quinto.



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#Contos de Fadas - um conto de Nah Black.








- Vai logo, Potter. - disse Dino, escorando as mãos no cotovelo e este nos joelhos, analisando atentamente o jogo.

Harry estava pensando... não podia perder de Dino. Devia ter alguma coisa. Então, mais ou menos no mesmo momento em que ele a viu, Dino também o fez, e bateu com a mão na testa. Harry deu uma risadinha, sem se conter, e moveu a peça no tabuleiro.

- Xeque-mate! - ele disse, enquanto Ronald "consolava" Dino:

- Você é muito burro, cara...

- Vamos ver, Harry.. - suspirou Simas, com um pequeno pedaço de pergaminho entre as mãos, e correu o dedo do fim até o topo de uma lista de nomes - uaau! Sorte grande!

- Quem? - quis saber Harry, e ele e Ron se inclinaram para ver a lista.

"Hermione Granger, 17 anos, Grifinória.

Oh, não. Harry não podia beijá-la. Seu sorriso desapareceu lentamente do rosto e ele olhou para Rony, que ainda fitava a lista com um olhar distante e indecifrável. Hermione era sua melhor amiga. Beijá-la e não beijá-la trariam péssimas consequencias. Foi a primeira vez que se arrependeu de
ganhar.

- Não, não, não pode ser. - ele falou rapidamente, passando a mão pelos cabelos.

- Não, não é. - murmurou Simas, confuso - oras, Harry! Ela é gostosa! qual é o problema?

Harry procurou alguma outra garota que não tivesse um X na frente, sinal de que já fora beijada. Era mesmo Hermione Granger.

- Eu não posso beijá-la, Ron. - Harry ergueu os olhos para o amigo, que apenas crispou os lábios.

- Ah, era o que eu queria ouvir! - Simas ergueu as mãos para cima - eu posso beijá-la? - quis saber, esperançoso, sorrindo.

- É óbvio que não - Dino fez o sorriso dele desaparecer - as regras são bem claras. Quem ganha beija a melhor, e quem perde, bem... - Dino procurou na lista, por cima do tabuleiro, com os olhos rápidos - acho que terei que beijar Tereza Flintcher dessa vez, droga.

Eles riram alto, e logo foram se arrumar para dormir. Tudo bem. Beijar Hermione não podia ser tão difícil, não é? Afinal, e se ela esquecesse? Ou... não se importasse? Talvez devesse contar para ela. 'Oh, Mione, nós te colocamos em uma lista porque sabe, você é boa e os garotos te queriam. Só que por coincidência do destino, caiu que eu terei que te beijar! Ham, posso?'. "Ridículo", ele pensou, exasperado. Apostara Hermione. Que idéia mais estúpida.



( x )



- Encarar as pessoas desse jeito não é nada bonito, Draco - ela falava, ruborizando fortemente, e abaixou os olhos dos do namorado.

Ele riu e ajeitou uma mecha de fios castanhos atrás da orelha dela. Seus dedos desceram da orelha até atrás do pescoço, onde segurou e puxou-a, murmurando:

- E quem lhe disse que eu me importo? - e seus lábios se encontraram em um beijo doce.

Mais uma vez, não diferente, lá estava ele, longe, olhando-os. Harry Potter enfiou as luvas de quadribol na mão, balançando a cabeça para tirar o cabelo dos olhos (o que arrancou suspiros de um grupinho de garotas que passava por eles), e exclamou:

- Isso não é amor, é vício, Rony!

- Cara, isso já está enchendo o saco! Para de prestar atenção neles! - Rony falou, puxando violentamente a fita que prendia a luva em sua mão.

- Mas eles se beijam... toda hora! - Harry abaixou a voz quando passaram pelo casal, meio indignado consigo mesmo, justificando-se ao ruivo.

Rony o fitou monotonamente.

- Harry, cara, pára. Deixa eles quietos. Eu já repeti trezentas mil vezes que eles são namorados e se gostam! Isso não tá mais do que na cara? Não tem nada a ver com vício, seu tapado. Você é quem está ficando neurótico.

Eles apertaram o passo. Harry bateu as mãos umas nas outras com força, para testar as luvas, desejando que uma cabeleira loira estivesse entre seus dedos. Gina subia o gramado com Luna, e elas beijaram-lhes o rosto e desejaram um bom jogo. Harry sentiu o rosto de Gin junto ao seu, e por um momento se perguntou se não poderia beijá-la, de novo. Mas Hermione veio à sua cabeça, e tudo se misturou.

O tempo estava úmido e o céu rodopiava acima de suas cabeças, nebuloso e cinza escuro. As primeiras gotas da tempestade já começavam a cair.

- Ficou sabendo do namoro de Gina? - Rony perguntou, chacoalhando a cabeça para afastar os pingos do cabelo, sem sucesso.

- Ginny? - Harry ficou incrédulo - namorando?

- Sim, faz algumas semanas que ela estava saindo com aquele carinha estranho da Corvinal.. acho que ele faz bem pra ela. Tomara que dê certo.

O vento frio deixava a bochecha dos dois mais vermelhas ainda. Isso disfarçava a tonalidade rosa que as de Harry tinham adquirido depois de lembrar-se que havia pensado em ficar com Gina depois do jogo.

- Bem, do jeito que o seu grau de aprovação está baixo, eu diria que se eu namorasse com uma pisiloniana talvez você não visse problema algum, e até ficasse feliz porque ela me faria bem.

- Cara, se você está apaixonado por uma pirsiloniana, pode se abrir comigo. - Ron gargalhou, e Harry o acompanhou, depois de socar seu braço.

Haviam vários estudantes animados, com bandeiras e tambores, no caminho para o campo. Harry olhou para trás por impulso, e viu que Hermione e seu namorado estavam conversando, bem próximos, os dedos entrelaçados.

Podia passar o tempo que fosse, ele achava que nunca entenderia aquilo. Era Draco Malfoy, certo? Era o ser mais asqueroso de todos os tempos. E Hermione Granger, sua doce e delicada melhor-amiga, estava apaixonada por ele. Pior: estava namorando com ele, e parecendo muito feliz. O que estava acontecendo com aquele ano?

Eles foram para o vestiário e se alongaram, enquanto Harry preparava as orientações para os jogadores. Depois, foram para fora de novo. Ainda era cedo, faltava um pouco mais de uma hora para o jogo.

Hermione estava do lado de fora, sozinha, perto da saída. Ela correu para eles quando os viu, com um sorriso:

- Hey, Rony! - ela abraçou-o, e beijou sua bochecha, dizendo: - boa sorte!

- Obrigada.

- Ham... boa sorte, Potter - ela apertou a mão de Harry rapidamente e saiu correndo de novo, tirando o boné verme musgo dos cabelos.

- Você acha que ela vai torcer para quem? - Ron perguntou.

- Não tenho a mínima. - o outro suspirou, e entrou em uma reflexão profunda pensando em como seria se Hermione de repente pensasse em pisar os pés na arquibancada das serpentes.

Entraram novamente, sem rumo, pelo corredor mal-iluminado e úmido que dava acesso aos vestiários. Um grupo da Sonserina passou por eles fazendo caretas, e Harry reconheceu os que vinham mais atrás, o capitão conversando com um loiro que reconhecia bem.

- Ok, e se o Potter.. - Draco Malfoy falava, e recebeu uma cotovelada nas costelas.

Seus olhos se encontraram e ele crispou os lábios, espremendo um sorriso.

Harry teve vontade de voar no pescoço de Malfoy, mas se manteve calmo enquanto passavam pelo grupo. Milagre foi que o time da Sonserina não parou para algumas azarações e palavras doces.

Entrou na sala de reunião da Grifinória e fitou, desconsolado, as cadeiras vazias e espalhadas desarrumadas pela sala.


( x )



- Oi, Gin. - Hermione reconheceu a amiga por estar acompanhada por uma garota loira que usava uma enorme cabeça-de-leão; e pelo seu cabelo incrivelmente laranja.

- Oi, Mi - a ruiva correu para o lado da amiga, e segurou-lhe o braço: - então, já decidiu para quem vai torcer?

Hermione a censurou com o olhar, mas sorriu.

- É claro que eu vou torcer para a Grifinória, o que você tem na cabeça?

- Achei que torceria para o seu namorado. - a ruiva provocou, rindo.

- Não, vou torcer para a minha Casa.

Ela espremeu os olhos, e avistou Lilá Brown beijando Simas com uma ferocidade incrível, e se perguntou se ela também era uma aposta de xadrez.

- Não - Gina leu seus pensamentos, meio séria - ele se declarou para ela faz umas duas semanas, pelo que ela me falou, muito romântico...

- Nossa... eles se beijam... tanto. - Hermione riu.

- Pois é. Mas bem, você e Malfoy não estão muito atrás disto. - Gina falou, maliciosa - mas não te julgo! É bom aproveitar a vida, e tudo.. - a ruiva riu quando recebeu um tapinha de Hermione - oh, não, falando no diabo...

- Hermione! - era a voz grossa de Draco, acenando-lhe de longe, não querendo se aproximar.

- Se importa, Gina? - perguntou a morena, quase pedindo permissão para sair.

- Não tem outro jeito mesmo, tem? - a amiga perguntou, erguendo uma mão, séria. - acho que eu vou procurar o meu namorado, mesmo.

Hermione riu e puxou as buchechas de Gina, fazendo-as ficar vermelhas. Saiu andando apressada antes que a ruiva pulasse em seus cabelos - odiava que alguém puxasse suas buchechas.

- Hey... e o jogo? - ela perguntou depois de dar um selinho nele.

- Arght, isso é depois - Draco fez uma careta, e puxou-a pela cintura para mais perto - agora... vamos aproveitar, meu amor...

- Você viu Rony por aí? - ela riu, encostando a mão no peito dele para que ele não a agarrasse antes que ela se esquecesse do aviso que recebera.

- Vi sim, ele e o Potter, por que quer saber? - Draco olhou para os lados, meio incomodado.

- Porque Samantha quer falar com ele meio em... particular. - ela murmurou, maliciosa.

- Ok. Deixa eles. - Draco murmurou, desinteressado, puxando-a pela cintura para caminharem abraçados.

- Alicia Roberts me perguntou sobre você. - ela falou, corando violentamente - garota mais indecente e hipócrita! Deixei bem claro que éramos namorados.

Draco parou de andar bruscamente e puxou-a para beijá-la com fervor. Hermione se sentia nas nuvens com os beijos dele. Aprendera a amar, disso tinha certeza. Não sabia como começou certamente, nem que tentasse buscar nas lembranças mais profundas sobre os dois, mas sentia. Era vivo e pulsava em suas veias, quente.

O beijo ficou feroz e as mãos de Draco entraram por baixo de sua blusa, nas costas, enquanto Hermione lutava contra si mesma para não erguer a perna para encaixá-la em Draco. Afinal, ainda estavam no meio do caminho para o castelo. Draco mordeu seus lábios e soltou-os, indo para o pescoço e a orelha. Hermione puxou seus cabelos devagar...

- Não podemos fazer isto aqui... - murmurou com a voz rouca.

Ele parou de beijá-la e ergueu a cabeça para encontrar seus olhos. Sorriu, malicioso;

- Fala sério?

- Bem... se quiser acreditar... - sussurrou em seu ouvido, e mordeu o lábio inferior, ainda presa em seus braços - Hagrid foi viajar, saiu faz umas semanas... e eu sei onde fica a chave. - e virou-se para beijá-lo devagar.

- Humm... sabe, eh?

- Sei.




n.a: 13/05/09 ;) reewritted.

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