Capítulo 27



Humm. Capítulo por enquanto sem título.
Quem tiver alguma imaginação aí pode sugerir um certo?! ^^
Obrigado pelos comentários...
***

Gente me desculpem... Mas é que aconteceu um desastre na porcaria do meu pc. E carinha que concertou isso daqui, teve de apagar TODOS os arquivos (arquivos que eu não havia salvo em nenhum outro lugar¬¬).
E isso significa que eu não tenho o fim do fic AARP (o epilogo, que por sinal, tava tão fofo e gigante...) e que os capítulos que eu havia adiantando de "meu marido, até a poeira abaixar" foram apagados e eu terei que fazê-los novamente (eu to muito P* comigo mesma!).

Ao menos eu tenho este capítulo aqui! Que eu vou postar daqui a pouco, mas preciso exclarecer umas coisas:

1- Eu não sei se esse será o último capítulo (sem contar com o epílogo, é claro);
2- Eu não sei quando vem o próximo capítulo. Estou realmente desanimada para fazer tudo novamente...

E então vamos lá:

Capítulo 27

-Entre - não era alguém que esperava encontrar àquela hora ali, mas ainda assim, conseguiu sorrir e lhe deixar entrar. - Mas... O Harry não está.

-Eu não vim falar com o Harry – ela disse pousando a bolsa que carregava ao seu lado, enquanto sentava-se no sofá.

Hermione sorriu. – Que bom. Então veio aqui me visitar?

-Não fique tão surpresa. Vim para falar com você.

A morena franziu a testa. – Eu não estou surpresa, apenas me mostrei alegre por tê-la aqui.

Gina ergueu a sobrancelha. – Bom, que seja.

Hermione expirou sob esse comentário, confusa com o comportamento da mulher a sua frente. – Aceita alguma bebida? – indagou dirigindo-se à cozinha.

-Não se incomode – retrucou impaciente. – Não é necessário – mas a morena continuou seu caminho a cozinha. – Eu disse que não era necessário.

Hermione virou-se para encarar Gina. – Bom. Mas eu quero beber alguma coisa. Se é possível, é claro – contrapôs rindo-se. Gina se calou desviando o olhar. – Pronto Gina – disse Hermione sentando-se no sofá. – Então agora sou toda ouvidos – falou e logo depois bebericou um pouco do seu chá.

-Ótimo – então, por um momento estudou Hermione. – Por que continua indo para o trabalho com um feitiço?

Hermione arqueou as sobrancelhas. – Porque acho desnecessário que mais pessoas que o preciso saibam sobre a gravidez. Não teria mais paz, principalmente Harry.

-Ah. Bem gentil da sua parte, em relação ao Harry, estou falando. Se fosse outra pessoa, certamente já teria contado para o mundo inteiro que estava esperando um filho do “menino-que-sobreviveu”.

Hermione piscou. – Não é gentileza da minha parte não contar para o resto do mundo que estou grávida, é um desejo meu. Antes de tudo o Harry é meu amigo, e, de modo algum, gostaria de expô-lo a algo que eu sei que ele realmente despreza! E é por isso que sou diferente dessa “outra pessoa” que você citou, eu primeiramente penso em Harry.

Gina ergueu a sobrancelha com sarcasmo. - Eu posso até imaginar.

-Perdoe-me, não entendi o que quis dizer.

-Não é nada, eu não quis dizer nada. Mas diga-me uma coisa – Hermione levantou os olhos esperando que Gina continuasse. – É por isso que Harry está com você?

A morena engasgou com o chá. – Hã?

-Me diga: Harry só está com você por que está grávida, não é?

-Do que está falando? – indagou balançando a cabeça, atordoada.

-Era esse o se plano não é, Hermione? Engravidar do Harry para que ele pudesse ficar com você.

Hermione estava atônita. - Está me ofendendo!

-Era por isso. Você sempre quis o Harry e sabia que pela honra que ele tem, nunca a deixaria nesse estado – continuou sem lhe dar ouvidos.

-Você enlouqueceu. Só pode! Como pôde dizer coisas assim? Eu não sou esse tipo de mulher, está me ouvindo Gina?! Tenha mais respeito quando se referir a mim.

-Mais respeito?! – a ruiva riu sem emoção. – Você o está usando! – disse a olhando com desprezo. - Me admira você, Granger. A melhor amiga dele, o apunhalando pelas costas. E ainda usou o golpe mais antigo e mais baixo que se pod... - antes, no entanto, que pudesse dizer mais barbaridades, Hermione a esbofeteou. Estava sentindo-se completamente ultrajada e magoada com as palavras de Gina.

-Nunca mais – Hermione gritou. – Nunca mais diga isso de mim! Eu pensei que me conhecesse Gina, eu pensei que você, antes de qualquer outro, conseguia apreciar o meu caráter. Mas estive enganada – disse respirando pesadamente. – Eu quero que saia da minha casa – Gina a olhou com raiva, sua mão sobre o lado do rosto em que levara o tapa. – Agora!

-É por sua causa que o Harry não está comigo! – Gina falou secamente. – Ele está contigo por causa da criança que carrega. Se não fosse por isso, - ela disse com sobranceria. – Nós seriamos felizes. Obrigado por ter estragado a vida dele.

-Saia já daqui! – Hermione ordenou, o mais alto que pôde. – Saiu imediatamente!

Lançando-a um olhar enviesado, Gina aparatou. A morena suspirou, caindo sentada no sofá... Nem mesmo percebera que, com a discussão, ficara de pé.
**

Harry sorriu quando abriu porta do apartamento. Aquele era um belo dia, mal podia esperar para Hermione ver o que comprara. “De certo ela ficará encantada” pensou. - Cheguei! - ele esperou alguns segundos, mas Hermione não apareceu.

Foi até a cozinha com a esperança de encontrá-la, mas Hermione não estava ali. Deixou encima do balcão as sacolas com os mantimentos que comprara e logo depois saiu do lugar, iria procurar a amiga.
Fora no quarto onde agora dormiam, nos quartos de cima e não a encontrara... Foi até a biblioteca e não a encontrou, voltou à cozinha e por fim decidiu ir ao escritório. Lá estava ela.

-Você não sabe o quando foi... – as palavras morrendo em sua garganta. Sim. Hermione estava lá no escritório, mas chorava debruçada sobre a mesa de mogno do local. – Mione? O que houve?

A morena apenas o olhou por um minuto, com lágrimas nos olhos, em seguida desviou o olhar para a mesa e suspirando, fechou os olhos com força tentando, sem sucesso, parar de chorar...

-Hermione, por favor. O que houve? O que está havendo? – insistiu preocupado.

-Estou atrapalhando sua vida – afirmou secando o rosto com força.

Harry a encara sem ação. – Por Deus, Mione! Do que está falando?

-Você não precisa estar comigo para me apoiar Harry – ela disse seriamente, mesmo sem conter os soluços e mais lágrimas. – Além do mais, eu não preciso de você para nada Ok?! – Hermione quase gritou.

O homem realmente estava ficando preocupado. – Mione, do que está falando?

-Eu sei de tudo, Harry. Não precisa mais fingir. Sei que ama a Gina e só não está com ela por eu estar grávida. E talvez, também, tenha lembrado que metade disso tudo por aqui é seu! – disse apontando para o ventre.

Harry estava estupefato. – O que? Eu o que? – não poderia ser mais um daqueles ataques depressivos que Hermione algumas vezes tinha. Porque em todas as vezes, sem exceção, ela chorava apenas por chorar, isto é, sem motivo aparente. Nesse caso, contudo, ela lhe pareceu bem convicta sobre o que estava falando. – Mione, eu não amo a Gina!

Mas ela não o ouviu ou talvez tenha feito questão de ignorá-lo... Porque depois gritou a plenos pulmões que nem ela nem o seu filho - Hermine ressaltou estar parte, dizendo “meu filho”. – precisavam dele, Harry, para nada. Disse também que o moreno poderia concretizar seu amor, pois não iria interferir. Porque não tinha motivo algum para fazê-lo.

Harry balançou a cabeça em estado de choque. A esta altura Hermione já estava de pé, apontando o dedo para seu rosto, no tom que ela achou ser bem ameaçador.

-O que você usou? – indagou incerto. Talvez Hermione, pudesse ter ingerido, por engano, dois antidepressivos ao invés de duas aspirinas para a dor de cabeça que sentira pela manhã. E estes dois antidepressivos podem ter causado o efeito inverso nela.

Hermione o ignorou categoricamente e continuou a falar o que Harry considerava totalmente fora de área. A morena gritava que ele podia ficar com Gina, pois nem se importaria – quando seus olhos, mais precisamente suas lágrimas, desmentiam tudo. – dizia que não precisava e nem queria estar ao seu lado quando sabia que ele preferia a presença de outra pessoa.
E coisas, que para ele, eram sem noção alguma, como: “Se você não quer essa responsabilidade de ser pai, tudo bem” ou “Mesmo parte disso sendo de sua responsabilidade, entendo que talvez seus planos sejam outros...”.

Harry parou. Não queria ouvir. Principalmente quando e porque aquelas frases o feriam muito. Ele se forçou a ficar calmo, mas desta vez, não obteve sucesso, tanto que quando percebeu, suas mãos estavam nos braços de Hermione, apertando-os e a sua vontade era de chacoalhá-la, mas não o fez.

-Por Merlim! O que está dizendo? – perguntou roucamente. – não repita isso nunca mais, está me entendendo?

-Você está me machucando – ela disse apenas, recusando-se a olhá-lo nos olhos.

Ele fingiu não tê-la escutado. – Ouviu o que disse?

A morena não estava disposta a ceder quando olhou para ele. – Harry, você está me machucando! – ele a soltou relutante.

-O que deu em você?

Ela o encarou com incredulidade – O que deu em mim?

-Exatamente – suspirou cansado. – E o que a Gina tem a ver com isso?

-Você a ama.

O moreno piscou. – Não. Eu não a amo.

-Você não preci-

O homem a interrompeu. – Se estou dizendo que não amo a Gina, é porque não amo, Hermione – disse erguendo a sobrancelha. – Eu não posso.

Hermione riu sem emoção. – Não pode?

-Foi o que ouviu. Eu não posso. E sabe o por quê? – a morena o olhou cruzando os braços, esperando que continuasse. – Porque, como eu poderia olhar para Gina se não a compreendo? Como posso me apaixonar pelo que acho que ela pode ser? E, principalmente, como posso amá-la se tenho você ao meu lado?

Hermione prendeu a respiração. Ela queria saber mais sobre o que Harry dissera, mas não o fez. – Besteira! V-você a ama.

-Merlim! O que tem a Gina? – Harry expirou e sentou na poltrona de fronte a Hermione. Aquilo lhe pareceu que iria durar mais um pouco. – O que te leva a crer que amo a Gina?

A morena o fitou. – Talvez porque você a tenha beijado. Ou talvez, porque tenha ao longo destes sete meses, tido inúmeros jantares com ela.

-Não sabia que se importava...

Ela piscou. – Eu não me importo.

-Além do mais, se fosse assim, estaria apaixonado por meio mundo.

-E também – disse ela, sem lhe dar ouvidos. – porque aos dezessete você esteve apaixonado por ela.

Harry fechou os olhos por um instante – Eu já lhe expliquei isso. Nem tenho certeza se estive realmente apaixonado por ela naquela época!

-Ou quem sabe – ela insistiu. – ainda esteja enganado? E a ame de verdade.

Harry a fitou com incredulidade - Você não ouviu nada do que lhe disse? – perguntou nervoso. – Se usasse um pouco mais da percepção que eu sei que tem, saberia o que estou dizendo. O que estou tentando dizer – ele suspirou. - Perceberia que estou completamente... completamente apaixonado por você. Só por você.

Hermione o encarou, emudecida pela surpresa. – O que está dizendo? – perguntou lentamente, certa de que ouvira errado.

-Disse que amo você – falou devagar, sob olhar fixo dela.

Então ela riu, gargalhou na verdade, mas era mais pelo nervosismo do que por qualquer outra coisa. – Você não deveria brincar assim – retrucou assim que se recompôs. – É muito cruel da sua parte – continuou desviando o olhar.

O moreno baixou a vista, uma de suas mãos perpassando sua cabeça, um inicio de cefaléia o perturbando, estava exausto.
De repente, Harry se levantou e se dirigiu até a mulher, que permaneceu imóvel. Ele aproximou seu rosto do dela, até que quase não restasse espaço entre eles. – Não estou brincando - sussurrou cravando seu olhar no dela. – É tão difícil assim acreditar que alguém possa te amar? Que eu possa te amar? - Hermione fechou os olhos, sentia a respiração ofegante do homem misturar-se com a sua, que em contraste, era quase inexistente... – Como posso provar que não estou brincando, se nem em meus olhos você olha, garotinha? – indagou rouco. Sua mão a meio caminho de tocar a face dela, mas ele parou a centímetros do mesmo. – Minha garotinha...

A morena abriu os olhos, Harry já não a encarava. Quando olhou para o lado, a mão dele estava ali, tão próxima, mas nem ao menos a tocava...
Aquela mesma mão voltava, agora, ao lugar - Como se perdesse vida. Caindo e caindo devagar, voltando ao lugar.
Era como se Harry estivesse desistindo.

Antes que chegasse até o fim, Hermione a segurou e a depositou em seu rosto, sob a sua própria. – Por favor... Não faça isso - murmurou. - Apenas... Apenas diga novamente.

Harry respirou fundo, afastando-se da mulher. – Em todos esses anos, nunca havia reparado no quão importante você foi e é para mim, eu nunca a havia notado, na verdade... E me arrependo por cada segundo agora. Em todos esses meses, quando a tinha ao meu lado, não havia motivo algo que me fizesse mudar de humor... “Serei pai!” Eu pensava fascinado – ele pausou. – Mas a verdade... Ah, a verdade, é que eu estava embriagado por sua presença. Estava completamente hipnotizado pelo que você era e se tornou para mim... Estava me apaixonando por você, e nem me dava conta... – ele lhe ofereceu um sorriso nervoso. – Antes, eu pensava que não conseguiria viver sem sua amizade e por esse motivo era tão protetor e tinha medo de me afastar de você, mas não é verdade, eu não conseguiria viver é se não a tivesse comigo. Então, descobri, e não faz muito tempo, que sempre, sempre... estive apaixonado por você. Deste que conheci o real significado de “amor” – Harry suspirou. - Não era seu sorriso doce, sua confiança, seu olhar, a mulher que você é ou a pessoa alto-suficiente que você teima em ser... – a morena sorriu incerta. – Era tudo isso e mais... Era a amiga que se doava a mim por inteiro sem medo. Era a criança que eu sempre via por trás de seus olhos reprovadores, que sempre sorria de modo condescendente para mim. Era todo a sua ternura. Era a frieza que me tratava quando não consentia meus atos. Era simplesmente minha garotinha... – Ele pausou mais uma vez. – Você sabe que nunca fui aquele que é o primeiro a enxergar as coisas. Principalmente aquelas que faço questão de não ver... E que, muitas vezes, sou bem devagar nesses assuntos, mas... Só estou tentando dizer que... Ah Merlim – Harry expirou, estava tremente. Então o moreno se revestiu da coragem que sabia ter em algum lugar – Mione, aceita se casar comigo?

Hermione piscou, voltando a realidade.
Harry estava a sua frente – ajoelhado. – com uma caixinha de veludo vermelha e ele a estava abrindo.

-Eu a comprei esta manhã. – explicou. – Era minha intenção algum dia lhe revelar... bom, o meu amor.

Ela soltou uma exclamou de espanto quando viu a linda aliança que se encontrava naquela caixinha. O que podia dizer? Seus olhos encontraram os dele e Harry sorriu muito incerto. Ela balançou a cabeça negativamente.

–Como poderia recusar seu pedido, Harry? Você ainda não percebeu? Eu amo você, Harry James Potter – a morena fechou os olhos, uma lágrima perpassando por seu rosto. – Adoraria ser a sua esposa - murmurou abraçando-o assim que o homem pusera-se de pé.

Harry segurou seu rosto, lhe beijou a testa e depois a boca. Para, só então, colocar a aliança em seu dedo.
Sorrindo, Hermione o beijou mais vez. A criança em seu ventre mexeu, como se compreendesse e quisesse demonstrasse grande felicidade.
**
(continua)
**
Oie! Espero que tenham gostado!
Para ser franca, eu não gostei muito do capítulo não... Paciência não é mesmo?! Sei lá, achei meio (ou completamente) sem noção a parte da Gina e Hermione e depois também...
Desculpem os erros. Obrigado novamente pelos comentários!



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