A reunião



A reunião

Athos corria pelas colinas que ficavam nas redondezas do Lago Grimmalds enquanto pensava, era apenas 5 horas da manhã quando cansara de ficar deitado na cama sem conseguir dormir e resolvera fazer um pouco de exercício para colocar tudo o que tinha acontecido naquele mês em ordem.
Primeiro queria organizar o que exatamente iria falar na reunião que aconteceria mais tarde... Não poderia dizer tudo, aliais, não queria... Era muita informação para ser desperdiçada, precisava guarda um trunfo, alguma carta na manga... Sabia que Dumbledore havia pedido que ele ficasse à frente das investigações para a ordem e ajudasse quanto ao apuramento de informações sobre Voldemort e seus comensais, mas ele tinha seus próprios planos e o fato de estar na ordem o ajudaria a concluí-los. Era totalmente fiel a Dumbledore porque, afinal, era uma das ultimas pessoas que realmente o conhecia e o aceitava,não o trairia, mas não o ajudaria além de onde estavam os seus planos... Era assim que tinha que ser.
Parou por um momento, já deveria esta correndo há 2 horas mais ou menos, curvou o tronco e segurou seus joelhos respirando vagarosamente para recuperar o fôlego,a lembrança da ultima conversa com Dumbledore não lhe saia da cabeça. “Eu não amo ninguém!?” - Repetia mentalmente - “Rum, como pode ter dito isso se me conhece tão bem?” - perguntava-se,estava com uma raiva que o amargurava por dentro. “E ele nem ao menos se deu o trabalho de me dar uma resposta pessoalmente,apenas escreveu um bilhete num pedaço de papel velho. “Faça o que tem que ser feito!”- repetiu lembrando-se do que tinha escrito nele. – Eu farei! Farei exatamente o que tem que ser feito. ”
Ergueu o corpo inspirando profundamente e sentiu os primeiros raios de sol lhe tocar-lhe a face,enxugou seu rosto molhado de suor com a malha da camisa e olhou a vista a sua volta. As arvores que o rodeava eram longas e largas, pareciam ser bem velhas e o chão era um tanto escorregadio por ser apenas de terra seca juntamente com alguma pequenas pedras soltas das rochas que o revestia, por isso quase derrapara 2 vezes enquanto corria.
Suspirou e começou a andar tranquilamente até a ordem quando parou de súbito cerrando seus olhos entre as arvores,um som de galhos quebrados chamou-lhe a atenção. Colocou a mão no bolso esquerdo da sua bermuda e segurou firme a varinha.
Outro som de folhas secas pisadas cortou o silêncio,estreitou os olhos e apurou os ouvidos deixando à varinha um pouco a mostra.
Um pequeno deslize de pedras denunciou mais uma vez a presença de um intruso. Tirou a varinha completamente do bolso e a mirou bem onde ouvia o som de passos,podia escutá-lo agora bem próximo.
Parou a respiração, não iria correr o risco de ser pego desprevenido... Não iria ver primeiro antes de atacar... As coisas andavam muito perigosas para ele... Esperou até vislumbrar uma sombra entre as arvores que estavam bem próximas

- Expelliarmos. – gritou.

Uma varinha foi arrancada das vestes do intruso, este por sua vez, pela surpresa em que o feitiço lhe foi atingido derrapou em meio a terra e pedras no caminho e caio rolando alguns metros no declínio do monte.
Athos sorriu ao ver que acertou o feitiço em cheio, mas logo sua expressão de satisfação foi substituída por uma de surpresa quando notou os cabelos longos, ondulados de cor negra e a expressão espantada no rosto de sua amiga de infância.

- Juliet!? – Exclamou correndo para ajudá-la – Você está bem? – perguntou ao segurar no braço para levantá-la. – Desculpe-me! E-Eu...

- VOCÊ ESTÁ LOUCO??? – Indagou se desvencilhando dele. – Ai – fez voltando a cair no chão e segurando seu joelho que só agora percebera estar machucado.

- Deixe-me ver isso. – Falou Athos se agachando junto a ela e estendendo a mão para o seu ferimento.

- Não! – disse Juliet dando uma tapa na mão dele para tirá-la de perto, o olhou com um olhar fulminante. – O que você pensa que estava fazendo?

Athos a olhou espantado. – E-Eu... Eu... Não pensei que fosse você. – respondeu. – Como era que eu ia saber que era você? – falou recuperando seu tom autoritário de sempre.

- Como ia saber? Como ia saber? – Repetia a menina freneticamente pensando ser obvio.

Athos ergueu a sobrancelha em sinal de espera pela resposta e Juliet franziu a testa.

- Ora... Não tinha como você saber. – Irritou-se ao perceber esse fato. – Mas mesmo assim! – Tentou argumentar. – Você não pode sair por ai atacando as pessoas! Podia ser um trouxa sabia?

Athos suspirou com um ar imponente e cansativo. - Juliet eu não sei se você percebeu, mas o Largo Grimmald não é um lugar que pode ser classificado como povoado por trouxas, são apenas 7 da manhã no máximo e alem disso não usei nenhum feitiço que pudesse ferir o oponente, apenas desarmá-lo.

A garota ergueu levemente o joelho e apontou alguns cortes espalhados pelo corpo. – Isso não é se ferir?

- Bom... Eu não tenho culpa se você é desajeitada. – respondeu em tom superior.

- Desajeitada? Ora eu vou mostrar quem é... – Tentou levantar-se para encará-lo, mas sentiu uma pontada muito forte no joelho e voltou a sentar-se.

Athos a observou cair no chão novamente e fazer uma careta enquanto pressionava o joelho. – Isso é para aprender a não me seguir mais. – falou friamente.

- Ora... Eu não o estava seguindo. - disse Juliet em meio a uma careta.

Athos ergueu a sobrancelha.

- Bom... Pelo menos não para investigá-lo. – continuou a menina. – E-Eu... Eu... Só queria pedir-lhe desculpa.

- Desculpa?! – repetiu sem entender.

- É,por ontem. Eu queria pressioná-lo para...

- Saber se sou realmente o Athos Brouclynn. – Concluiu ele.

- É! – Admitiu.

- Vamos! Deixe-me ver isso. – falou Athos novamente se aproximando mais dela e tocando-lhe o joelho. – É... Um belo tombo senhorita desajeitada! O corte está um pouco profundo e você deu um mau jeito também. Hum... Eu tenho uma porção que é eficaz para os cortes e quanto ao mau jeito pode ser curado agora mesmo. – ele apontou sua varinha para o joelho da meninha e sussurrou “Contrecctivis”.

Juliet sentiu o joelho estalar e depois fez um esforço para movimentá-lo,com certeza estava bem melhor, mas o corte limitava muito seus movimentos.

- Só ficara bom mesmo depois que esse corte estiver sarado. – Explicou-lhe.

- Obrigada! – agradeceu em tom seco.

- De nada. – falou ele se levantando e caminhando para apanhar a varinha dela que estava caída no chão alguns metros adiante,suspirou e voltou para perto da garota se agachando junto a ela.

- Mesmo o Largo Grimmalds não sendo muito povoado acho melhor não arriscarmos,por isso não usarei feitiço para carregá-la,eu mesmo o farei. – Disse-lhe passando um de seus braços pelas costas de Juliet e dirigindo o outro para debaixo das pernas dela.

- Não precisa! – falou tirando o braço dele, que passava pelas suas pernas, de perto. – Basta me ajudar a levantar e andar até lá.

Athos acentio passando o braço dela por cima de seus ombros e rodeando seu braço na cintura dela para levantá-la. Juliet era bem leve e ele percebeu que ela se controlava para não demonstrar a dor que sentia no joelho pelo esforço de ficar em pé. Ele esperou um tempo até que ela se acostumasse com a pressão na perna ferida e começou a andar bem devagar.

O chão era extremamente escorregadio na descida do monte e por diversas vezes Juliet sentiu Athos pressioná-la ainda mais contra seu corpo para que ela não caísse. Ficava um tanto constrangida nesses momentos, pois sentia ainda mais o calor do corpo dele junto ao seu e o da sua mão que lhe apertava a cintura. Tentava terminantemente não pensar nisso, mas era impossível.

Chegaram ao numero 12 e pacientemente Athos a ajudou a subir os primeiros degraus para se entrar na ordem. A mansão estava completamente vazia, ninguém acordara ainda. Juliet agradeceu aos céus por isso. Imagina explicar como se machucou correndo pelos montes do Largo Grimmalds para a Sra. Weasley? Ela iria enchê-la de perguntas que não estava nem um pouco a fim de responder e também por que queria manter o pacto de desconfiança de identidade somente entre ela e Athos. Se falasse que ele a atacou e que àquela hora ele estava fora da ordem com certeza iriam desconfiar.

Athos a levou até a escada para subirem até o quarto dele. Subir escadas realmente era mais dificultoso para Juliet. Ela não conseguia dobrar o joelho machucado então só podia usar uma perna e sempre que um degrau era anulado ela parava para processa outra vez que não podia usar as duas pernas.

Athos revirou os olhos. – Agora você já quer me pedir paciência demais. – falou passando seu braço por debaixo dos joelhos de Juliet e a pegando nos braços como quem pega uma noiva.

- Me solta Athos! Você esta doido? – falava de dentes trincados para não acorda ninguém enquanto batia forte no peito dele demonstrando sua raiva.

Athos apenas continuou seu caminho e ao chegar ao quarto abriu a porta tranquilamente e jogou Juliet sentada violentamente na cama.

A menina soltou um grito pela surpresa em que foi atirada na cama e por sua perna machucada ter batido no colchão.

Athos,por sua vez, não ligando para os xingamentos dela, dirigiu-se até o banheiro e pegou alguns vidros voltando logo em seguida e se abaixando em frente a ela. - Isso pode doer um pouco. – falou.

Juliet mordeu o lábio inferior tentando se controlar quando sentiu uma dor fina lhe subir pelas entranhas. Percebia que o corte logo sarara, mas realmente doía muito, só que não iria demonstrar para ele. Numa tentativa de amenizar a dor e mostrar indiferença resolveu conversar.

- Por que diabos você tem tantos remédios em?

Athos permaneceu concentrado em curá-la. – Por que diabos você faz tantas perguntas? – indagou em tom irritado.

- E por que você nunca as responde? – alfinetou.

- Não tenho obrigação em respondê-las,essas coisas são um desrespeito a mim. – cortou-lhe.

- Eu não acho! Sabe? Um espião na ordem desrespeito a todos aqui. – deu-lhe o troco.

Athos permaneceu calado e o silêncio novamente tomou conta do aposento. Ele mudou de posição sentando-se ao lado dela na cama e pegando seu braço direito para curar-lhe.

- Eu só quero que me fale alguma coisa do nosso passado. Para eu ter certeza. – suplicou o olhando mais ameno.

Um bom tempo de silêncio se passou até que Athos terminou de curar-lhe todos os cortes. Ele fechou o vidro da porção e suspirou. – Eu lembro-me do dia em que ganhei essa cicatriz. – ele a olhou bem nos olhos. – Nós conhecemos um marinheiro na praia que gostava muito de surf ar e eu quis fazer isso também. Você e minha mãe disseram que não era para eu ir porque era perigoso, pois tinham muitos corais e eu era novo demais, só que não as escutei e fui. – ele suspirou. – Cai da prancha em meio à onda e bati minha cabeça em um dos corais, desmaiei por um tempo na água até que conseguir acordar e voltei à superfície. Realmente... Eu quase morri. – concluiu se levantando para guarda a porção. Ele olhou para ela do banheiro. – Satisfeita? –indagou.

- Mais que antes. – respondeu-lhe com um largo sorriso.

- Ótimo! Agora vai parar de me fazer tantas perguntas?

- Não... E sim. Depende de você. – falou.

Athos ergueu a sobrancelha. – O que mais você quer?

- Um trato. Eu paro de lhe fazer tantas perguntas, entretanto, as que eu fizer você respondera com verdades...

- Não. – cortou-lhe.

- Por que não? – Perguntou ela sem entender o erro na proposta.

- Porque a muitas coisas da minha vida que eu gosto de guarda somente para mim.

- Sim tudo bem, eu entendo. Olha se eu perguntar-lhe algo que não queira responder você dirá que não e pronto. Mas se for para responder que seja com verdades.

Athos levantou a cabeça pensativo. – Hum... é justo! – concordou.

Juliet sorriu. – Ótimo! – ela pegou sua varinha. – Agora vamos jurar...

Athos aproximou-se dela e segurou em sua mão desocupada percebendo a surpresa de Juliet pela ação repentina. Ele sorriu e interligou seu dedo mindinho ao dela.

- Eu juro!

Ela olhou para sua mão com um espanto ainda maior. Aquele tipo de juramento era o mesmo que faziam quando crianças. Levantou a cabeça para encará-lo e notou um sorriso diferente no rosto dele. Não era aquele costumeiro, cínico e cético, mas um sincero, real. O mesmo sorriso de antes, quando eram pequenos. Eles estavam bem próximos, podia ouvir a batida do coração um do outro. Juliet observou a expressão de Athos mudar para uma mais seria e o garoto engolir um seco.

- Ainda não me pediu desculpas Star. Anderson. – falou Athos sem conseguir parar de olhar para Juliet, eles estavam muito próximos, isso o incomodava.

Ela ainda o fitava. Seus olhos não se desgrudavam. – Desculpe-me – o pedido saiu mais como um sussurro.

Um barulho de correria na escada os despertou. Eles se afastaram um tanto constrangidos e olharam para o chão não querendo se encarar.

- Acho melhor você ir. – falou o rapaz. – Quero tomar banho.

Juliet deu um sorriso amarelo. – Claro! Claro! Hum... Eu também. – concordou encaminhando-se para a porta. – Então... Tchau. – despediu-se com um aceno tímido.









Harry olhava para o teto enquanto ainda estava deitado na cama. Já tinha amanhecido há algum tempo e ele não pregara o olho à noite toda. Como sempre, sua mente estava ocupada demais para conseguir descansar e a ansiedade pela sua primeira reunião não ajudava muito.
Suspirou e levantou as cobertas para sair da cama. Andou até o guarda-roupa e pegou uma camisa e uma calça para vestir. Depois de vestido voltou para a cama e se agachou para pegar seus sapatos debaixo dela. Calçava ainda suas meias quando ouviu um bocejo.

- Bom dia! – falou seu amigo Ron ainda sonolento. – Faz tempo que você esta acordado?

- Hum... Não muito. – mentiu Harry. Não queria que Ron soubesse que não tinha nem dormido porque essa informação escorreria para Hermione e ai ele estaria mais uma vez diante de um interrogatório da amiga, ao qual não estava nem um pouco a fim de responder.

Viu Ron andar desengonçado e pegar uma roupa para vestir-se. Depois o amigo, assim como ele, calçou os sapatos e os dois desceram as escadas correndo para chegarem logo a cozinha.

- Bom dia! – disseram os dois para todos quando chegaram ao aposento.

- Bom dia! – Responderam os Weasley, Hermione e Lupin.

- Vai querer ovos, Harry querido? – indagou a Sra. Weasley.

- Não Sra. Weasley, obrigado.

- Ela pergunta para você se quer as coisas e esquece do próprio filho. – cochichou Ron pra ele com uma cara ofendida.

Harry deu apenas um sorriso sem graça e olhou de relance para Gina que estava com a cabeça baixa e os olhos bem vidrados no prato que continuava intacto. Suspirou. Tinha que tomar alguma atitude, mas antes iria pensar muito calmamente no que iria fazer.

Já havia terminado seu café da manha,mas ainda continuava à mesa. Ron falava empolgado sobre xadrez com Lupin que respondia na mesma empolgação. Os gêmeos já não estavam mais na ordem, pois tinham que trabalhar e manter a loja. Gina falava alguma coisa aparentemente empolgante com Hermione, mas não parava de lhe lançar olhares de relance. Suspirou. Queria ficar só.

- Hum... Eu esqueci uma coisa lá no quarto. Vou lá buscar. – disse para Ron já se levantando da mesa e saindo do aposento.

Subia as escadas distraído. Gostava muito da Gina, mas estava cansado de tudo aquilo, daquelas briguinhas chatas. Tinha problemas demais, não podia esta desviando seus pensamentos para isso.

- Harry!

Ouviu alguém chamá-lo um pouco acima na escada. Levantou a cabeça sem animo para identificar quem seria.

- Algum problema? – indagou Juliet.

Harry balançou a cabeça displicente dizendo que não. – Eu estou só cansado. – mentiu.
Juliet andou até ele e laçou o braço ao dele. – Vem. Vamos conversar. – falou o puxando escada a cima.

Harry viu ser conduzido pelos corredores do segundo andar da mansão Black até uma porta grande e um tanto familiar. O aposento que entrara era a biblioteca que costumava conversar com seus amigos e Gina.
Jogou-se em uma das poltronas em frente à lareira e percebeu Juliet sentar-se ereta em outra, a sua frente. Harry olhava amargamente para um ponto imaginário na parede.

- Então... – Começou Juliet. – O que está acontecendo?

Harry continuou calado. Gostava muito de Juliet. Ela o fazia se sentir à vontade. Parecia que o conhecia há anos, como uma irmã mais velha. Mas não era de falar dos seus problemas. Suspirou e arrumou-se desconfortável na poltrona.

- Por acaso... Alguma coisa com a Gina? – indagou a bruxa.

Harry a olhou assustado numa pergunta silenciosa de como ela sabia.

Percebendo a curiosidade do garoto, complementou. – Eu o vi saindo ontem com ela da festa. Depois a vi voltando sozinha com uma expressão meio triste.

Harry abaixou a cabeça confirmando a suposição de Juliet. – Eu gosto dela. – declarou. – Mas não é disso que preciso agora.

- Ué... Como assim não é o que você precisa agora?

Harry a encarou por um tempo pensativo. – O.k.! – falou ficando um pouco mais na ponta da poltrona e colocando seus cotovelos no joelho. – O problema é que estamos em guerra! Voldemort está à solta e eu, pelo menos, farei de tudo para detê-lo. – Juliet soltou um sonoro “hum...” com essa afirmativa do menino. – Mas para isso eu tenho que me arriscar. – continuou. – E Gina não esta aceitando. Temos discutido muito, eu não quero brigar e muito menos magoá-la, mas meu objetivo principal é acabar com Voldemort e os comensais. Não vou desistir disso. – desabafou voltando a ficar sentado desleixadamente e desviando seu olhar para o mesmo ponto imaginário de antes.

Juliet suspirou. – É Harry... Eu realmente não sei o que dizer. – declarou. O garoto soltou um sorriso irônico acompanhado de um abafado “Rum...” – Mas... Bom... Talvez se você a integrasse mais sobre o seu dilema e até mesmo a deixar participar das suas ações contra Vold...

- Não! – interrompeu Harry. – É tudo o que não quero. Não vou colocá-la em risco. – disse.

O silencio voltou a reinar no aposento.

- Então... – começou depois de algum tempo. – Só há uma coisa a fazer.

Harry a olhou inicialmente com pouco interesse, até que este despertou-se ao notá-la tirar a varinha de um bolso escondido nas vestes e apontá-la para a porta. – Accio Chocolate. – ouviu-a dizer.

Uma barra enorme do chocolate preferido de Harry adentrou no cômodo flutuando.

- Eu não sei de qual você gosta, mas esse é meu predileto. – comentou ela quebrando a barra em pedaços um pouco grandes. – Tome. – falou entregando 3 deles a Harry.

O garoto a olhou intrigado. – Isso vai solucionar meus problemas?

Juliet sorriu. – Não. Na verdade piora um pouco, pois pode causar uma E-N-O-R-M-E dor de barriga e caries nos dentes. Mas é gostoso e eu sou viciada. - deu de ombro.

Harry riu gostosamente do que foi dito pela bruxa e depois mordeu um pedaço do seu chocolate.
O dia se passara de um modo agradável. Harry ficara por uma hora ou mais conversando com Juliet. Impressionava-se por ela esta sempre bem humorada e como conseguia fazer qualquer pessoa rir. Tanto que, em pouco tempo, eles já eram grandes amigos, conseguiam saber exatamente o que o outro sentia.

Depois que a conversa fora interrompida por um Ron meio carrancudo que entrou bufando no aposento, Juliet lhe falou que tinha que resolver algumas coisas com a Sra. Weasley e o deixou apenas com o amigo ruivo.

- O que houve Rony? – indagou logo que a bruxa deixara o lugar.

- Gina e Hermione me expulsaram do quarto. Você acredita? – perguntou Ron se jogando pesadamente na poltrona em frente à Harry e cruzando os braços acompanhados de um bico. – Coisas de mulheres. – falou imitando uma voz fina feminina.

Harry soltou um sorriso torto e vagou seu olhar pelo cômodo. Parou em uma pequena mesinha com um objeto comumente chamado de tablete de xadrez. Virou-se para o amigo entusiasmado.

- Ei Rony! Que tal uma partida de xadrez?

Viu o amigo desmanchar o bico e comprimir os lábios dando de ombro. – Pode ser. – respondeu já se levantando e tomando seu lugar na mesa de jogo.

Como sempre Harry só conseguia no máximo dificultar a vitória de Ron que era iminente. Em dado momento da partida Lupin chegara para avisá-lo que a reunião da ordem começaria as 18:00h e logo após seria realizado a sua primeira aula com ele.

- Aonde? – perguntou Harry antes que o professor se fosse.

- Após a reunião eu lhe direi. – Informou se retirando do cômodo.

Depois de Harry apanhar umas 3 horas seguidas no xadrez para Ron. Os garotos resolveram descer para almoçar e lá encontraram com Gina e Mione. Terminado o almoço encaminharam-se novamente para a biblioteca onde Hermione se prendeu a um livro juntamente com um pergaminho do lado anotando algumas coisas velozmente com a pena e ele, Ron e Gina se acomodaram nas poltronas para discutir sobre quadribol.

Quando o relógio já marcava 17:30 Harry se despediu dos amigos e desceu para a sala onde seria realizada a reunião da ordem.

- Sr. Potter! – ouviu chamar quando já estava entrando no aposento.

Virou-se bruscamente para identificar de quem era a voz no corredor escuro.

- Prof. McGonagall! – Surpreendeu-se Harry.

- Quero lhe falar. – declarou. – Acompanhe-me. – ordenou passando por ele e aprofundando seus passos pelo corredor.

Harry a viu abrir uma porta de uma sala qualquer no corredor e acenar um sinal com a cabeça para que ele entrasse fazendo o mesmo em seguida.

- Sente-se – mandou a professora.

Harry avaliou o cômodo em que estava. Tinha poeira por todos os lados e os moveis, que eram muito poucos, estavam todos cobertos por um pano meio sujo. Suspirou e sentou-se no sofá levantando uma boa quantidade de poeira.
Minerva caminhou calmamente até ele e com um pequeno gesto de varinha posicionou uma das cadeiras do cômodo na frente de Harry e a limpou antes de se sentar. O garoto franziu o cenho esperando que a professora começasse a falar.

- Muito bem, Sr. Potter. Entendo que esteja espantado por eu tê-lo abordado dessa maneira, mas já vou explicar o por quê.

Harry permaneceu calado esperando a bruxa da continuidade.

- Eu sei sobre os horcruxs. – anunciou. – E também sei o que o Sr. e o Prof. Dumbledore foram fazer na noite em que el... na noite do acidente. – corrigiu-se baixando a cabeça rapidamente.

Harry arregalou os olhos e abriu a boca questionar como ela sabia daquilo, mas foi calado pela voz da Prof. McGonagal.

- O prof. Dumbledore sempre me contou seus planos e feitos. Não deixaria de mencionar os Horcruxs e nem como iria agir quanto a isso. Sempre confiou em mim e... No Senhor também, Sr. Potter.

Harry abaixou a cabeça. A morte do seu querido diretor ainda estava muito nítida em sua memória.

- Mas eu não o chamei aqui para falar-lhe do que sei. – uma pausa se seguiu. – Contou a mais alguém sobre isso?

Harry a encarou nos olhos de cenho franzido. – Só aos meus amigos.

- Ótimo! – alegrou-se a mulher.

Minerva levantou-se e andou pelo aposento com as mãos entrelaçadas nas costas. – Veja bem Sr. Potter. – falou virando-se para o garoto. – Para ser membro da ordem é preciso passar por uma serie de etapas. Uma seleção. – Harry endireitou-se na cadeira. – Primeiro é datado a idade e a formação escolar do individuo. Segundo é visto as suas antecedências. Pai, mãe, avós... Enfim, a família. Logo após, é requerido um levantamento pessoal e criminal, ou seja, iremos investigar toda a vida desta pessoa e assim averiguar se é confiável. – Harry a olhou apreensivo. – Contudo, Sr. Potter... O sistema muitas vezes é falho e, como você deve ter percebido, há alguns espiões na ordem. – Ela inspirou profundamente. – É por isso que o trouxe aqui. Para alertá-lo sobre o que dirá na reunião e para pedir que não ressalte nada sobre os horcruxs ou aonde foi com o Prof. Dumbledore naquela noite desagradável.

- Eu não ia falar. – disse Harry.

- Bom... Não custa nada informá-lo não?

Harry expôs um sorriso preso e concordou com um aceno da cabeça. – Quem mais sabe dos horcruxs? – indagou.

- hum... – pensou. – O Lupin, o Alastor... Que eu saiba apenas esses.

- Entendo...


- Bom Sr. Potter... Esta na hora de irmos. Não é certo que chegue atrasado a sua primeira reunião.

Harry acentio e a seguiu pelo caminho de volta ao aposento aonde ia entrando há minutos atrás, antes de ser chamado.

A sala já contava com a presença de muitos bruxos, que o saudaram ao entrar. A prof. MacGonagal se distanciou dele para ir falar com Moody e um homem calvo meio barbudo que Harry não conhecia.

O garoto se dirigiu a uma cadeira vaga ao lado de Lupin, que conversava alguma coisa com o Sr. Brouclynn, e ficou inquieto até o começo da reunião.

- Senhores! Eu vos peço atenção. – falou a Prof. McGonagal, sentada a ponta da mesa retangular, em um tom alto para se fazer ouvir. – Estamos aqui, reunidos para dar seqüência a mais uma reunião da ordem da fênix. Infelizmente, como sabem, não posso dizer todos, pois perdemos muitas pessoas queridas que nos serviram lealmente. – Harry reparou que alguns a mesa baixou a cabeça. - No entanto, não podemos nos submeter e desistir. Andei fortalecendo nossas alianças, elas não nos faltaram. Contudo, Voldemort – muitos estremeceram ao ouvir esse nome. – também tem avançado. Espalhando medo e terror pelos bruxos, e é por isso que precisamos agir rápido. Moody me contou como foram às reuniões sem mim. – Um bom grupo de pessoas a mesa engoliu um seco. – Pergunto-me se ainda não perceberam que estamos em guerra? Que cada erro nesse momento pode ser fatal? Não é o Alastor ou eu que precisa dizer o que farão ou não, mas apenas os Srs que devem tem que se conscientizar e agir. – Ela parou para encarar cada um nos olhos com sua dureza de sempre. Suspirou. – Termino aqui minha palavra. Sigam com a reunião. – Concluiu se recostando na cadeira.

Harry sentiu seus olhos brilharem de admiração pela sua ex-professora de transfiguração. O sermão e depoimento que ela fizera lhe foram expirante e pode perceber que tal efeito que lhe causou também surtiu aos outros.

Inspirou profundamente antes de voltar sua atenção para quem falava agora. Uma mulher na faixa de uns 40 anos de cabelos loiros, um pouco grisalhos, olhos acinzentados, pele branca e algumas rugas no rosto.

- Juntamente com a os Srs. Krull e Dalas estamos conseguindo controlar um pouco os vândalos. Mas o numero ainda continua crescendo...

Harry a ouviu atentamente e ficou fascinado pelo modo como as coisas funcionavam na ordem. Certo, havia pequenos deslizes. Algumas pessoas realmente não se empenhavam e Harry sentia o peso sobre elas do que inicialmente foi dito pela Prof. McGonagal.
De conhecidos na reunião por Harry podia-se contar com os dedos. Eram apenas; Lupin, o Sr. Brouclynn, Prof. Minerva, Hagrid que havia chegado atrasado e por isso não viera falar com Harry, apenas deu um leve piscar de olhos pra ele. Prof. Sprout, de Herbologia e o seu maior fã, o Prof. De porções de Hogwarts, sr. Slughorn, que também havia chegado atrasado a reunião, o que Harry deu graças a deus pois não queria ter que parecer gentil com ele.

Constatou que havia poucas pessoas que eram encarregadas de espionar as relações e ações de Voldemort e Harry ficou impressionado ao descobrir que o próprio Sr. Brouclynn e Tonks faziam parte delas.

Athos esperou pacientemente até seu momento de falar. Chegado à hora levantou-se para que todos pudessem vê-lo.

- Não posso dizer que descobrir muitas coisas. – começou a falar. – Contudo tenho informações confiáveis de que a morte do Sr. Brown do departamento dois tem ligação com o seqüestro do Sr. Olivaras. – ouviu-se um murmúrio de exclamações assustada na sala.

- Como conseguiu tal informação? – Interrompeu brandamente Moody.

Um sorriso no canto dos lábios de Athos se formou. – Tenho meus meios. – respondeu apenas.

- Mas porque acha que há esta ligação? – Indagou a Prof. Minerva se curvando a mesa.

- Bom... Creio que a N motivos para a captura do Sr. Olivaras e a morte do Sr. Brown, mas o que me despertou ao fato de ambos terem ligação foi justamente isso. – falou passando alguns papeis encadernados para a Prof. McGonagal. Esta segurou o objeto com seus dedos finos e o foliou de cenho franzido. – Um deles fundamentou e criou a maior parte das varinhas existentes na sociedade bruxa o outro implantou e executou muitas das leis mágicas de porte alto que temos. Se o observarmos separadamente o que tem em comum? Absolutamente nada. Mas quando os coloca lado a lado juntamente com um folheto de departamento da magia se identifica algumas semelhanças.

Harry franziu o cenho sem entender e aliviou-se ao constatar que muitos estavam na mesma situação.

- Uma intervenção na magia é o que quero dizer. – falou depois de constatar os rostos desentendidos a mesa.

Harry percebeu que Moody, Lupin e Minerva empalideceram levemente.

- O que quero dizer, - continuou – para os que não sabem. É uma distorção e apagamento total de um feitiço. É como se pegássemos um livro e apagássemos um nome dele e ai todos os outros livros também eliminassem esse mesmo nome. Acabar completamente com um feitiço. – explicou se curvando na mesa com as mãos apoiadas nela. – E como se fazer isso? Primeiro você tem que conhecer o tipo de magia usada por aquele que a aplicou, ou seja, a varinha. Depois se tem que acabar com as inúmeras clausulas e leis que proíbem a intervenção. Então eu agora vos pergunto. Qual a ligação entre os dois casos?

Moody levantou-se espumando de raiva. – Isso não pode ser. Ninguém é maluco de intervir em outro feitiço. Pode acontecer uma catástrofe. Se der errado, alem de matar um numero considerável de bruxos que já usou esse feitiço intervindo também eliminara N magias ligadas a ele.

- Eu sei disso. Mas não acredito que Voldemort estava muito preocupado com esse fato. – disse em um tom superior.

- Mas Voldemort não poria em risco a magia. – continuou Moody.

- Se fosse de acordo com seus planos, não tenha duvida que ele o faria.

- E para que ele usaria um feitiço desse porte? – perguntou Moody o encarando com o olho mágico.

- Isso eu não sei. – mentiu Athos com um leve sorriso no rosto. Na verdade sabia exatamente qual feitiço Voldemort se interessaria em intervir, mas não revelaria isso. Era sua carta na manga.

Moody bufou de raiva o vendo sorrir.

- É um assunto delicado Sr. Brouclynn. – interromepeu a Prof. Minerva prevendo a briga. – Discutiremos isso depois, quero mais informações a respeito antes de nos preocuparmos. – falou.

Athos suspirou e voltou a se sentar.

Os assuntos seguintes não eram tão interessantes como o ressaltado pelo Sr. Brouclynn, mas também despertavam curiosidade em Harry. Gostou de saber a ação da ordem em rede de flúor e nos monitoramentos para segurança da comunidade Bruxa. Finalmente descobrira o que era o mapa e ficou um tempo o observando admirado.

Minerva levantou-se e apoiou as mãos à mesa. – Então eu encerro por aqui a reunião. Pensem no que foi dito no inicio. Eu espero mais ações e um patrulhamento melhor no banco Gringotes. Moody lhes avisara quando será a próxima reunião. Boa noite. – Finalizou.

Em pequenos grupos que cochichavam entre si, todos começaram a sair da sala. Hagrid passou perto dele e lhe deu uma leve batida nas costas, que fez Harry se esgueirar um pouco pra frente, antes de sair acompanhado da Prof. Sprout e o prof. Slunhom.

- Eu converso com você depois meu rapaz. Não vou perde a companhia. – ouviu o seu ex-professor de porções falar antes de sair.

Aliviou-se, pois ele não queria conversar mesmo e se encaminhou à saída acompanhado do Sr. Brouclynn e do prof. Lupin.


- Sr. Brouclynn! – ouviu Minerva chamar.

Os três; Harry, Lupin e claro o próprio que foi chamado, viraram para encarar a professora.

- Quero falar com o Senhor – disse a bruxa olhando bem para Athos.

Harry percebeu um suspiro de cansaço do seu atual professor que logo em seguida despediu-se dele e de Lupin os deixando no corredor e trancando a porta por dentro da sala de reuniões.

- Bom... – começou Lupin. Ele olhou para o relógio perto da escada. – 8:30! – declarou ao notar. – Lhe darei meia hora de descanso. Às 9horas em ponto esteja nos meus aposentos. Sabe onde fica?

Harry confirmou com a cabeça.

- Ótimo! O espero lá. – informou ganhando espaço entre o garoto e descendo as escadas.

Harry ficou observando detraído o professor afastar-se. Suspirou e começou a andar a fim de encontrar a paz do seu quarto. Tinha muita informação para processar. Principalmente ao que o Sr. Brouclynn tinha mencionado. Uma intervenção na magia? Nunca ouvira falar. Talvez perguntasse a Hermione mais tarde, por hora queria apenas deitar em sua cama e fecha os olhos um pouco.

- FALA TUDO CARA!! – Gritou Ron quase pulando em cima de Harry assim que esse entrou no quarto.

Harry deu um passo falso para trás com o susto e só não caiu porque se apoiou na porta. Olhou espantado para o aposento. Gina, Hermione e, claro, Ron o olhava de um modo ansioso e excitante pelas noticias. Emburrou-se. – Você quer me matar de susto é Rony?

O amigo levantou as mãos. – Calma cara não foi intencional.

Harry andou bufando até a cama e se jogou nela. – Daqui a meia hora vou ter aula com o Professor Lupin e estou cansado. Não adianta reclamarem, hoje eu não falo nada. Amanhã contarei a vocês. – declarou.

- Nossa Harry! Calma! Nós não sabíamos que estava tão cansado. – falou Hermione se levantando da cama de Ron, onde estava sentada com Gina, e puxando junto à amiga, que olhava para Harry de olhos arregalados de espanto. – Vamos deixá-lo a sós. – disse segurando também Ron pelo punho e o conduzindo consigo para fora do quarto.

Não queria ter gritado com seus amigos e principalmente com Gina que estava já magoada com ele. Virou-se de lado na cama “O que está acontecendo comigo?” pensou vagando seu olhar triste pelo chão. Sentia-se cansado por estar sempre mostrando ser forte quando na verdade só queria afundar em uma cama e acorda quando todo esse pesadelo estivesse acabado. Fechou os olhos, sentia uma extrema falta de Sirius. Ele saberia como animá-lo agora.
Sentou-se na cama apoiando as mãos na mesma. Abriu os olhos exaustos, tinha que ir para a aula. Deveria voltar ao seu semblante de fortaleza.
Saiu do quarto com um baque surdo da porta e caminhou firmemente até o local indicado por Lupin que ficava no térreo da mansão.

- Pode entrar! – ouviu ao bater na porta.

Harry adentrou com cautela e varreu seus olhos pelo cômodo. Comparado com o resto da casa podia-se dizer que aquele quarto era o mais simples. Contava apenas com uma cama de casal revestida de madeira escura,um criado mudo ao lado com um pequeno livro em cima,uma mesa apoiada na parede que dava para a janela com vários livros a ocupando e um guarda-roupa que há tempos atrás deveria ser muito bonito.
Harry caminhou ate a mesinha de cabeceira para ver de que se tratava o livro. “Como agem os Lobisomens” leu, balançando a cabeça negativamente. O professor tinha mania de ser submisso e se menosprezar. Achava que era por isso que não costumava dormir na ordem, ainda que estivesse entre amigos, Lupin não se sentia à vontade. Mesmo com as semanas de lua cheia que realmente ele não poderia estar na ordem, o professor passava pouco tempo por lá. Talvez também pelo trabalho, mas ainda lembrava de como o ex-maroto havia saído de Hogwarts. Com o rabo entre as pernas.
Manteve a cabeça baixa. O único dos marotos que ainda restava. Claro, tinha o Pedro.Harry fechou os punhos. “Mas ele não pode mais ser considerado um maroto” pensou sentindo o sangue ferver.

- Então... Vamos começar? – disse Lupin quebrando os pensamentos de Harry.

- Eu gostaria primeiro que o Senhor me falasse quando ira levar-me até onde meus pais estão enterrados. – falou um tanto receoso.

Lupin o encarou com um olhar cansado. – Infelizmente Harry, não poderá ser esta semana. Depois de amanhã será lua cheia. – Declarou olhando de relance para o chão. – Mas assim que essa semana passar nós poderemos ir. – informou.

Harry esboçou um sorriso torto.

- Bom, agora vamos da inicio a aula, sim? Andei conversando com o Sr. Brouclynn e ele me falou que o testou. – dizia o professor enquanto se dirigia a mesa e convidava Harry a segui-lo. – Ele achou que se saiu bem. Aprende fácil. – olhou para Harry com um largo sorriso. – Nada que eu já não soubesse não é mesmo?
“Mas o ponto principal da nossa conversa foi à divisão de como iremos ensiná-lo. Estava tudo desorganizado, deve ter percebido, pois já faz mais de um mês da decisão de ensiná-lo e até agora quase nada foi feito.”

Harry concordou.

-É mais esse quadro mudou. A partir de agora você terá aula todos os dias ! Fora feriado e domingo, claro, como era em Hogwarts. – Harry abriu a boca querendo questionar como poderia ser nos dias em que Lupin estivesse transformado, mas logo foi interrompido pela explicação. – Não se preocupe. Nos dias que eu não puder outra pessoa me sucedera. Então, o combinado foi o seguinte: Eu o ensinarei feitiço, porções e transfiguração. O Sr. Brouclynn ficou com defesa das artes das trevas e ... Bom... Ele próprio falara quando lhe der sua primeira aula. Infelizmente não poderemos ensinar-lhe tudo Harry. Só o estamos preparando para saber se defender melhor. É por isso que estamos deixando para trás algumas disciplinas como Historia da magia, Herbologia, adivinhação e etc. Acredito que quando essa guerra acabar voltara a Hosgwarts para concluir seus estudos. – “Isso se eu continuar vivo.” Pensou Harry. – Enfim vamos começar a aula.- falou o Professor sorridente apontando uma cadeira perto da mesa para o garoto sentar.

-Eu separei alguns livros para você estudar sozinho também. – adicionou Lupin apontando para uma pilha de livros que fizeram Harry estremece-se pela espessura. – Não precisa ficar tenso Harry, a maioria das coisas que tem nestes livros ai vamos ver juntos, você só ira revisar mesmo. E... – Remo esticou o braço para pegar um livro no final da pilha que Harry teria que estudar. – Vamos começar por este aqui; “Magia pratica” – recitou o titulo abrindo o exemplar na primeira pagina. – O que ensinaria isso? Bom... Aqui estão os feitiços mais usados e essenciais para um bruxo. São eles feitiços de proteção, de disfarce, uns para conseguir comida e outro para bebida. Bom... sei que a maioria dos feitiços práticos você já conhece Harry, mas nunca é demais revisar e acredito que haja algumas coisas que ainda não saiba...

A aula havia passado de um modo bem atrativo e interessante. Lupin realmente sabia como ensinar. Misturava teoria com a pratica e no meio de tudo contava alguma curiosidade ou coisa engraçada relacionada ao assunto. Harry descobriu que os feitiços para se conseguir comida eram muito raros e um pouco difíceis. Raros porque não existiam muitos bruxos que se interessavam nesse tipo de feitiço e acabava por não aperfeiçoá-lo. Um pouco difíceis também porque exigia uma concentração exata do que se queria. Não se podia apenas conjurar um alimento, era preciso partir de alguma coisa. Como, por exemplo, para se conseguir uma fruta, era preciso uma semente da mesma, ou para se conseguir uma batata que usaria raízes. Lupin lhe falara de um homem que tentou conjurar um pedaço de bife para a sua mão.

- Bom... Ele conseguiu o bife, só que ficou sem a mão. – gargalhava em seu relato juntamente com Harry.

Para bebida a única que poderia ser conseguida por intermédio da magia era a água. Para isso era preciso se esta em terra. Porque não se podia conjurar ou transforma alguma coisa em água, para obtê-la tinha que transportá-la de lençóis freáticos até a superfície. Infelizmente esse feitiço Harry não pode praticar, mas os de comida ele conseguiu êxito treinando com sementes de uva.
Também aprendera outras magias para proteção como “Barrantmag” que era o mesmo feitiço que Lupin e o comensal da morte capturado por Harry usaram no departamento dois. Uma barreira fina descia pelo corpo e o protegia de feitiços simples como expeliarmos, estupefaça... Esse feitiço era ideal para um lugar onde se tinha vários bruxos lutando, mas nunca era aconselhado para um duelo a dois pois consumia muita energia do bruxo que o aplicava.
Tivera nesse mesmo dia também uma pequena aula de porções. Lupin apenas ressaltou-lhe algumas ervas que misturadas de maneira certa e combinadas com as palavras corretas formaria um bom remédio para cortes e contusões musculares. Não pode praticar porque já eram quase meia noite e o professor o dispensou para dormir.

Subiu em disparada para o primeiro e segundo andar, que dava na biblioteca da mansão, e passou direto para chegar ao terceiro onde ficava seu quarto. Logo ao ultimo degrau do seu andar Harry lembrou-se de ter esquecido os livros que deveria estudar no quarto de Lupin e com um aceno de cabeça negativo seguido de vários xingamentos dirigidos a si mesmo desceu bufando as escadas.

Chegou à frente do quarto do professor e distraidamente abriu a porta sem nem avisar antes que iria entrar.

- Professor eu esquec... – Harry parou em meio à frase.

A cena que viu foi chocante e constrangedora ao mesmo tempo. Tonks estava no quarto e Lupin a beijava calorosamente perto da cama antes do garoto denunciar sua presença ao aposento. Os dois se separaram em um pulo logo ao ouvi-lo falar. E Harry sem ação apenas calou-se e ficou com os olhos arregalados olhando para os dois. Viu Tonks baixar a cabeça acanhada e Lupin corar furiosamente enquanto o encarava esperando que ele dissesse alguma coisa.

- O-Os l-li-vros professor. – falou gaguejando. – E-Eu esqueci.

- Ah! – exclamou o professor ainda atordoado. – Hum... – Harry o viu olhar para os lados tentando lembrar-se de que livros se tratava quando como um lampejo de luz a memória o despertou. – Ah sim! Claro! – disse encaminhando-se à mesa e pegando a pilha de livros com um pouco de esforço para entregar ao garoto. – Está aqui! Hum... Só isso? – perguntou encabulado.

Harry podia sentir suas bochechas queimarem também quando respondeu que sim e saiu do cômodo. Andou ainda pasmo até as escadas e subiu os primeiros degraus parando no meio do caminho para sentar-se e tentar recuperar-se um pouco do espanto. Ficou ali, sentado com as pernas juntas, os livros ao seu lado e os olhos arregalados olhando para o nada quando se lembrou do exato momento em que entrou no quarto de Lupin. As feições assustadas dos dois, como se fossem duas crianças pegas fazendo algo de errado. Soltou uma gostosa gargalhada tampando a boca logo com a mão para não acordar os quadros. Não acreditava nisso. Desconfiava que Lupin estivesse realmente namorando com Tonks, mas nunca imaginou pega-los aos beijos no quarto dele. Realmente, agora que a cena já tinha se passado deu-se conta que era hilária. Enxugou uma lagrima que fugira dos olhos pelo tempo em que passara rindo e inspirou profundamente tentando recuperar o fôlego.

Olhou a pilha de livros ao seu lado. Agora já não estava mais com sono. Poderia aproveitar e estudar um pouco mais antes de dormir. Levantou-se arrumando os livros entre seus braços. Subiu ao segundo andar e seguiu pelo corredor fúnebre da mansão Black.

Caminhava perdido em seus pensamentos quando começou a ouvir vozes alteradas vindas da biblioteca. Franziu a testa e apressou-se para chegar até lá.

- Isso é ridículo Ronald!! – ouviu Hermione gritar.

Harry revirou os olhos “Mas será que nem essa hora eles dão um descanso?” pensou girando dificultosamente a maçaneta da porta para entrar e deparando-se com uma Hermione furiosa segurando uma carta rasgada, um Ron totalmente alterado e com orelhas bem vermelhas e uma Gina perdida em meio aos dois, tentando acalmá-los.

- Ah é? É ridículo? Ridículo é você estar ai, fazendo uma cartinha de amor para o seu querido Vitinho quando tem que pesquisar um monte de coisas para ajudar o Harry! Você troca seu melhor amigo por esse lixo de jogador de quadribol! – gritava o ruivo espumando de raiva.

- Eu já pesquisei tudo que precisava Rony! Já descobrir tudo que podia sobre aquele assunto e-e... Porque você mesmo não vai ajudar também?

- Porque não sou eu o pirado desse trio! – respondeu friamente.

- Ah é? Você me acha a pirada?

- É claro que é! Você se enfia nestes livros ai que ninguém sabe diferenciar quem é quem. Parece mais que é colada a eles.

- Eu gosto sim de ler! E você deveria fazer o mesmo para ver se tornava um pouco mais maduro! – gritou a menina saindo aos prantos do aposento.

- Você é um idiota Ron! – falou Gina apressando-se para seguir a amiga.

Harry ficou ali parado, ao pé da porta com os olhos fixos em Rony que mantinha os punhos bem fechados e xingava em toda altura as duas meninas. Balançou a cabeça negativamente e foi conversar com o amigo, se é que isso era possível porque Ron não parava de gritar.
Enfim, conseguiu convencê-lo a ir para o quarto dormi. Já estavam de pijamas e Ron ainda não tinha parado de reclamar e imitar o jeito de Hermione. Harry já estava ficando de saco cheio e quando finalmente deitou na cama seu limite chegou ao fim.

- Para Rony! Chega! Você esta demais! E você que estava errado nessa briga! Não tinha nada que ter rasgado a carta da Hermione e muito menos brigas com ela. Fica ai tendo crises de ciúmes bestas porque gosta dela e não consegue admitir. Se demorar mais tempo nessa sua infantilidade ai sim ira perde-la. – gritou.

Ron arregalou os olhos para ele. Em todos esses anos nunca se lembrava de ter gritado com o amigo desse jeito mais agora era preciso. Para o bem dele era melhor que acordasse,virou-se na cama ficando de costas para o ruivo. Talvez com um pouco de verdade as coisas mudassem entre ele e mione. Fechou os olhos exaustos e sentiu o sono o apagar de vez.


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N/a by almofadinhas
Ae antes do carnaval ¬¬ q para mim n faz diferença alguma...anti-carnaval!Aprenderei a dança da chuva,assim chove e não vem ninguém encher o saco aqui em casa com aquelas musicas idiotas!
Agora vamos as criticas...ta cheio de pontos ne?Quase nada de virgula?pq?pq a aluada so pode amar pontos e eu to sem saco pra ir colocando virgulas hoje.
O nome do professor de poções esta errado?¬¬ e eu com isso?!...to sem paciência pra ver cm se escreve corretamente isso!
O Harry parece um calango asmático de tanto balançar a cabeça e suspirar?Voces n viram foi nada...tinha o dobro de suspiros e balançadas de cabeças no original da aluada ¬¬
To stressada? Sim,to pq alguma problema?A aluada encheu meu saco com essa fic o tempo todo,semana passada n queria nem q escrevesse a minha (A filha de Sirius Black) q tava la parada a séculos por causa dessa aqui...¬¬ da um tempo,fora hoje,desde que ela me mandou o capitulo “você leu?” O que achou?Posta logo..n posto n q fiz um aviso la quase morrendo com tendinite...¬¬ e daí?tenho isso todo mês e sei q é um saco...ta doendo n escreve!nem sei pq q ela fez aquele aviso
Fora q digo q to na casa de um amigo e ela vai e quer me mandar a fic por la...¬¬ eu mereço!
Pra descontar a raiva que a aluada me fez no capitulo anterior com aquela “indelicadeza” dela escrevi isso =P
Não gostou?vou nem dormir hoje de tão preocupada
Não vou escrever nome de ninguém n q n gosto disso,vai q esqueço alguém?beijao pra todo mundo q ler,comenta e n comenta
Patty meu amore mio,te amo demais,sai de uma vez hoje pq,cm disse,tava na casa de um amigo,daí ele chegou la no quarto e eu fechei o msn de uma vez,mais ainda falei xau!rsss te amo =*
T+


**By Aluada:

Eu tb estou de saco cheio!! Se n gosta q eu fale da fic com vc almofadinhas tá certo falo mais n eu soh falo pq uma vez resolvi postar um cap. sem lhe falar nd e vc ficou uma fera e q eu saiba essa fic eh d nos duas então eu tenho q esta falando com vc pra elaborar o q eh pra escrever e taus. Mas se realmente n gosta soh falarei da fic com vc pra lhe mandar os caps. e vc corrigi, faz sua parte e posta quando quiser. Não darei mais previsão d nd aqui. Já quanto as virgulas, pontos e td o mais, nunca escondi d vc q sou ruim em portugues e eu faço o melhor q posso pra escrever alguma coisa certo, mas vejo q eh cada vez mais dificil pq a cada cap. eu tou pior pra vc. Então n posso fazer nd amore. Em nenhum momento eu quis q trocasse sua fic pela nossa ao contrario disso sempre a pressionei e incentivei para que a escrevesse, pelo menos eh como acho, pois gosto da sua fic. Bom... é isso. Desculpem-me algum transtorno o proximo cap. como já comentei n tem previsão para sair e um bju para todos também não estou com cabeça de sair deixando um na para cada pessoa que comentou na fic. Apenas dou um agradecimento e bju especial e tb agradeço a tds q leem! ^^ Bjinhus fui...

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