Conselhos de Pai.



E, de repente, seus guarda-roupas ficaram vazios, os malões arrumados, o sapo de Neville foi encontrado escondido em um canto do banheiro, as notas foram entregues a todos os alunos, com o aviso de que não fizessem bruxarias durante as férias.

— Eu sempre tenho a esperança de que eles se esqueçam..

Um clarão vermelho e dourado interrompeu o que Fred dizia e Harry sorriu. Seu pai estava ali.

— Oi Garoto. - Tiago disse observando Harry, que estava sentado na cama.

— Oi pai. - Harry sorriu para ele.

— Garotos vocês nos deixariam a sós? - Tiago disse para os outros, que saíram em silencio. - Harry eu quero que me escute com muita atenção. - Ele disse ao garoto sentando ao lado dele.

— O que foi? - Harry perguntou ficando sério.

— Eu quero que você se comporte muito bem na casa dos seus tios, tenta não fazer nenhuma brincadeira, tudo bem? - Tiago segurava os ombros do filhos.

— Tudo bem, mas por que está dizendo isso? - o garoto encarava os olhos do pai, sério.

— Muita coisa vai acontecer esse ano Harry e eu não vou poder ajudar, infelizmente. - Tiago cruzou as mãos sobre os joelhos e olhou para elas ao falar. - Eu só queria que vocês não tivessem que passar por isso.

— O senhor vai me visitar? No próximo ano letivo? Na casa dos Dursley? - o garoto perguntou.

— O feitiço que eu fiz antes de morrer só me permite aparecer em lugares com magia, filho. - Tiago explicou, vendo o filho olhar para baixo desanimado. - Lugares como Hogwarts e Hogsmead. Na casa dos seus tios eu não vou poder aparecer. Mas estarei aqui quando as aulas começarem em setembro. Eu só peço que tome cuidado na casa dos trouxas.

— Eu vou. - o garoto prometeu. - Não farei nada que me coloque em risco ou que faça os Dursley desconfiarem de mim.

— Já me deixa mais tranquilo saber que vai se comportar.

Por um momento Tiago ficou em silêncio apenas observando o filho, depois puxou-o para um abraço apertado. Sentiria falta de seu garoto nesses dois meses de férias e temia por ele, pelo que o garoto passaria naquele ano.

— Acho melhor descer. - Tiago disse ao soltar o garoto e beijar sua bochecha. - Antes que perca o trem.

—Tudo bem. - o garoto sorriu para o pai e saiu correndo do quarto.

—Eu te amo filho. - o homem sussurrou com um suspiro. - Estarei sempre ao seu lado, mesmo que a situação seja difícil demais. Jamais te abandonarei.

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