O Que Realmente Quero



Capitulo Quatro – O que realmente quero

Hermione simplesmente “obedeceu” o namorado e foi trocar de roupa. Colocou uma daquelas roupas que geralmente usava para trabalhar e entrou no carro, um pouco contrariada. Afinal, Hermione Granger gostava mesmo de ficar em casa. Não do jeito que estava quando Rony a encontrou, e sim ouvindo alguma música clássica e fazendo ginástica.

Ela compreendia que ele se assustara quando a encontrou ouvindo rock e comendo até a morte, mas ele também tinha que entender que ela só tinha mais alguns dias de vida. O profeta estava certo, Harry estava certo... A vida dela não era nenhum mar de rosas e, agora que ela descobriu que morreria, queria viver mais do que nunca. Percebeu que a vida era muito mais do que o que ela estava fazendo com a sua.

Seus pensamentos “filosóficos” pararam quando Rony estacionou o carro. Hermione não prestou muita atenção no caminho, portanto, não sabia onde estavam. Ela apenas reconheceu as luzes. Estavam num campo de quadribol, o campo secreto dos Chudley Cannons.

- Posso saber o que estamos fazendo aqui? – perguntou Hermione, sendo arrastada para os vestiários.

- Vai ver, Mionezinha. – disse Rony. Ele abriu o seu armário e tirou duas vassouras e um bastão de batedor. Agora sim Hermione estava mais desesperada ainda. Ela odiava voar e odiava ainda mais os balaços. O que ele pretendia?

Rony carregou Hermione novamente até o campo coberto. Ela tinha certeza que ele ia cometer uma loucura, mais achou melhor não contrariá-lo, afinal, ele estava em vantagem física e psicológica. O rapaz montou a sua vassoura e disse para Hermione fazer o mesmo.

“Espera um pouco! Para tudo!” pensou ela, após obedecer Rony novamente. “ Que diabos eu estou fazendo em uma vassoura? E porque eu estou aceitando ordens? EU SEMPRE MANDEI NA NOSSA RELAÇÃO!

- Ronald Weasley! Posso saber o que você pretende? – gritou Hermione.

- Eu quero te curar, Mi. Você não pode estar bem... – disse ele, sobrevoando uma Hermione medrosa por causa da altura.

- Quer dizer que toda vez que eu tiver uma crise, se é que eu vou estar viva pra ter uma crise, você vai me ajudar me trazendo em um campo de quadribol? – perguntou ela, indignada.

- Sim.

- Eu não acredito que eu ouvi isso.

- Toda vez que eu estou com problemas eu venho aqui e treino até me acabar. É muito bom fazer isso, Mione.

- Rony, será que dá pra você DESCER AQUI E FALAR COMIGO OLHANDO NOS MEUS OLHOS? – gritou Hermione, cansada de ter que virar o pescoço para ver o rosto do namorado. Ele percebeu o quão grave a situação estava e desceu, parando em frente a Hermione. – Me olhe nos olhos – continuou ela. – E me diga o que você sente por mim.

Ele foi pego de surpresa com a pergunta. Hermione gemeu ao ver a cara que Rony fazia enquanto pensava. Era incrível como ele nunca mudava.

- Bom... – começou o ruivo. – Eu acho você muito gostosa. – concluiu. Hermione arregalou os olhos e ficou boquiaberta. Sabia como Rony era desajeitado pra falar de sentimentos, mais nunca achou que ele falaria isso.

- É isso que vai manter nós dois juntos pra sempre se nós nos casarmos? – perguntou ela. Ele pensou novamente.

- Não... Quer dizer...

- O que você vai fazer quando eu tiver cinqüenta anos e estiver super caída? – perguntou Hermione.

- Não é só isso que nos une, Mi. Eu gosto de você, nós nos damos bem, nós nos conhecemos há tanto tempo...

- É ISSO QUE NOS UNE? – gritou Hermione. – EU NÃO POSSO ACREDITAR, RONALD! Eu desperdicei o pouco de vida que me restava com um cara que só quer saber se eu sou gostosa ou não!

- Não desperdiçou nada. E não é o pouco tempo que lhe restava. Você ainda tem muito tempo. E vamos passar esse tempo juntos! Eu prometo que nunca mais...

- Não precisa prometer nada, Rony. Tudo está bem claro pra mim agora.

- Mione... – disse ele. Houve uma pausa na qual a garota ficou olhando para o rosto inexpressivo dele. – Eu gosto muito de você. Quer casar comigo?

Hermione respirou fundo. Agora ela fora pega de surpresa. Não sabia o que responder. Se ele tivesse feito esse pedido a uma semana, antes de ela saber que morreria, antes de ela rever Harry, Hermione com toda a certeza teria dito que aceitava. Mais agora que ela reviu Harry, que sabia que Rony não gostava tanto dela como ela pensava e que sabia que só tinha mais alguns dias de vida, a resposta estava bem mais difícil de ser encontrada.

Tinha que escolher entre viver os seus últimos dias em um campo de quadribol ou vivê-los com Harry (sim, agora Hermione admitia que gostava de Harry um pouco mais do que como amigo), seu novo porto seguro.

- Não, Rony. Eu não posso me casar com você. – decidiu-se ela. Estava tudo mais claro do que nunca: Ela sempre foi infeliz e agora tinha a chance de ter a felicidade, por menos tempo que fosse. E essa felicidade não seria ao lado de Rony. – Eu gosto muito de você, mais não o amo. E tenho certeza que você não me ama também.

- Eu não sei o que amor. Mais o mais próximo disso é o que eu sinto por você. – disse Rony com os olhos marejados. Hermione sorriu pra ele.

- Tenho certeza que vai ser feliz com outra. – disse ela. – Até mais, Rony. Depois eu passo no apartamento e pego minhas coisas.

- Isso é o fim?

- É.

- Mais pra onde você vai?

- Vou ser feliz, Rony. Vou ser feliz – disse ela, antes de aparatar. A bela mulher já sabia pra onde iria. Iria para o lugar que lhe dava mais calma, mais conforto e mais bem-estar: a casa de Harry Potter. Ela chegou e tocou a campainha. Novamente se surpreendeu com a imagem do belo homem alto, com os olhos mais verdes da face da terra.

- Mione! Entra! – disse Harry - O que faz aqui? – perguntou ele, sorrindo.

- Eu terminei com o Rony! – disse ela, um pouco mais feliz do que se esperaria de uma pessoa que tinha acabado de terminar uma relação.

- Sério? – perguntou Harry com uma sombracelha erguida. – E por quê?

- Ele não me ama. E nem eu o amo.

- Terminou por minha causa?

- Você nunca deixa de ser convencido?

- Só quando as pessoas admitem que eu sou o melhor em tudo. – disse.

- Eu admito que você é o melhor em tudo. – disse Hermione. Harry fechou a porta da sala imediatamente.

- Finalmente descobriu que você nasceu pra mim, Mione?

- Eu sou mais velha. Ou seja, você nasceu pra mim. – disse ela.

- Acho melhor você se afastar de mim. Já está ficando pior do que eu. – disse Harry, sorrindo.

- Eu não quero me afastar. Não agora.

Harry não disse mais nada. Apenas foi se aproximando cada vez mais dela, até poder segurar sua cintura e puxá-la para mais perto. Seus lábios foram se aproximando e se uniram num beijo muito esperado por ambos. Cheio de desejo, paixão e carinho. O beijo foi se aprofundando cada vez mais e virou um “desentupidor de pia”. Harry parou de beijá-la e pegou-a no colo.

- Eu esperei por isso desde sempre, sabia? – disse ele, olhando nos olhos de Hermione.

- Sempre quis me carregar no colo?

- Não. Eu sempre quis transar com você de novo. – disse Harry, subindo as escadas rapidamente. Hermione começou a bater em seu ombro, totalmente indefesa.

- Ai, Harry... Me solta.... Vai mais devagar... – dizia ela. Ele jogou Hermione em cima da sua cama e ficou observando-a. – Vai ficar só olhando? – perguntou ela, provocando-o.

- Não. – disse ele, saltando sobre a cama e deitando-se ao lado dela. – Sabia que eu te amo muito pra te perder? – perguntou, com um sorriso de bobo apaixonado.

- Mais vai ter que viver sem mim.

- Não vai ficar comigo pra sempre?

- Vou ficar pra todo o meu sempre.

- Então você ainda vai ter que me agüentar por um bom tempo. – disse ele, beijando-a novamente.

- Eu te amo, Harry.

- Prova. – disse ele, desabotoando as calças. Hermione o olhou com uma cara de desapontamento. – To só brincando. Você me leva a sério? – riu.

- Como você é bobo. – disse Hermione. – Onde a gente estava mesmo?

Harry sorriu maliciosamente e voltou a beijá-la.

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- Acorda, minha dorminhoca favorita!

Uma voz distante acordou Hermione. Ela abriu os olhos e se deparou com a imagem de Harry com uma bandeja nas mãos. Ela sorriu e, lentamente, se sentou na cama.

- Não foi um sonho? – perguntou ela.

- Se foi um sonho, foi o melhor que eu já tive. – disse Harry colocando a bandeja sobra a cama. – Experimente meus ovos com bacon, Mione. Eu sei que você gosta de coisas que não engordam, mais eu não resisti em te engordar um pouquinho.

- Você é muito malvado.

- Hoje eu sou malvado, mas ontem eu era gostoso, lindo, etc., não é?

- Eu te amo tanto – disse Hermione.

- Eu também te amo, Mione. – disse ele, olhando carinhosamente para ela. De repente, sua expressão mudou. – Mais não pense que a gente vai ficar nessa melação o dia todo, não. Hoje é meu dia de folga e você vai me ajudar em algumas coisinhas.

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Hi pessoas!! Ai, meu Deus... Esse cap. fico curtinho, mais eu tinha que atualizar antes que a Pink me mate!! Espero que tenha ficado bom mesmo assim... Bjinhus p/: Pink, Tami, Re, Binha, Lilá e tds q comentarem ou votarem. ADORO tds que comentam. BjO, Tha.

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Comentários (1)

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