Capítulo XVI



Capítulo
dezesseis


 


- Hermione? O que
está fazendo aqui?


- Olá, Harry - ela
disse, entre lágrimas e então inclinou-se para frente, para abraçá-lo. -, eu
não agüentei e expulsei-o... agora... nós podemos ficar juntos...


- Não, Hermione -
murmurou ele, calmamente, sentindo uma pontada incômoda no coração. -, não
podemos...


Ela afastou-se e
encarou-o com uma expressão horrorizada estampada nos olhos castanho-claros.


- Como assim... não
podemos...? - perguntou, com uma triste suavidade.


- Kirsten... ela
voltou...


- Mas você... não
a ama, não é verdade? - perguntou ela, incrédula.


- Não... eu acho
que não... - respondeu Harry, calmamente.


- Como assim, acha?
Harry... eu fiz amor com você - exclamou ela, a indignação transparecendo na
voz.


- Mas, Hermione...
ela chegou com um garoto... nós o adotamos...


- Eu... não posso
acreditar, Harry... você vai se deixar levar assim, tão fácil?


Ele preferiu não
responder, apenas abaixando a cabeça cansadamente; ela tinha razão... ele
estava sendo fácil... deixando que todo um problema tornasse a se repetir...
ele sabia que Kirsten era alcóolatra e que ela trazia uma série de problemas
junto a si. Mas ele a amara... precisava conceder a ela uma nova chance assim
como Hermione concedera a ele na época em que ele era alcóolatra.


- Eu preciso -
disse, finalmente. -, ela precisa de uma segunda chance...


- Você me
decepcionou muito, Harry - disse Hermione, as lágrimas rolando enquanto ela
tentava estancá-las com um lenço de pano. - mas é preciso, não é... bem...
quem sabe ela não muda e ai vocês vivem um amor quente.


- Eh - sussurrou
ele, quase inaudível.


Hermione fitou seu
rosto mais uma vez e alisou-o calmamente; depois, reclinou-se para frente e
selou um leve beijo nos lábios. Todo aquele amor estava rompido... não poderia
mais acontecer.


Ela encaminhou-se
para a saída e, quando estava parada à porta, murmurou com a voz vacilante.


- Tudo está como no
começo, não é? Rony com Lindsay, você com Kirsten e eu sozinha... eu te amo,
Harry, querido... e... eu guardo uma coisa - ela passou a mão pela barriga
calmamente. -, que um dia virá... apenas devemos aguardar o futuro.


E
sumiu de sua vista, deixando-o ali, sentado no sofá, sozinho...




 


 


 





 


 


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