Conto XXIV – O Mapa de Hogwart



Conto XXIV – O Mapa de Hogwarts

Nota Inicial: Conto narrado pelo Pontas, em terceira pessoa, somente como narrador-observador. Um certo incidente nos leva a encontrar um pergaminho que de muito nos seria útil. Acompanhe a desastrosa aventura nas linhas que se seguem.

Remo Lupin

Acabara de ressoar o apito agudo que indicava o fim de mais um dia de aulas e Remo, Pedro, Sirius e Tiago encontravam-se cobertos de lama e lodo na estufa de número 3, nos arredores do castelo.

Haviam aprendido sobre as kawais naquela tarde, uma plantinha carnívora de dentes miúdos e que expelia lodo (gosmento e ácido) a cada cuspida que dava. A profa. Sprout havia recomendado que tentássemos aparar as folhas secas das kawais, afirmando que as plantas se mostrariam felizes com a tarefa, embora os garotos não tivessem tanta certeza disso ao fim da aula.

- E ela disse que as kawais seriam receptivas... – Pedro exclamava, balançando ligeiramente o indicador direito – Vejam meu dedo! Aquele infeliz o mordeu com tanta força que mal consigo movê-lo!

E, de fato, o dedo de Pedro Pettigrew apresentava-se num tom de roxo-lágrima.

- Nada comparado ao que houve com o Stevens, não é mesmo? – lembrou-lhes Remo, limpando as vestes – Foi levado para a Ala do Hospital com o rosto completamente deformado!

- Se querem saber, acho que a profa. Sprout pegou pesado desta vez – opinou Tiago, à saída da estufa nº 3.

- Quem diria?!? O “Super Potter Maroto” reclamando de suas incapacidades! Mas que trágico! – soou uma voz ríspida e malevolente já bem conhecida dos Marotos.

- Ninguém estava falando com você, Snape – rebateu Pedro, no mesmo instante.

- E desde quando preciso de convites ou permissões para fazer o que quero? Já disse, sou auto-suficiente – sibilou o sonserino.

- Bem, somos quatro. Você não iria... – Tiago começou quando foi interrompido.

- Estão querendo briga? – e sorriu, os dentes brancos surgindo entre os lábios finos – Posso arrumar mais três, se quiserem.

- Você não se atrever...

- Calma, Sirius, não vamos dar atenção ao que esse... seboso tem a dizer – Remo interrompeu, dando as costas para Snape – Vamos.

Relutantes, os outros três o seguiram pelo corredor, porém, antes de dobrarem a esquina, a voz de Snape alcançou-os uma última vez:

- Seus maricas! Esperem só para ver. Quero vocês quatro hoje às 10 da noite na sala vazia do quinto andar... para um duelo.

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Embora temesse o pior, e depois de muita insistência, Remo Lupin finalmente concordou em seguir Pedro, Tiago e Sirius naquela perigosa empreitada noturna. Portanto, quando o relógio de pêndulo do dormitório indicou quinze minutos para as dez da noite, os quatro marotos esconderam as varinhas em suas vestes e desceram para o Salão Comunal.

Por sorte, não havia quase ninguém no aposento àquela hora. Porém, quando Sirius (o último dos quatro marotos) passava pelo buraco do retrato, uma voz aguda o surpreendeu:

- Para onde estão indo? – e na penumbra que agora pairava no salão, Sirius reconheceu Lílian Evans.

- Anh... pagar uma detenção, na sala do zelador – mentiu o garoto na mesma hora.

- Vamos, Sirius! Está quase na hora do duelo! – a voz de Tiago foi ouvida, vindo de fora do Salão Comunal da Grifinória.

- Duelo? – Lílian perguntou, mas no instante seguinte Sirius já havia pulado pela brecha na parede e se unido aos outros no corredor do sétimo andar, o quadro selando-se às suas costas.

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- “Sala vazia do quinto andar”, foi o que ele disse – repetia Pedro para os outros três, incomodados com o fato de não terem encontrado a tal sala.

- Ele nos enganou! Quem é o marica agora? – Tiago falava, cuspindo veneno.

- Eu bem que falei que não...

- Ah, fala sério, Remo! No fim você acabou cedendo – reclamou Sirius, em tom chateado.

- Ele não pode ter nos enganado – Pedro falou, em tom inocente – Foi um convite de duelo, não é?

- E...? – perguntaram os outros em coro.

- E daí que se ele não comparecer, perdeu o duelo por ausência. Bem, se ele perde, fica nos devendo alguma coisa – então olhou nos olhos de Tiago – Você acha realmente que o Snape ia querer ficar nos devendo uma?

- Definitivamente, não – concluiu Sirius.

- Pois é, resta-nos esperá-lo, então – Pedro finalizou.

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Mas Snape não tardou a chegar. Instantes após o narrado diálogo, os passos de Snape e seus três colegas sonserinos ecoaram no corredor.

- Dez a zero pra vocês – ele foi falando ao se aproximar – Pensei que não viessem, que tivessem medinho.

- Você não nos conhece – Tiago respondeu, pondo-se de pé.

- E nem tenho interesse – rebateu Snape, seguido da gargalhada de um dos sonserinos que o seguiam.

- Acredito que não viemos até aqui para conversar, além disto, estamos em um corredor! Falemos baixo ou vamos logo para a tal sala iniciar o duelo – propôs Remo, sabiamente.

Todos assentiram e assistiram Severo Snape aproximar-se de uma velha tapeçaria (em que um cavaleiro medieval se mostrava) e tocá-la com a ponta da varinha, dizendo:

- Revelium – ao que no desenho da tapeçaria surgiu uma porta de madeira aberta e, na parede ao lado do ornamento, no castelo de Hogwarts, surgia um portal idêntico, só que fechado – Entremos – Snape sorriu, abrindo a porta de modo que todos pudessem passar.

O aposento que os aguardava era meramente uma sala vazia e escura, sem janelas ou suportes para velas. Quando os sete garotos passaram, Snape entrou, fechando a porta às suas costas:

- Lumos – ouviu-se, em coro, e cinco varinhas acenderam na mesma hora. Snape e os quatro marotos haviam usado o Feitiço da Luz.

- O nosso duelo ocorrerá aqui, nesta sala. Regra única: não vale feitiços de iluminação, como este que agora usamos. Topam? – e os olhos negros do bruxo cintilaram, na sala recém-iluminada, ao encará-los.

- Claro – Tiago respondeu, embora estivesse achando um duelo no escuro algo muito arriscado – Quais serão os pares?

- Todos contra todos, quero dizer, nós quatro contra vocês quatro – propôs um bruxo moreno e forte da Sonserina.

- O.K. – Lupin respondeu, temeroso – Comecemos – e apagou a ponta de sua varinha. Ao seu gesto, seguiram-se Snape, Pedro, Tiago e Sirius, quase em sincronia.

- Havia escuridão para todos os lados e o silêncio perturbador que se fazia no aposento só era quebrado pelo ruído baixo da respiração dos garotos. Ninguém parecia disposto a começar o duelo.

- O.K., comecemos no três, então – Sirius falou, mas antes que iniciasse a contagem dois lampejos prateados dispararam em sua direção.

O garoto, pego de surpresa, foi atingido, caindo no chão da sala escura e sentindo estranhas protuberâncias brotarem de seu rosto.

A partir daí, o duelo verdadeiramente começou. Três lampejos azuis voaram da varinha de Lupin e erraram o alvo, gerando um ruído agudo e metálico ao se chocarem com a parede de pedra.

- Rictusempra! – ouviu-se a voz de Snape bradar e um raio de luz disparar e errar, batendo na parede próxima à porta.

- Prendis! – berrou Pedro, em resposta, e um lampejo verde e helicoidal atingiu os pés do sonserino moreno e forte. Ninguém viu, mas a rocha sob seus pés amoleceu e o garoto afundou até a canela, ficando preso ao chão. O sonserino forçou, mas a rocha agora endurecida não parecia disposta a soltá-lo.

- Fiolis! – bradou Sirius, do chão, e linhas finíssimas e quase invisíveis brotaram de sua varinha, enlaçando coisa alguma no ar.

- Peguei! – Lupin ouviu a voz de Snape, às suas costas, e antes que reagisse – Petrificus Totalus – ao que Remo caía duro como uma pedra no chão.

- Fil! – um ruído ensurdecedor seguiu o grito do sonserino e a bolha de distorção sonora disparada desfez-se ao raspar a orelha de Tiago e atingir a parede.

Tiago sabia que Snape estava às suas costas, só esperando um lampejo que permitisse vê-lo para atacar; então se virou, apontou cegamente a varinha para frente e disparou:

- Muttaus quadrupedis – ao que um raio dourado surgiu de sua varinha e iluminou o rosto branco de Snape, pouco antes de atingi-lo e o sonserino desaprender como se ficava em pé, caindo de quatro no chão.

Mas Snape não se deu por vencido. Do chão, avançou a quatro patas contra Tiago, derrubando o garoto ao saltar sobre seu tronco.

A alguns metros dali, Pedro sacudia a varinha, nervoso, percebendo que Tiago, Remo e Sirius não mais pareciam estar duelando.

Então um brilho arroxeado cortou o ar e Pedro caiu no chão, após ver-se chocar com um lampejo paralisante. Respirava ruidosamente, deitado no chão frio de pedra, sem saber o que aconteceria.

- Lumos – a voz do sonserino enfeitiçado pelo Feitiço da Prisão ecoou no aposento e tudo se iluminou. Do chão, paralisado, Pedro avistou os seus amigos também caídos, derrotados.

Remo Lupin estava imóvel, feito uma estátua; Sirius tinha o seu rosto coberto por tumores e verrugas que impediam-no sequer de falar, e Tiago contorcia-se de dor no chão, o rosto sangrando e visíveis marcas de mordidas destacando-se em seus pescoço e rosto.

- É o fim para vocês – Snape zombou, pouco antes de desfazer o Feitiço da Mutação lançado por Tiago – Os quatro marotos imbecis derrotados e jogados em um aposento vazio e escuro! Daria uma grande história, não acham? – e retirou-se da sala, sendo seguido pelos outros três vitoriosos sonserinos – Boa noite! – Snape exclamou, pouco antes de fechar a porta e um barulho metálico de chave girando na fechadura se fazer e sumir.

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- Vocês, anh, podem me ouvir? – era a voz de Lupin quebrando o intenso silêncio da sala em que o duelo ocorrera.

- Po-posso – Tiago respondeu, a voz fraca e dolorosa.

- Acho que o efeito do Feitiço do Corpo Preso está passando... Aqueles malditos! – exclamou Remo, a voz um pouco mais forte do que antes.

- Eu... eu mal... eu mal consigo falar – ouviram uma voz esquisita e embolada que os garotos deduziram ser de Sirius Black.

- Sirius? O que houve? Ou melhor, não diga nada. Lumos – Lupin falou e da ponta de sua varinha surgiu um feixe de luz.

Agora a completa escuridão abandonara a sala, dando espaço para o pequeno feixe de luz, que possibilitava a visão do resultado do desastroso duelo: as paredes de pedra estavam, em alguns pontos, rachadas; havia pedaços de rocha por todo o chão e, o pior, Tiago, Sirius e Pedro estavam caídos, visivelmente derrotados.

Pedro era o que se encontrava em melhor estado, apenas desacordado no chão, ou assim parecia ser. O mesmo não se podia dizer de Sirius ou Tiago. No primeiro, tumores e outras erupções cutâneas brotavam do rosto e do pescoço; no segundo, podia-se distinguir facilmente grandes hematomas nas maçãs do rosto e do pescoço: marcas arroxeadas de mordidas.

- Calma... Fiquemos calmos! Vai dar tudo certo – Remo tentou acalmar aos outros e a si próprio, aproximando-se de Pedro para conjurar um Feitiço para Revigorar

Mas então um barulho crescente de passos foi ouvido do corredor lá fora e o coração de Remo parou ao perceber a interrupção da marcha exatamente em frente à porta da sala. Apontou a sua varinha para a porta e aguardou.

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Do outro lado, Argo Filch e sua gata, Madame Norra, estavam parados rentes a uma sala do quinto andar. O zelador havia recebido uma denúncia anônima, via correio-coruja, informando que quatro grifinorianos estavam fora da cama e duelando entre si naquela sala.

Então Argo apanhou o molho de chaves e escolheu uma única, de bronze, enfiando-a no buraco da fechadura e abrindo a porta.

A sala banhou-se da luz dos archotes dos corredores e o zelador pôde ver os quatro estudantes no chão, três deles feridos e um outro consciente empunhando uma varinha.

- Guarde já isso, se não quiser que eu piore as coisas – e puxou ele também uma varinha apontando-a para Remo.

- Senhor Filch... acho que houve um mal entendido! Eu não... eu apenas... Nós fomos atacados, senhor! Por um grupo de sonserinos imbecis – o sangue do garoto fervia e as palavras saíam quentes de sua boca.

- Não me venha com mentiras, safadinho. Sei muito bem o que estavam fazendo aí e o que você fez com esses outros três! – e ergueu a varinha outra vez, apontando-a para o peito de Lupin – Agora, solte a sua varinha no chão e levante-se com os braços acima da cabeça... Isso, bem à mostra.

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- Então... explique-se, Sr. Lupin – a profa. Minerva encarava os garotos, fria e severa, nos olhos – Você foi encontrado fora da cama, após o horário de recolhida, com três companheiros de quarto desmaiados. E, o pior, você se encontrava consciente e de varinha em punho.

- Professora, acredite, eu não fiz nada a não ser sair da cama no horário proibido. Quem fez aquilo com os marotos, quero dizer, Pedro, Tiago e Sirius não fui eu. Eles são meus amigos! – Remo explicava-se, temeroso da punição que o aguardava – Pergunte a eles quando acordarem e você verá que não estou mentindo.

- Eles não estão dormindo, Sr. Lupin! – ela exclamou, nervosa, alteando a voz – Estão inconscientes e o sr. Filch me garante que você é o culpado.

- Professora, acredite em mim! Eu jamais atacaria os meus únicos amigos nesta escola! Você conhece o meu problema... eles também! E nem por isso se afastaram. São meus companheiros. Confie em mim! – Remo suava, nervoso, embora não se deixasse intimidar.

- Sim, eu conheço a sua história, sr. Lupin, mas não é por isso que o deixarei impune! O que realmente aconteceu naquela sala? – a professora indagou, encarando-o profundamente como quem vasculhasse a mente de alguém.

- Snape. Mais uma vez aquele sonserino imbecil! – exclamou o garoto, as feições do seu rosto tornando-se duras.

- Tenha bons modos em minha sala – censurou-o a professora no mesmo instante – Mas, então, me diga o que o sr. Snape fez.

- Desafiou a mim e aos meus outros três amigos para um duelo. Seria um duelo de quatro contra quatro, já que ele arrumaria três companheiros sonserinos. E arrumou. Desconfio que um deles era terceiranista – Remo explicava, também encarando a professora nos olhos – Nós fomos derrotados, professora. Quando o zelador chegou à sala, eu havia acabado de sair do efeito de um Feitiço do Corpo Preso, acredite.

- Mas esta acusação é muito séria, Sr. Lupin! Você está insinuando que Snape e seus companheiros não somente desobedeceram a uma regra, mas a três! A que diz o horário de os alunos ficarem em seus Salões Comunais, a de propor um duelo em nossas propriedades e a de atacar e ferir alunos!

- Não estou insinuando, professora. Foi assim que aconteceu – respondeu-lhe Lupin, percebendo que a professora parecia um pouco balançada a acreditar nele – Se bem que acabei por infringir as mesmas regras, exceto a de ferir alunos, porque eu também ataquei.

- É um caso complicado e não quero ocupar o professor Slughorn com uma punição para vocês. Se for de seu agrado, você será o único culpado, mas reduzirei em dez pontos a pontuação da Sonserina. E, veja bem, estou confiando na sua palavra. Caso eu descubra que você me ludibriou, toda a Grifinória pagará por seu erro! – a professora exclamou, severa.

- Você não se arrependerá. – Remo assentiu – A propósito, concordo com a pena - concluiu, pouco antes de receber um pergaminho em que se lia a detenção que cumpriria.

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O pensamento de Remo Lupin ao aceitar a pena da profa. McGonagall foi, antes de tudo, racional. Assumindo a culpa sozinho, livrava, ao menos, os seus amigos já hospitalizados de quaisquer tipos de castigo, embora deixasse os sonserinos impunes. Impunes em parte, é claro, já que Remo não teria aceitado a pena se a Sonserina não tivesse saído no prejuízo. Um prejuízo de dez pontos, suficiente para mudar o ranking das Casas no dia seguinte: quem liderava o Campeonato agora era a Corvinal, seguida da Sonserina, Grifinória e, por fim, Lufa-Lufa.

Remo Lupin seguia para a sala de Argo Filch naquela tarde. Cumpriria a última etapa de sua detenção, que já durava uma semana. Nesse tempo, Pedro e Tiago já haviam saído da Ala Hospitalar; os furúnculos de Sirius, entretanto, insistiam em se multiplicar.

Toc toc. Remo bateu à porta da sala do zelador e, instantes depois, um barulho de chaves titilando se fez. A porta se abriu e lá dentro aguardavam Filch e sua gata para o cumprimento da detenção.

- Hoje será um pouco mais leve do que ontem. Você não precisará limpar o Salão Principal após o jantar, terá apenas de me ajudar a organizar alguns arquivos. Arquivos que contêm as informações sobre todos os pequenos infratores que Hogwarts já teve. A sua ficha está quase pronta – o zelador sorriu amarelo, já apontando o dedo para uma dúzia de arquivos bagunçados a um canto da sala.

Remo, encarando o gesto como sinal de que devia começar o trabalho, aproximou-se da bagunça de pergaminhos velhos e fedorentos e começou a trabalhar.

Havia muito material para se organizar e guardar. Folhas velhas, rasgadas e sujas de pergaminho estavam simplesmente jogadas dentro dos arquivos. Lupin concentrou-se em organizá-las por ordem alfabética.

À medida que lia os nomes dos infratores, inevitavelmente lia o crime por eles cometidos e aos poucos se conscientizava de que ele, realmente, não deveria estar cumprindo detenção. Ter fugido do Salão Comunal depois da hora e se envolvido em um duelo parecia brincadeira perto das barbáries que os outros haviam cometido!

Mas foi aí que, em meio àquele bolo desordenado de pergaminho, que Remo Lupin avistou algo diferente. Era um pergaminho amarelado, como os demais, porém não possuía um texto em sua superfície, mas linhas, setas e balões explicativos; elementos que juntos pareciam compor...

- Um mapa? – Lupin murmurou, apanhando o pergaminho velho em suas mãos.

- O que disse, garoto? – Argo indagou-lhe, tão logo o garoto murmurara.

- Anh, sr. Filch... encontrei aqui um...

- Medíocre! Está com medo das traças? Dos insetos que se alimentam destas páginas? Cuide em terminar o seu trabalho! – exclamou o zelador, impaciente.

O.K., não diga depois que não avisei..., Lupin pensou consigo mesmo, repondo o mapa na pilha de pergaminhos do arquivo. Neste momento, porém, o garoto hesitou. Conseguira ler, no alto da folha de pergaminho, as palavras “Mapa de Hogwarts” escrita em uma letra caprichada em tinta preta.

Por que eu teria realmente que devolver este mapa? Ele nem devia estar aqui..., o garoto pensou outra vez e, com destreza, escondeu a folha amarelada de pergaminho em um dos bolsos de suas negras vestes.

Animado com a idéia de deter um mapa do colégio, Remo Lupin mal sentiu as longas horas de detenção passarem. Instantes depois, encontrava-se no Salão Comunal da Grifinória apresentando a descoberta aos seus três melhores amigos.

Pouco sabiam os garotos a grande utilidade que aquela velha folha de pergaminho teria mais tarde.

Notas Finais: (além de conter notas do autor, há também os pensamentos, detalhes e opiniões pessoais de cada maroto sobre os diversos acontecimentos do conto).

# Não há muito a esclarecer a respeito deste conto. Talvez, explicar sobre Filch e sua... varinha? Sim, varinha. Empunhar uma varinha não quer dizer saber usá-la. Antes de o colégio todo descobrir que o zelador era um aborto, ele aproveitava-se do fato de ser adulto e detentor do direito de usar magia para ameaçar e intimidar os estudantes infratores.

# A Madame Norra deste conto e nas eventuais aparições nos outros episódios de Contos Marotos é, obviamente, a mesma que perturba Harry e sua turma nos livros de Rowling. O detalhe é que ela foi presente de um tio de Filch para o zelador e deve ter neste conto, pouco mais de 2 anos.

# Bem, mais uma nota sobre Filch. Está trabalhando no colégio há apenas cinco anos e ainda têm muito a aprender para se tornar o grande carrasco dos tempos de Harry. O seu projeto de torturas aos estudantes transgressores de regras está sob avaliação do conselho da escola.

# Não pensem que meramente plagiei a detenção que Harry teve de pagar em um dos livros da série de Rowling (desculpem por não me recordar qual), mas acredito que as detenções devem ser padronizadas para infrações de igual nível, ou semelhante. Como a profa. Minerva McGonagall aliviou um pouco a barra para o lado de Lupin...

Ufa! Que conto grande, não? Não, não foi para compensar o reduzido tamanho dos dois contos anteriores. A narrativa pedia muitas páginas e acabei por fugir da estrutura de conto: isto é um capítulo! Porém, espero realmente que tenham gostado! Comentem, por favor, e até a próxima! ^^

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