Nem Tudo Tão Bem



- Será que eu poderia falar com os senhores Potter, Weasley e Granger, professor? –perguntou MacGonagoll aparecendo na porta.


Harry e Rony se entreolharam. Por que MacGonagoll queria tira-los do meio de uma aula tão “agradável” de Poções se não fosse uma coisa séria? Hermione se levantou de onde estava sentada com Neville e os três foram até fora da sala.


- Dumbledore mandou avisa-los que hoje logo após o almoço quer vocês três no escritório deles. -sussurrou a professora não esperando nem mesmo Rony fechar toda a porta- É sobre a Ordem. Acho que a hora de agir está chegando.


Harry engoliu um seco. Aquilo significava que o dia de ele matar alguém estava se aproximando também. Não pôde evitar de olhar para Hermione e se surpreendeu um pouco ao ver que a garota também olhava para ele. Eles olharam para os pés rapidamente.


Depois daquela briga os dois não se falavam há um tempo. Apesar de ambos saberem que estavam errados eram orgulhosos demais para conversarem sem de repente um começar a gritar com o outro.




Mini Flash-Back




Harry estava no Salão Comunal ainda estava um pouco furioso pela briga com Hermione. Não sabia se toda a raiva se dirigia a ele mesmo pelo fato de ser tão covarde e não conseguir se desculpar com a namorada ou com a garota porque ainda não havia ido falar com ele.


Ele estava sentado em uma cadeira fazendo os deveres teóricos de DCAT (coisa incrivelmente rara para Lupin) e sentiu alguma coisa passando por suas pernas. Olhou e viu que um gato amarelo-vermelho com rabo de escovinha ronronava e se esfregava em seus pés.


- O que foi? –disse ele nervoso- Não encontrou a sua dona?


Obviamente o gato não respondeu. Harry também nem esperava por isso. Quando ouviu alguém descendo as escadas rapidamente, olhou somente quando ouviu aquela voz entrando por seus ouvidos.


- Ah! Você está aí Bichento! –disse a garota se aproximando e pegando o gato muito próximo aos pés do garoto- Hã... Harry por um acaso...


- O quê? –disse Harry nervoso- Quer gritar comigo outra vez?


- Harry, foi fosse que começou a nossa última briga! –disse Hermione.


Harry se levantou, não era a primeira vez que aquilo estava acontecendo desde a separação deles. Eles brigavam quase que toda hora que se viam, e apesar de ambos não quererem aquilo, aquilo parecia mais fortes que eles:


- Ah! Agora eu sou o culpado pela nossa última briga não é...! –gritou o garoto- Puxa... Hermione, eu estava aqui pensando... Será que eu também não sou o culpado pelo céu ser azul ou quem sabe... O Nick não ter a cabeça inteira decepada! –ele falou apontando para o fantasma que passava naquele exato momento pela parede e se surpreendia um pouco por ter o seu nome no meio da conversa.


Nick-Quase-Sem-Cabeça bateu com a palma da mão na testa (tal movimento fez com que a sua cabeça caísse levemente para trás), todos ali na Grifinória, ou até mesmo em Hogwarts já estavam cansados de verem os dois brigarem.


- Será que vocês não conseguem parar de brigar? –disse o fantasma inutilmente.


Suas suplicas foram abafadas pelos xingamentos mútuos que os dois únicos que estavam no Salão Comunal trocavam.


- Será que você não consegue parar de gritar? –disse Hermione.


- Não se eu for seguir o seu exemplo! –gritou Harry.


- Quer saber de uma coisa, Potter, cansei! Vou cair fora! –gritou Hermione pegando um Bichento que também parecia entediado com todas as brigas.


- Estava até demorando! –disse Harry quando a garota já havia virado as costas.


Harry se sentou novamente na cadeira em que estava antes. Se arrependeu de tudo o que havia dito naquela e em todas as outras horas. Era sempre assim. Ele a via, pensava em fazer as pazes, se descontrolava, brigavam e por último ele se arrependia.


- Acho que você não está muito feliz assim, não é Harry... –disse Nick-Quase-Sem-Cabeça.


- Adivinhe... –disse Harry injuriado.


Nick fez um muxoxo e logo saiu passando novamente pela parede. Se ele tivesse uma língua e um céu da boca de carne humana com certeza estralaria ela nele, mas esse não era o caso.


Harry pegou então um pedaço de pergaminho para começar a redação de DCAT, mas a única coisa que conseguia pensar era em Hermione. Pensou por um tempo até que sem perceber estava escrevendo uma carta para ela.




Fim do Nem Tão Mini Flash-Back




Harry entrou novamente na sala de Poções. Se lembrou que ainda tinha a carta guardada. Ele levava-a para todos os lugares dentro da mochila. Não tinha coragem de entrega-la, assim como não tinha coragem nem de puxar conversa com a ex-namorada.




******




Harry e Rony chegaram no escritório de Dumbledore logo após o garoto com a cicatriz convencer o amigo de dar um tempo com a namorada sonhadora Luna Lovegood e lembra-lo que eles tinham a reunião.


Rony saiu de perto da namorada um pouco contradito, mas saiu finalmente.


- Que bom que vocês chegaram. –disse Dumbledore- Agora só falta a senhorita Granger.


Harry engoliu um seco. Viu então que Fred que já estava ali fez um barulho de como se Dumbledore tivesse errado uma pergunta em um jogo de perguntas e respostas e disse rapidamente:


- Sinto muito, diretor, mas você pronunciou uma das duas palavras proibidas: Granger... –disse esse fazendo sinal para Harry. Até o ex-bagunceiro de Hogwarts sabia do que estava acontecendo.


Além da senhora Weasley que não admitia que o filho falasse daquela maneira com Alvo Dumbledore ninguém comentou nada apesar de Harry estar naquele exato momento estrangulando Fred com o olhar.


Além de Harry, Rony, Dumbledore e os gêmeos Weasley no local também se encontravam o senhor e a senhora Weasley, Gui, Carlinhos, a professora MacGonagoll, Lupin, Tonks, Quim, Mundungo e Snape. Esse último para variar tinha o nariz torcido olhando para Harry.




******




- Olha, Gina... Desculpe, mas eu verdadeiramente tenho que ir agora... –disse Hermione olhando para o relógio de pulso não pela primeira vez.


- Tudo bem... –disse Gina- Mas... Hermione... Antes me diga uma coisa... Você... Hum... Não falou nada sobre a minha... Condição para ninguém, falou?


- Não, Gina, fique tranqüila, o seu segredo está seguro comigo. –disse Hermione com um sorriso- Mas... Gina, você sabe que um dia desses todo mundo irá saber...


- É... Mas é melhor que isso demore mais alguns meses. –disse Gina passando a mão na própria barriga que ainda estava lisa- Morro de medo de pensar o que o meu pai vai achar quando... Souber a verdade...


- Você vai contar que o filho é do... Malfoy? –perguntou Hermione cautelosamente.


- Não tenho certeza. –respondeu Gina- Só sei que isso será um pouco impossível se ele nascer loiro dos olhos acinzentados... –disse a garota com uma certa felicidade irônica.


- Bem... Mas, é sério, Gina, preciso ir. –disse Hermione. Ela deu um beijo na testa da amiga e saiu.




******




- Até que enfim não é mesmo, Granger! –disse Harry mau humorado quando viu a garota entrar no escritório. Não conseguia se segurar.


- Ah! Cala a boca, Potter... –continuou Hermione- Que ao contrário de você eu tenho com o que me preocupar!


- O que você quer dizer com isso? –gritou Harry.


Não percebiam que estavam no escritório do diretor e que esse estava lotado. Só se ligaram quando ouviram um pigarreio e viram o professor.


- Eu não acho que essa seja a melhor hora para vocês começarem com isso. –disse o diretor tão calmamente que chegava até a dar um pouco de raiva.


A vontade de Harry foi simplesmente soltar um sonoro “Cala a boca” e continuar a brigar com Hermione, mas então olhou para os lados e viu que não seria a melhor pedida fazer o que queria sempre.


- Podemos começar a reunião? –perguntou Dumbledore com a mesma calma.


Harry e Hermione sentiram que a pergunta era para eles e assentiram hipnotizados. Dumbledore fez alguns movimentos com a varinha e logo uma mesa estava no meio da sala envolta de confortáveis cadeiras de veludo.


- Sentem-se, por favor. –pediu Dumbledore que já se sentava.


Harry se sentou logo no meio de Rony e Tonks (a garota tinha os cabelos tão ruivos que poderia ser confundida como uma Weasley mais velha), Dumbledore cruzou os dedos por cima da mesa e olhou para cada um que estava sentado por cima dos óculos de meia-lua.


- Como eu já coloquei o meu plano na reunião passada acho que podemos ir para os detalhes. A não ser que alguém tenha um outro plano. –ninguém se manifestou- Excelente. Bom... Deixe-me ver... O que nós precisamos discutir?


- Como o Harry vai matar Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. –disse Tonks depois de pensar um pouco- Digo... Foi colocada a idéia da Espada de Gryffindor, mas ela ficou em aberto.


- Ah sim! –disse Dumbledore- Alguém tem uma sugestão? –perguntou ele.


Todos na mesa se entreolharam confusos. Harry não fazia nada, pois não gostava nada de se lembrar daquele detalhe.


- Pois bem... Vejo que ninguém. –concluiu Dumbledore- Eu estava pensando... Acho que a idéia da Espada de Gryffindor é a nossa melhor... O problema é se... –ele deu um suspiro- Por um acaso Harry errar o alvo e não acertar no coração em cheio... Qualquer centímetro diferente é um problema enorme para nós, afinal... Vocês conhecem Voldemort. –ninguém gostou de ouvir aquele nome.


- Quem sabe... Nós colocássemos alguma coisa na espada...? Um veneno talvez... –disse Hermione. Harry não pôde de sentir orgulhoso.


- Você poderia ver isso para nós, não poderia, Severo? –disse Dumbledore considerando a idéia de Hermione mentalmente.


- Eu posso fazer os piores venenos que se possa imaginar, Dumbledore. –disse Snape com a voz arrastada- Mas acho sinceramente que nem mesmo um veneno vá fazer com que o Potter consiga alguma coisa.


Harry e todos os outros não levaram o último comentário em consideração. Foi aí que Dumbledore se levantava e pegava pergaminhos enrolados. Pegou um e esticou na mesa.


- Aqui está a planta de Azkaban. –ele anunciou- E é aqui que o Harry vai ficar esperando por Voldemort.


Ele apontou para um quadrado no mapa. Harry esticou os olhos e viu que onde deveria esperar Voldemort deveria ser uma sala de torturas, pois lá mesmo estava escrito em letras extremamente legíveis “Torturas”.


- Não se assuste Harry, isso não é mais usado há anos. –disse Dumbledore ao ver a expressão de Harry por imaginar que os bruxos ainda usavam aquele tipo de coisa- Você estará acompanhado da senhorita Tonks.


Harry assentiu. E Dumbledore começou a falar:


- Todos os outros do grupo um estarão fora. Precisaremos que vocês segurem os comensais da morte que com certeza seguiram Voldemort. –disse Dumbledore.


- Quer dizer que eu vou ficar lá... Sem fazer nada até que Voldemort chegue! –falou Harry não concordando muito com aquilo.


- Harry... Acho que o que você vai fazer compensa isso... –disse Lupin. Harry precisou concordar silenciosamente.


- Harry... Creio que você também possua um artefato que será muito útil para nós. –disse Dumbledore. Harry olhou não entendendo.


- Creio que ele está falando do... Hum... Mapa do Maroto. –disse Lupin com um sorriso orgulhoso.


Harry não pôde de deixar um sorriso rápido passar pelo seu rosto. Aquilo chegava até mesmo a ser uma ironia.


- Todos terão que ficar em movimento sempre. Harry, você verá todos os pontos. E... –disse Dumbledore- Aquele que parar por muito tempo...


- Você me avisa para que eu vá ver o que aconteceu. –terminou Tonks.


Harry baixou a cabeça e percebeu como os cadarços de seu sapato eram interessantes. Quase tudo já estava resolvido. Agora, era só resolver os grupos.


- E, para terminarmos, no grupo um teremos, Harry, obviamente, senhorita Tonks, eu, Remo e a senhorita Granger. –ele deu uma pausa olhava para todos- Todos os outros estarão no segundo grupo, sendo que com exceção de Harry e a senhorita Tonks todos irão lutar. –disse Dumbledore.


Harry entendeu. Não achou muito bom que Hermione estivesse no meio daquela confusão, temia que alguma coisa acontecesse com ela, e apesar de os dois estarem brigados a pior coisa que poderia acontecer seria alguma coisa acontecer com ela.




Gostaram do "Nem Tão Mini Flash-Back"? Fala sério... Ninguém me merece mesmo...... Mas, obrigada por lerem a minha fic e COMENTEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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