os Ministérios de todos o mundo estavam em estado absoluto de alerta, com centenas de aurores espalhados e escondido pelas ruas.

Um sexto ataque ainda havia sido cometido na sede da NASA, nos Estados Unidos, mas nesse os comensais não haviam obtidos sucesso algum. Uma estranha e fortíssima chuva atacara os comensais naquele dia, trazendo junto a ela raios e trovões como nunca haviam sido vistos antes. Com a ajuda do tempo, os aurores americanos haviam conseguido reprimir o ataque.

Enquanto tudo isso acontecia, pela primeira vez na vida Harry Potter parecia não dar a mínima para as desgraças do mundo. O garoto raramente ousava sair do quarto, onde passava quase o dia inteiro acompanhado somente de Heron.

Há três dias o corpo de Hermione estava sendo mantido magicamente perfeito naquela mesma cama, os Weasley já haviam sido avisados e tentavam chegar em segurança a mansão Black.

Os dias passaram a ser melancólicos ali dentro. Não havia mais alegria, não havia mais felicidade, apenas um grande vazio deixado pela morena.

Naquele dia eles esperavam a chegada de Alyne, Luna e a família Weasley, que viria correndo para a ordem a pedido de Lupin e, outra pessoa que também viera a pedido do bruxo, fora Allison, que estava ajudando muito a cuidar de Heron.

Por fim, quanto a Dumbledore. Bem, ele estava bem, mantido sob efeito de fortíssimas poções do sono para que pudesse se recuperar completamente, mas já estava completamente fora de perigo.

- Vamos lá para a sala, os Weasley já devem estar chegando com Rony e Luna. – disse Harry, adentrando a cozinha, à Lupin e Tonks.

- Onde esta o Heron? – perguntou Tonks.

- Esta com Madame Pomfrey. Ela disse que ele vai precisar de alguns cuidados especiais por ser prematuro. – respondeu o rapaz.

Harry estava sério. Queria logo saber o que Alyne tinha a dizer. Não que deixasse de ter a expressão sem emoção e pálida que se tornara costumeira, mas dessa vez ao invéz de chorar trancado no quarto, estava lá fora, querendo falar logo com Alyne. Ele sentia fortemente que ela era a chave de todo o mistério.

O rapaz sorriu pela primeira vez naquele dia. Hermione era tão inteligente, que certamente teria deixado Alyne a par de tudo que sabia, para o caso do pior acontecer.

- O que foi? – indagou Lupin, vendo um sorriso discreto nos lábios do rapaz.

- Ah, nada... Vamos lá pra sala.

Eles logo o fizeram e, ao chegar na sala, não demorou muito para que um sucessão de chamar verdes trouxerem Luna, Alyne e os Weasley’s juntos.

Todos estavam vestido como se fossem realmente para um funeral.

Rony, e o Sr. Weasley eram os que pareciam melhor, enquanto a Sra. Weasley, Gina, Luna e Alyne tinham os olhos vermelhos de tanto chorar, entretanto, Alyne tinha uma expressão muito mais séria e conformada que as outras três.

I know the difference,

Eu sei a diferença

Between myself and my reflection.

Entre mim e meu reflexo

I just can't help but to wonder,

Eu simplesmente não consigo me impedir de me perguntar

Which of us do you love.

Qual de nós você ama



Ela olhou diretamente para Harry, trocando um olhar penetrante com o rapaz. Foi até ele sem pressa e o abraçou, chorando em seu ombro.

- Ele esta bem? – ela perguntou, chorando desesperadamente. – O Heron, esta bem?

Harry confirmou, fazendo todos sentarem-se e contando tudo o que acontecera. Desde o momento que fora atingida por Malfoy até a hora em que recebera a notícia de sua morte.

- Então... – disse Alyne, depois de um longo minuto de silêncio. – Será que eu posso... Sei lá, dar tchau pra minha amiga?

- Tem certeza disso? – perguntou Lupin, hesitante.

- Você não sabe o quanto é doloroso entrar naquele quarto. – disse Tonks, chorosa.

Alyne suspirou, tirando do ombro uma pequena bolsa de couro banco e abrindo.

- Eu tenho uma ultimo presente a dar pra ela. – disse com os olhos marejados e a voz embargada, tirando de dentro da bolsa o mais lindo lírio cor-de-rosa que cada um deles já havia visto na vida.

Tonks fez menção de retrucar, mas Harry se levantou antes disso guiando todos até o quarto.

Alyne foi a primeira a entrar e, consequentemente, chorar novamente pela amiga. Hermione estava deitada na cama com uma expressão extremamente serena e feliz. Suas roupas haviam sido trocadas por uma longa camisola branca de seda, que realçava a beleza da menina. Seus cabelos castanhos e encaracolados estavam espalhados pelo travesseiro.

Alyne se aproximou, com a flor próxima ao peito e segurou forte a mão fria de Hermione.

Oh, como era difícil se convencer que ela nunca mais falaria com a amiga, que nunca mais a veria sorrir, que nunca mais veria ela zelar pelo filho com a dedicação de uma verdadeira mãe. Era simplesmente horrível.

- Ela era forte – disse embargada aos outros, como se não quisesse que eles, em hipótese alguma, tivessem uma ruim última impressão da garota. – Foi mais forte do que cada um de vocês pode imaginar... Foi forte como alguém nunca foi e nunca será. – disse, agora chorando. – Ela conseguiu se manter em pé quando o mundo inteiro queria derruba-la, conseguir se agarrar ao nada que teimava em joga-la para baixo... Hermione Granger foi forte como só uma pessoa poderá ser novamente – disse e rapidamente voltou o olhar à Harry. Ele sabia quem era...

Uma das suas lágrimas caiu em cima de uma das pétalas do lírio e Alyne levou a flor aos lábios, beijando-a com carinho. Depois colocou, carinhosamente, a flor nos cabelos de Hermione, deixando-a ainda mais linda.

Rony, Gina e Luna também se aproximaram, mas o chão tremeu de leve enquanto um forte estrondo era ouvido no meio da rua.

Todos foram para a janela, enquanto Alyne ainda encarava Hermione.

- Meu Merlin, que horror – exclamou Molly.

- É, parece que Londres vai enfrentar uma das piores chuvas dos últimos anos. – comentou o Sr. Weasley.

Aquilo, estranhamente, chamou a atenção de Alyne.

- Creio que não será só uma chuva, Arthur – discordou Tonks. – O céu de Londres nunca esteve tão feio assim.

Alyne levantou a cabeça.

Será que...? Não, não é possível.

Ela foi até a janela. – Licença. – pediu, passando por entre o Sr. E a Sra. Weasley para ficar ao lado de Gina, na janela.

O céu de Londres não estava simplesmente feio, estava horrível. No alto parecia que as nuvens formavam um grande redemoinho negro. Era como uma nuvem gigante distorcida bem no centro. Em várias partes da nuvem, que se estendia até onde se podia ver, luzes brancas piscavam intensamente junto ao som de trovões.

Uma dessas luzes desceu em forma de raio até pouco acima de um prédio, visto ao longe, mas antes que o atingisse mudou de direção, correndo para outra região da nuvem. O barulho que veio em seguida foi simplesmente ensurdecedor.

Todos ali tamparam os ouvidos rapidamente, tirando as mãos somente quando o barulho acabou.

- Isso não é possível! – exclamou Alyne, voltando o olhar a Hermione. – Meu Merlin! Isso é simplesmente impossível!

- Por quê? – perguntou Lupin.

- Bom, é uma história tão longa. – ela disse confusa. – Não sei nem por onde começar.

- Que tal pelo começo? – perguntou uma voz rouca.

Dumbledore sorria em cima de uma cadeira de roda, logo à frente de Minerva, na porta do quarto.

- Creio que pode começar pela morte dos pais de Hermione. – ele tornou a dizer, um tom misterioso assolava sua voz.

So I bleed,

E então eu sangro

I bleed,

Eu sangro

And I breathe,

E eu respiro

I breathe now...

Eu respiro agora



- Merlin! – exclamou Gina – Mas isso explica tudo.

A menina estava realmente espantada, assim como todos ali. Na cabeça deles, aquela maldição era simplesmente a chave para todo o mistério, todas as perguntas sem resposta sobre Hermione.

Agora estava na sala, em silêncio, chocados.

Somente Gina levantou-se afobada.

- Gente, será que a ficha não caiu? – ela perguntou. – Isso explica tudo... Tudo o que a gente não sabia sobre a hermione. Todas as estranhas atitudes dela. TUDO!

- Ela tem razão – disseram Rony e Luna ao mesmo tempo. – Você não acha Harry?

- Eu não sei. – ele desabafou, com olhos baixos. – Agora nada disso importa mais, não é mesmo?

Ele suspirou e se levantou, dizendo que iria dormir.

Alyne olhou o rapaz subindo a escada, incrédula. Ela fez menção de impedi-lo, mas Dumbledore a impediu com um simples sinal.

Assim Rony, Gina e Luna também subiram, abatidos e com expressões desiludidas.

- Professor! – exclamou Alyne.

- Apenas não quero iludi-los. – disse Dumbledore, calmamente.

Alyne sabia plenamente que o diretor tinha alguma idéia na cabeça e se referia a mesma coisa que ele. E seguindo as recomendações de ficar calma e dar tempo ao tempo, Alyne subiu para o quarto com Luna e Gina.

- Algo errado Alvo? – perguntou Minerva, tão curiosa como Tonks e Lupin.

O professor sorriu misteriosamente.

- Bem, tirando que temos que reerguer a ordem, tudo. – ele respondeu, simplesmente.

Minerva e Tonks se calaram, saindo dali e indo a procura de Pomfrey, mas Lupin apenas olhou o professor curiosamente, sabia que ele estava escondendo alguma coisa.

- Como você pretende invadir Hogwarts, Alvo? A Ordem da Fênix esta praticamente dizimada.

- Pretendo fazer isso da forma mais simples possível. – ele disse, sereno. – Lembre-se Remus, a nosso objetivo é destruir Voldemort, ele é a única peça desse jogo que mantém todos os comensais unidos, sem ele não passam de fracos bruxos das trevas lutando por um ideal sem nenhuma organização.

Lupin apareceu não gostar da idéia.

- Assim como devo imaginar que Hermione era para todos nós?

- Por que pensa assim, Remus?

- Pelo simples fato de termos perdido toda a nossa organização e estarmos como os comensais ficariam sem Voldemort, agora que ela faleceu.

Dumbledore sorriu de maneira misteriosa.

- Remus, meu bom amigo, faça um favor a esse velho diante de você, apenas reúna e maximo de aliados à ordem ainda vivos, tente alianças com outras raças, arrume um exercito e, por fim, confie em mim. – disse Dumbledore, saindo com a cadeira da rodas.

Lupin sentou-se no sofá. Alvo Dumbledore ainda era uma pessoa sã. Estava falando besteiras ao seu ver, mas Dumbledore nunca faria algo sem ter certeza de que daria certo.

Assim, o bruxo levantou-se novamente do sofá e saiu pela porta da frente. Se Dumbledore queria um exercito lutando pelo bem, Dumbledore o teria...

Bleed,

Sangrar

I bleed,

Eu sangro

And I breathe,

E eu respiro

I breathe,

Eu respiro

I breathe,

Eu respiro

I breathe no more.

Eu não respiro mais...




Madame Pomfrey havia adentrou o quarto onde Hermione jazia deitada.

Fazia algum tempo que todos haviam ido conversar, mas a mulher achava melhor dar uma olhada em Hermione. Sentia-se tola, na verdade, por agir como se a qualquer momento a menina pudesse sair andando por aí.

Ela foi até a menina e acariciou seus cabelos, sentindo em seguida algo leve cair em seus pés.

Assustada com o que havia lhe parecido um leve inseto pousando-lhe no pé, ela pulou e olhou para baixo. O que havia lá nem de perto lembrava um inseto.

Era apenas um lindo lírio. Um lírio branco como neve de pontas levemente azuladas.

Ela sorriu, colocando a flor novamente nos cabelos da menina.

Novamente...

Um flash rápido passou em sua cabeça e ela dirigiu um olhar assustado à flor.

Aquela flor não era a que Alyne trouxera mais cedo? Mais que pergunta tola, é claro que era. Sem duvidas. Acontecia que, naquele momento ela estava branca como neve, sendo que nas mãos de Alyne eram rosa. Isso era impossível, tudo bem que coisas estranhas aconteciam no mundo mágico, mas não isso. Tinha certeza que Hermione estava morta e ninguém alem da própria Pomfrey havia entrado ali.

Ela tocou o braço de Hermione e sentiu-se novamente confusa!

Não! Ela esta morta.

Os pensamentos tentavam achar uma explicação ao menos razoavel para aquilo. Mas não tinha e ela sabia disso. Era simplesmente impossível. A menos que estivesse enganada (e ela nunca estava) aquilo não poderia estar acontecendo, contradizia todas as leis explicáveis e inexplicáveis da magia, da medicina bruxa, que fosse.

Ela checou novamente o pulso da menina. Nada! Não havia batimento e ela também não respirava.

Mas ela sentia. Tinha certeza que não estava louca.

A porta se abriu e Minerva e Tonks fizeram menção de entrar, parando somente ao verem a expressão assombrada de Madame Pomfrey.

- Chamem Dumbledore. – ela disse rapidamente.

- O que...

- Chamem Dumbledore, pelo amor de Merlim.

- Estou aqui, Papoula. – disse a voz calma e serena do bruxo, que agora adentrava o local com a cadeira de rodas.

O clima ali pesou intensamente. E Tonks e Minerva não demoraram a perceber o que estava errado. Pomfrey estava certa, aquilo era impossível.

Todos ali estavam surpresos, apenas Dumbledore não. Este mantinha um sorriso enigmático no rosto.





N/A -> peoooople, gostaram do capítulo? Eu espero que sim. A música pode ter umas partes que paracem tradução mal feita, mas prestem bem atenção que tudo faz sentido. A mim dá bastante a impressão que a pessoa esta agonizando. Eu acho linda.

N/A -> brigado a nay MAIS-UMA-VEZ, que betou o cap pra mim ^^^. No entanto eu acho que postei o primeiro arquivo, então me perdoem qualquer erro por ai, blz?

N/A -> respondendo à alguma perguntas, não sei quantos capítulos a fic ainda virá a ter, acredito que uns três ou quatro, blz? Beijão pro cês! UIAHSDIUAHSDI té proxima!

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