Acontecimentos contraditórios

Acontecimentos contraditórios




Alguns minutos antes, um garoto havia requerido uma autorização ao diretor do colégio em que estudava para pronunciar a palavra “baile”. Ele disse seu nome e o nome da garota a qual convidaria, e dele foi retirado, temporariamente, o feitiço do controle de palavras, para poder convidar a garota em questão para o baile dali a alguns meses, por que, afinal de contas, nenhum diretor seria tão severo ao ponto de não deixar que seus alunos proferissem a palavra “baile” ao convidar alguém pessoa para um. Muito menos um diretor tão bondoso como Alvo Dumbledore costumava ser e seria até hoje se não fosse por... curiosamente, se não fosse por causa do aluno que ele atendeu tão polidamente, justamente naquela manhã: Severo Snape.


É, aquele parecia ser o dia das conversas importantes... Enquanto Tiago Potter acabara de sair correndo do salão principal, Severo Snape abordava uma certa ruivinha, que, diremos assim, era o “pivô” da conversa anterior. É claro que ela nem suspeitava de nada disso. Afinal, do que uma pessoa que havia se levantado a apenas vinte minutos(mas ainda gostaria de estar na cama), que ainda estava extremamente sonolenta, e o que queria mais no mundo era comer para ver se acordava logo de uma vez, poderia saber sobre as conversas matinais alheias, que, por acaso, eram sobre ela? Acertou quem disse nada. “Nadica-de-nada” também está certo, mas é um pouco brega, convenhamos. E pra quem disse “N-A-D-A”, aprenda a separar as sílabas melhor...
—Lílian, posso falar com você por um minuto?
—Anh, eu?—Ela ainda estava sonolenta, e não teria percebido que alguém lhe falava se não tivesse levado um chutinho na canela vindo da amiga Violet
—V-você, sim.—Snape estava levemente constrangido com a presença de Vi, afinal, convidar uma garota para o baile não é uma coisa que se faz todos os dias, ainda mais com a amiga dela junto. Mas Violet, como a garota esperta que era, rapidamente se retirou.
—Bem, pode falar—Ela disse, de um modo que, percebeu depois, parecera bem afetado. Ela não gostava de nada afetado. E de repente teve aquela sensação que, infelizmente, já lhe era conhecida, de estar no corpo de outra pessoa, vivendo uma vida que não era dela, e fazendo coisas que ela não faria.
—Eu.. é que eu... assim... você, talvez...—Ele não conseguia parar de gaguejar—quer ir ao baile comigo...?—Não pôde evitar que o “eu estive pensando se você queria ir ao baile comigo”, uma sentença afirmativa, se misturasse com “quer ir ao baile comigo?”, uma pergunta, resultando em alguma coisa estranha, entre uma afirmação e uma pergunta.
—Eu... é... que.. eu...—Lílian simplesmente não sabia o que responder. Mas não era aquilo que ela queria? Afinal, Snape havia sido tão amável com ela esses dias...—quero.—Disse, por fim. Mas o engraçado é que não se sentiu aliviada. Porém, antes que pudesse dizer qualquer coisa, Snape continuou:
—Não é só isso. Lílian—Agora ele retirou o olhar do chão e o fixou em Lílian, nos olhos dela, o que era, de certa forma, uma visão agradável para ele. Mas isso fez a menina se sentir desconfortável. Não gostava que a fitassem. Pelo menos não agora.—eu percebi que gosto de você. De verdade. De um jeito que eu nunca gostei de ninguém antes. Quero dizer, tudo começou quando a gente saiu a uns meses atrás por causa daquele incidente da tinta... desde aquele dia eu comecei a perceber a intensidade do que sinto. Depois, na aula de Feitiços você leu minha mente e descobriu... tudo. E eu fiquei pensando que... mesmo que talvez você não goste de mim do jeito como eu gosto de você.. eu achei melhor... tentar. E eu sei que eu provavelmente estou te assustando, e vou te assustar mais ainda com esse pedido meio precipitado, mas... você quer... quer namorar comigo?
A menina estava totalmente em choque. Tudo o que podia pensar era... “COMO ASSIM?? Você sai com ele por agradecimento, é legal com ele, conversa com ele e quando você vê... BUM! Ele te pede em namoro!” Como se estivesse lendo a mente da garota, ele brincou:
—Eu estou te assustando, não estou?
Lílian apenas sorriu amavelmente. Ou pelo menos a coisa mais perto do “amavelmente” que conseguiu fazer.
—Estou sim!—Ele riu—Desculpe! Mas se você quiser não pr...
—Eu...—Lílian interrompeu o garoto. Quase deu um tapa na boca, afinal, não tinha a mínima idéia do porque havia a aberto. Não tinha nada pra falar! Ultimamente o seu corpo estava funcionando alheio ao modo como ela queria que ele funcionasse... Mas não alheio do modo que funciona com todas as garotas. Alheio mesmo. De um jeito nada legal. Agora o garoto a olhava mais intensamente, esperando que ela dissesse alguma coisa.—Eu...—Tentou continuar. Mas o que diria, afinal? Será que deveria apenas dizer “não sei” e responder depois? Mas acabou se decidindo por pensar na hora. Seria mais prudente aceitar? Afinal, mesmo um pouco precipitado, ele estivera sendo tão bom com ela. Mas... bom. Será que era suficiente? “Porque não seria?”, pensou ela. “Mas porque seria?”. Era uma rua de duas mãos. Ela tinha que tomar uma via. Pensou da seguinte forma: sim, positivo. Não, negativo. Se dissesse sim, o deixaria feliz, seria uma resposta positiva. Mas será que seria bom para ela? Para ela?
—Sim.
As palavras saíram de sua boca, finalmente. Saíram baixas, como um pensamento alto. Ela nem esperava que saíssem. Não sabia se queria que saíssem. Mas ao ver o semblante de felicidade do garoto a sua frente, pensou ter tomado a decisão certa. Snape literalmente pulou de alegria, e sorriu de um jeito tão puro, tão pleno, como a garota nunca havia o visto sorrir antes. Ele a abraçou longamente, depois pegou sua mão e murmurou, a voz transbordando alegria:
—Obrigado!
Beijou sua mão e saiu, praticamente flutuando. Lílian não pôde deixar de sorrir diante de tal imagem. E era por causa dela. Uma coisa boa! “Se ele está feliz a esse ponto, isso é bom. Nunca o vi sorrir desta maneira! Eu... eu também devo estar... feliz.” Isso, meus queridos, era porque ela não se via no espelho...


Correr geralmente é uma coisa que nos faz ficar mais longe dos problemas. Pois quanto mais você corre, você se sente mais forte, mais ágil. Você se sente a salvo, num mundo so seu, onde você controla os movimentos. Você se sente como se nada do mundo de fora pudesse te alcançar. Quem sabe era por isso que Tiago estava correndo. Quem acompanhasse os momentos que o garoto passara a pouco, poderia entender porque ele parecia querer fugir de tudo, afinal, sua namorada tinha acabado de terminar com ele. Mas quem acompanhasse a vida de Tiago a um bom tempo, também poderia entender porque ele estava tão abalado, mas seria por um motivo completamente diferente.
Na verdade, Tiago nem sabia do que estava querendo fugir. Eram tantas coisas, tantas situações em sua cabeça, que ele não conseguia pensar em mais nada sem se confundir, sem saber o que sente na verdade... tudo porque todos os acontecimentos daquele ano estavam ligados a uma pessoa: Lílian Evans.
Lílian Evans. A garota olhos verdes como esmeraldas, perfeitamente dispostos com um nariz levemente arrebitado e a boca, de modo a formar um rosto harmônico, e claro, muito bonito, e emoldurado por cabelos longos, lisos e ruivos que brilhavam à cada raio de sol. A garota mais inteligente que Tiago conhecia... Mas por um acaso, a mais teimosa também. Tiago fazia de tudo para conquista-la, e quando achou que estava quase conseguindo... ela novamente recusou o seu convite... foi como se ele estivesse subindo uma longa escada, e ao chegar aos últimos degraus, um degrau que parecia tão sólido, desapareceu, provocando uma queda: pequena e momentânea, mas enquanto dura, é como se tivessem tirado todo o chão sob seus pés.
Ele aprendera a conviver com aquilo, era a única coisa que podia fazer. Mas agora... alguém lhe diz que o degrau que ele achou que tinha desaparecido, na verdade nunca deixou de existir... e está lá até hoje.
Nesse momento, Tiago parou. “Ele está lá”, pensou ele. “Ela está lá. Está lá me esperando”. Seu rosto iluminou-se. Mas de repente, um peso caiu sobre sua cabeça: “Snape. Ela deve estar com ele. Se bem conheço aquele... se bem o conheço, já deve ter movido suas pecinhas... ou deve estar por mover. Se eu tivesse tido mais tempo... Mas mesmo assim... eu não vou perder essa! Ele ganhou a batalha mas não a guerra! Eu preciso fazer alguma coisa. Eu vou reconquistar a Lílian, ou eu não me chamo Tiago Potter!” Tiago já estava preparado para armar alguma coisa, mas então lembrou-se de outra coisa mais urgente... precisava ajudar o “corrimão” que o apoiara durante tudo isso!

(N/A: Trabalhando no feriado! Hahaha!! Bem, aí vai mais um capítulo pra vcs, e bem grande, hein?? Ele ate vale por dois! Eu fico um tempao sem postar mas qnd resolvo postar de novo posto logo um capítulo grandão! Hahaha... mas aproveitem q eu acho q a fic ta chegando no final, hein? O capítulo do baile vai ser o penultimo, segundo os meus planos! E antes dele deve ter uns... 4 ou 5! Ai q emoção! Minha fic ta no fim! Qnd eu terminar essa fic vou ficar TAO FELIZ! Nao pq eu acho chata, claro, pq eu adoro escrever, mas pq.. eu, tao enrolada como sou, vou ter terminado uma fic, inteirinha! Vou ter uma fic terminada! Td, ne? E alem do mais, tenho outras fics q so nao me dedico mais pq meus maiores planos sao essa e a "Dps daquela viagem"... bem, mas é isso! Comentem!!!!! Bjs!)

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.