Reencontro?



SOPHIE JONES


- Meu amor, boa viagem! – Charles, um senhor alto com um bigode farto e cabelos grisalhos beijou a testa branca de Sophie.


- Obrigada, papai. – A menina sorriu docemente.


- E cuidado com esses doces bruxos em, minha filha. Ainda não consigo entender como vocês conseguem comer um sapo de chocolate que se move, isso não deve fazer bem ao estômago, não mesmo. – Julia, uma senhora baixinha de cabelos loiros cacheados e bochechas rosadas, segurava as mãos de Sophie enquanto lhe passava as instruções de sempre. Já estava com 17 anos mas as vezes a mãe a tratava como quando ainda moravam no Brasil.


Sophie revirou os olhos mas não conseguiu evitar sorrir.


- Mamãe, por favor! As pessoas ao redor podem ouvir. – Ela brincou.


Sophie abraçou seus pais carinhosamente como fazia todo verão desde os onze anos, quando descobriu que era uma bruxa.


Nunca iria se esquecer do momento em que a carta chegara. Sophie era na verdade brasileira, mas se mudara para Londres quando seu pai recebeu uma proposta de emprego irrecusável. Como Charles era inglês e parte da família estava na capital inglesa, a oportunidade foi perfeita.


Ela tinha 5 anos quando isso aconteceu e relutou bastante em se adaptar ao novo lar. Passara semanas fazendo chantagem, recusando comida, escapando de banhos. Mas, com o tempo, as coisas acalmaram. Como era pequena, aprendeu inglês rapidamente. Frequentou escolas trouxas como qualquer garota normal de sua idade, até que, em mais um dia comum, uma coruja laranja começou a lhe fazer companhia na janela de seu quarto. Ela ficava todas as tardes apenas observando Sophie. Depois de alguns dias, até deixava a menina acariciá-la


Nunca tinha visto uma coruja antes, muito menos a tarde, e principalmente laranja!


Depois de quase três semanas – logo quando Sophie começara a se acostumar com ela – a coruja não a visitou mais. No mesmo dia uma carta esquisita surgiu no carpete da família Jones.


- Sophie, desça aqui querida! Correspondência pra você.


Sophie não recebia muitas cartas, suas amigas geralmente ligavam para ela quando queriam dizer alguma coisa, ou simplesmente iam até sua casa. Aliás porque uma menina de 11 anos receberia uma carta?


Pensou na escola, mas teriam mandado um comunicado com ela.


De qualquer forma, estava curiosa. Desceu a escada às pressas pulando os degraus de dois em dois, o que sua mãe prontamente repreendeu dizendo que ela ia acabar se machucando com tanta pressa.


- Deixa eu ver mamãe, me dá, me dá, me dá! – Sophie dizia, dando pulinhos.


Julia entregou a carta para Sophie e voltou para cozinha.


Cheiro de ovos, isso sim era algo que Sophie adorava em Londres, nunca tivera problemas pra se adaptar à esse tipo de café da manhã.


Se desligou do cheiro delicioso rapidamente e voltou atenção ao envelope em suas mãos.


Tinha uma cor creme esquisita, e uma coisa que ela identificou como uma gosma dura e vermelha que selava o envelope. Na gosma dura brilhava um símbolo mais esquisito ainda, mas muito bonito. Parecia um brasão, do tipo que aparecia nos livros de aventura que Sophie lia. O brasão era dividido em quatro partes, cada uma delas figurava um animal diferente: um leão – ela não sabia o que significava, mas leões eram seu animal favorito -, uma serpente, uma águia e um... texugo? Que bichinho mais esquisito – o que já não era de surpreender.


Rasgou o papel acima do lacre com cuidado e retirou o conteúdo com cuidado.


  


"Cara Srta: Sophie Jones


 Temos o prazer de lhe informar que a senhorita foi aceita na ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS.


 (...)"


 


Os olhos de Sophie estavam cada vez mais arregalados a cada palavra que lia.


- MAMÃE, PAPAI, VENHAM VER ISSO, EU SOU UMA BRUXA! EU DISSE QUE O SORVETE APARECEU NO MEU QUARTO DE REPENTE, NAQUELA VEZ QUE ESTAVA DE CASTIGO!


 


Julia e Charles levaram um tempo para entender o que aquilo tudo significava, mas logo descobriram que esses "tais bruxos" tinham um departamento só para conversar com pais trouxas. Lhe explicaram que Sophie podia ter algum parente bem distante cujo sangue era bruxo e por isso seria aceita, também que poderiam trocar o dinheiro trouxa por dinheiro bruxo e como chegar no Beco Diagonal pra comprar todo o material escolar.


 


No início foi difícil se adaptar, Sophie tinha receio de ser menos capaz do que aqueles que já nasceram de família bruxa. Mas felizmente estava errada, se destacava com boas notas, não excelentes, mas melhor do que muitos bruxos puro-sangue que ela conhecia (termo que futuramente ela aprendeu, servia para identificar aqueles cujas famílias eram inteiramente bruxas. Infelizmente também aprendera que pessoas como ela, cujo pais eram trouxas, eram consideradas sangue-ruim).


Agora estava prestes a embarcar no que seria seu último ano em Hogwarts. Tinha um misto de ansiedade e tristeza dentro do peito. Sabia que ainda tinha uma longa vida pela frente, e que se tivesse sorte – e se esforçasse bastante – se tornaria a goleira de Quadribol feminina mais famosa de seu tempo, esporte que ela aprendera a amar.


Fizera muitos amigos nesses 6 anos estudando em Hogwarts, sua casa era Grifinória – e ela ficou muito feliz quando descobriu o que o leão significava e que seria uma "leoa", então – famosa pela coragem e lealdade de seus integrantes.


 


- SOPHIE, SUA LOIRA LINDA! Onde você pensa que vai? Pode sentando conosco! As outras cabines já estão empanturradas de gente! Alunos do primeiro ano, sabe como é, até se acostumarem com o trem ficam zanzando de um lado para o outro! – Lydia disse.


Lydia Lovelace era melhor amiga de Sophie. As duas se conheceram no primeiro ano, ambas são filhas de pais trouxas então se identificaram logo de cara. Lydia tinha cabelos negros, lisos e compridos, um rosto anguloso e olhos que pareciam topázio derretido. Era bem espevitada, tinha um pavio um tanto quanto curto também, mas Sophie sabia exatamente como lidar com ela.


- Lydia! Que saudade, parece que faz uma eternidade desde aquela visita no início das férias! – Sophie falou, entrando na cabine e abraçando a amiga calorosamente. - E até parece que eu estava indo á algum lugar!


Na cabine também estavam Rosa Gonzalez e Camille Thompson. As duas no início eram mais amigas de Lydia do que de Sophie, mas depois de descobrirem que torciam pro mesmo time de quadribol, as duas grudaram em Sophie e não largaram mais.


Sophie sempre foi a mais calada das quatro. Era tímida quando se tratava de fazer novas amizades, mas se permitia ser mais espontânea com aqueles que já faziam parte de seu circulo social. Por isso só teve um namorado durante sua vida inteira, mas romperam no ano anterior. Sophie é do tipo de garota que gosta de ser conquistada, sonhadora, e Roderick não era bem o tipo de cara que fazia isso. No início ela achava que poderia acabar se acostumando, mas não deu certo. O rapaz não gostou muito do rompimento, mas Sophie não se permitia ficar em uma situação desconfortável para si mesma. Preferiu terminar tudo antes que acabasse ficando complicado demais e um dos lados se machucasse de verdade.


 


Quando os corredores do Expresso Hogwarts se esvaziaram um pouco – uma hora as crianças tinham que cansar da novidade – Sophie decidiu esticar as pernas. Passara a primeira hora da viagem contando sobre suas férias no Brasil para as amigas, de como lá era inverno e mesmo assim ela podia ir a praia. Lydia era doida pelo país e morria de vontade de visitar um dia, mas sempre ficava só na promessa.


Sophie andou por alguns minutos pelo corredor extenso até que parou de frente para uma das janelas do vagão, toda respingada de gotinhas acinzentadas. Os campos que começavam a aparecer no lugar dos prédios eram de um tom verde apagado por causa do céu cinza da Inglaterra. Já tinha se acostumado com o tempo chuvoso, mas depois de ter passado o último mês de baixo do céu azul do Rio de Janeiro, estranhou um pouco.


Ficou assim por um tempo enrolando um dos cachos do logo cabelo loiro. Puxou a cor da cabeleira de sua mãe, um tom de loiro não tão aberto, mas que clareava nas pontas, que eram a única parte ondulada do cabelo, ao contrário da juba cacheada de Julia. Os olhos vieram do pai, o tom de azul tão clarinho, quase cinza, cor comum na família dele.


Estava perdida em pensamentos, mal pensava em algo sólido, as palavras passavam por sua mente mas ela não se
agarrava em nenhuma. De repente sentiu algo vir de encontro ao seu ombro com força.


- Au! – Sophie reclamou, cambaleando levemente com o encontrão. Massageou o local dolorido.


- Olhe Sirius, ela late como você – Um menino de óculos e cabelos que pareciam nunca ficar arrumados caçoou. Sophie o conhecia, era da Grifinória. Aliás os dois meninos eram. Sophie sabia exatamente quem eram. Sentiu as bochechas arderem um pouco, lembranças invadiram sua mente.


- Muito engraçado, James. Ouch! Fica melhor pra você? – Sophie debochou. Trouxera consigo algumas expressões brasileiras, se esquecera que as pessoas não diziam Au quando se machucavam no Reino Unido.


- Você sabe meu nome? – James surpreendeu-se, erguendo uma sobrancelha.


- Eu estou no seu time de quadribol, gênio!


Sophie não mentia quando dizia que era tímida. Já tinha ouvido falar nos marotos, e como tinha ouvido! Mas simplesmente os achava descolados demais para ela, estava bem com seu grupo de amigos.


O único motivo que poderia algum dia fazer tê-la vontade de se aproximar dos marotos era Sirius. Cabelos mais longos que o considerado normal, ondulado nas pontas, os olhos azuis, o sorriso meio cafajeste nos lábios. Sirius era a paixão platônica eterna de Sophie. Mas é claro que nunca admitiria pra ninguém, nem mesmo para Lydia. Principalmente porque a amiga já havia ficado com ele, só alguns amassos no armário de vassouras no fim do quinto ano.


Mas esse era Sirius, pegava meninas só pra comemorar a vitória da Grifinória no quadribol. E apesar da paixão secreta, Sophie sabia que merecia mais que uns amassos, não que ela já tenha chegado perto dessa oportunidade alguma vez.


- Ah, é verdade, você é nossa goleira! Como não nos falamos com mais frequência? – Sirius finalmente falou. – E perdão pelo esbarrão, e por essa criatura do meu lado. – Sirius olhou para James com ar de repreensão. – Ele fala umas merdas de vez em quando.


- Ah e você com certeza é um santo, não é Padfoot? Falta só abanar o rabinho. – James cruzou os braços.


Sirius deu um pisão em seu pé e rapidamente tapou a boca do amigo como se previsse o grito que daria.  James, com seu grito abafado e olhos arregalados de dor, segurava o pé pisado dando pulinhos desequilibrados.


Sophie achou ter ouvido alguns palavrões também mas ignorou.


- Acho que... – Sophie tentou encontrar uma explicação para a pergunta de Sirius, enrolava um dos cachos do cabelo novamente, sempre o fazia quando estava envergonhada ou pensativa. No momento dividia-se entre as duas sensações. – Talvez vocês só não estivessem prestando atenção suficiente.


Sophie sorriu de leve e Sirius ficou encarando-a com um olhar pensativo. Ele tinha de se lembrar...


- Mas estamos no sétimo ano, céus, eu sei que já vi você antes, além dos treinos e jogos, mas não consigo lembrar.


James era o capitão e apanhador, Sirius um batedor e Sophie goleira. Era de se esperar que eles não tivessem contato, afinal de contas um batedor e um apanhador tinham suas próprias bolas para tomarem conta, não é trabalho deles ficar muito próximo do goleiro. Mas Sophie sabia exatamente do que Sirius estava falando. Um acontecimento inofensivo no segundo ano, mas responsável pelos 5 anos de paixão platônica que sucederam.


- Hey, baby!


Antes que Sophie pudesse tentar puxar o acontecimento para a memória de Sirius, uma morena de cabelos longos e volumosos, dois olhos azuis escuros, chegou parando entre Sirius e James, e depositando um beijo na bochecha de Sirius.


O rapaz, que antes parecia mergulhado em lembranças procurando por algum sinal de Sophie, foi despertado.


- Olá, gatinha! – Ele respondeu, passando um dos braços pela cintura da garota e lhe beijando os lábios de leve.


Sophie desviou o olhar, sentiu as bochechas queimarem novamente, queria estar em muitos lugares, menos ali.


- Padfoot, por favor, se for pra ficar de grude é melhor irem pra uma cabine vazia, o que deve ser difícil de achar por aqui, mas... – James reclamou.


- Ai, Potter, não posso nem ver meu gatinho mais, fiquei muito tempo longe dele nas férias – A menina choramingou.


- Seu "gatinho", na verdade é um cachorrinho que estava indo comigo completar uma missão ultra secreta. – James sorriu, mas não com os olhos.


- Ai que mau humor! E vejam lá o que vão fazer, não vão querer passar a primeira semana de aulas na detenção.


Sirius revirou os olhos, mas Sophie pareceu ter sido a única que percebeu, e começou a falar, voltando a olhar para ela.


- Ah, Marlene, essa aqui é a... – Ele fez uma pausa puxando os cabelos da testa para trás, esperando que Sophie o lembrasse de seu nome


- Sophie – Ela o fez, abrindo um sorrisinho envergonhado.


- Isso! E essa aqui é Marlene, Sophie. – Pronunciou seu nome devagar, como que pra memorizar ou ver como soava em sua voz. Mesmo com Marlene ali pendurada sobre os ombros do rapaz, ele não retirou os olhos de cima de Sophie enquanto as apresentava, mas com certeza era só porque ainda tentava vasculhar seu semblante em suas memórias.


- Ah sim, tudo bem. – Marlene falou, dando um sorrisinho antipático e desinteressado. Logo voltou a atenção à Sirius. – Então te vejo mais tarde, gatinho!


Antes de ir ela soltou um grunhido esquisito que Sophie imaginou ter a intenção de soar sexy. Ela mordeu os lábios e sussurrou algo no ouvido de Sirius. Ele deu uma risada breve e deixou a menina ir embora.


- Então podemos ir, cachorrão, ou você vai querer ficar aqui até o final da viagem e abortar nossa missão? – James cruzou os braços e arqueou a sobrancelha, esperando.


Sirius soltou o ar.


- Tudo bem, vamos logo! Espero revê-la, Sophie. – Ele sorriu, demorou-se na pronúncia de seu nome novamente. Sophie não podia negar que ouvir seu nome saindo dos lábios de seu antigo amor não era nada mal. Sentiu-se flutuar por um momento, segurando o tom daquela voz nos ouvidos antes que se esquecesse.


- Até qualquer hora, então. – Ela respondeu, sorrindo.


James pronunciou um "Vambora" e começou a empurrar Sirius na direção em que iam antes.


Sophie não sabia bem pelo que tinha acabado de passar. Finalmente, depois de anos, Sirius reparara em sua existência. Tinha de se controlar pra não sair dando pulinhos como uma adolescente apaixonada, sentia que seu coração ia sair pelo peito.


Mas pra que ficar tão animada? Sabia que isso não significava muito, afinal de contas era Sirius, o cara que tinha sido seu quase primeiro beijo e nem sequer se lembrava disso.


Pois é.


Foi numa tarde livre chuvosa, os alunos do segundo ano da Grifinória se reuniram no salão comunal pra passar o tempo. Lydia, extrovertida como sempre, ensinou uma brincadeira trouxa que aprendera no verão com sua irmã, se chamava 7 minutos no paraíso.


Era uma brincadeira boba, duas crianças eram vendadas e colocadas no armário de vassouras para supostamente trocarem alguns selinhos, nenhuma das duas sabia com quem iam acabar dentro daquele lugar empoeirado.


Todas queriam entrar com Sirius, é claro. O rapaz já fazia sucesso desde aquela época.


Sophie se lembrava que James roubou a vez de um menino magricelo para entrar no armário com Lily Evans, atual monitora chefe da Grifinória. A menina que já estava lá dentro vendada, quando descobriu que seu par era Potter, botou-o pra fora na base dos tapas, ameaçando-o para que nunca mais tentasse por as mãos em sua cintura novamente.


Quando chegou a vez de Sophie, que só aceitou brincar depois de muita insistência de Lydia, ela entrou vendada no armário como todos os outros e aguardou por seu par. Sirius entrou logo em seguida. Ele até tentou se aproximar mas logo recuou. Quando Sophie percebeu, retirou a venda e encontrou um par de olhos azuis encantadores encarando-a.


- Você não precisa fazer isso se não quiser. – O menino sorriu docemente.


Com certeza ele sentira a respiração trêmula da menina. Ela sentiu as bochechas quentes e as mãos tremerem.


Acha que podemos só fingir que algo aconteceu? - Ela riu, mais de nervoso do que qualquer outra coisa, mas também por estar se sentindo boba.  Ela queria poder ser corajosa como as amigas, mas não queria que o primeiro beijo fosse assim, dentro de um armário escuro e de cheiro esquisito, muito menos com alguém por quem não sentia nada.


Até aquele momento.


Sirius pegou as mãos trêmulas da menina e fechou as suas ao redor delas. Sophie respirou fundo, sentindo a tremedeira aliviar.


Nosso segredo, combinado?  - Ele piscou e depois deu um beijo na bochecha da menina.


Ela não teve reação, nunca tinha sido tratada com carinho assim por garoto nenhum. Com os olhos abertos fixados num ponto invisível a sua frente, Sophie apenas concordou com a cabeça.


Os dois saíram do armário, e pelo rubor de Sophie não seria difícil mentir sobre o que acontecera ali. Desde então ela sempre tivera curiosidade sobre como seria beijá-lo de verdade.


Não se arrependia, não se sentia preparada naquele momento mesmo, mas desejava secretamente ter outra oportunidade como aquela. Pra uma garota tímida de 12 anos, ser tratada daquela forma era colocar fogo num coração adormecido.


Na verdade até entrara no quadribol só por causa de Sirius, descobrir o talento surreal que corria por suas veias foi consequência. A goleira mais nova a entrar no time, a única do século que deixara apenas 5 goles passarem de seu ponto de vista em 5 anos de jogo.


O tempo foi passando e o sonho de voltar a ficar junto com Sirius foi ficando cada vez mais distante, os grupos de amigos se tornavam mais sólidos e os Marotos cada vez mais famosos e rodeados de puxa-sacos. As poucas vezes que estava com ele era no ar, com mais outros vários jogadores, nunca frente a frente como no trem. Se parasse pra analisar, talvez uma ou duas dessas goles que ultrapassaram seus aros só conseguiram fazer isso porque Sophie acabava deixando sua atenção de lado para admirar Sirius rebatendo balaços.


 


Quando voltou pra cabine depois de caminhar mais um pouco, encontrou as três  meninas amontoadas umas sobre as outras num cochilo profundo. Tentou esgueirar-se devagar até sua mala para pegar suas vestes e foi se trocar, torcendo para levar outro esbarrão, mas não aconteceu. Não podia ficar tão esperançosa assim. Encostou a cabeça no ombro de Lydia quando voltou e tentou descansar os olhos também, o céu lá fora começava a escurecer e ainda deviam ter mais de uma hora de viagem pela frente. Antes de cair no sono de verdade, apenas três palavras dançavam em sua mente: Espero revê-la, Sophie...
 
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N/A: Oi pessoal!
Ta aí o primeiro capítulo. Qualquer erro, incoerência, ou falha ortográfica, podem me avisar. A gente quando escreve tende a já ter as palavras na cabeça e acaba deixando passar vários erros, haha.
Espero que gostem =) 

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Comentários (1)

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