Oiiii gente!!! 
Bom eu quero dedicar esse capitulo a minha leitora
Luna Venas, que esta acompanhando a fic!!!
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Na semana que se seguiu eu mal vi Lily. Ás vezes eu dava uma escapada do campo pra ir até a administração para vê-la. Estava sempre em sua sala, calada, e com um ar desastroso. No primeiro dia seus olhos estavam inchados e bem fundos. Minha garotinha sofria, e eu não sabia o que fazer.

Antes do almoço na quinta-feira resolvi ir até sua sala, decidido a conversar com ela. Eu iria dizer que era eu o culpado daquilo tudo, minha consciência ás vezes pesava. Peguei um lírio  de um canteiro e molhei um pouco, arrumei um laço de palha e amarrei. Queria que fosse um buquê de lírios, mas era melhor não assustá-la assim.

Quando cheguei á sua sala, lá estava Amos, e eu antes de ser visto me escondi. De onde estava dava pra ouvir a conversa.

“Você, a partir de hoje senhor Diggory, está proibido de entrar em minha sala.”

“Por favor, não seja tão rude meu amor.”

“Suma da minha frente. Eu te odeio. Suma!”

Lily começava a gritar e chorar. Amos falava coisas que eu não compreendia, até que no fim o ouvi dizer:

“Você é tão burra e tão vadia quanto às outras”. E saiu da sala.

O que eu faria? Lily estava chorando sozinha lá, e eu não queria constrangê-la. Mas eu sabia que era um dos poucos momentos que eu poderia mostrar quem era. Então simplesmente entrei em sua sala e antes que ela falasse algo, olhei fundo em seus lindos olhos tristes e cheios de lágrimas e lhe dei a rosa. E foi só.

Achei que era um jeito dela saber que eu pensava nela com mais carinho. Eu não poderia dizer nada, apenas mostrar o quanto eu sentia por ela.

Sexta-Feira chegou, jogaríamos hoje, então quase todos estavam no restaurante mais cedo pro almoço. O jogo seria em “casa”, o que nos permitia mais confiança e menos trabalho com viagens. Sirius e eu ocupamos uma mesa para quatro, e o lugar estava cheio. Quando vi Lily e Marlene chegarem, fiquei feliz ao vê-la melhor. Elas estavam sem lugar para sentar, então Lily perguntou se poderiam sentar-se conosco. Meu coração meio que saltou ao vê-la sentar do meu lado. Sirius e eu estávamos de frente um para o outro como de costume, e Marlene sentou-se ao lado de dele. Nunca havíamos sentado juntos, mas acho que não fosse problema. Era incrível como conversávamos bastante sobre muitas coisas, o papo entre os quatro fluía como se fôssemos os melhores amigos do mundo, e Lily sorria pra mim de forma tão doce que meu coração derretia.

Ah, eu amava aquele sorriso.

Amos estava num canto do restaurante, eu vi o fogo saltar de seus olhos quando a via conosco. Mas eu fazia questão que ele visse o quanto ela estava bem sem ele. Passaram-se mais de uma hora, a maioria dos jogadores já haviam saído, inclusive aquele imbecil que fez questão de passar à nossa frente. Nesse momento eu olhei nos olhos de Lily e fiz a pergunta mais boba que veio á minha mente: “você gosta de sagas?”. Ela disse que amava Harry Potter, Game of Thrones, As Crônicas de Nárnia e O Senhor dos Anéis. Esbocei um uau em minha boca, nunca tinha conhecido uma garota que gostasse exatamente das mesmas coisas que eu, naquele momento minha vontade era de gritar pro Sirius “viu? Ela é perfeita!” e dizer a ela: “quer casar comigo?”, tamanha era minha surpresa. Daí pra frente nós falávamos dessas sagas, era incrível como as opiniões dela sobre a escrita e as adaptações eram bastante complexas e perfeitas. Nem eu mesmo conseguia expressar tão bem tantas opiniões.

Depois do almoço Lily me deu seu número, fingi anotar no celular. Claro que eu já tinha guardado na agenda dele. Sobre o lírio que dei a ela não comentamos nada.

Um mês.

Lily e eu já conversávamos muito e a raiva dela por Amos havia diminuído. Ela me contou muitas coisas sobre o relacionamento dos dois. Quase todas as vezes que tínhamos esse papo ela me soltava um “você é um ótimo amigo”.

E lá vinha o Sirius rir de mim.

–“Amigo, será que você pode carregar minha bolsa? Preciso fazer compras, você carrega pra mim? Sair? Não dá, to no salão agora”. James, você ta sendo ridículo, sabia? – Sirius tinha razão.

– Eu não me importo. Gosto de estar com ela.

– E você já se declarou? Deixa adivinhar: toda vez que você tenta ela diz que são os melhores amigos do mundo e tal... – ele ria sarcasticamente de mim.

– Você não entende Sirius. Ela ainda está apaixonada por aquele idiota. – dei um soco na parede ao dizer isso, era frustrante como eu não conseguia me declarar a ela e muito menos fazê-la se apaixonar por mim.

– Você só pode estar brincando!

–Infelizmente não. Outro dia vi os dois conversarem. Cara, ela tava sorrindo! Como pode ser tão ingênua? Ela é tão doce, tão delicada e ele brinca com isso. Sei que ele quer voltar, sei também que ela está tentada. Quando a chamo pra sair, sei que tem medo de se envolver com outro e que tem esperanças... enfim. Eu não sei o que fazer Sirius Desde quando me propus a conquistá-la estou perdido. Eu não sou bom com isso, sabe? Nunca me apaixonei assim, e vejo que muita gente não se apaixona por que dói. Dói ver a pessoa que você ama querendo estar com outro, dói vê-la sofrer e você não poder fazer nada. Dói você se sentir ignorado por completo em relação aos seus sentimentos, cara. Dói ser sozinho, e ao mesmo tempo você querer ser por que ninguém mais te interessa, e acima de tudo meu amigo, dói você imaginar todas as noites que o amor da sua vida está chorando por outro, ou pior, que ela esteja com ele fazendo amor. Eu não paro de imaginar isso: ela e ele na cama, fazendo a reconciliação qualquer dia desses.

Havia um mix de sentimentos confusos no rosto do meu amigo. Ele via o quanto eu sofria e não entendia o meu gosto por esse sentimento que só me trazia tristeza. Vi que ele queria me confortar, mas não tinha experiência com essas coisas. Por fim resolveu manisfestar-se de modo positivo.

– Então você não pode o deixar vencer, James. Já está nessa, vá até o fim, sem medo. Eu prometo, vou te apoiar a partir de hoje. Só não sei o que fazer para ajudar-lhe.

– Eu preciso de um plano. Vou pensar nisso. Obrigado, meu amigo.