Capítulo I



Rose Wesley. Esse é o meu nome.!


Eu sou uma aluna do ultimo ano no colégio e moro com meu irmão mais novo. Meus pais, Rony e Hermione Wesley, atualmente estão em sua terceira lua de mel e me deixaram a responsabilidade de cuidar da casa e de Hugo.


Eu realmente não me importo com isso, eu não sou uma adolescente normal com os hormônios à flor da pele que gosta de sair de casa para se divertir com os amigos, muito pelo contrário, eu prefiro o silencio e calma da minha casa junto da companhia do meu irmão.


Não que eu tenha escolha quanto à companhia do meu irmão, como disse eu não sou o que a sociedade julga como normal por isso as pessoas tendem a se afastar. Eu sou mais conhecida como a gata borralheira da escola, menina obediente e nerd, favorita dos professores e rotulada como impopular e ratinha de laboratório.


Meu irmão, Hugo Wesley, é totalmente o contrário de mim. Somente um ano mais novo já fez no colégio o que eu não teria coragem para fazer na vida inteira. Ele gosta de se divertir como todo adolescente normal e junto da ajuda da minha prima, Lily Potter, ele faz acontecer. O típico menino popular que tem e consegue tudo que quer.


Em casa, ele é sempre mais relaxado. Nós dois não estudamos no mesmo colégio pelo fato dele já ter sido expulso do meu, não que eu tenha ficado impressionada com esse fato, mas desde então ele pelo menos se dedica aos estudos com a mesma intensidade que se dedica a suas brincadeiras.


Hugo costuma ser bem atencioso comigo e já ameaçou diversas vezes de ir até meu colégio, no qual ele está terminantemente proibido de sequer chegar a 10 metros de proximidade, e dar uma lição nos babacas populares que me fazem de escrava e objeto de ridicularização*isso de acordo com Hugo que parece não medir as palavras levando em conta seu estilo de vida*, mas toda vez eu o impeço.


 Alvo Potter, o irmão mais velho de Lily, também estuda na minha escola e está no mesmo ano que eu e faz parte desse grupo em especial que costuma me atormentar, mas ele ao contrário dos outros faz de tudo para me deixar em paz permitindo que eu continue vivendo a minha vida sem graça e emoção.  Alvo costuma sempre falar comigo, na verdade ele e seu melhor amigo Scorpius Malfoy são as únicas pessoas que falam comigo.


Eu nunca consegui me encaixar naquele grupo, por mais que Alvo já tenha tentado me forçar a ele diversas vezes. Porém, existe um limite até mesmo para o impossível. De acordo com o próprio eu tenho tudo para ser popular: bonita, inteligente e com um humor ácido. O único problema é que eu não aproveito meus atributos. *palavras de Alvo*


Eu escondo meu corpo nas boas e confortáveis roupas largas que passa a impressão de que sou totalmente desprovida de qualquer atrativo, meus cabelos ruivos estão sempre presos em um coque malfeito e meus olhos escondidos atrás dos velhos óculos fundo de garrafa. E se esses já não são motivos suficientes para eu ser a piada do colégio, se alguém que não seja Alvo e Scorpius, dos quais eu já me acostumei agora, vierem falar comigo eu só consigo gaguejar e grunhir.


Como Alvo assegura, esses problemas físicos podem ser facilmente resolvidos e eu me tornaria uma menina bonita e atraente, mas isso levaria as pessoas a virem falar comigo e me tratarem como um ser humano ou algo que merece algum respeito e eu não saberia responder a altura * nem responder eu conseguiria* o que me levaria a estaca zero da vergonha novamente.


Por isso eu optei em ser a menina invisível que ninguém gosta ou faz questão de notar se não tiver um interesse maior por trás de tudo. Como lição de casa em troca de dinheiro ou sossego.


Scorpius Malfoy, o melhor amigo de Alvo que mencionei anteriormente é o que as meninas chamam de sonho. O meu sonho no caso. Além da aparência e o status que possui, ainda é a pessoa mais maravilhosa que eu já tive a oportunidade de conhecer. Sua grandeza já é notável pelo simples fato dele conversas comigo como se eu fosse uma pessoa normal, uma boa amiga, embora isso só tenha acontecido graças ao meu primo. Há aproximadamente dois meses ele se mudou para a casa ao lado da minha o que o tornou meu vizinho de janela, com isso eu adquiri o estranho habito de observá-lo sempre que possível e nós dois mantínhamos contado através de curtas mensagens escritas em nossos cadernos.


Apesar de clichê, eu a menina Nerd e excluída tinha me apaixonado pelo menino popular e solidário. Típico.


Mas a cereja do bolo é que ele tem uma namorada. E para estragar o sonho que é ter ele como vizinho de janela vem o fato de que além de eu ter de ver ele e a namorada, que me odeia, se agarrando no colégio, eu tenho que ver isso de camarote no meu quarto.


O bom é que na minha casa eu posso chorar abraçada ao travesseiro, ou me empanturrar de sorvete enquanto assisto meu irmão jogando videogame. É sempre divertindo quando ele começa a discutir com a televisão e fica pedindo a minha opinião.

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