O namoro e a briga



Capitulo Dez - O namoro e a briga.



O mês de setembro passou voando; outubro chegou, já trazendo as folhas alaranjadas espalhadas pelos jardins de Hogwarts.

Era outono, a paisagem estava cada dia mais bela, e o vento gelado já batia nos rostos dos novos jogadores da Grifinoria.

Sim, Harry estava muito feliz, o resultado do teste saíra pouco tempo depois do encontro de Elizabeth e Sirius. E a maioria de seus amigos havia conseguido uma vaga no tão disputado time.

Rony era um dos batedores, e para a surpresa de todos, Gina era a outra. Sarah Riccy seria uma das artilheiras, e Neville o goleiro (para vocês terem uma noção de como o garoto havia mudado!).

Os outros dois artilheiros eram Amy e Matthew Bellmore, que estavam no sétimo ano. Eram gêmeos, mas ao contrário de Fred e Jorge, brigavam a toda hora, talvez porque tivessem um temperamento muito parecido.

Amy era uma garota alta e muito bonita, rosto levemente arredondado, olhos azulados e cabelos longos e lisos. Era uma ótima jogadora, tinha um espírito de equipe incrível e era muito simpática também. Nem é preciso dizer que ela arrasava corações por toda a escola...

Seu irmão Matt não ficava muito atrás, os olhos da mesma cor dos da irmã e cabelos em estilo "tijelinha", um pouco extrovertido demais, mas fazia as garotas suspirarem. Pelo menos ele joga bem - pensava Harry.


Os iniciantes (Ron, Gina e Neville) jogavam razoavelmente no começo, mas nada que quase dois meses de treino não resolvessem.

Felizmente conseguiram vencer Lufa-Lufa na primeira partida, e seus próximos concorrentes seriam a Corvinal. Para a tristeza de Harry, que agora namorava Cho.

Ele sabia que tinha que superar isto, mas era óbvio que seu time queria muito ganhar; e Cho, como capitão do seu time, queria a vitória do mesmo jeito.

E era sobre isso que Harry pensava durante sua incrivelmente entediante aula de História da Magia, quando o sinal para o almoço tocou.

Ele, Rony, Hermione, Nat e Sarah saíram todos com suas mochilas nas costas, conversando animados sobre como achavam que seria a aula de animagia, que aconteceria no próximo tempo.

- Estou realmente animada - dizia Hermione - Será muito conveniente aprendermos isso, com esses tempos obscuros e etc...

- Claro que sim, além disso, podemos nos divertir pacas com isso - concordou Rony.

- Animagia exige bastante concentração - disse Nathalie - Tem gente que não pega o jeito e acaba levando um bom tempo para conseguir...

- Eu espero que a gente não demore tanto pra aprender então - disse Harry.

- Ah, é só se esforçar bastante que a gente consegue - disse Sarah. - Galera, vocês viram quanta gente se inscreveu? Quase nossa sala inteira!

- Isso é bom - disse Nathalie - Minha mãe vai ajudar a McGonnagal nas aulas, vai ser bem legal...

- Como será que funciona? - perguntou Rony - É a gente que escolhe o animal?

- De acordo com um livro que peguei na biblioteca um tempo atrás - começou Hermione - Não se pode escolher, mas vai de acordo com a personalidade de cada um.

- Só espero que ninguém se transforme em aranha perto de mim... - disse Rony, com uma cara de desconcerto que fez todos rirem. Aparentemente ele não havia superado o trauma de infância.


As perguntas de todos foram respondidas quando eles entraram na sala de aula, muito ansiosos e animados assim como o resto dos alunos.

Minerva e Elizabeth já se encontravam ali, onde deveriam estar as carteiras havia um grande espaço vazio, com apenas algumas almofadas no chão. Em cima da mesa estavam muitos frascos com líquidos arroxeados, e vários exemplares de livros iguais ao que Hermione mencionara no almoço.


Depois de todos os alunos terem se sentado e se acomodado no círculo, a Profª McGonnagal começou a falar um pouco de quando e como surgiu a animagia, o quanto fora importante na história e os grandes feitos que os bruxos conseguiram com ela.

Falou também que aquelas aulas seriam um começo para tudo, ali eles veriam quem tinha a aptidão de se tornar animago (nem todos conseguiam), e para se tornar um completamente era preciso um curso superior que os alunos fariam depois de Hogwarts.

Então foi a vez da profª Delany se pronunciar, ela iria começar a parte prática da aula.

- Bom, como todos já devem ter imaginado, Animagia exige extrema concentração, silêncio, e principalmente determinação. Uns podem ter mais dificuldade que outros, e mesmo aqueles que já tem uma certa habilidade, aviso desde já que é um estudo complexo e precisa de vários anos de experiência para se concretizar. Ou seja, não será de uma hora para outra que vocês se transformarão em animais.

- Pra começar, então, eu quero que cada um fique bem aconchegado em sua almofada, sentem-se e relaxem o máximo que conseguirem, procurem não pensar em nada, esqueçam de tudo por um momento...Eu darei a vocês uma poção que geralmente os iniciantes em animagia bebem. Ela vai ajuda-los a esvaziar suas mentes e faze-los se concentrar melhor naquilo que queremos descobrir, que é primeiramente, o animal que vocês vão se tornar.

- Não são vocês que escolhem, infelizmente ainda não temos este poder. O animal será selecionado de acordo com a personalidade de vocês, suas características mais marcantes, seus traços típicos. Muitas vezes vocês verão mais de um animal passar por sua mente, mas em breve vocês se focarão em apenas um deles. Geralmente sua característica ficará bastante nítida, e então começarão a vir os animais à seus pensamentos, ok?

A classe que se pendurava em cada palavra dita pela professora, agora murmurou concordando.

- Alguma duvida? - disse ela, porém ninguém se pronunciou - Certo, então. Um de cada vez virá até a mesa, há um frasco com a quantidade certa de poção que você deve beber. Peguem apenas um para cada um, meditem o tempo que for preciso até encontrar um vulto, uma imagem, qualquer coisa que se relacione com o animal que vocês verem. A poção é apenas para ajudar na concentração, e estimular seus instintos. Podem começar.


Harry e seus amigos, um a um, seguiram as instruções da professora.

O garoto estava em sua almofada, tentando não pensar em nada, quando finalmente a poção pareceu surtir efeito...

Cenas como as de quando ele se encontrou com Voldemort, o torneio tribruxo de seu quarto ano, a pedra filosofal, a câmera secreta, e muitas outras começaram a povoar a mente de Harry...Sempre tão audacioso, valente, e acima de tudo leal a seus amigos...

Sim, essa era a palavra que ele procurava: coragem, bravura. Essa era sua característica marcante, Harry tinha certeza.

E então vários vultos começaram a aparecer também, misturados às lembranças do garoto.

Um animal parecido com um cachorro...Não...Um lobo...Isso, era um lobo!


De repente ele abriu os olhos ao mesmo tempo que a sala inteira, e a professora Delany começou a falar.

- Bom pessoal, o sinal vai tocar daqui um instante, se não descobriram o animal que vocês vão ser, não se desesperem, muitos levam um tempo para isso, é normal. De qualquer jeito eu os aconselharia a anotar tudo o que lembrarem de seu momento d meditação, às vezes as imagens podem ter um significado, ok?

Todos concordaram com a cabeça, e o sinal bateu.


A ultima aula daquela tarde fora cancelada devido a alguns problemas nas estufas, parece que alguém havia deixado insetos entrarem e eles acabaram destruindo certas plantas. A maioria dos alunos estava ao redor do lago, ou espalhados pelos jardins.

Sarah, Rony e Harry aproveitaram para treinar quadribol entre eles, enquanto Nathalie e Hermione foram sentar-se nas raízes de um grande Ipê.

- Nathalie - disse Hermione, de repente.

- Sim? - disse a outra, aconchegando-se.

- Eu queria falar com você, sabe... - disse ela, e olhou para os lados antes de continuar. - Sobre...Eu e Rony.

Nathalie, que estava confortavelmente deitada de olhos fechados, usando a mochila como travesseiro, abriu os olhos e sentou-se de frente para a amiga.

- Pode falar, Mione - respondeu. - Aconteceu alguma coisa?

- Bem, na verdade não, mas...É sobre Harry.

- Vocês não contaram pra ele ainda?

- Não, eu...Eu não criei coragem. E Rony disse que só conta se eu estiver junto.

- Mas eu não entendo, por quê esse medo todo que ele fique sabendo?

- Ah, é que quase ninguém sabe sobre nós...A não ser você e a Sarah, que nos viram juntos aquele dia na biblioteca - disse Hermione, corando um pouco. - E eu não queria sair por aí espalhando. Mas...Eu não sei como Harry vai reagir, entende? Estou receosa que ele fique chateado conosco.

- Nada a ver! Vocês são tão amigos, tenho certeza que ele ficaria feliz de saber que vocês finalmente se acertaram, e que estão felizes juntos! Isso é que importa.

- Claro, claro...Mas não acha que iria interferir na nossa amizade com ele, acha?

- Lógico que não. Quer dizer, as coisas mudaram um pouco, mas afinal ele também está namorando, não está? Ele também anda um pouco distante.

- Isso é verdade. Mas como eu devo contar pra ele?

- Mione, conte do jeito que você preferir, mas acho melhor não demorar muito. Quero dizer, aí sim ele teria motivos para ficar chateado com vocês, saber que você e Ron estão namorando e esconderam isso dele.

- Sim, sei disso...Como pude ser tão idiota...Precisamos contar isso o mais rápido possível.

- Ele vai apóia-los, tenho certeza - disse Naty, sorrindo para ela.

- Obrigada pela força, Nat - sorriu Hermione de volta.

- Pode contar comigo!

- Contar com você pra quê? - disse uma voz vindo de trás de onde elas garotas estavam.

Elas se viraram para ver quem era, e lá estava Rony com seus cabelos flamejantes, seguido por Sarah.

- Cadê o Harry? - perguntou Nathalie.

- Ah, foi se encontrar com a japonesa frescurenta - desta vez foi Sarah que respondeu, fazendo uma careta.

- Não fale assim da namorada do nosso amigo - disse Nat, rindo.

- Não sei como você ainda defende ela, mesmo depois dela pegar tanto no pé - disse Sarah.

- Bom, se Harry está feliz com ela, temos que aceita-la também - disse a menina, mesmo que lá no fundo ela sabia o quanto isso era difícil.

- Bah, falo nada pra você - disse Sarah - Mas então, qual era o assunto?

- Estava falando para a Naty sobre como vamos contar pro Harry - disse Hermione, que já estava abraçada com Rony.

- É, já estava na hora mesmo - disse o ruivo.

- Vamos torcer pra ele não ficar bravo né - disse Sarah

- Ah, vai dar tudo certo...Ele é um garoto muito legal, e já sabia dessa quedinha dos dois faz tempo - disse Nathalie.

- E até que enfim vocês dois admitiram que se gostam - disse Sarah, rindo, enquanto Rony e Mione coravam. - E também, Harry ia ficar ofendido se descobrisse de outro jeito...

- Descobrir o quê, Sarah? - disse outra voz saindo de trás da arvore.

Os quatro gelaram, ao ver o garoto de cabelos negros e olhos verdes se aproximando. Tinha uma cara de poucos amigos.

- H-Harry... - murmurou Hermione.

- O que eu ia descobrir?

- Ah...É... - começou Rony.

- Essa árvore não é um bom lugar para segredos, definitivamente! - comentou Nathalie, irônica. - Não dá pra ver quem vem vindo... - acrescentou timidamente, quando Harry a encarou com um olhar nada amigável.

- O que vocês estão escondendo de mim? - perguntou ele.

- Ah Harry, acho melhor contarmos de uma vez então - disse Hermione - Olha, não fique bravo por não termos lhe falado antes...Estávamos esperando o melhor momento para contar, sabe...

- Mione e eu estamos namorando - concluiu Rony.

Harry parou um segundo, e encarou todos que estavam ali. Por dentro ele queria gritar e explodir com eles.

- Bom - começou ele - Está explicado então, todos aqueles sumiços, não?

Rony e Hermione se entreolharam.

- Que ótimo - continuou Harry - Parece que eu sou sempre o ultimo a saber das coisas...

- Ah, não seja injusto Harry! Nós sempre contamos as coisas pra você! - exclamou Hermione - Só desta vez achamos melhor as coisas se acalmarem um pouco, e...

- Injusto são vocês! - interrompeu o garoto, irritado - Eu tenho direito de saber quando meus melhores amigos resolvem namorar, e vocês nem se importaram com a minha opinião nem nada! Eu sempre confio em vocês para tudo, são sempre os primeiros a saber, e agora todo o grupinho tava sabendo menos eu?

- Peraí, peraí, pode parar! - disse Sarah - Eu e a Naty ficamos sabendo por acaso, ta? Ninguém nos contou nada! E também, Rony e Hermione têm o direito de terem privacidade!

- De qualquer forma Harry, eles esperaram o namoro se tornar uma coisa mais sólida, e aí contar a você! - disse Nathalie - É claro que eles confiam em você, e tanto se importaram que estavam preocupados que você não reagisse bem...

- Bom, agora vocês sabem a minha reação - explodiu ele, quase gritando - Felicidades!


E saiu andando, mau-humorado, pelos jardins de volta ao castelo.

Ron e Hermione olharam para as outras garotas, culpados.

- Não fiquem assim não - disse Sarah - Vocês não fizeram nada errado.

- Pelo menos agora ele já sabe - comentou Rony, ainda sem animação. Mione suspirou.

- Ele vai entender, é só uma questão de tempo - disse Sarah - Às vezes é só pirraça por não ter sabido antes...

- Eu vou lá falar com ele - anunciou Nathalie - Nos vemos depois.


E dizendo isso ela saiu correndo atrás do amigo.

- Ei Harry! HARRY! - disse ela, se esforçando para alcançar os passos duros do amigo. - Espera!

- Não precisa vir tentar se explicar por eles - respondeu ele - Eu já entendi tudo.

- EU MANDEI ESPERAR! - gritou a menina, puxando-o pelo braço.

Harry parou e a encarou.

- Olha Harry, eu até entendo sua chateação, mas eles iam te contar, é verdade! Eles estavam preocupados!

- Qual é a diferença, eles não confiaram em mim desde o começo...

- Ai, pára de fazer birra, Harry! Você já não é um bebê, tenta entender, por favor...

- Eu não estou fazendo birra! - disse, sentindo a raiva lhe subir pela cabeça.

- Ótimo, então aprenda a ficar feliz quando uma coisa boa acontece a seus amigos! Eles estão tão bem juntos Harry, e você sabe o quanto eles se gostam...Você devia estar apoiando, e não criticando!

- Você se acha muito esperta pra vir dar sermão em todo mundo, né? - explodiu o garoto, quase berrando.

- Eu não estou dando sermão! Pára com esse mau-humor, vai!

- Há-Há! Mau-humor! Você não sabe de nada, Nathalie, não sabe os motivos que eu tenho pra ficar assim! Então pára VOCÊ de pegar no meu pé!

- Realmente eu não sei Harry! Se você me contasse talvez eu entenderia, mas seja lá o que for não é motivo pra você descontar no Rony e na Mione, que sempre te apoiaram em tudo, eles não têm culpa de nada!

- Bom, se eu to bravo com o Rony e a Mione, ou se eu briguei com a Cho por sua causa DE NOVO - caso você queira saber, é esse o motivo do meu mau-humor - isso tudo é problema MEU! Cuida da sua vida, droga! Parece que quer concertar todos os problemas do mundo!

- Eu não estou tentando concertar todos os problemas do mundo, Harry Potter, eu só estava tentando ajudar, PORQUE É ISSO QUE OS AMIGOS FAZEM!

Harry, respirando agressivamente, abriu a boca para responder, mas fechou-a de novo. Não soube o que dizer.

- DESCULPA, se eu estou te atrapalhando! - falou Nathalie. - Não foi minha intenção...!

E dizendo isso, saiu em disparada para o castelo; deixando Harry parado encarando o lugar onde antes ela estava. Estava com raiva, sim, mas não pôde deixar de sentir uma pontinha de culpa por ter sido tão idiota.

Entrou no castelo, e foi direto ao dormitório masculino, onde ficou ali sozinho até a hora do jantar.


Harry odiava ter que admitir isso, mas sabia que estava errado, e que o que ele fizera não fora justo com Rony e Mione, muito menos com Nathalie.

Ele sempre torcera para os dois amigos namorarem, e agora ele havia estragado este momento apenas porque fora egoísta o bastante não deixar seus problemas de lado e ficar feliz por eles.

E Naty...Ela não tinha culpa de nada, e foi quem mais pagou o pato. Ela não merecia ter escutado tudo aquilo que Harry disse, e ele se arrependia profundamente disso.

Quando entrou no Salão Principal para o jantar, viu os colegas sentados à mesa da Grifinória. Avistou Nathalie, e seus olhares se encontraram por um momento, mas ela logo desviou sua atenção para o prato à sua frente, enquanto Harry se aproximava.

- Oi pessoal... - começou ele, meio sem graça.

- Oi - responderam todos, um pouco apreensivos que ele ainda estivesse chateado.

- Eu queria falar com vocês - disse Harry.

- Vai em frente - respondeu Rony.

- Bom, eu...Quero pedir desculpas pelo meu ataque lá nos jardins. Eu...Eu não tive um dia muito bom, estava estressado, e acabei descontando em vocês - disse, lançando um olhar rápido a Nathalie - Eu fui um completo idiota...Mas...Eu estou muito feliz por vocês, espero que dê certo esse namoro que nossa, demorou hein?

Apesar de corados, Rony e Hermione riram com o comentário.

- Desculpa mesmo... - disse Harry, passando a mão pelos cabelos desajeitados.

- Ta tudo bem, cara - disse Rony, dando-lhe um tapinha nas costas - todo mundo tem seus dias...

- É Harry, ficamos felizes que você entenda. - sorriu Hermione.

Harry sorriu em resposta, e todos começaram a comer.

Mais ou menos no meio do jantar, Dumbledore se levantou e pediu silêncio aos alunos famintos. Todos se calaram quase imediatamente.

- Boa noite queridos alunos - começou o diretor - Hoje eu gostaria de dar um aviso que muitos de vocês vão gostar! Como os senhores sabem, estamos entrando em Outubro, mês do Dia das Bruxas. E em vez apenas da tradicional festa, este ano teremos em Hogwarts um Baile à Fantasia!

Muitos rumores animados passaram pelo salão, e Dumbledore continuou.

- Estamos avisando agora para que os senhores tenham três ou quatro semanas para comprarem suas fantasias! No próximo fim de semana vocês irão à Hogsmeade, e acredito que lá tenha tudo o que precisem, várias lojas, e etc. Os alunos a partir do 4º ano estarão convidados ao baile, e os mais novos terão a festa habitual na sala ao lado do Salão, que obviamente será aumentada. Obrigado pela atenção!

Todos bateram palmas, e pareciam bastante excitados. Este fora o assunto do momento, e Harry tinha a certeza que todos comentariam por um bom tempo.

No meio daquela bagunça, Nathalie encontrou os olhos de Draco Malfoy, e apontou com a cabeça as portas do Salão Principal, fazendo em seguida um sinal que queria dizer "depois".

Enquanto os amigos subiam para a Grifinória, ela deu uma desculpa qualquer e foi a uma sala vazia do primeiro andar, que era o lugar onde ela e Draco combinaram de se encontrar cada vez que um deles tivesse uma idéia para o menino conquistar Sarah, etc.

Draco havia melhorado muito desde o ultimo mês. Fora difícil para Nathalie ter paciência com os princípios morais do garoto, mas agora finalmente (e por incrível que pareça) ele estava deixando de ser tão mesquinho, desprezando as pessoas, e Nat tinha esperança que em breve ele se tornasse uma pessoa bastante gentil.

A menina andava de um lado para o outro, quando finalmente o loiro apareceu.

- Porque o atraso? - perguntou ela. - Faz cinco minutos que eu to aqui te esperando!

- Desculpa - respondeu Draco, surpreso consigo mesmo com a frequência e a naturalidade que ele dizia essa palavra agora - É que aquela Pansy não saía do meu pé, e...

- Ta, ta bom, eu não quero saber- disse ela, fazendo um sinal de impaciência. - Escuta, eu não posso demorar muito ou alguém vai desconfiar, mas eu tive uma idéia sobre a Sarah!

- Teve??? - disse Draco, enchendo o peito de esperança.

- Sim! E é perfeita! Não sei como não pude pensar nisso antes, e esse Baile de Dia das Bruxas vai ajudar bastante!

- Ótimo, fala logo o que é então!

- É o seguinte... A cada semana você vai mandar um bilhete anônimo pra ela...Tipo uma carta pedindo desculpas...Eu me encarrego de colocar na bolsa dela, e como ela não vai saber que é você que mandou, ela não vai rasgar, nem nada, entendeu? E no dia do Baile, você fala que era você quem estava escrevendo, e pede desculpas pessoalmente, e bla bla bla...Realmente, se isso não funcionar, estamos perdidos!

- É, até que não é uma idéia ruim! Mas o que exatamente eu escrevo na carta?

- Ora, não é obvio? Você vai fazer um poema pra ela!

A esperança de Draco se perdeu no ar, e o queixo do garoto caiu.

- UM O QUÊ?

- Um poema, Malfoy! - respondeu Nathalie, surpresa com o choque do garoto. - Ou quer que eu te explique o que é isso também?

- Eu sei muito bem o que é, mas...Você só pode estar de brincadeira comigo!

- Claro que não! É a coisa mais romântica que você pode fazer, tenho certeza que ela vai se derreter...Afinal, que tipo de garota não gostaria de receber um poema?

- Que coisa de viad... - ia dizendo ele.

- Ai, cala a boca Draco! - interrompeu a menina - Isso só vai provar pra ela o quão apaixonado você está! Vai dar certo, confia em mim!

- Hunf... - resmungou o loiro -Está certo...Mas se esse plano falhar, eu juro que...

- Não vai falhar! - sorriu Nathalie.

Draco ficou quieto por alguns minutos. Depois levantou a cabeça para encara-la.

- E posso saber como eu vou fazer esse poema?

- Ahhhh, aí é com você, huahuahuahua...Eu já tive a idéia, agora você coloca em prática.

- Eu nunca fiz isso na minha vida, como você espera que saia assim, do nada?

- Se vira! - riu ela, ao que Draco censurou com o olhar. - Ta, vamos fazer assim...Você tenta escrever, pensa nos momentos juntos, no que você sentiu na hora, no que você ta sentindo agora, sei lá, se inspira nela! Depois você me mostra o que escreveu, e se não tiver ruim eu ajudo, beleza?

- Beleza - concordou Draco.

- Ótimo então! Eu vou indo antes que alguém venha nos procurar. Assim que você escrever, me manda uma coruja. Tchauzinho!


Chegando à sala comunal da Grifinoria, Naty viu seu grupinho sentado próximo a lareira, e assim que ela entrou, Harry virou-se para olha-la.

Ela abaixou a cabeça e já ia seguindo para o dormitório, quando ele veio e puxou o seu braço.

- Naty... - disse Harry. Ela sentiu que não poderia ficar fugindo dele por muito mais tempo.

- Fala - respondeu ela, num suspiro.

- Eu pedi desculpas para o Rony e pra Hermione, mas sinto que o que eu fiz com você foi muito pior, quer dizer...Você não merecia ter ouvido nem uma palavra do que eu te disse.

Nathalie desviou o olhar, quieta.

- Você é uma garota maravilhosa, e você sabe o quanto eu te adoro...A ultima coisa que eu quero nesse mundo é te magoar...Desculpa por ter sido um cabeça dura, e ter descontado tudo em você...

Finalmente ela encarou aqueles olhos verde-vivos, que tanto lhe davam calafrios. Suspirou mais uma vez, e sorriu.

- Ta tudo bem, Harry...

- Verdade?

- Sim...

- Verdade verdadeira?

- É!

- Jura mesmo?

- Juro, caramba! - disse ela, rindo. Harry riu também, sabia o quanto a menina ficava irritada quanto insistiam desse jeito, e abraçou-a carinhosamente.

- Eu odeio ficar brigado com você... - disse ele.

Nathalie sentiu, mais uma vez, o perfume do garoto,e fechou os olhos...

- Eu também...Desculpa por ter gritado com você...

- Eu mereci - respondeu Harry.

Eles se soltaram, e foram sentar em duas poltronas solitárias no fundo da sala.

- Harry, sabe uma coisa que eu queria te perguntar?

- Pode falar - disse o garoto.

- Você brigou com a Cho de novo?

- Briguei - disse ele, tristemente.

- E ainda não fizeram as pazes?

- Não.

- Ai, por Merlin...Você não sabe o pânico que me dá saber que ela brigou com você por minha causa!

- Fica tranqüila, Nat...Ela sabe que somos apenas amigos, ela só ta fazendo drama...

- Ah, mas mesmo assim...É uma situação chata...É como se ela quisesse que a gente não se falasse mais.

- Bom, mesmo se ela quisesse, eu não pararia de falar com você - sorriu ele. - Você é minha amiga, oras, eu não vou deixar meus amigos de lado só porque ela quer...

Nathalie encostou a cabeça no ombro dele, ficava tão bonito quando falava daquele jeito, e quando sorria...

- Promete?

- O quê?

- Que nunca vai parar de falar comigo?

- Lógico...Do jeito que você fala também, é impossível de ser ignorada...

- Ei!! Ta me chamando de tagarela?

- Magina... - disse ele, fazendo cara de inocente.

- Que mentiroso! Eu não sou tagarela...Eu só falo quando falam comigo, eu sou educada!

E terminaram aquela tarde tranqüilamente, jogando Snap Explosivo com os amigos. Fizeram três times, Harry e Nathalie, Rony e Mione, Gina e Sarah; e ficaram horas ali, até todos subirem aos domitórios.


Alguns dias depois, Sarah ficara até tarde da noite terminando um trabalho de Poções; quando um barulhinho na janela chamou sua atenção.

Tratava-se de uma bela coruja, negra e de olhos amarelados. Sarah abriu a janela para que ela entrasse, mas a ave apenas deixou uma carta e logo já saiu voando.

Uma carta diferente de todas que ela havia recebido.

Num envelope azul marinho, estava escrito "Sarah Riccy" no verso, em letras caprichosas e elegantes com tinta prateada.

- Estranho - pensou ela, que se encontrava sentada em uma mesinha de frente para a loja onde elas comprariam suas fantasias para o baile - Não estou esperando carta de ninguém...

Abriu o envelope e encontrou uma folha da mesma cor e na mesma tinta do envelope, porém não havia assinatura.


"The sun has fallen

(O sol se pôs)

Another day gone without you

(Outro dia se foi sem você)

My heart keeps calling

(Meu coração continua chamando)

And I don't know just what to do

(E eu não sei mais o que fazer)


When you're near me

(Quando você está por perto)

I seem to forget my lonely days

(Pareço esquecer meus dias solitários)

It's more than a feeling

(É mais que um sentimento)

It's something that can't be explained

(É algo que não se pode explicar)"


Imaginando quem o teria mandado, Sarah sorriu e releu o poema várias vezes. Já havia visto aquela letra antes, mas não consegui se lembrar de quem.





N/A:. Galera, eu nom gostei mto desse cao viw, rs tava sem mta imaginação, mas os proximos serão bem mais interessantes, prometo! ;)
Agradecimentos à parte neh hehehe a tds q comentaram aki, à Cá, à Carol, à Bia....e etc!! EI, CONTINUEM COMENTANDOOOO, PLEASE PLEASE PLEASE!!! =D...Kisses


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