Capítulo XII



Capítulo doze


 


- Hermione? - Harry abriu a porta incrédulo,
após ouvir o barulho de alguém caindo à sua soleira.


- Olá, Harry - disse a garota,
sorrindo constrangida e levantando-se depois de estatelar-se no chão. -, quanto
tempo.


- É... - começou ele, mas foi
interrompido por um abraço forte.


- Ah, Harry... tudo tem sido tão difícil
- disse ela, as lágrimas salpicando nos ombros dele. -, o Rony... me traiu...
eu peguei ele com outra...


Ele sentiu como se um balde de água
escaldante descesse desde seus cabelos até seus pés e, então, envolveu-a com
os braços, consolador.


- Bem... a minha vida não tem sido
muito melhor... depois da sua casa eu encontrei uma mulher chamada Kirsten... de
qualquer jeito eu a trouxe para casa... e... ela era alcólatra... ela estava grávida
de um filho meu e aí... ela o perdeu...


Hermione afastou-se silenciosamente e
o encarou, com uma expressão que misturava o horror ao cansaço. Depois,
caminhou lentamente casa adentro, sentando-se pesadamente no sofá.


- Sabe... eu acho que nascemos para
ser amaldiçoados - ela murmurou, apoiando o rosto nas mãos lívidas.


- É, eu concordo - disse Harry,
sentando-se ao seu lado e pousando a mão sobre seu ombro. -, mas nós temos que
conseguir... nós...


Hermione ergueu os olhos castanhos
para ele, fazendo com que um frio percorresse toda a sua espinha; há alguns
meses, eles haviam estado juntos em sua casa e ela havia se oferecido a ele,
parecendo uma prostituta louca por sexo. Mas ele a entendera errado... embora
ela não o amasse, algum sentimento por ele queimava em seu peito. Ela só não
sabia qual era.


- Eu... não sei o que fazer -
sussurrou, encarando-o bem de perto. - eu não posso voltar para casa... a essa
hora ele está lá, com aquela piranha...


- Tudo bem - disse Harry, sentindo a
respiração dela perto da sua. -, pode ficar aqui se quiser...


- Eu quero - respondeu Hermione, um
sorriso abrindo em seus lábios; ela chegou mais próximo dele e deslizou o seu
nariz no dele, carinhosamente. No instante seguinte, sentindo seu coração
explodir, ela encostou seus lábios levemente nos dele, tocando sua pele com
toda a leveza possível. -, tudo poderia ser tão diferente... se Gina não
tivesse morrido... você sabia que ela tinha o traído... você sabia que o
sentimento seu para com ela já estava desgastado...


- É - sussurrou ele, calmamente. -,
mas... eu ainda gostava pelo menos um pouco dela e não foi fácil vê-la perder
a vida... e no mais, você sempre amou Rony...


- Nem sempre se tem certeza de tudo,
Harry - disse ela, beijando-o novamente.


- Mas nesse momento, eu tenho certeza
que quem eu amo é Kirsten - disse ele, desvencilhando-se e segurando os braços
dela, afastando-os para longe de si.


- Mas ela te fez sofrer - retorquiu
Hermione, olhando-o ofendida. -, você me disse isso...


- Mas nem por isso eu vou me esquecer
dela e da nossa história de amor...


- E você esqueceu a nossa assim... do
nada? - perguntou Hermione, lágrimas enchendo seus olhos. - Pode não ter
significado nada para você, Harry... mas para mim, significou muito...


Ele encarou-a calmamente e, depois,
segurou seu rosto, beijando-a com toda a ternura possível.


- A nossa história foi curta... -
disse.


- Mas nem por isso, esquecível. -
contestou Hermione, fitando-o com um certo desprezo estampado nos olhos.


Eles ficaram se olhando por alguns
segundos e, então, Harry finalmente entregou-se, beijando-a mais calidamente.
Seus lábios se exploraram com tanta selvageria, que pareciam esperar por aquilo
ansiosamente por muito tempo. Harry deslizou os dedos pelos seios dela,
beijando-a e mordiscando os bicos rígidos. Depois, despindo-a, deitou-se sobre
ela e fez movimentos rápidos dentro dela, o membro estancando com ferocidade,
até que gemeram sob o prazer excessivo.


Por vários momentos, ele lembrou-se
de Kirsten... mas então percebeu que o livro da sua história de amor com
Hermione era mil vezes mais promissor do que com Kirsten.


E Hermione sabia sobre seus passados
problemas com acóol também... mas ele conseguira reerguer-se e lutar contra a
doença. E agora, não importava o que aconteceria no futuro, o que importava
era o presente. E, no presente, eles queriam que o mundo explodisse, o momento
que eles estavam vivendo agora era incrivelmente perfeito.






 



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