Família part 2



Em uma manhã de dezembro na nobre casa da família Jones, teria tudo para ser normalmente pacto se não fosse exatamente o dia que Louise tanto esperava: o dia que sua carta de aceitação para estudar na única escola bruxa do Brasil. Enquanto a Sra. Jones preparava o café da manhã para seu marido e filha, ela apontava sua varinha como muita rapidez e agilidade para pães e frutas que flutuavam sobre toda a grande cozinha, mesmo com todos seus afazeres domésticos, Sra. Jones que era sempre muito elegante não parava de rodopiar as longas vestes turquesa que usava, andando de um lado para outro do cômodo.  A cozinha da casa tinha uma enorme mesa redonda de madeira bem centralizada, como nada menos que oito lugares, e tinha um cheiro de pão misturo com incenso no lugar, logo a esquerda tinha uma grande lareira que havia um bule que cantava sem parar, as paredes em um tom de amarelo mostarda e varias louças que pareciam ter pertencido a muitas gerações.


Lá pelas oito e meia da manhã era o horário do correio matinal chegar, havia uma voz pelo vasto corredor da casa naquele dia, parecia ligeiramente ansiosa por alguma coisa pelo tom abafado que fazia, e então ouviu uma voz mais grave que naturalmente seria masculina. Então o pai e a filha da Sra. Jones apareceram na porta da cozinha, que dava diretamente com o corredor da casa.


- Ora, Louise, não tem porque ter essa pressa toda é apenas uma carta escolar – disse o homem alto com cabelos demasiadamente ruivos e arrumados. Sr. Jones que entrou na cozinha acompanhado pela sua única filha, Louise que logo respondeu o pai sem pestanejar.


- Papai, não é apenas uma carta. O senhor sabe muito bem que espero ansiosa por esse dia a cinco anos. – a menina que logo se sentou à mesa e ficou observando a mãe com tanta empolgação que parecia tentar memorizar cada movimento dela.


Quando todos tomarão seus devidos lugares na mesa, e começaram a se servir, ouviu-se entrar pela janela da cozinha uma coruja cinzenta, pequena e com olhos arregalados e estava com vários envelopes no bico, a menina olhou tão depressa para o relógio que ficava do lado de um armário para vê se era mesmo oito e meia, na verdade ainda faltavam dois míseros minutos para a hora exata, por fim a coruja repousou na cadeira ao lado do Sr. Augustus Jones que apenas esticou a mão para pegar a entrega. Sra. Jones que estava no assento no qual o animal tinha graciosamente repousado ficou ali apenas observando a animação da filha enquanto seu pai foliava o correio do dia, Louise que tinha os olhos vidrados nos envelopes parou de encara-los quando viu a sua mãe estender a mão para pegar um envelope amarelado e que a menina já sabia o que era então a mulher disse.


- Bem... – houve uma pausa pequena e a mãe observava a filha que praticamente não piscava, então disse – Essa é sua carta para o Instituto Forccinari - e mexia a carta de um lado para outro enquanto Louise tinha no rosto um sorriso que a própria nunca tinha visto, e o pai que continuara a ler suas correspondências enquanto as duas riam.

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