O guardião



O guardião.


 


Ele caminhava apressadamente pelas ruas escuras de Godric’s Hollow. Seu corpo já não er mais o que um dia foi. Eles estavam separados tinha um certo tempo, nem mesmo seus filhos sabiam dessa separação. Ele, porém, não esquecia o olhar dela, os cabelos ruivos e as sardas no rosto que descia pelo pescoço atingindo seu colo e uma parte dos belos seios de bicos rosados.  Os cabelos dele antes negros agora tinham tons mais esbranquiçados. Harry Potter era assim que aquele homem com um raio na testa era conhecido.  Os chuviscos da noite atingiram seus cabelos ele bateu a porta e logo pode ouvir os passos dela em seu salto. A porta se abriu. Gina Wesley apareceu com seu vestido floral que ia até os joelhos e scarpins pretos de salto e olhou para seu ex marido. A situação que vivenciavam era preocupante demais. Ela abriu espaço pra que ele pudesse adentrar a casa.


_Está tudo bem? – Harry queria agarrar Gina ali mesmo, por ele, estava com sua mulher agora em cima do sofá (Ele estava mais velho, não morto) e faria amor com ela ali mesmo. O homem sacudiu a cabeça como para afastar os pensamentos e passou a mão pelos cabelos.


_Voltou a doer. – Disse ele pra ela. Harry sabia que podia confiar em Gina. Ambos se olharam.


_Todos já chegaram esperávamos você. –Disse a mulher agora com alguns fios de cabelos brancos na cabeça, mas sem perder a beleza que ainda tinha, antes de irem se encontrar com as pessoas que já os esperavam na outra sala Gina segurou a mão de Harry. _Acha que chamá-lo será o certo? Faz tanto tempo que não temos notícias... Ele se tornou um andarilho há muito tempo e se afastou do nosso mundo talvez ele nem atenda ao chamado.


Harry a olhou e não se agüentou, abraçou sua esposa, afinal, estavam separados de casa apenas. Ele segurou o rosto de Gina entre as mãos.


_Só podemos contar com ele. – Disse Harry e segurando a mão um do outro foram para a sala onde Rony, Hermione, dois aurores Alfred e Théo que trabalhavam com Harry no ministério, Jorge Weasley, Ted filho de Tonks e Lupin e o ministro da magia Mike Dickson os esperavam. Mike era um homem de meia idade, com um nariz adunco, lábios finos e bigode que passava da boca. Ted era agora um homem de seus quase trinta anos, tinha puxado o dom de Tonks de mudar a cor dos cabelos e ainda conservava um rosto belo, queixo quadrado e olhos azuis profundos, Alfred e Théo os dois aurores usavam capaz pretas, Alfred era baixinho e tinha um cavanhaque uma leve saliência na barriga e um tique nervoso de passar a mão nos cabelos, Theo lembrava mais um motoqueiro com os cabelos negros cumpridos barba rala por fazer, olhos acinzentados e jeito desposado no jeans surrado Théo tinha o corpo definido pelos anos como auror e treinamento e era um pouco mais alto que Harry. Assim que Harry tirou o casaco eles se sentaram.


_Harry tem quanto tempo que sente a cicatriz... – tentou dizer Hermione o olhando parecendo preocupada. Ela e o marido Rony agora como os outros possuíam rugas em torno dos olhos, mas não eram completamente velhos, ainda tinha uma certa beleza na mulher.


_Alguns dias. – disse Harry. _Não está muito forte, não acho que já conseguiram trazê-lo de volta a vida.


_Mas se realmente existe uma garota com poderes de trazer de volta um bruxo da morte...  – disse Rony arregalando seus olhos azuis por baixo das sobrancelhas.


_Ele não vai voltar se pudermos impedir, infelizmente, ainda não localizamos a menina com os tais poderes. – disse Dickson aos presentes. _Estamos trabalhando nisso, mas Harry e Gina disseram que tinham como ajudar.


Harry e os outros dois aurores mostraram o Profeta diário da semana passada onde mostrava uma verdadeira chacina de aurores, segundo o que falava o Profeta Diário os aurores haviam sido mortos por novos comensais da morte que voltavam a se erguer liderados por um homem que tinha na sua concepção que deviam matar com violência as fotos do jornal eram fortes: Um dos aurores havia sido morto sendo degolado, outro havia ficado de ponta cabeça e arrancaram seus olhos e um terceiro estava seco, como se seu sangue tivesse sido sugado.


_Segundo a lenda bruxos com esse poder especial tem guardiões. – disse Harry. _Porém, eles nascem a cada 1000 anos. – Eles se olharam.


_Então existe outro guardião? – perguntou Rony.


Eles mostraram a foto do corpo que parecia seco.


_Era ele. – Todos se olharam.


_Então, teremos problemas sérios sem um guardião. – disse Jorge.


_Essa não. – Disse o ministro da magia. _Isso não é nada bom.


_Na verdade, temos um guardião. – disse Gina Weasley e todos a olharam. _Ele é guardião de outra bruxa, mas achamos que ele poderá fazer algo. – disseram eles.


_Mas não nasce um guardião a cada 1000 anos? – perguntou o ministro. Harry sorriu, era melhor alguns ali nunca revelarem sua idade e como havia uma mexida no tempo... Estaria mais ou menos certo agora.


_E nasce... Mas garanto que ele seria melhor treinado que este, o rapaz parecia novo demais pra fazer o que faz. Digamos que esse guardião aprendeu com os melhores... Elfos. –disse Harry.


_O que elfos domésticos poderiam ensinar a um guardião? – perguntou Alfred um dos aurores presente.


_Não foi elfo doméstico, foram os elfos das histórias e lendas.  – disse Jorge.


_Espera... Esse guardião é quem estou pensando? – perguntou o ministro. _Mas achei que fosse só...


_Uma lenda? Bom, é nosso filho.  E muita coisa se tornou lenda com o tempo... – disse ele olhando pra Gina.


_Filho? – Eles se olharam. _Como é possível?


_Magia. Bom, onde ele vive hoje é provável que Gina, eu, Jorge, Rony e Hermione não... Não estamos mais vivo.  Mas podemos chamá-lo.


_Se conseguem façam isso. – disse Hermione. _Mas, e se ele se assustar em nos ver?


_Ele é sábio demais pra isso Mione. – disse Gina.


Harry e Gina apanharam algo que parecia um candelabro, havia uma chama azul dentro ela parecia presa ali. Quando se aproximou, ela era de um azul intenso. Harry e Gina juntos fizeram um pequeno furo no dedo deixando que a chama absorvesse uma gota de cada sangue. Repentinamente a casa pareceu ter vida e tudo estremeceu, as luzes piscaram e tudo se acalmou. Todas as luzes se apagaram


Não deu certo? – perguntou Ted.


Foi quando várias luzes começaram a sair do candelabro de várias cores, elas criaram uma explosão jogando todos pra longe da mesa, as luzes brancas iluminaram a casa, muitas coisas caíram no chão e repentinamente tudo parou e se acalmou, as luzes se acenderam. Hermione e Rony haviam ido pra debaixo da mesa. Alfred e o outro auror Théo haviam ido parar perto da lareira devido a força da magia, o ministro da magia estava com seu chapéu agora na cara, retirou e olhou ao redor até mesmo Harry e Gina caíram ali perto do sofá eram os que estavam mais longe. Harry ajudou a esposa a se levantar, quando todos estavam recompostos respiraram fundo.


_Parece que não funcionou. – disse Rony.


_É... – disse Harry;


_Isso é horrível sem um guardião não há como controlar uma bruxa com poderes vitais ou encontrá-la... – disse Hermione.


_Achamos que fosse dar certo ministro. – disse Gina. _Mas sabíamos que ele podia não responder o chamado


_Vocês se esforçaram...


_E espero que eles continuem assim. – disse e todos se viraram pra porta da cozinha. Parado ali estava um rapaz de 1,90m, forte, os olhos eram iguais aos do pai, na verdade, ele lembrava bem o pai. Os cabelos não eram tão negros, estavam com alguns tons esbranquiçados, mas o olhar transmitia uma sabedoria que devia atravessar o tempo. Ele usava uma calça jeans surrada, uma camisa azul botas, havia de um lado em sua cintura uma espada. Todos olhavam pra ele admirados até porque o guardião parecia transmitir algo de bom, uma paz inexplicável que ninguém ali naquela sala conseguia a tranqüilidade que se instalou nos corações presentes ali ao verem o mesmo era sem igual. Marcos se encostou ao batente da porta e cruzou os braços fortes seus olhos pararam em Gina e Harry.


_E então? Me chamaram pra salvar o mundo? Ou pra comer? – disse Marcos Potter mordendo um pedaço da maçã que segurava. _Particularmente prefiro o primeiro.

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