O reencontro



"Juro solenemente nao fazer nada de bom"

4 CAP. O REENCONTRO



- Ele está a sua espera. - Disse uma mulher de voz fria e expressão impertinente.

O homem a que falara nem mesmo fez qualquer gesto para responder a indelicadeza. Adentrou a porta enorme de mármore velho produzindo um ruído estridente e agonizante.
Este que a pouco demonstrara coragem ao abrir com tanta prepotência a porta, encolhera-se ao reparar no vulto sentado em uma elegante cadeira de frente a lareira.

- E então? - Disse o bruxo que mais parecia um vulto com suas roupas pretas a escorrer pela borda da poltrona q estava.

O recém chegado engoliu um seco e se ajoelhou numa mesura que fazia seu nariz encostar o chão.

- Cumpri o que me pediu mi lorde. O plano começou.

- Perfeito! - Sussurrou em resposta com um leve sorriso no rosto.


**********************************************************************


Harry estava sentando em sua cama a pensar. Hoje tinha sido um dia cansativo e estressante como todos os outros três dias desde sua chegada à ordem. Ocupava-se apenas com serviços domésticos, sem valor, mantendo a casa em condições habitáveis. Passava o dia tentando escutar alguma coisa de interessante. Por exemplo, como estavam agindo contra Voldemort e se tinham descoberto a localização dos outros horcruxes. Mas até agora nada, nem mesmo uma brecha. Pareciam achar que ele não merecia informações.

Ele se levantou bruscamente, pegou o jarro que estava na cabeceira da cama e o jogou na parede.

- QUE DROGA!!! - berrou furioso.


Não era ele que tinha enfrentado Voldemort desde os seus 11 anos. Não era ele que tinha perdido seus pais com um ano e tinha sobrevivido ao ataque. Que o tinha visto retorna e presenciado a morte de 3 pessoas por isso. Não era ele, afinal, que tinha sido escolhido para matá-lo.

“Se Dumbledore estivesse aqui nada seria assim” pensou “Mas... ele não está.”

Fechou os olhos e se largou na cama.

- Quando esse inferno irá acabar? - Perguntou a si mesmo.

TOC, TOC, TOC...

Harry se ergueu da cama assustado.

-Quem é? - Perguntou arrumando o cabelo.

Ninguém respondeu. Talvez não tivessem escutado, pensou. Colocou uma blusa meio amarrotada que estava no chão e foi abrir a porta.

- Desculpe-me incomodá-lo Harry, mas é que o jantar já está pronto. - Falou Juliet.

- Ah sim! É... Eu já vou... Daqui á pouco. - falou tentando transparecer naturalidade.

Harry sentia uma sensação estranha, queria que a intrusa saísse logo dali, mas ela ainda continuava onde estava, o observava atentamente, como se estivesse a executar um exame de raio-X, fazendo-o sentir uma enorme curiosidade pelo chão ao em vez de encará-la nos olhos.

- Hum... Eu escutei um barulho agora há pouco. Aconteceu alguma coisa? Você está bem? - perguntou ela finalmente.

Harry encarou ainda mais o chão. Preferia que ela não tivesse feito essa pergunta.

- To, to sim... - Falou meio nervoso enquanto caminhava até a cabeceira da cama para tentar disfarça o seu constrangimento. - Só foi o vaso que... ahn... caiu.

Juliet olhou para a porcelana espatifada no chão da parede oposta a cama com leve curiosidade e depois desviou o olhar para a cabeceira onde ela sabia que estava o vaso há instantes atrás.

- Foi realmente um grande vôo. - Falou ironicamente – será que essa vaso era suicida?

Ela entrou no quarto do garoto sem nem pedir permissão e fechou a porta atrás de si.

Harry paralisou.

“Por favor! Conversa sobre como estou me sentindo agora não.” Pensou meio desesperado. Mas só o que ouviu foi um simples:

- Sinto muito! - falou em uma voz baixa.

- Eles... Eles significavam muito pra você não é? - indagou um pouco receosa.

Ele não respondeu. Apenas sentou-se a cama e baixou a cabeça. Sabia que quando falara “eles” se referia ao Prof. Dumbledore e Sirius.
Ela se aproximou lentamente e sentou-se ao seu lado, como se esperasse ainda uma resposta.
Harry engoliu um seco, queria que ela fosse embora logo, não só do quarto, mas da ordem ou de qualquer lugar onde ele também estivesse. Já fazia três dias que ela, subitamente, tinha aparecido. Não fazia idéia que Dumbledore tinha uma neta, ele nunca lhe falara, sempre achou que fosse sozinho e vendo-a pessoalmente lhe fez lembrar ainda mais o seu velho diretor.

“Como se não me bastasse está nessa casa que me atormenta em lembranças de Sirius, agora ela, sempre me lembra Dumbledore.” Pensava.

Não a fisionomia, claro, Dumbledore deveria ter sido um homem bonito quando jovem, mas só o vira velho, não tinha como se fazer essa comparação.
Não, não. Ela era muito bonita. Tinha cabelos longos, pretos e meio ondulados que moldava o formato do seu rosto, o nariz afilado e arrebitado como de alguém atrevido, os olhos eram azuis, da mesma cor do de seu avô só que, não com a mesma intensidade de expressão, suas bochechas eram meio rosadas assim como sua boca o que fazia parecer que estava sempre de batom e aquele sorriso maroto que ela insistia em mostrar, sempre rindo.
É! Era exatamente isso que o incomodava. Como ela, neta dele, não sentia sua falta? Como não podia está triste? Sempre fazendo piadinhas e dando risadinhas por ai. Isso o deixava furioso. Era como se quisesse mais alguém para amargurar a sua dor.

Ele a olhou nos olhos, agora muito serio e falou não conseguindo esconder a raiva exposta no tom de voz.

- Você também não sente falta dele? Não sofre por ele? Como pode ter um coração tão duro a ponto de não demonstrar que sente isso? - espumou a encarando.

Juliet o fitou seria. A batalha parecia está sendo travada no olhar, o que desviasse perdia. Ela levantou a sobrancelha, mostrando ousadia, como se dissesse que não precisava dar nenhuma satisfação a ele. Ficou ainda muito tempo o absorvendo. Reparando em cada detalhe que pudesse transparecer daqueles olhos verdes.
Por fim, deu-se por vendida. Olhou para o nada a frente e soltou um longo suspiro de cansaço.

- Bom Harry... Acho que lhe devo algumas explicações sobre meu modo de agir. Nós não conversamos muitos nos últimos dias e você deve ter achado estranho o meu comportamento quando aos recentes fatos. - deu uma pausa antes de continuar. - Eu infelizmente não tive o prazer de conviver muito com o Dumbledore. Morei até os 15 anos na Irlanda, com minha mãe, e logo após sua morte, fui viver com meus tios maternos na Bélgica. Como acho que pode perceber, quando querem usar um modo mais formal, chamam-me por Star. Anderson, que era o sobrenome de minha mãe.
“Suponho que já lhe disse, no nosso primeiro encontro, ele sempre priorizou a minha liberdade. Digo... Era um bruxo muito poderoso, por isso tinha vários inimigos, podiam querer me usar para atingi-lo e também tem a impressa que o cobiça muito. Ele... quero dizer. Minha mãe era trouxa! Ela não podia me defender de nada e não tínhamos como fugir se houvesse ameaça! Então... Puf !!” - deu outra pausa forçando uma respiração mais controlada
“Eu não o conheci muito bem.” - concluiu olhando-o novamente nos olhos, mas dessa vez de uma maneira mais triste - “Só vim saber que era meu avô com a morte de minha mãe. Queria tê-lo conhecido melhor, mas infelizmente... Eu estou aqui... Sabe? Na ordem. Eu... Eu só quero fazer alguma coisa para continuar o que ele começou. Ele me deixou uma boa lição de como ser alguém bom e... Eu quero segui-la.”.

Harry não desviou o olhar do rosto dela em nenhum momento dessa explicação e no final, quando ela voltou a encará-lo, sentiu, lá no fundo daqueles olhos azuis, a mesma força, calma e sabedoria que via nos olhos de Dumbledore. Aquilo fez seu coração disparar. Como podia tê-la julgado assim? Sem nem conhecer direito. Mas tarde iria lembrar desse seu erro.

- Desculpe. - Agora foi à vez dele se render e encarar o chão por um instante - Eu entendo com se sente.

Juliet lhe jogou um sorriso meio triste, mas que exponha gratidão pela compreensão.

- E mesmo assim... – Continuou - Mesmo me vendo pouco. Ele me amava. Eu podia sentir no seu olhar. Aliais, ele amava tudo e todos. Ele amava a vida, amava o mundo... E cada ser que estivesse nele. Eu sentia isso. - Ela o olhou com um brilho especial nos olhos agora - Mas... principalmente Harry...Ele amava você.

Ele arregalou os olhos espantado e sem graça por aquele relato. Mas pensando bem, era exatamente assim que amava Dumbledore, como seu avô.

“Sabe?” - prosseguiu depois de algum tempo - “Das poucas vezes em que o vi, me transpareceu, quanto tocávamos em seu nome. Ele o considerava como um neto,uma pessoa importante da família. E sendo assim... Isso me torna quase como sua irmã. Claro, nós nos conhecemos agora, mas, de certa forma, o amor dele nos une. Gostaria que me aceitasse assim. Como irmã. Ou então... talvez prima ou uma amiga, não é?” - Falou em um olhar fraterno.

Harry lhe deu um sorrisinho meio acanhado e balançou a cabeça positivamente. Os dois ainda ficaram por algum tempo se olhando.

- Bom... Acho melhor descermos logo antes que acabe toda a comida. Sinceramente eu estou morrendo de fome. - Falou Juliet querendo quebrar aquele clima serio e triste.

- É mesmo. - disse Harry rindo - Eu já vou indo. Só vou colocar uma outra blusa porque essa está suja. Peguei a primeira que vi quando bateu na porta. - explicou.

- O.k. Então eu vou me controlar para deixar alguma coisa pra você, mas não demora.

- Certo!

Logo ao está sozinho, Harry tirou a blusa e a jogou no chão, correu para o armário, pegou uma roupa e a atirou na cama, despiu-se por completo e foi tomar uma ducha.

Seus problemas pareciam ter se amenizado, descobrir que Dumbledore o amava como neto e ainda ganhar uma prima, não sabia explicar a sensação. Só sabia que estava muito feliz.



**********************************************************************


Juliet começou a descer as escadas trazendo um tom preocupado no rosto. Não sabia se tinha agido certo contando todas aquelas mentiras para ele, mas também não via outro modo de não revelar que Dumbledore estava vivo. “Será que eu deveria ter fingido tristeza” pensou. Não, não. Nem em mil anos conseguiria passar todo esse tempo fingindo. Era melhor ter feito o que fez.
Mas, de certo modo, não se podia perder tudo que disse, tinha algumas verdades. Dumbledore era um grande avô, não se podia negar. Mas ele prezava a liberdade dela e era por isso que ninguém sabia do seu parentesco e só a conheciam pelo sobrenome da mãe. Também, Dumbledore realmente amava Harry como um neto. Disso não tinha duvidas.

-Um dia eu vou ter que contar a verdade a ele - falou para si mesma. - Ah! Que seja. Depois eu penso nisso. - E adentrou na cozinha com o mesmo sorriso maroto que sempre exibia, como se nada tivesse acontecido.



**********************************************************************



Harry chegou um tempo depois na cozinha e, logo quando entrou, pode perceber que ao fazê-lo todos desgrudaram as cabeças e pararam com o assunto, como se a presença dele fosse indesejada.

“Sinceramente, como se essa casa não fosse minha. Às vezes da vontade de expulsar a todos.” Pensou.

- Olá querido! Venha sente-se aqui. - Disse a Sra. Weasley indicando um lugar do lado de Tonks que foi logo o cumprimentando sorridente. Ela andava muito feliz ultimamente, na medida do possível claro. - Eu vou preparar uns ovos para você comer com pão.

-Sra. Weasley?!?! Mas a senhora não disse que só viria na quinta? Hoje ainda é Segunda!

- É, pois é. Eu precisei vim antes porque amanhã vai chegar um novo integrante da ordem e eu vou está aqui pra... Mostrar onde ele vai ficar.


Do outro lado da mesa Juliet parou o pão na metade do caminho a sua boca e ergueu a sobransselha num tom interrogativo.


-Novo? Mas ninguém veio pedir minha autorização para entrar na casa. Como ele vai entrar?

- Ah... É que ele assim não é tão novo assim... é como...

- Ele fazia parte da ordem antes Harry, mas não vinha muito para a sede. Vivia fazendo transação em outros paises. - Intercedeu Lupin com uma desculpa na ponta da língua.

- Entendo.

- Pois é... Mas, mudando de assunto. Harry querido você já comprou um terno para ir ao casamento do Gui com Fleur – Perguntou curiosa a Sra. Weasley.

- Não – ele na realidade havia esquecido disso.

- Como imaginei. Nem acredito que será daqui a um mês. Bom, eu vou amanhã a tarde visitar Fred e George e aproveitarei logo pra comprar as roupas de Gina e Ron ai se quiser eu compro para você também.

Harry concordou com a cabeça.

_-A propósito. Gina tem andado tão triste ultimamente. Eu não sei o que é. Já perguntei até, mas ela não fala. A Hermione vem consolando ela, mas...

- A Hermione está na Toca? - Interrompeu Harry.

- Ah sim claro. Na segunda semana de férias a Hermione foi para lá. Mas como eu estava dizendo. Realmente não sei o que é. Você não quer ir para a Toca Harry querido?

-Ahn... Acho melhor não Sra. Weasley. Eu tenho umas coisas para fazer aqui. Hum... vou subindo. - Disse Harry já se levantando.

- Mas você nem comeu ainda querido.

- Não to com fome. - Explicou já fechando a porta atrás de si e subindo a escada para o quarto.


**********************************************************************


Juliet estava conversando com Lupin baixinho sobre o que a Sra. Weasley falou de está aqui para receber o novo membro da ordem quando ouviu a porta se bater e observou que Harry já não estava mais à mesa.

- O que houve com ele? - Perguntou para a Sra. Weasley.

- Não sei. Eu perguntei se ele queria ir para à Toca e ele saio rápido daqui. Que estranho. Esse menino anda muito esquisito.

- Ele deve está querendo ficar só Molly. Não deve está sendo fácil para ele se recuperar depois da perda do Sirius e do Dumbledore.

- Eu sei Lupin. Eu sei. Mas acho que com os amigos essa dor pode se amenizar.

- Cada um tem seu jeito de reagir a mudanças. - Interrompeu Juliet. - Mas agora Sra. Weasley, pode me dizer o por quê de ficar para recepcionar o novo membro da ordem? Que eu saiba essa tarefa foi designada a mim.

- Eu sei Juliet. Mas você não sabe em que quarto ele deve ficar por isso vim hoje. Para organizar o aposento. Não vou tomar sua tarefa.

-Ah ótimo! Por que até agora essa foi à única tarefa que me deram. Eu não posso realizar as obrigações da ordem, nem sair daqui e muito menos me arriscar numa visita a comensais da morte com vocês. Ou seja, vou resumir. Eu não posso fazer nada e sou uma completa prisioneira desta casa.

Todos (Sra. Wealey, Lupin, Tonks e Moody) estavam parados de boca aberta olhando para a garota alterada.

-Ora! Garota atrevida! Não sabe que isso é para o seu bem? Não me venha com essa de prisioneira. Não tenho tempo para criancices. Vamos Tonks! Temos muito que fazer. - disse Moody já se retirando da cozinha juntamente com Tonks, em choque pelo estouro da menina, no seu encalce.

- Ótimo! Agora eu sou a criança. Muito bem, muito bem. E quem mais acha isso aqui? Quem mais acha que eu sou apenas uma criança atrevida? Não, nem precisa responder. Sei que todos acham isso. Eu sou uma criancinha que vocês são obrigados a aturar. - Gritou Juliet já de pé.

- Olha Juliet. Calma! Por favor não é iss... - Tentou explicar Lupin.

- Mas é claro que é Lupin. Eu sou uma Auror. Igualmente como a Tonks. E eu não passei porque sou neta de Dumbledore. Ninguém sabia disso, eu mereci. Tenho quase a mesma idade que a Tonks, mas ela pode participar de coisas úteis enquanto eu tenho que ficar nessa casa limpando e arrumando feito um elfo domestico. Ora, por Merlin! Eu trabalhava mais para ordem quando não participava dela. - falou emburrada.

- Tudo bem. Eu sei que isso é estressante. Nós todos sabemos disso. Só que você também sabe perfeitamente porque não lhe damos tarefas mais arriscadas. Sua presença é muito mais importante do que qualquer outra coisa que se podia fazer pela ordem. Eu não sei o por quê, você não sabe, mas ele... Ele sabe o que faz e se é assim que quer... Não há nada que possamos fazer. - falou a Sra. Weasley tomando as rédeas da situação.

Juliet a encarou de uma maneira mais amena.

- Você tem razão Sra. Weasley. Não tem culpa de nada eu que me alterei. Desculpem-me.

- Não, tudo bem querida. Eu entendo.

- É Juliet, nós entendemos perfeitamente. Mas você não pode se alterar e esbravejar seus questionamentos na frente de quem não sabe da verdade. A Tonks, ela não sabe de nada sobre ele. É melhor tomar mais cuidado.

- É, eu sei Lupin. Bom... Acho que vou me retirar. É amanhã mesmo que ele chega?

- Sim. Ele nos informou que tinha falado com a pessoa hoje e que esta ira chegar amanhã. - respondeu Lupin.

- Entendo. Então... Boa noite.

Juliet deixou a cozinha pensativa. Estava muito curiosa para saber quem era esse novo membro. Porque tinha que ser ela a recebê-lo? Qual a importância dele para a ordem? Que planos Dumbledore estava arquitetando? Eram perguntas que não lhe saiam da cabeça. Enquanto subia a escada para seu quarto formulava possíveis respostas para elas, mas nenhuma convincente de que estava perto da verdade. Só amanhã poderia descobrir alguma coisa para saciar sua curiosidade.



**********************************************************************



Athos chegou à frente de duas casas que se podia ler numero 11 na esquerda e 13 na direita. Não eram casas bonitas, eram mal cuidadas, muitos dos vidros das janelas estavam quebrados e a tinta que as cobriam já estava gasta há muito.

Ficou um tempo olhando todo o local, verificando tudo que podia, os mínimos detalhes, para ter certeza que não estava sendo observado. Depois que confirmou está só. Fechou os olhos e começou a pensar nas palavras que Dumbledore havia dito.

“A sede da ordem da Fênix encontra-se no largo Grimmauld, numero doze, Londres.”

Abriu os olhos bem lentamente e quando o fez pode perceber que no meio das duas casas que via no inicio se formou outra tão igualmente velha e suja.

Athos soltou um longo suspiro, pegou sua mala e caminhou em direção a porta. Subiu os degraus e bateu na campainha. Eram 7 horas da manhã e na verdade ele nem dormira a noite, mas achou melhor vim em uma hora matinal. Era melhor parecer normal e causar uma boa primeira impressão.
Ficou um bom tempo esperando, ouviu uma certa gritaria do lado de dentro e já estava ficando impaciente com a demora.
Por fim, uma senhora meio gordinha, não muito velha, mas de aparência cansada e cabelos ruivos despenteados veio atende-lo.

- Bom dia! - falou tentando parecer simpático - Eu sou...

-Ora eu sei quem você é. - interrompeu a senhora que o puxando para dentro com tanta força que Athos derrubou a mala no chão e quase esbarrou no porta guarda-chuva.
- Primeiro: Nunca, em hipótese alguma, toque está maldita campainha. Segundo: Pelo amor de deus não podemos falar do lado de fora, é perigoso. - falou a senhora muito seria e com uma cara zangada. - Terceiro: Minha nossa deixe-me vê-lo melhor!? - pediu o puxando para perto e estendendo um largo sorriso no rosto.

Athos ficou meio atordoado com a radical mudança de comportamento da mulher e também pelo fato de ter sido jogado com tanta rispidez para dentro da casa,fora os gritos que vinham sabe se la de onde.
Ela segurou com força os braços dele os mantendo preso ao corpo e ficou a observá-lo de cima a baixo ainda com um grande sorriso.

- Nunca pensei que você seria tão jovem. Achei que ele nos mandaria um daqueles velhos chatos que se acha mais esperto que todo mundo, sabe? Mas veja só que moço bonito eu encontro aqui. Nossa! Mas que falta de educação a minha. Nem me apresentei. Sou a Sra. Weasley. E você...

- Athos... Athos Brouclynn - Falou depois de se recuperar do choque.

- Prazer, prazer! Mas você deve está muito cansado, não é? Venha, venha vou preparar alguma coisa pra você comer. - disse pegando a mala de Athos com uma mão e o puxando com a outra. - Gosta do que? Ah pode dizer que eu prep...

Athos não falou mais nada só deixou ser carregado por aquela senhora que não parava de falar e tentava gravar os lugares por onde estava indo.


**********************************************************************


Juliet acordou com os gritos da Sra. Black lhe zunindo a cabeça.

- Ai Merlin! Quem raios veio tocar a campainha a essa hora da manhã? - resmungou ainda sonolenta.

Virou-se na cama e puxou as cobertas e os travesseiros para lhe tapar o ouvido.

Os gritos ainda continuavam cada vez mais altos.

- Tá bom! Tá legal! Vou me levantar. - falou para a voz que gritava. - To indo!!! - gritou em resposta quando a Sra. Black aumentou ainda mais o volume da voz.

Ela se levantou, ainda de olhos fechados, e foi até o guarda roupa se trocar. Depois de pronta lavou o rosto e se olhou no espelho para ver se estava tudo em ordem, deu um longo sorriso e foi cantarolando para a cozinha.
Chegando ao corredor tomou o cuidado de baixar a voz porque os gritos já haviam cessado há tempo e se tornassem a surgir Sra. Weasley com certeza a mataria.

- Bom dia Sra. Weasley. Bom dia Tonks. - falou animadamente ao entrar na cozinha. - Bom dia Lupin. - completou ao perceber num homem que estava reparando os artefatos em cima do molde da lareira.
- Nossa to morrendo de fome. O que tem para comer ein? - continuou já indo mexer nas panelas - Não acredito!!! Fez bolinhos de Strain Sra. Weasley? Nossa eu adoro! Lembra-me os bolinhos de queijo que minha mãe sempre faziam pra mim e...

- Hum rum! - fez a Sra. Weasley querendo chamar-lhe a atenção. - Temos visita.

Juliet virou-se murmurando alguma coisa do tipo; “Como se eu não vi?”, mas parou na metade da frase e se hipnotizou no rosto do homem que a pouco pensara ser Lupin. Agora que ele estava de frente para ela, ou melhor, a olhando bem nos olhos, não conseguia falar nada. Já conhecia aquele homem de algum lugar. Suas feições estavam de um modo mais rígido e serio, mas aquele olhar, aqueles olhos. Os mesmos olhos que sentiu por muitas vezes antes a observa quando era pequena. Não podia ser coincidência porque era muito raro existir olhos daquela cor. Um mel meio escuro, puxado para mostarda e até um pouco esverdeado.Ela engoliu um seco.

- Athos?! - foi à única coisa que conseguiu dizer.






***************************************************************************
Post by Almofadinhas Black (com a aluada no celular...kkkkkkkk)

"Mal feito,feito!"

Esperamos que gostem!!
Misterios ainda estao por vim!
De onde sera q Juliet conhece Athos??
so o futuro ira responder-lhes!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.