Tavolo



Hermione, não ficarei a sua disposição para ajudar esses elfos.

- Por acaso te pedi ajuda? – cobiçava Hermione – chamei Gina, veio de enxerido. – Rony percebendo que novamente estava em segundo plano preferiu ficar quieto.

Hermione andando pelo salão procurava alguém que a podia ajudar sobre a Libertação dos Elfos. Agarrou o braço de Gina e correndo para frente. Rony não suportando mais as duas resolveu dar uma volta pelo Beco Diagonal.
Seguindo para o jardim traseiro do Minister House’s, Gina e Hermione encontraram a pessoa perfeita para começar a ajudá-las. Sentado num banco bem distante da entrada, via a enorme figura de uma “enorme” pessoa. Rúbeo Hagrid. Sentado sozinho parecia estar fixado em seus pensamentos. Vendo as duas meninas aproximarem, um enorme sorriso tomou conta de seu rosto.

- Olá meninas – sorria Hagrid – O que fazem por aqui? Harry também veio com vocês? – Não sabendo se primeiro cumprimentavam Hagrid ou se deviam responder as perguntas, chegaram embaraçosas.

- Olá Hagrid – disse Hermione.

- Harry foi a algum lugar que não sabemos onde com mamãe – sorriu Gina exaltada. – E o que faz sozinho aqui?

Hagrid demorou um pouco para responder mais preferiu não enganá-las. – Sendo sincero estava pensando em Grope. Está sozinho lá na Floresta Proibida, e nem ao menos me permitem visitá-lo. – bufava Hagrid – não suporto mais ficar neste lugar. Hogwarts jamais poderia ter sido fechada.

-Hagrid, queríamos te pedir uma ajudinha – dizia Hermione meigamente. Hagrid levantando a cabeça e fixando bem em Hermione não disse uma palavra, apenas ouvia atentamente. Bem... – dizia Hermione nem saber por onde começar. – Vou direto ao assunto. Acho uma inconveniência do Ministério fechar Hogwarts. E pior do que isso é não permitir que os funcionários permaneçam na escola. Para muitos Hogwarts se tornou um lar. – Concordava Hagrid – Quando digo para “muitos” não restrinjo apenas os bruxos, mas também as criaturas mágicas que lá habitam. – Hagrid começando não entender Hermione a interrompeu:

- Mione, o Ministério não interferiu na Floreta Proibida. Os animais não foram incomodados, apesar de terem que trazer Firenze para cá. Os outros centauros não admitem-no como parte do grupo.

- Eu sei Hagrid – disse Hermione olhando pelos cantos dos olhos para Gina – não cheguei ainda no que quero te dizer. Talvez não tenha lido no Profeta, mas além de vocês eles tiraram outros seres de Hogwarts.

- Os elfos. – disse Hagrid rindo. E para a surpresa de Hermione ele já sabia do caso.

- Justamente. Como adivinhou que era deles que eu estava falando?

- Minha cara Mione – falava Hagrid sorrindo – mais ou menos dois anos percebo você defendo os elfos domésticos. E como amante das criaturas mágicas eu lhe dou todo meu apoio. É uma injustiça o que as pessoas fazem com eles. Mas por outro lado já ser tornou tabu. Para muitos bruxos é inadmissível a libertação dos elfos domésticos. Isso é uma questão a eliminar das nossas tentativas solidárias. – Hermione emocionada com o que Hagrid disse retrucou:

- Do mesmo jeito que é inadmissível a libertação dos elfos, é pasmoso os levarem para Azkaban. Azkaban é um lugar peçonhento. Nunca fui lá, mas já li muito sobre. É um castigo para as pobres criaturas. – E sem Hermione perceber atrás dela uma fina voz trêmula falava:

- É muita gentileza da amiga do Senhor Harry Potter se preocupar com nós elfos. – E virando para trás a imagem de uma esquisita criatura de orelhas pontudas e olhos esbugalhados encarava eles.

- Dobby! – falou a alegre voz de Hermione – Você está aqui!

- Dobby teve sorte – dizia o elfo – colocaram Dobby para trabalhar aqui. Mas Dobby está triste, Wink foi para Azkaban hoje cedo. É injusto, é injusto – repetia Dobby batendo com a mão na cabeça. – tinham que ter mandado Dobby para lá e não Wink.

- E onde está Mostro, o elfo pertencente aos Black? – Perguntou Gina.

- Aquele ingrato também foi para Azkaban. Devia estar todo feliz. Talvez encontrasse um ex familiar lá na prisão.

- Fico preocupada em saber que Mostro está lá também – dizia Hermione – aquele elfo é muito fiel aos Blacks. Será que ele é capaz mesmo de... sei lá.... tentar alguma coisa lá?

- De maneira nenhuma. Os elfos foram mandados para lá apenas para ajudarem nas arrumações, prepararem comida, coisas desse tipo. Não acho que terão acessos aos presos – disse Hagrid convincente. – esqueceram que já passei alguns dias injustamente naquele lugar, durante o seu segundo ano em Hogwarts. Foi uma das piores experiências que já tive. – Hermione esquecendo deste detalhe de Hagrid, ficou mais calma com suas explicações.

Dobby dando volta entre eles rodava de um lado ao outro. Parecendo está procurando alguém. – Onde está o Sr° Potter – perguntava o elfo continuando a dar suas voltas.

- Saiu com a Srª Weasley – disse Hermione – depois você encontra com ele.


***

Harry junto de Molly foi até McGonagall que estava acompanhada por Lupin. McGonagal também estava um pouco diferente de como era em Hogwarts. Usava uma roupa mais à vontade e não estava usando o seu contínuo chapéu longo e pontudo. Lupin também estava bem modesto, como Harry sempre o via. Ele sorria para Harry que o retribuía com um aceno.

- Molly, Harry, por favor, sente-se.

- Obrigada Minerva – Harry e Molly se acomodavam nas poltronas próximas a eles.

- Como está sendo suas férias? – perguntou Lupin iniciando a conversa.
- Bem, e estão longe de terminar – disse Harry não querendo esconder nada.

- Esta querendo dizer Potter, que não irá para Beuxbatons? – Harry sentia medo do que McGonagall podia dizer. Com certeza diria que não poderia perder seu último ano. Ainda mais tento exames de N.I.E.M’s para prestar. Porém preferiu dizer a verdade.

- Exatamente Professora. Não posso perder mais tempo.

- Concordo plenamente Harry. – dizia Minerva – Harry surpreso com o apoio de McGonagall, ficou sem saber o que dizer.

- E... O que quis dizer com: “não posso perder mais tempo?”

Harry não soube o que responder de imediato. Prometeu a Dumbledore que não contaria nada a ninguém apenas Rony e Hermione. Mas nessas horas Gina também já estava sabendo de partes do assunto. Veio de repente em sua cabeça a tal caixa vermelha deixada por sua mãe. Também não saberia se deveria contar. Entretanto estava atrás de descobrir quem era seu avô, tinha que perguntar. Tinha que falar alguma coisa para obter respostas. E sem responder a pergunta da professora, Harry rebateu com uma outra pergunta dirigida para todos que estava junto dele.

- Por acaso algum de vocês conheceu meu avô materno?

Como Harry esperava uma expressão de espanto tomou conta deles. Apenas Lupin se prontificou:

- Está falando de Lílian.

- Sim, pai de minha mãe, meu avô – finalizou Harry.

- Para ser sincero – dizia Lupin – Nenhum de nós teve relação com a família de sua mãe. Era filha de pais trouxas.

- Meu avô não era trouxa – falou Harry seriamente.

- Mas por que está querendo saber disso? – perguntou McGonagall – Harry não tendo pra onde escapar, decidiu contar o que tia Petúnia tinha lhe falado a respeito de seu avô, mas achou preferível não comentar a respeito da caixa por enquanto.

- Alguns minutos antes de deixar a casa de meus tios, tia Petúnia sem querer falou a respeito de meu avô. Disse que ele conviveu pouco tempo com minha avó e com minha mãe. Depois minha avó casou-se de novo, com um trouxa e tiveram Petúnia.

- Não sabia que Lílian e Petúnia eram filhas de pais separados. – disse Molly surpresa.

- Harry – falou Minerva demonstrando satisfação. – Você tem razão, poucos sabem sobre seu avô. Dumbledore apenas tinha comentado comigo que Lílian e Petúnia são filhas de pais diferentes.

- Mas me digam que é meu avô? – falava Harry angustiado.

- Não sabemos, Dumbledore não dissera nada. – falou Minerva. Sua tia não te disse quem é?

- Não. Apenas falou que fez um Juramento Inquebrável com Dumbledore. E que ela não podia contar nada. Eu deveria descobrir sozinho.

- Perfeitamente, o Juramento Inquebrável – falava Minerva – por isso que não podia dizer.

- Mas... Hermione achou que Dumbledore poderia ser meu avô – disse Harry envergonhado.

Molly na mesma hora ficou surpresa. – Não creio muito – disse McGonagall – Dumbledore sempre fora um bruxo dedicado à magia, dedicado a Hogwarts, certamente alguém saberia se ele estivesse um filho, ou até mesmo um neto. – Foi o que pensei – falou Harry.

Todos ficaram em silêncio alguns segundos. Notava que Lupin estava estranho. Parecendo perdido em pensamentos. Olhando bem para Harry disse rapidamente. – Acho que sei qual é o nome de seu avô. – Agora todos fixavam o olhar em Lupin.

- QUEM??? – gritou Harry.

- Quem é eu não sei, não o conheci – disse Lupin – Mas me lembro de uma vez, há muitos anos atrás, quando ainda estudava em Hogwarts. Não sei como surgiu o assunto... Acho que era dia dos pais... E me recordo de Lílian ter falado que seu pai legítimo não morava com ela. E que ele se chamava Tavolo... Alguma coisa assim, não me lembro bem.

- Tavolo – repetiu Harry – Algum de vocês conhecem?

- McGonagall e Molly fizeram que não com a cabeça.

Não tendo muito mais a discutir sobre o assunto, Harry começava a imaginar o que poderia ter na caixa. Cada vez mais ficava ansioso em saber. Tinha certeza que algo de importante haveria nela, e que enigmas seriam decifrados.
Molly mudando o assunto voltou a falar em Hogwarts. Querendo a opinião de Minerva sobre o que deveria fazer a respeito de Rony e Gina.

- Molly querida, digo a mesma coisa que disse a Harry. Não acho apropriável eles irem apara Beauxbatons.

- Mas Minerva – falava Molly confusa – não saberemos quanto tempo Hogwarts ficará sob inspeção do Ministério.

- Posso te dizer certamente que não irá demorar o tanto como as pessoas estão dizendo. O Ministério está sob pressão. Muitas pessoas são de acordo com o fechamento, como muitas são a favor de reabrir a escola. E ao meu ver antes do Natal tudo estará resolvido.

- Com suas palavras fico mais tranqüila, professora.

- Ah! Professora. – lembrando Harry sobre os elfos que estavam em Azkaban. – A senhora acha justo mandarem os elfos de Hogwarts para Azkaban?

- Claramente que não. Mas eles não têm onde ficar. Pensaram em mandá-los para Gringotes. Mas os duendes não aceitaram.

Harry percebendo que não há mais o que fazer para ajudar os elfos, falou o que pensava sobre sua vida daqui para frente. – Como daqui alguns dias serei maior de idade, não irei mais voltar para casa de meus tios trouxas, e não pretendo dar trabalho para Srª Weasley.

- De maneira alguma Harry. Você não dá trabalho, pode ficar o tempo que quiser em minha casa! – exclamava Molly sorridente.

- Obrigado – dizia Harry satisfeito – já sei onde ficar. Já tenho um novo lar.

- Podemos saber? – disse Lupin.

- Já conhecem, Griminald Place n°12, onde era à base da Ordem da Fênix. Dumbledore disse que Sirius deixou tudo que o pertencia a mim. Se eu recusasse Bellatrix teria a posse. Mas será cruel da minha parte não aceitar a casa de meu padrinho.

- Harry querido, ficará lá sozinho? – perguntou Molly.

- Não que eu queira. Primeiro queria saber se tenho direito de trazer três elfos domésticos para ficarem comigo enquanto Hogwarts estiver sobre inspeção.

- Por mim não tem problema Harry – falava Minerva sorrindo – Posso falar com algum inspetor do Ministério.

- Obrigado Professora. Seriam Dobby, Winky e Mostro, o antigo elfo dos Blaks. Acho que ficaria feliz em passar alguns dias em seu antigo lar. E em segundo... – continuou Harry – queria chamar uma pessoa para ficar comigo nesse pequeno tempo. E todos os membros da Ordem estão convidados!


***

- Rony o que aconteceu?
Rony estava trêmulo. Em seu rosto via cinco marcas de dedos. Tinha levado um belo tapa na cara. – Não foi nada.

- Como não foi nada – ria Hagrid – quem te deu um tapa na cara?

- Lilá! – falava Rony furioso, enquanto Gina caia na gargalhada.

- Cheguei para falar com ela, e aconteceu...

Rony foi interrompido com a chegada de Harry, Molly e Lupin. Harry de longe perceberá alguma coisa errada em seu amigo. Mas antes que pudesse perguntar o que havia acontecido recebeu uma resposta.

- Rony levou um tapa de Lilá – falava Gina caindo na gargalhada.

- Isso não tem graça - gritava Rony furioso.

- Rony, foi merecido, aposto que destratou a pobre menina – falava Molly sem saber de nada. – Não tem respeito. Está ficando igual Fred e George. – Rony sem querer entrar em dar explicações concordou com a mãe.

- Olá Hagrid! - dizia Harry empolgado. – Queria te fazer um convite. Não é obrigado a aceitar.

Hagrid achando curioso disse: - diga, sou todo ouvido. - Harry fazendo suspense falou: - Daqui a uns dias irei para meu novo lar. A casa de Sirius. E queria saber se não gostaria de me fazer companhia enquanto não voltar para Hogwarts. – Hagrid ficou sem palavras. Tinha um tamanho gigante, mas um coração mole como de criança, desatou a chorar todo emocionado. – Com imenso prazer. Estou até emocionado Harry por me convidar, não suportava mais ficar neste lugar, cheio de regras de etiquetas. – Todos riam de Hagrid e o próprio chorava como criança. – Posso levar Bicuç... quer dizer Whiterwings?

- Claro que pode! Mas vê se não arruma nenhuma criatura perigosa a mais – brincava Harry.

Todos estavam animados, estava sendo um dia feliz para Harry. Hagrid o abraçava para agradecer o convite. Harry tentava respirar com o abraço forte do amigo.
Molly deu a tão feliz notícia para Rony e Gina. Que não precisariam ir para Beuxbatons, o que gerou grandes gritos de felicidades. Harry falou sobre sua conversa com McGonagall para Hermione. Dissera que ela havia ido falar com algum membro do ministério para ver se podiam mandar os três elfos para sua nova casa. Hermione tão feliz com a notícia, deu um prazeroso beijo no rosto de Harry, que logo depois se arrependeu de ter feito aquilo, pois Gina estava logo ao lado.

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