Difícil Escolha



Capítulo Sete – Difícil Escolha

Hermione “dormiu” novamente na casa de Harry e pela manhã eles foram juntos para o Ministério da Magia. Harry estava sendo ainda mais carinhoso com ela durante o tempo em que estavam passando juntos. Ele sempre preparava o café da manhã, fazia de tudo pra que ela ficasse bem...

Hermione decidiu que, mesmo que morresse dali a dois dias, ela iria fazê-lo o homem mais feliz do mundo. Era tão injusto que ela pudesse ficar tão pouco tempo com ele. Agora ela não mais pensava em outra coisa que não fosse ele.

Harry encostou Hermione contra a parede do elevador antes deles chegarem ao andar dela e deu-lhe um beijo profundo e apaixonado.

- Me encontra às onze e seis pra uma rapidinha na minha sala. – disse ele, beijando o pescoço de Hermione enquanto a porta do elevador se abria. Ela apenas sorriu maliciosamente.

- Te amo. – disse ela, e desceu do elevador.

Hermione achou estranho o grande silêncio que tomava conta de seu andar. Foi andando desconfiada e, ao chegar em sua sala, colocou sua pasta em cima da sua mesa. Como de costume, ela foi até a sala do seu chefe, o Sr. Bourdon, para lhe dar bom dia e receber suas instruções.

Agora sim tudo estava mais confuso ainda. Nem mesmo seu chefe havia chego! O que estaria havendo? Será que foi decretado algum tipo de feriado e ela não ficou sabendo? Foi quando ela tomou, com certeza, o maior susto de sua vida. De repente, todo mundo saiu de dentro de uma sala ao lado, cantando parabéns!

- Hermione! Eu não acreditei quando eu soube! – disse Rebecca, uma colega de trabalho dela. Rebecca chegou mais perto e a abraçou. Simplesmente a abraçou.

- Posso saber o motivo da comemoração? – perguntou Hermione, confusa.

- Você foi aceita na escola de aurores! – disse o Sr. Bourdon.

Aquilo foi como um baque para Hermione. Ela tinha sido aceita! Finalmente realizaria seu maior sonho! Não cabia em si de tanta emoção e felicidade. Tudo que viveu para se tornar aurora tinha valido a pena.

- Diz alguma coisa! – disse Rebecca, ainda abraçando-a.

- Eu não sei nem o que dizer! – disse Hermione – Isso é tão... Perfeito!

E realmente era. Os últimos dias haviam sido mágicos e perfeitos. Saber que ela poderia realizar seu sonho foi a melhor noticia que havia recebido. Afinal, se ela se tornaria aurora, o profeta havia errado na sua previsão. Ela ainda podia se lembrar dele dizendo:
“Marque o que eu vou dizer: O time do seu namorado vai perder por 230 a 200 no próximo jogo. Um terremoto vai acontecer nessa madrugada, perto de Briston e você não vai conseguir ser uma aurora. Se eu tiver errado alguma coisa, pode ter certeza de que não vai morrer na quinta que vem”.

O profeta tinha errado. Ela conseguiu ser aurora e isso significava que ela não mais morreria na quinta-feira.

- Oh, meu Merlin! Isso é maravilhoso! – disse, parando pra pensar em tudo.

Pessoas não paravam de chegar e cumprimentá-la. Hermione estava no céu. O resto da manhã passou muito devagar, pois ela não via a hora de encontrar com Harry e contar a novidade. Ele ficaria tão feliz por ela...

Ela “saiu correndo” da sua sala quando o relógio marcou onze e cinco. Desceu até o ultimo andar do Ministério e foi até a sala de Harry (N/A: Eh, ele tem uma sala só pra ele! Gente foda é outra coisa!). Entrou silenciosamente e o encontrou sentado em sua mesa, examinando alguns papéis. Ficou observando-o por alguns minutos e pode ver que ele não estava prestando a mínima atenção nos documentos. Seus olhos não saiam do lugar e sua expressão parecia cansada.

- Harry?! – chamou ela.

- Parabéns... – disse ele sem emoção, sem ao menos olhá-la. Hermione estava ficando preocupada.

- Você não pareceu achar tão bom... – disse Hermione, se aproximando.

- Porque não acharia? – disse, cínico.

- O que você tem, meu amor? – perguntou ela. – Está tão frio e distante...

- Não foi nada – continuou usando o mesmo tom – Apenas o fato de que vai me abandonar novamente. – Harry ergueu os olhos. Seus lindos olhos verdes não pareciam mais tão lindos.

- Eu não havia pensado nas coisas por esse lado... – disse Hermione.

- Oh, sim. – exclamou Harry – Sempre pensando em si mesma e me deixando de lado.

- Sabe que não é verdade! O que você tem hoje?

- Apenas não quero que você vá! – disse ele, levantando-se da cadeira. Hermione nem ao menos sabia o que falar. Só pode ver Harry se aproximando dela e encarando-a profundamente. E, pela primeira vez, Hermione não entendeu seus olhos verdes.

- Eu também não quero me separar de você. – disse ela, encontrando palavras. – Não depois de tudo.

- Hermione, por mais que você não queira, vai ter que decidir. Ou fica aqui comigo ou vai para a escola de aurores. – disse Harry.

O que era aquilo? Algum tipo de ameaça? Harry não costumava ser tão possessivo assim. O que estaria acontecendo? Uma idéia veio à mente de Hermione.

- Você não pode ir comigo? – perguntou. – Seria fácil pra você arrumar um cargo lá...

- Por favor, Hermione! E eu trabalharia em quê? Professor? – zombou ele. – Eu não me formei como auror para me submeter a esse tipo de coisa!

- Eu entendo, mais pensei que ao menos poderia ir me visitar de vez em quando...

- Sabe que não. Se você for, não vou te dar uma terceira chance.

- O que é isso, Harry? Deu pra mandar em mim agora?

- Não, apenas te amo demais pra te perder! – disse ele – Porque eu poderia abandonar minha vida, minha casa e meu emprego e você não poderia largar essa vaga nessa maldita escola?

- Um relacionamento é feito de doações! As pessoas se doam para o bem das que amam! O nosso sonho é ser auror e você já realizou isso! Custa me deixar fazer isso agora? – disse Hermione. Ela mal acreditava que estava tendo aquela discussão tão inútil com Harry. – Além disso – continuou – O senhor sabe como é difícil arrumar uma vaga na “maldita” escola.

- Já que um relacionamento é feito de doações, dou-se também! Eu estive ao seu lado enquanto você estava com aquela idéia maluca de que iria morrer! Só que a minha vida não gira em torno de você!

- Mais a minha vida girou em torno do “menino-que-sobreviveu” durante sete anos! Não me diga que esqueceu? – disse Hermione. O tom dos dois estava se alterando sem que eles percebessem e já haviam pessoas vindo ver o que estava acontecendo.

- Não, eu não esqueci, Mione. – disse ele, baixando o tom ao perceber que estava quase gritando. Olhou para as pessoas do lado de fora e gritou: - ESTÃO OLHANDO O QUÊ? – A maioria delas voltou as suas salas. – A questão não é quem se doou mais ou quem se doou menos. Estamos falando do que nós queremos. E eu, decididamente, não posso e nem quero sair de Londres.

- E posso saber porque você não pode sair daqui?! Só não me diga que é por causa da casa e do emprego, pois sabe muito bem que você pode comprar outra casa e ser transferido! – disse Hermione.

- Não é isso. Eu fiz uma promessa e costumo cumprir o que eu prometo. – explicou ele.

- Oh, é claro! – disse Hermione, como se lembrasse de algo que era óbvio. – Como eu pude me esquecer da Catherine? – elevou o tom de voz.

- Quer saber? É exatamente por causa dela que eu não posso ir com você! Em consideração a ela!

- Eu devia ter percebido que vocês tinham um caso.

- Não diga bobagens, Hermione. Eu prometi a ela, antes do nosso filho morrer, que eu nunca a abandonaria! Ela foi maravilhosa comigo e até hoje é uma grande amiga! O que nós tínhamos que ter já tivemos.

- Eu não acredito. Por que outro motivo você ia querer ficar perto dela se não fosse pra ter um caso?

- Cansei disso...

- Não mais que eu. Eu jamais esperava que você não me apoiasse.

- Não é que eu não te apóie, eu somente quero que você não me abandone mais.

- Quem está abandonando alguém aqui é você. O que é isso, algum tipo de vingança?

- Cala a boca! Você só está dizendo bobagens! Melhor terminarmos tudo. Aí você vai para aquela droga de escola, eu continuo aqui e ficamos bem. Eu fui muito burro em pensar que teria um pouco de você pra mim.

- Eu sou a burra em acreditar que Harry Potter, o garanhão, deixaria de pegar todas pra ficar comigo. É claro que você só se aproveitou! Era a oportunidade perfeita, não era?

- Por Merlin, do que é que você está falando?

- Agora ele se faz de tonto! – disse ela, mais para si mesma do que pra ele. – Agora eu já entendi todo o “planinho estúpido”.

- Não existe nenhum “planinho”. A não ser que você ache que eu planejei te amar.

- Não me venha com essa de que me ama. Você não ama ninguém. Aposto que ficou feliz quando soube que eu morreria! Me consolou e ficou comigo apenas por interesse! Eu não posso acreditar que caí nessa.

- E posso saber com que interesse eu iria ficar com você?

- Oras, para dormir comigo! Eu ia morrer mesmo, não é? Você nunca mais me veria de novo e não teria que ficar “amarrado” a alguém.

- Olha só o que eu tenho que ouvir... – exclamou Harry, incrédulo.

- Não se faça de ofendido!

- Não tenho que me fazer de ofendido, pois tenho todo o direito de estar! Você mesma disse que dedicou sete anos da sua vida a mim... Como pode pensar algo assim?

- Francamente, Potter. Achou que eu não fosse descobrir?

- Está louca, Hermione.

- Posso até estar, mas você ainda vai se arrepender muito de ter abandonado a louca aqui. – disse ela, com lágrimas nos olhos.

- Eu sei que vou. Assim como sei que te amo mais que tudo e não posso viver sem você. Mas se você não confia em mim e tem a capacidade de pensar tudo isso que disse agora de mim, eu acho melhor eu te abandonar mesmo.

- Harry, eu realmente não queria morrer sem o seu perdão.

- Mais que droga, você não vai morrer! E mesmo que morra, eu não tenho do que te perdoar.

- Tudo bem, então. Espero que seja feliz, Harry. Do fundo do meu coração. – disse Hermione. Ele assentiu. Ela foi até a porta, abriu-a e se virou – Poderia me... Abraçar?

- Poderia me beijar?

Hermione sorriu e se aproximou dele. Harry deixou escorrer uma lágrima pela sua face, mas ela se manteve firme e não soltou uma só lágrima. Ele passou os dedos pela sua face alva, um pouco rubra por causa da discussão e a beijou carinhosamente. Hermione guardaria esse beijo pra sempre, estando morta ou viva. Depois daquilo, ela se afastou dele e saiu da sua sala sem dizer uma só palavra.

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N/A: Nhaaa.. eu perdi totalmente o meu jeito pra escrever comédia... Só to escrevendo drama ultimamente. Mais eu prometo que no ultimo cap. eu vou colocar bastante comédia! Mais vai ficar bem mais fácil, pq eu vou tentar encaixar o Malfoy em algum lugar...
Ah, no final das contas a Catie acabo separando eles, mesmo q sendo de longe, vio Binha? Vo conta um segredo pah vcs: A Catie ainda gosta do Harry! E ainda vai tentar fica com ele... o_O
Beijos p/: Tami, Pink, LiLa, Re, Binha e Mari Gallagher (v c atualiza “Contra a Parede”, vio?!) Adoro vcs, meninas!!
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