O Time de Quadribol




Melissa e Harry desceram rapidamente as escadas juntos de Rony e se apresentaram ao Capitão, ninguém menos que Jorge.
Para surpresa de Harry, Jorge aquele gêmeo que vivia fazendo graça, era o capitão.
Jorge recepcionou os amigos.

-Hei Harry! Melissa! Maninho! – deu um beijo na bochecha da garota – Como vão! ?

-Jorge, você é o Capitão? – Disse Rony pasmo.

-O que acha? – Perguntou Jorge mostrando o distintivo de Capitão estampado no peito – Fred e eu vamos fazer às vezes de Capitão. Duvido que a Hooch vá conseguir distinguir quando um de nós assumir a liderança.

-Dois é melhor do que um – Comentou Harry rindo – Legal, acho que este ano nós ganharemos a Taça.

-Não acredito! – Exclamou Rony ainda chocado.

-Certo, certo. – Disse Melissa – Mas vamos treinar logo! É meu primeiro ano como goleiro da Grifinória!

-É mesmo, quais serão os novos jogadores? – Perguntou Harry.

-Bom... Eu iria ler isso, mas... – Fred pegou uma listinha e em seguida a jogou pro canto – Eu decorei tudo. Apanhador: Harry, Atacantes: Rony, Gina e a incrível Srta. Amanda Bonnes. Goleiro: Melissa, e os melhores batedores? Eu e o Jorge aqui.

-Amanda? Quem? – Harry se virou para os lados.

Uma jovem de cabelos loiros e olhos amendoados estava do lado de Melissa conversando com a jovem, ela era um pouco mais alta que Melissa e parecia estar no sétimo ano.

-Eu! – Disse Amanda sorrindo – Eu estou no sétimo ano.

-Que seja – Disse Gina do lado de Fred – Como não sou apanhadora mais, eu tenho que treinar minha posição nova.

-É, com certeza – Concordou Rony.

-Vamos então! – Animou-se Melissa.

-Calma Melissa. – Disse Gina – Vamos te ensinar o esquema do nosso time!

-Ta certo! – Sorriu a garota pegando sua vassoura na mão.

Harry ficou do lado de Hart e escutou o que Jorge tinha a dizer sobre o campeonato daquele ano.

-Pessoal, na primeira partida do ano, iremos enfrentar a time da Sonserina. Eu sei que isso virou um clássico, mas... – explicou Jorge – aqueles canalhas estão todos de Firebolt, dadas pelo pai de Malfoy, então...

-Problemas. – Disse Gina entrando na conversa – as Firebolts são muito rápidas, não são nem páreo para uma Comet. Aliás, depois que a Kátia, a Alicia e o Olívio saiu, esse time precisa de uma revigorada.

-Sabemos disso. – Disse Fred – Por isso planejamos um plano, ao invés de concentrarmos nosso poder de fogo no gol deles, temos de concentrar nossa defesa e rezar que Harry ache o pomo mais rápido que Malfoy, o que será fácil.

-Moleza. – Disse Rony – Harry também tem uma Firebolt e pode voar tão rápido quanto Malfoy.

-mesmo assim. – Disse Fred um pouco sério – Harry você precisa pegar o pomo antes de Malfoy!

-Beleza. – Disse Harry terminando de abotoar a camiseta. – Desde que não tenha nenhum dementador, ou uma chuva que ninguém pode enxergar...

Todos riram. Jorge pigarreou imitando Dumbledore e continuou.

-E enquanto á você Melissa. – Disse Jorge – Cuidado com as bolas rápidas dos atacantes de Sonserina, elas são uma droga quando jogadas em conjunto com os balaços.

-Pode deixar! – Disse a garota.

Fred e Jorge sorriram.

-Vamos então para fora equipe! Chega de teste oral, vamos ao prático!

Harry saiu conversando com Amanda sobre os lances enquanto Melissa parecia não estar gostando muito daquilo.
Todas as vassouras ergueram vôo na quadra de Quadribol, Hermione e algumas garotas estavam observando o treino e para variar a torcida da Sonserina também, pois Sonserina treinava do outro lado do campo.

-Muito bem gente! – Disse Fred do alto da vassoura – Vamos esquivar de alguns balaços rápidos e tentar ajudar a defesa de Mel! Qualquer coisa, metam balaços na Sonserina!

Jorge soltou dois balaços que começaram a perseguir todos. Em seguida soltou o pomo.

Naquele momento Harry sabia que deveria se concentrar apenas no pomo em mais nada. Mesmo sendo um treino era preciso concentração total naquilo, nem mesmo Melissa poderia atrapalhar Harry.
Assim que o treino começou Harry começou seu trabalho.

-Vai lá Melissa! – gritou Jorge rebatendo um balaço para ela escapar.
Draco e os demais da Sonserina ficaram parados observando a garota treinar.
Melissa deu um giro com a vassoura, esquivou do balaço e ainda chutou a bola que ia pro gol com muita agilidade.

-AÊ! – gritaram alguns dos jogadores da Grifinória.

Gina tentava escapar de um balaço quando Crabbe fez algo sujo e lançou outro balaço.
A garota acabou caindo no chão.

-Droga. – Disse Melissa quase num sussurro - aqueles canalhas...

-Olha só essa Hart! – gritara Draco.

Melissa olhara para o rapaz de Sonserina que começava á dar círculos em volta em torno dos aros que ela protegia.
Harry viu que Draco queria fazer média com Melissa pegando o pomo primeiro que Harry, então tratou de localizar a pequena bola dourada o mais depressa possível.
A platéia começava a lotar, já que ninguém tinha aula. Muitos alunos achavam que aquilo nem treino era mais.
E já que era assim, Lino Jordan começou á narrar aquele estranho treino.

-Hei Hart! – Gritou o capitão de Sonserina – Pega esse balaço!

O capitão lançou um balaço muito ágil para a garota que estava defendendo um outro balaço de Jorge e Fred, quando ela se deu conta o balaço atingiu seu estômago, fazendo-a mergulhar com a vassoura numa velocidade incrivelmente rápida.

-AIIII DROGA! – Gritou ela tentando erguer a vassoura, mas sem sucesso.

Quando Harry vira o pomo descendo com tudo para chão viu também Melissa segurando o estômago com uma mão e com a outra segurando a vassoura que caia em alta velocidade no chão.

-Seus trapaceiros! – Gritou Fred – Isso é sujeira!

-E eles sabem o que é sujeira, vivem nela – Resmungou Jorge.

Hermione ficou assustada e tampou os olhos ao ver que Melissa ia bater com tudo no chão, o mesmo fez todos que assistiam ao treino.
Dumbledore que passava por ali junto de Minerva ficou pasmo com aquele treino.

-Estranho Minerva, não era um treino?

-Quer que eu de detenção á eles Professor? – Perguntou McGonagall – Deveriam estar em suas casas e não aqui.

-Não, não. Vamos assistir á este jogo não-oficial. – Sorriu Dumbledore – Afinal, a reunião da Ordem é em apenas uns minutos mesmo.

-Sim. – McGonagall disse.

Os dois se sentaram na arquibancada e ficaram vendo o treino, mas estavam assustados, tinham visto Melissa caindo no chão.

-DROGA! – gritou a garota ainda caindo – Só tem um jeito...

Harry esqueceu o pomo e deu meia volta, ele mergulho com tudo para ajudar a moça.

-Harry, eu seguro as pontas!- Gritou Rony que continuava o treino.

-Beleza!

Harry se aproximou com tudo o que pôde de Melissa e estendeu sua mão para ela.

-Segura que a gente vai tentar pegar equilíbrio! – Berrou Harry

-CERTO! – A garota segurou a mão de Harry e subiu na vassoura do rapaz.

A vassoura de Melissa acabou se chocando com o chão, mas nada sério havia ocorrido com a mesma. Mas a sorte não se repetira com Harry e Melissa.
Com duas pessoas em uma mesma vassoura ainda em queda livre, e sem poder fazer mais nada, perderam o equilíbrio e rolaram no chão.
Harry já estava acostumado com isso, nem sentira nada... Deveria rir toda vez que caía de um lugar alto, afinal, era o senhor desgraça. Mas e Melissa?

No alto, os jogadores observavam com preocupação – claro, os jogadores de Grinifória.

-Ai! – Disse Fred com uma cara de dor – isso deve ter doído! Vocês estão bem?

-Claro que sim né – Disse Amanda se aproximando com a vassoura – Se não Melissa não estaria berrando com o Malfoy!

Harry se ergueu do chão e correu para onde Melissa estava, ela parecia bem nervosa com Malfoy e companhia.

-Você está bem? – Perguntou Harry.

-Estou... – Melissa continuou olhando nervosa para Malfoy – Mas você!

Melissa se ajoelhou com a dor.
Draco parecia estar sem graça, ver o objeto de sua graça lhe olhar com tanta raiva, só lhe dava mais desgosto.

-Foi você que jogou o balaço em Melissa não é Malfoy!? – perguntou Harry com hostilidade ao perceber.

Rony e os demais desceram ao chão.

-Hei Harry calma, foi o capitão da Sonserina. – Explicou Jorge tentando evitar o início de uma briga.

Draco sem dar atenção na frase de Harry foi até Melissa.

-Você está bem Mel? – perguntou ele. – O balaço foi um acidente.

Harry se irritou e pegou a gola de Draco.

-O que acha que está fazendo? – gritou Harry fora de si – Quer se desculpar depois de ter cometido o erro?!



-Eu lhe avisei Potter! Melissa é minha! – Gritou Malfoy sacando a varinha. – Agora!

Harry ficou imobilizado pela varinha, não podia fazer nada. Uma varinha tocou a nuca de Draco, ele assustado virou a cabeça e viu Melissa com uma expressão de dor no corpo, mas muito séria.

Harry também ficou pasmo com o ato de Melissa. Onde estaria a sanidade da garota naquele momento? Aliás, quem em sã consciência além de Harry, desafiava Draco?

-Eu deveria ter opinião não é!? – Gritou Melissa irritada.

Era a primeira vez que todos viam Melissa gritar com alguém irritada.

-Malfoy! – Gritou Melissa muito mais nervosa – Você acha que manda na minha vida!?

-Mas... Mas... – Malfoy ficou branco.

-NUNCA MANDE EM UM HART!

-Mas...

-Nada de “mas”! Eu sou uma pessoa, não um objeto que deve ser usado e descartado em seguida! E se quer minha opinião sobre quem eu vou ficar, eu lhe digo. – Melissa irritada retirou a varinha da mão de Draco e jogou no chão ainda apontando a sua na cara dele. – É com Harry que eu quero ficar!

-Mas... – Draco ficou muito sem jeito, Melissa estava indo embora. – MAS O QUE AQUELE IDIOTA TEM?

Todos se calaram no mesmo momento. Melissa se virou depressa e Draco engoliu seco.

-Uh-oh, ele não devia ter falado isso – Disse Gina do lado de Rony – Mulheres odeiam essa pergunta.

-Lembre-me disso quando eu for brigar com a Mione – Murmurou Rony.

Melissa jogou sua varinha no chão e acertou um soco em Draco que caiu no chão.
Harry ficou realmente espantado com a atitude de Melissa, era a primeira vez que ele a vira fazendo aquilo, realmente fora engraçado, se não fosse o fato de ver Draco se contorcendo no chão gritando ajuda. Todos os alunos da Grinifória caíram no riso.

-É isso o que acho! – Berrou Melissa irritada.

-Ai! – Disse Gina contraindo um olho, mas rindo – Belo soco!

-Obrigada – Disse Melissa limpando as mãos – vamos voltar para o treino?

Harry ficou pasmo com o que Melissa fizera. Era a primeira vez que uma garota brigava por causa dele. Tecnicamente, era realmente a primeira vez que ele estava com uma garota e ainda não havia levado um tapa ou algo assim.

-Ai meu olho! – Exclamou Draco resmungando no chão – Não estou vendo nada! AHHHHHHHH!

-Vamos te ajudar – Dizia Crabbe descendo de sua vassoura.

-saia daqui seu idiota! – Berrou Draco levando a mão no rosto que estava com um filete de sangue escorrendo – Vamos embora, chega de treinos!

-Certo Capitão! – Disseram os outros jogadores.

-Legal, o Malfoy é o capitão – Riu Fred – vai ser interessante vencê-lo.

Melissa sorriu para Harry e pegou sua mão.

-Vamos Harry! Vamos treinar de novo!

Harry pego de surpresa acabou tropeçando. Ele tentava acompanhar o passo de Melissa, mas era difícil correr com alguém tão espontâneo e cheio de energia.

-Opa! Calma! Não corre tanto assim Mel! – Gritou Harry a acompanhando.

Rony e os demais riram da cara de Draco e voltaram para o treino que seguiu normalmente.

-Professor, eu deveria dar uma advertência á Hart. – Disse Minerva preocupada – Ela agrediu um aluno.

-Não senhora Minerva. – Disse Dumbledore escondendo um sorriso – Você não reparou, mas acho que Harry está crescendo.

-O que disse Professor?

-Harry. Ele tem uma namorada que cuida apenas do que lhe pertence... – Comentou Dumbledore não escondendo alegria.

-Notei um semblante paterno no senhor. – Minerva dera um pequeno sorriso.

E era mesmo. Dumbledore não podia esconder que se sentia como um pai para Harry.

-PROFESSOR! – Gritou Minerva de repente, ela apontou para a entrada do estádio.

Três vultos negros estavam se aproximando do gramado onde os jogadores da Grifinória estavam, tudo á sua volta ia murchando.
Era um frio que parecia ser parecido com a morte. Levava tudo que era feliz e ainda por cima, congelava tudo á volta.

-Harry... – Babulciou Rony ao ver aquilo.

Harry sentiu algo estranho percorrer seu corpo, um frio estranho que ele conhecia muito bem – Escutava o grito de sua mãe e de seu pai – Tudo aquilo... Era um Dementador.

Sabia que a sensação de escutar os gritos, escutar pessoas suplicando e... Vendo a cena em que Cedrico morrera.

Ele olhou para os lados e viu que todos os jogadores da Grifinória estavam se encolhendo de frio ou de medo.
Fred e Jorge estavam sentados no gramado, pálidos e sem poder se mover. Gina e Rony estavam de pé, mas muito brancos, pareciam ver coisas horríveis. Amanda estava caída no chão tremendo de frio com fumaça saindo de sua boca.

Melissa que até então estava do lado de Harry, caiu sentada no chão se abraçando por causa do frio.

-O... Que é... Isso? – Disse ela rangendo os dentes. – Eu...

-Caraca... Dementador... Aqui? – Murmurou Rony – Não...

-HARRY! – Gritou Hermione de longe, ela parecia não ter sofrido o efeito do dementador – USE O PATRONO!

Harry concordou com a cabeça, sabia que se não fosse rápido, seus amigos poderiam ficar desmaiados ou pior, receberem o beijo de um deles.
Nem em seus pirões pesadelos ele ia desejar ver Rony, Gina ou até mesmo Melissa perdendo a alma.

-Harry... – Melissa Murmurou, ela estava quase desmaiando.

Harry puxou sua varinha e apontou para um deles.

-Legal, vou ter que enfrentar três agora... Eles se multiplicam! – Ironizou Harry tentando esquecer o medo e pensando em algo feliz – Expecto... Patronum!

Um pequeno fiapo branco saiu da varinha, Harry contraiu os lábios. Não estava gostando da coisa.

-Ah, mais legal ainda...

-E agora Professor? – Perguntou Minerva preocupada.

-Não podemos usar um patrono daqui Minerva, é arriscado acertar um dos alunos lá no campo... – Disse Dumbledore realmente frustrado – Harry tem que mostrar que pode vencer 3 Dementadores.

Harry tornou a fechar os olhos tentando esquecer que um deles estava próximo de Rony.
Ele se lembrou do beijo no Salão Comunal, definitivamente era uma lembrança feliz. Mais uma vez ele ergueu sua varinha.

Se isso não funcionasse, ele estaria muito ferrado.

-EXPECTO PATRONUM! – Bradou Harry pensando com força naquela lembrança.

Um veado irrompeu da varinha e acertou o primeiro dementador jogando-o para trás.
Pelo menos Harry já se sentia melhor, mas então ele notou que um outro Patrono tomava forma, ele tinha a forma de um unicórnio. Harry se virou e viu Melissa tentando se erguer e segurando sua varinha.

-M-Melissa? – Harry se espantou com aquele ato.

Mais um surgira, era uma lontra atacando o terceiro, desta vez era Hermione lançando a magia.

-Achou que eu não iria treinar o Patrono? – Disse a garota se aproximando de Harry.

Rony e os demais se erguiam do chão ao ver os Dementadores irem desaparecendo por completo dando lugar á um belo pôr-do-sol.

-Vocês estão bem? – perguntou Jorge se erguendo do chão – Caramba! Essa foi por pouco.

-Foi... – Apoiou Fred com fervor ao se erguer – Odeio esses monstros!

-Agradeça que não fomos beijados! – Rony disse tendo calafrios.

Dumbledore e Minerva chegavam correndo perto dos alunos enquanto Pomfrey chegava com uma caixa de remédios.
Harry se sentou no chão, ofegando, enquanto Melissa estava sentada próxima á ele, parecendo ter visto um fantasma.

-Foi por pouco Harry – Disse Hermione – Quase que não conseguimos evitar estes Dementadores.

-É – Confirmou ele – Como eles entraram aqui? Achei que o Dumbledore estivesse com vigias em todo o canto!

-Bem, parece que é isso que ele está vendo agora – Disse Hermione apontando o professor que estava no alto da arquibancada e parecia estar bem aborrecido – Vamos conversar com ele?

-Só se for agora – Disse Harry se erguendo e deixando Melissa sentada – Vamos então?

-Beleza!

A dupla saiu correndo em direção das arquibancadas. Precisavam tirar aquele ataque á limpo.

Se Harry estava com medo? Isso nem poderia ser explicado naquela hora... Ele sentia raiva por quase não ter podido salvar Melissa de um desses monstros e ainda mais agora que ele sabia que Dementadores podiam ir e vir com liberdade em Hogwarts, a coisa estava ficando realmente feia.

Tudo por causa dele. Voldemort.



Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.