Na sala precisa



Quando chegou na sala de feitiços, depois da discussão, Hermione se sentiu mal e foi mandada para a ala hospitalar. Madame Pomfrey disse que era porque ela havia passado por fortes emoções, mas que estava tudo bem. Ela foi liberada da aula daquele dia, só tinha a de feitiços.
Enquanto voltava ao salão dos monitores, ela foi barrada por Harry e Rony.
-O que é... O que fazem aqui?
-Mione... Você percebeu o que fez?
-Nada de mais, Rony.
-Ah, então namorar alguém que te desprezou a vida inteira e mudar para a Casa do inimigo é "Nada de mais"? Puxa, você já foi mais inteligente...
-Rony... Tenho mais o que fazer.
-Está há menos de um dia na Sonserina e já se parece com um deles...
-Claro, né Rony!
-Olha, a gente, ou melhor, eu tenho uma proposta para te fazer.
-Que tipo...
-Você na Sonserina até que foi uma boa estratégia. É, porque assim você vai me tirar aquela dúvida...
-Harry, eu...
Eles ouviram uma voz.
-Potter!
-Prof. Snape?
-Tenho um recado do Dumbledore pra você.
Entregou o papel a Harry e saiu dali.
-"Preciso falar com você. Venha até minha sala à tarde, a senha é bomba de caramelo"
-O que será que ele quer?
-Não sei. Olha, não vou poder ficar aqui conversando com vocês, tenho uma coisa pra fazer. Depois você me conta o que Dumbledore queria.
-Tá bem. Até mais, Mione.
Eles saíram dali. Ela entrou no salão dos monitores e ficou ali pensando. Traição iria contra todos os seus princípios, mas era necessário.
Foi então que ela viu, em cima da mesa um papel.
-"Armário sumidouro, Sala precisa, Hogwarts."  O que é isso?
 Ela saiu dali e foi até a sala que ela conhecia bem. Crabbe e Goyle estavam de vigia, para garantir que ninguém entraria ali.
-Hermione, o que faz aqui?
-Preciso falar com o Draco. E não mintam, eu sei que ele tá aí dentro. Vão! Saiam da frente!!
Os dois não ousaram desobedecer. Hermione entrou, a sala estava completamente diferente da que ela conhecera no ano anterior.
-Uau!
-Hermione! O que...
-Esse é o armário sumidouro! Espera... Pra quê você ta...
-Faz parte do plano. O de matar Dumbledore.
-Nossa!
-Você não devia estar na aula de feitiços?
-Eu estava, mas não sei porquê, me senti mal e o Flitwick me liberou. Ah, é, já ia me esquecendo. Quando saí da ala hospitalar, encontrei Harry e Rony. Eles queriam saber sobre essa mudança repentina, da noite pro dia de Grifinória pra Sonserina... E hoje à tarde, Dumbledore quer ver Harry. O porquê, não tenho ideia, mas à noite ele disse que me conta. 
-E se ele não contar?
-Se não contar, com certeza vai contar para o Rony. Com um feitiço simples, eu posso arrancar qualquer informação dele.
-A maldição imperius?
-A própria.
-Olha, estou começando a ficar assustado com você.
-Eu sei, eu sei. A outra opção é colocar veritasserum no suco de abóbora do Potter.
-É, eu acho essa aí menos arriscada...
-Tudo bem, vamos mudar um pouquinho de assunto, o que você fazia?
-Esse é o armário sumidouro.
-Eu sei. O par está na travessa do tranco, não é?
-Como...
-Harry, Ron e eu seguimos você e sua mãe, lá no beco diagonal.
-Vocês o quê?!
-Foi ideia do Harry. Desde aquele dia, ele não para de desconfiar de você... Cabeça dura ele, sabe, tem que saber lidar com as loucuras dele.
-Posso... Te pedir uma coisa?
-Até duas, se estiver ao meu alcance.
-Me dá um beijo?
-Só um?
Ele a beijou.
-Eu te amo.
-Eu também. Draco, você acha que sua mãe vai me aceitar como sou?
-Com ela você não tem que se preocupar. Relaxa, tá?
-Vou tentar. Vem, vamos sair daqui. Vamos andar por aí, até a aula de poções come...
A sineta tocou.
-Vamos... A aula nos espera.
-Acho que lá no primeiro ano o chapéu tinha que ter te colocado na Corvinal, porque nunca vi alguém tão inteligente e fominha de aula em outras Casas...
-Já me disseram isso... Vamos pegar nossas coisas e ir para a aula.
A aula começou com atrasos. Harry teve que pegar um livro no armário, pois não tivera tempo de comprar, tão ocupado estava perseguindo Draco. O prof. Slughorn disse:
-Muito bem. Aqui, tenho três poções, quem sabe me dizer quais são?
O braço de Hermione foi o primeiro a se levantar.
-Muito bem, srtª...
-Granger, senhor.
Hermione foi até o primeiro caldeirão.
-Veritasserum. Não tem cor, nem odor, e força quem a bebe a dizer a verdade.
-Muito bem! Prossiga.
-Esta... É a poção polissuco. Leva um mês para ser preparada, quando estiver pronta, se você colocar algo de uma pessoa, tipo fio de cabelo, pedaço de unha ou até mesmo uma gota de sangue, você se transforma naquela pessoa por mais ou menos uma hora.
-Muito bem!
-E esta... É a amortentia. A poção do amor mais poderosa do mundo. Tem um cheiro diferente para cada um, dependendo do que o atrai. O último cheiro que se sente é o mais profundo da pessoa amada. Eu sinto cheiro de... Pergaminho novo... Grama cortada e... Veneno de serpente misturado a flores...
-Maravilhoso!!! Quarenta pontos para a Sonserina.
-E aquela ali, professor?-perguntou Dino Thomas.
-Esta aqui é uma poção chamada Felix felicis, também conhecida como...
-Sorte líquida.
-Muito bem, srtª Granger! Pois bem, este será o prêmio para quem conseguir preparar a poção do morto-vivo. Receitas na página 10.
Quando a aula estava perto do fim, todos já haviam acabado suas poções e o professor foi passando de caldeirão em caldeirão para testar. A de Simas, explodiu, a de Goyle pareceu criar vida, a de Parvati voou longe...
A única que ficou perfeita foi a de Harry.
-Perfeita! Aqui está, seu frasco de Felix felicis. Use bem. Podem ir, até a próxima aula!
Hermione foi andando com Harry e Rony.
-Olhem, este livro é perfeito. Pertenceu a um tal Príncipe Mestiço. Hermione?
-Não tenho ideia de quem possa ser... Mas posso te ajudar, mesmo de longe.
-Sério? Obrigado, Mione!
-Sim. Agora tenho que ir, hoje à tarde Draco vai me levar na casa dele para conhecer a mãe.
-Como é?? Mione, você enlouqueceu né? O pai dele te odeia!
-Olha pra mim e vê se estou com medo de Lúcio Malfoy, Rony! Talvez, só um pouquinho, mas vou enfrentar isso.
-Você é, mas ao mesmo tempo não é a mesma Hermione... Com mais coragem e astúcia do que quando ainda Grifinória, mas a inteligência continua a mesma. A gente se vê por aí, Mione.
-Obrigada, Harry. À noite, vai lá no salão dos monitores, aí você me conta o que Dumbledore te contou e eu te conto o que aconteceu na mansão.
-Fechado.
-Fui!
Ela foi almoçar.
-Cadê o Draco? Goyle?
-Já almoçou e foi lá no salão da Sonserina. A senha é puro-sangue.
Quando ela terminou de almoçar, foi para o salão dos monitores se preparar psicologicamente para um possível reencontro entre Lúcio e ela.

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