Conto XI – O Retorno ao Lar Gr



Contos Marotos


PARTE III – DO SEGUNDO ANO EM HOGWARTS


Conto XI – O Retorno ao Lar Grifinoriano


Nota Inicial: Conto escrito por Pontas, que narrará a história em terceira pessoa e será narrador onipresente e onisciente.. Os marotos retornam para mais um ano em Hogwarts, sem saber que uma história intrigante os aguarda. Posso adiantar que haverão alguns desentendimentos entre eles, mas vou continuar imparcial. Sejam vocês os juízes de mais uma grande confusão.

Remo Lupin

Mais um primeiro de setembro chegara. Outra vez o expresso de Hogwarts aguardava os aprendizes bruxos para o início de um novo ano letivo. Porém, o ar frio que rondava Londres não era nem um pouco convidativo para alguém sair de casa. Aquilo era incomum, pois não se devia ter um vento frio como aquele naquela época. Mesmo assim, a plataforma 9 e meia estava entulhada de estudantes, agasalhados com cachecóis, luvas e grossas capas, e adultos que lhes davam adeus.

Um apito, o trem ia sair. Mais um sinal, os motores rugiram. E, finalmente, com um outro urro mecânico, o expresso disparou pela estrada de ferro, levando centenas de estudantes para mais uma jornada escolar.

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- Pode me passar dois sapos de chocolate? – Pedro Pettigrew indagava a um Lupin quase por inteiro encoberto por chocolates, doces e biscoitos.

- Claro – respondeu o outro, enquanto devorava o sexto caldeirão de chocolate.

- Por que o Sirius não está aqui? – um Pettigrew curioso alfinetou.

- Anh... Ele está com uma garota – respondeu Tiago, que parecia um pouco nervoso.

- O que está havendo? – falou Lupin, ao ver que Tiago estava encolhido e muito calado.

- A Lana... ainda não a encontrei – respondeu o outro, com um ar preocupado.

- Ah! Não me venham falar sobre garotas outra vez! – explodiu Pedro, cuspindo pedacinhos de chocolate por toda a cabine cinco.

- OK... Também não quero falar muito sobre isso agora – bocejou Tiago, fechando os olhos e fingindo dormir.

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O trem já havia parado na estação de Hogsmeade há quinze minutos e muitos estudantes ainda permaneciam dentro do expresso. Parecia haver uma confusão...

- Que diabos... – a voz de um garoto foi ouvida, vinda de dentro do trem, na plataforma – Cadê o meu malão?

- E o meu? – uma voz feminina esganiçou.

- E O MEU? – gritou Lana, em desespero, quando percebeu que o seu malão também não se encontrava no bagageiro do trem.

Rúbeo Hagrid já havia entrado no expresso, para tentar acalmar a situação. Desde que o trem estivera a apenas uma hora de Hogwarts, e alguns estudantes foram trocar as suas vestes, percebeu-se que todos os malões haviam desaparecido. Nenhum sobrara para contar a história.

- Não se preocupem... – Hagrid dizia em meio ao tumulto – Está tudo sobre controle!

Mas não estava. O meio gigante não fazia idéia de onde os malões podiam estar. Todos os elfos do castelo já haviam sido interrogados sobre o paradeiro da bagagem (afinal, algum elfo revoltado podia ter planejado uma rebelião), mas todos responderam sob lágrimas que não haviam tocado um único dedo nas malas dos estudantes. Apenas um permanecia calado...

- Responda! Onde estão as malas? – Filch bradava furiosamente para um elfo chamado Tíber. A criatura encontrava-se caída no chão sujo das masmorras.

- E-eu... eu não sei! – respondeu o elfo doméstico, que possuía um leve sotaque holandês.

- Então por que você não jura que não viu as malas? – indagou o zelador com arrogância.

- Porque... porque... – Tíber parecia estar engasgando.

- Por que? – instigou Argo Filch.

- Porque... eu vi! – as duas últimas palavras saíram quase inaudíveis dos lábios do elfo.

- Viu? – os olhos do zelador se arregalaram – Onde? Você as pegou?

- Não! Não! Não! – e, por fim, Tíber caiu sem forças no chão.

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- Encéfalo de Dríncon – disse Ernest Santiago, monitor-chefe da Grifinória, ao quadro de uma Mulher Gorda, que pendia solitário em uma parede – Esta é a primeira senha do ano.

E nisso o quadro girou nas dobradiças e deu passagem para os grifinorianos entrarem no quente e belo salão comunal.

Os quatro marotos (Sirius acabara de se reunir a eles) subiram para o dormitório masculino, e mal se acomodaram quando Pedro indagou:

- Quem você acha que roubou as malas?

- Você disse roubou? – Tiago respondeu, erguendo as sobrancelhas.

- Claro! O que mais pode parecer? – dessa vez que falou foi Lupin.

- Anh... Uma pegadinha? – tentou Sirius, ao que todos olharam-no, impressionados.

- É uma boa teoria... – Lupin falou mais para si que para os outros – Será que o Snape....

- Não! Ele é santinho demais! – disse Pedro, sem compreender direito o que havia dito.

- Santinho? – indagaram Lupin, Tiago e Sirius juntos.

- Anh... vocês entenderam o que eu quis dizer! – respondeu Pettigrew, tentando se corrigir.

- Não! Não entendemos!

- Arg! Eu quis dizer que ele “quer se passar por bonzinho” demais! Ele não se meteria em encrenca! Além disso, até os malões dos sonserinos sumiram! – todos se admiraram com aquilo. Pettigrew, enfim, parecia mostrar-se capaz de pensar logicamente.

- Hm... se não foi o Snape, quem poderia ser? – Sirius disse, analisando as muitas possibilidades.

- Não dá pra descobrirmos assim! Temos mil estudantes em Hogwarts! E nenhuma acusação, nenhum suspeito! – Lupin explicou, tirando os tênis trouxa que usava.

- Só sei que quero minhas roupas de volta – Pedro falou, tirando a camisa xadrez que havia comprado numa barraquinha de uma rua trouxa em Londres.

- Eu também quero meu malão... afinal, a foto da Lana está dentro – Tiago disse, parecendo triste.

- Falando em Lana... – Sirius começou, disfarçando uma risada – Ela parecia muito contente beijando o Tales Werner.

Tiago caiu de sua cama em um ataque repentino de tosse. De repente, parecia que estava lhe faltando o ar. Ergueu-se do chão, encarou Sirius e gritou:

- ELA ESTÁ COM O WERNER?

- Não, seu bobo! – e gargalhou ruidosamente – Eu estou só brincando!

Notas Finais:(além de conter notas do autor, há também os pensamentos, detalhes e opiniões pessoais de cada maroto sobre os diversos acontecimentos do conto).

# Como deu pra perceber, o “Mistério da Bagagem Desaparecida” será a trama principal do segundo ano dos marotos em Hogwarts.

# A relação entre Tiago e Lana está abalada por um único e ingênuo motivo: ciúmes. Ela não acreditou na palavra de Tiago quando ele disse que não ficaria com ninguém naquelas férias e que o seu pensamento estaria apenas nela.

# Pedro Pettigrew está mais tolerante quanto ao namoro de seus amigos, mas ele ainda não suporta a idéia de beijar uma garota.

# Vocês saberão como os marotos ficaram sabendo do acontecimento entre Filch e Tíber nas masmorras.

# Sirius continua com Francy neste segundo ano. Tiago continua apaixonado por Lana e Lupin gosta cada vez mais de Lílian Evans, entretanto, até o presente momento, a relação entre esses dois últimos não passou daquele beijo na plataforma 9 e meia.

É isso aí! Contos Marotos está de volta, agora em um novo ano!

Espero que vocês tenham gostado desse conto que classifico como “introdutório”. A trama mesmo ainda há de vir.

Um abraço a todos e até mais! ;D

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