Pós Queda!



Harry se encontrava em seu dossel, no salão comunal de sua casa. Após um longo período de sono, Harry, desperta ao escutar um sussurro em seu ouvido, sussurro este bastante familiar que logo deduziu ser de Mione.

- Harry, acorde! - insistia ela, porém, o garoto permanecia deitado, sem se mover, na esperança que ela o deixa-se dormindo por mais tempo.

Sem resultado Harry teve de se render à insistência de Mione, então, não tardando, pronunciou rápidas palavras.

- Eu não posso sair agora Mione. - respondeu ele de maneira breve.

- Eu que não posso deixar que você fique deitado nessa cama o dia todo. - e após uma breve pausa continuou. - Todos querem ver como você está, Harry. 

E nesse exato instante, Rony adentra os aposentos; meio envergonhado ao se encontrar com o olhar de Hermione, entretanto, sua dor por tantas perdas era vísivel em seus olhos inchados; contudo, ao mesmo tempo demonstrava um pouco de felicidade, afinal, a guerra havia acabado.

- Então, finalmente acordado Harry. Anda logo, todos querem ver como você está! 

Harry indisposto a contrariar os amigos se levantou, e rumou em direção à porta, não sabia o que esperar, não tinha ideia de quem estaria esperando ele do outro lado da porta. A cabeça do garoto parecia estar prestes à explodir, certamente estranho já que o Voldemort tinha sido derrotado à poucas horas, contudo a dor que jazia em sua cabeça não era em sua cicatriz, sem dúvida era uma dor diferente, uma dor que Harry já sentira algumas vezes. 

No momento, Harry não conseguia parar de pensar nas inumeras perdas, foi como se em segundos lhe tivesse passado toda sua vida como em um flashback, lembrou de sua própria história, se lembrou lamentavelmente da perda de seus pais, seguida da momentânea felicidade ao descobrir a verdade sobre Sirius, da tristeza na morte de Cedrico, seguida pela morte do seu padrinho, e logo depois Dumbledore, e sem esquecer do seu presente, se lembrou das várias perdas que tivera. Como seria o mundo sem Fred Weasley? Como estaria Jorge? Ou melhor a família Weasley inteira? E quando à família de Lupin, o que seria do garoto Ted, agora que seus pais não estarão fisicamente ao seu lado (pois, das diversas dúvidas que Harry tinha nesse momento, tinha ele ao mesmo tempo, uma certeza, Remo e Tonks estariam sempre ao lado de seu filho, assim como Thiago e Lílian sempre estiveram ao seu lado), contudo, sabia e prometerá que estaria ao lado do afilhado não importava o que acontecesse.

Eram tantas coisas passando em sua mente que Harry se sentia perdido, ele não conseguiu escutar nada do que as pessoas lhe falavam, se conseguisse escutar, provavelmente não conseguiria reter tantas informações ao mesmo tempo. Durante um segundo, o garoto decidiu ir até a família Weasley, onde foi seguido todo o caminho por Ron e Mione, pois, estavam todos com os mesmos pensamentos. A distância entre o trio e a família Weasley parecia nunca ter fim, por um momento parecia que Harry estava de volta à Floresta Proíbida indo rumo à morte, com uma diferença, a de ele estar indo em direção à sua própria família, já que, depois de vários anos fazendo parte dela, Harry, se sentia seguro em dizer com orgulho que ao lado deles Harry sempre terá uma família.

Após segundos que pareciam dias caminhando Harry se pos à frente do Sr. e da Sra. Weasley, quando à mesma envolveu o garoto em um abraço caloroso, no qual, para ele significou muito mais do que um mero abraço, significou de certa forma uma redenção pela preocupação que lhes causára durante à busca pelas Horcruxes. Logo após sair dos braços da Sra. Weasley, Harry virou seu olhar para o Sr. Weasley, onde o mesmo estendeu a mão e sorriu. Entretanto, seu maior desafio veio depois, esperava por esse momento desde ter sido despertado mais cedo por Mione e Ron, queria desesperadamente ver Gina.

Desde o sexto ano em Hogwarts, Harry sabia que o amor de sua vida sempre esteve mais perto do que imaginava. E lá estava ele a poucos metros da pessoa que o amou desde o embarque em seu primeiro ano na estação nove, três quartos, porém, inexplicavelmente, ele não consigou fazer mais nada, se não apenas olhar para Gina e expressar um pequeno sorriso, sorriso esse retribuído por Gina que também parecia sem jeito, o que não era normal.

Já n'Toca, Harry se encontrava no quarto com Ron e Mione, já estava lá a algumas semanas e não tinha ideia de como conversar com Gina. Ele precisava necessitar desesperadamente de um conselho de Herminone, contudo, não queria que Rony o ouvisse falar sobre esse assunto, pois Rony, ainda não entenderá o rompimendo dos dois durante o sepultamento de Dumbledore. Felizmente, a oportunidade não tardou à aparecer. Lá debaixo os garotos escutaram o grito de Molly chamando Rony:

- Rony, desça já aqui, preciso que me ajude a arrumar algumas coisas aqui na cozinha. Talvez assim você deixe a Hermione respirar um pouco. - nesse ponto, toda a família sabia do relacionamente de Rony e Hermione, onde por dias, foi motivo de felicidade, e até mesmo de zombaria, principalmente vinda de Jorge, que nunca esperou ver o Roniquinho namorando. 

Após algumas risadas de Harry e Hermione, Rony se despediu e saiu do quarto resmungando:

- Cara, eu nem sou tão grudento assim, as vezes mamãe sabe ser bem má. Bom, já volto!

Harry que não esperou Rony se afastar do quarto logo entrou no assunto.

- Hermione preciso de um conselho. - disse bem rápido, sendo difícil para que Hermione entendesse.

- Acho que já sei do que se trata Harry!


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