Expresso de Hogwarts



Capítulo 1 – Expresso de Hogwarts

O Expresso de Hogwarts ganhava velocidade. Lílian Evans e Remo Lupin, os monitores-chefe, estavam em uma cabine reservada passando instruções aos monitores a quase meia hora, quando finalmente:

-Bom, acho que é só – disse Lupin

-E não se esqueçam de fazer a ronda no trem – lembrou Lílian que tinha estatura mediana, cabelos ruivos e olhos incrivelmente verdes.

Os dois saíram à procura de seus respectivos amigos. Em uma cabine próxima, Remo encontrou os marotos. Quando abriu a porta:

-Oi Alua... Lily! – Disse Tiago Potter praticamente puxando Lílian para dentro da cabine e, por conseqüência, empurrando Remo.

-Quanta gentileza, Pontas – Remo ironizou

-Como foram suas férias, Lily?

-Ótimas, até o presente momento. – ela disse se soltando das mãos de Tiago

-Poxa, Lily.

-EVANS! Repete comigo: E...

-E...

-vans.

-ncantadora.

-Arrr! – ela saiu sem olhar pra trás.

-Ela deve ter feito terapia de choque elétrico nas férias... – falou Sirius - Como foi a superempolgante reunião com os monitores, Remozinho?

-Normal, Sirius.

-Sei. – o maroto falou com a voz entediada - Sab... O QUÊ???

-Ai! – Pedro pulou de susto

-O que foi, Almofadinhas? – perguntou Tiago massageando o ouvido pelo grito do amigo

-Você agora é monitor-chefe??? – disse Sirius olhando para o distintivo no peito de Lupin

-S...

-Que vergonha para os marotos – falou Tiago com voz de drama.

-E eu que achei que tínhamos chegado ao fundo do poço quando ele foi nomeado monitor –continuou Siris na mesma voz dramática de Tiago

-Querem parar vocês dois? – falou Remo

Rabicho segurava o riso.

-Ahhhh... e quem é a monitora-chefe? Talvez aquela monitora bonitinha da Lufa-Lufa...

-É a Lílian, Sirius.

-O QUÊ????

Novo susto de Rabicho que arrancou risadas dos demais da cabine.

-O que foi dessa vez?

-Aquela esquentada é a monitora-chefe? ... Ai!

Tiago acabava de dar um tapa em Sirius.

-Foi mal, Pontas. Mas até você tem de admitir que ela é estressada.

-Ele é o que mais sabe disso... – disse Rabicho




Lílian entra na cabine das amigas bufando.

-Que foi, Lily? – perguntou Beatriz Chilton, uma menina de mesma estatura de Lílian, olhos castanhos e cabelos cacheados da mesma cor. Era a mais calma das amigas.

-Aquele projeto de trasgo conseguiu me tirar do sério outra vez.

-Quem? – perguntou Tabata Harrington, a mais alta das três. Tinha cabelos muito loiros e lisos e olhos de um azul intenso. Era, sem dúvida, a mais agitada do grupo.

-Adivinha – falou Bia

-O Potter?

-Quem mais? – falou Lílian ainda brava.

-Vai, Lily, esquece isso. Como foram suas férias?

-Foram boas tirando Petúnia. Aliás ela está noiva de um tal de Dursley.

-A doce Petúnia? Quem diria. – falou Bia, que assim como Lílian, era filha de pais trouxas, as duas se conheciam desde antes de Hogwarts.

-Nem me fale. Só um maluco pra ficar noivo dela.

-Ela é assim tão irritante? – Tabata não a conhecia pessoalmente

-O chato é que ela fica me azucrinando todo o tempo que estou em casa porque sou “anormal” – Lily imitou a voz da irmã – se bem que dessa vez eu tive uma moeda de barganha... – ela foi abaixando a voz

-Lil, o que você fez? – perguntou Bia com um sorriso

-Ah, nada.

-Até parece.

-Sério. Eu só disse a ela pra se controlar ou a palavra “vassoura” iria ganhar uma conotação muito diferente no vocabulário do noivinho dela.

-Funcionou?

-Claro. Ela não quer, de jeito nenhum, que alguém descubra que ela é, de alguma forma, ligada a uma “aberração” como eu.

-Uma hora ela vai ter de contar – era Bia quem falava

-Bom, não é problema meu.

-Mas bem que eu queria ser um mosquitinho pra ver a cara dos dois.

-E vocês, tem alguma novidade? – perguntou Lily

-Ah, minhas féria foram “animadíssimas”.

-Por quê, Taby? – perguntou Bia

-Fomos visitar minha avó em Toulouse, na França. – toda a família de Taby era bruxa

-E qual o grande problema? – Lil já começava a rir imaginando o que viria a seguir

-Não me entendam mal, eu amo a minha vó, mas ela é meio maluca. Além do Snowball, o gato persa branco dela que começa a miar de medo quando me vê. Ninguém merece... É verdade que foi meio que por minha culpa que ele caiu na fonte que tem na frente da casa e ficou parecendo um pano de chão. Mas foi sem querer e ele já não gostava de mim antes disso.

-Taby, você fala rápido demais. Já estava ficando sem ar só de ouvir você. – riu Bia

-Fico imaginando você na França... Toulouse nunca mais será a mesma... – também riu Lily

-O que mais você aprontou por lá?

-Vamos ver... fatos memoráveis... Minha avó cismou que eu precisava de um traje especial para o chá da tarde (por quê eu?) com direito a sapatos de pano combinando. Ainda não sei porque ela fez uma careta quando acabei derrubando chá nos sapatos. Pelo menos agora eles combinam com o chá...

As duas amigas riram ainda mais.

-E olha que absurdo: ela falou que se eu não tentasse ser menos desastrada, ia deixar o Snowball aos meus cuidados nas próximas férias. Argh!

-Suas férias foram agitadas, então.

-Ah, claro. E eu ainda não contei o ponto alto: eu e o Frank terminamos.

-Porque Taby?

-Sei lá. Não estava mais dando certo.

-Ah, sinto muito.

-Tudo bem. Talvez esse ano eu encontre alguém mais a minha cara.

-É... vocês dois não tinham nada de parecido. Ele é super calmo e você às vezes nem termina de falar cada palavra de tão apressada que é para falar.

-Ah, vai. Eu estou bem melhor.

-Realmente. Agora a gente já consegue até te entender. Estava por pouco de termos de aprender a falar por linguagem de sinais – falou Bia

-Iiihh... não ia dar certo, Bia. Ela ia ficar tão desesperada de não conseguir falar que ia acabar se batendo o tempo todo. Iria viver engessada.

Bia riu

-Muito engraçado, Lílian. – falou Taby

-Você sabe que eu te amo – disse Lily se levantando e abraçando a amiga – Agora vou sair pra fazer minha ronda. Já estamos quase chegando.




-Estranho, o trem já está parando e a Lil não voltou ainda...

-É... Está realmente chovendo lá fora – disse Bia olhando pela janela – ainda bem que não temos de atravessar o lago.

-Coitados dos alunos do primeiro ano.

Elas saíam do trem quando ouviram Lílian gritar:

-Taby, Bia, esperem!

-Onde você estava?

-Vocês acreditam que uns alunos do primeiro ano se perderam dentro do trem?

-Quê? – falaram as duas

-Incrível, não? Queria saber quem colocou um feitiço Confuzius neles. Ai!

Ela falava apressada e não via onde estava pisando. Assim, escorregou, mas não caiu no chão porque alguém a segurou.

-Obrigada – ela disse

-Por nada, ruivinha.

-Não você!

-Você também mora no meu coração, Lily.

-Ah, sai da minha frente.

-Mas eu estou atrás de você, meu amor.

Ela revirou os olhos e apressou o passo. Beatriz e Tabata riram e a seguiram.




Durante o banquete:

-Puxa, eu espero que os professores não fiquem falando NIEMs, NIEMs, NIEMs a aula inteira, o ano inteiro – falou Taby

-Se for como no quinto ano... Já estava começando a irritar o número de vezes que a gente escutava “NOMs” por dia. – falou Bia

-Verdade. Lembram daquela professora de Aritimancia? – perguntou Lílian

-Se lembro. A gente chegava a contar quantas vezes ela falava NOM por aula.

-O recorde foi oito vezes, né?

-Nove.

-Ai, quantos dias faltam para as férias de natal?

-Taby, o ano letivo nem começou – falou Lily

-Mesmo assim... aliás, falando em férias... Bia, você não contou como foram as suas.

-Normais – disse a garota corando

Taby e Lily se entreolharam.

-Quem é, Beatriz? – disse Taby.

A garota fez uma careta.

-Você sabe que é só Bia. B-I-A. E como assim: “Quem é”? – perguntou Bia

-Você ficou vermelha. Tem que ter um “quem é” na conversa. – falou Lily

-Ah... minha irmãzinha está realmente fofa.

-Quantos anos ela tem agora?

-Quatro

-E...

-Só na última semana...

-Na última semana O QUÊ?

Bia olhou em volta para ver se não tinha ninguém prestando atenção nelas.

-Recebi uma carta meio... diferente

-Que tipo de carta?

Bia abaixou ainda mais a voz.

-“Porém, para cantar de vosso gesto (N/A gesto nesse caso é rosto)
a composição alta e milagrosa
aqui falta saber, engenho e arte.”


-Uau!

-Você reparou como ela não gostou, né? Até decorou o poeminha. – falou Taby

- Poeminha? Isso é Camões. – falou Lílian

-Quem te mandou a carta?

-A única coisa que eu sei é que é um bruxo, porque veio através de uma coruja...




O banquete estava quase no fim.

-...Bia, estamos falando de homens. A memória a curto prazo deles é nula. Se você falar que sua cor favorita é roxo, daqui a pouco ele vai achar que é amarelo. – falou Taby

Lílian viu Tiago se levantar e comentou:

-Pelo visto não é só a memória a curto prazo. O número de vezes que já falei pro Potter parar de me incomodar...

-Acho que isso tem outro nome... – provocou Taby

Havia um lugar vago ao lado de Lílian e ele foi preenchido por...

-Oi, meu amor.

-Céus, o que eu fiz pra merecer isso – Falou Lily olhando para o teto

-Então você deve ser uma pessoa muito generosa para merecer alguém fantástico como eu ao seu lado.

-Eu trocaria fantástico por convencido.

-Que isso, Lily...

Tiago havia abraçado Lílian pelos ombros com um dos braços. Ou ia fazer isso porque nessa hora ela se levantou.

-Me poupe, Potter. ALUNOS DO PRIMEIRO ANO POR AQUI! – disse ela e saiu

Os três marotos que assistiam não muito longe, Bia e Taby riam da cara de dor de Tiago.

-Ela precisava mesmo gritar na minha orelha?



N/A: oi... essa é a minha primeira fic, espero que não esteja ruim.
Obrigada a quem teve a paciência de ler até aqui... então, por favor, comentem. Digam se o texto está confuso, divertido, essas coisas... Conforme for, posto o próximo capítulo ainda essa semana.
Bjos...

.*.Palas.*.

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