Uma Lembrança Dolorosa







 


 


|Salão Principal de Hogwarts|


 


 


Após o imprevisto na Ala Hospitalar, Hermione e Harry caminharam para o salão comunal da Grifinória para colocar seus uniformes e seguir para o salão principal para encontrar com seus amigos...


 


 


Rony e Gina conversavam amenidades saboreando uma sobremesa deliciosa no salão principal de Hogwarts, muitos alunos faziam o mesmo conversando amabilidades, contando as novidades das ferias...


 


 


– Aqueles dois sumiram. – enfatizou Rony dando uma colherada em sua geléia...


 


 


– Realmente, você não fica preocupado com eles? – perguntou Gina apreensiva com o sumiço de Harry e Hermione, a ruiva estava mais preocupada que o irmão, afinal Hermione era sua amiga e Harry era alguém especial para ela, Gina não admitia isso para si mesma nem sob tortura de mil Crucios, ainda mais agora que estava namorando sério com Dino Thomas, seu parceiro de casa...


 


 


– Eles já estão vindo, acho que não aconteceu nada a eles, relaxa Gina. – disse Rony continuando a comer sua geléia, Gina fechou a cara e jogou o livro que estava em sua mão no ruivo, acertando em cheio o rosto dele, Rony urrou de dor passando a mão no local dolorido, lançando um olhar zangado para a irmã...


 


 


– Ficou louca Gina????  Ah isso doeu!!! – replicou Rony estridente, o ruivo havia anunciado muito alto que chamou a atenção de algumas pessoas, Gina ainda o encarava furiosa, não se arrependendo do que havia feito...


 


 


– Você é um idiota Rony, seus amigos desapareceram e você fica comendo igual a um porco!!! – esbravejou Gina, Rony passou mais uma vez a mão no rosto avermelhado pela pancada e direcionou as íris azuis para o portão do salão principal e avistou Harry e Hermione andando lado a lado...


 


 


– Der uma olhada sua maluca!!! – disse ele aborrecido, apontando para os amigos que agora estavam perto da mesa da Grifinória e ambos se sentaram em seus lugares, Harry segurava um pano, pressionando-o contra seu nariz machucado, a Porção Revigorante ainda não havia surtido efeito e Harry ainda sangrava pelo nariz...


 


 


– Você sempre esta coberto de sangue Harry. – disse Gina olhando incrédula para Harry com expressão preocupada no rosto, o moreno apenas apreciou a ruiva e meneou a cabeça...


 


 


– O que houve cara? – perguntou Rony curioso...


 


 


– Foi o idiota do Malfoy que fez isso, não falei para você que algo ruim estava acontecendo com Harry? Quando o procurei pelo trem, o achei no vagão da Sonserina na companhia do Malfoy, ele agrediu o Harry por ter ficado espionando ele a tarde inteira no trem... – replicou Hermione respondendo pelo Grifinório, a castanha apenas respirou fundo aprofundando seus olhos castanhos no prato em sua frente, Hermione estava um pouco chateada com tudo aquilo, a Grifinória estava cansada daquela brigas patéticas, realmente ela e os amigos tinham problemas maiores para se preocupar, Draco era o menor deles, Hermione ainda não acreditava totalmente que Draco Malfoy havia se transformado em um Comensal da Morte , mas aquilo não interessava a ela, quem estava mais interessado naquilo era Harry, o único problema é que Hermione odiava ser chamada de sangue-ruim, sangue sujo ou qualquer ofensa que descriminava sua origem, apesar de demonstrar indiferença diante dos insultos de Draco, Hermione ainda se sentia profundamente ofendida e no fim do dia isso resultaria horas de pensamentos triste e ruins, nesse exato momento, diante da presença dos amigos, Hermione já estava triste e pensativa...


 


 


– O que você tem Mione? – perguntou Gina, tocando gentilmente no braço da Grifinória, tirando-a do devaneio, Hermione meneou a cabeça dando um longo suspiro, quando entreabriu a boca para replicar algo, Harry a interrompeu...


 


 


– Ela está assim por causa do Malfoy, novamente ele a ofendeu, eu estava petrificado, mas não estava surdo Hermione, não der importância para o que imbecil do Malfoy fala, se fossemos nos importar com idiotas como ele, estaríamos ferrados, não fique assim... – disse Harry olhando nós olhos castanhos da garota, Hermione apenas deu sorriso amarelo e começou a degustar a sobremesa de seu prato, Gina olhava com compaixão para Harry e Hermione sem dizer nenhuma palavra, a ruiva adotou o pano das mãos de Harry e o ajudou limpar o sangue do nariz delicadamente, Harry olhou fixamente nos olhos azuis da garota, ele notou que ela o olhava de uma maneira diferente, mas Harry balançou a cabeça para afastar aqueles pensamentos estranhos em relação à irmã de seu melhor amigo, mas Harry Potter também era homem no final das contas, o moreno percebeu que Ginevra Weasley ficava cada vez mais atraente, seus cabelos ruivos cintilavam veemente, seus olhos azuis emolduravam perfeitamente seu rosto e a boca rosada era o que mais chamava a atenção do garoto, aquilo foi o suficiente para o Grifinório se sentir envergonhado, então rapidamente desviou o olhar pegando o pano das mãos da garota novamente...


 


 


– Obrigado – agradeceu a ela, Gina sentiu-se um pouco constrangida, mas aquele momento havia sido interrompido pela voz rouca e grave de Alvo Dumbledore, o diretor de Hogwarts, o bruxo se encontrava no altar do salão principal, pronto para dar mais um de seus discursos...


 


 


– Que todos tenha uma ótima noite, primeiramente quero apresentar o nosso mais novo membro do Corpo Docente, Horacio Slughorn – disse Dumbledore em alto e bom som, apontando para um homem de meia-idade de cabelos grisalhos com bochechas excessivamente rosadas e incríveis olhos azuis, Horacio era um excelente professor de Porções, o foi convocado para ocupar o cargo importante dentro da escola, isso estava muito claro, todos naquele salão aplaudiram Horacio... – O Professor Slughorn novamente vai retomar seu antigo posto de professor de Porções, outrora ocupado por Severus Snape, contudo agora o cargo de professor de Defesa Contra a Arte das Trevas, será ocupado pelo professor Snape... – finalizou Dumbledore, alguns professores ficaram insatisfeitos com aquele cargo dado a Snape, principalmente os alunos, exceto os alunos da Sonserina, todos haviam aplaudido o professor com entusiasmo, O Trio de ouro estava mais insatisfeito de todos naquele salão, realmente as provas de DCAT seriam muito puxadas naquele ano, porque agora Snape seria o professor da matéria...


 


– Como vocês sabem, todos vocês passaram por uma revista essa noite, vocês tem o direito de saber o porquê dessa ação... – pausou Dumbledore, pensando nas palavras que deveria dizer para explicar a presença de Aurores na entrada de Hogwarts, realmente os tempos estavam difíceis e mais perigosos, excessivamente perigosos que Dumbledore se viu obrigado a colocar Aurores para garantir a segurança do castelo e dos alunos de Hogwarts...


 


 


– Uma vez um jovem rapaz como vocês, se sentou nesse salão, caminhou por esses corredores, dormiu sobre este teto e para todos parecia ser um estudante comum como os outros, seu nome...Tom Riddle – disse Dumbledore causando um tumulto no salão, todos ali começaram a murmurar entre si, Harry e seus amigos ficaram atônitos ao escutar aquele nome sair da boca de Dumbledore, realmente por onde quer que aquele nome fosse pronunciado, causava um impacto em todos os bruxos, realmente aquele que um dia foi chamado de Tom Riddle, agora seu codinome era um Tabu para a sociedade...


 


 


– Hoje é claro, ele é conhecido por outro nome e por isso me coloco perante todos vocês essa noite, para lembrar um fato muito importante, todos os dias, todas as horas, talvez nesse exato momento, forças das trevas tentam penetrar as paredes desse castelo, mas no final a maior arma delas... – pausou Dumbledore, mas depois de alguns segundos continuou seu discurso. – São vocês, quero que todos vocês reflitam, agora quero que todos fossem para seus dormitórios... – finalizou Dumbledore mantendo seu olhar fixo em todos os alunos naquele salão, realmente aquele discurso do diretor causou um impacto no Trio de Ouro e no novo Comensal da Morte do ciclo de Voldemort, Draco...


 


 


Todos os alunos naquele lugar seguiram para seus dormitórios após o mandato de Dumbledore, realmente com Aurores por perto estariam seguros ou pelo menos todos assim pensavam...


 


 


No dia seguinte era a primeira aula de Harry, Rony e Hermione com o novo professor de porções, Horacio...


 


Rony achava aquela aula nada produtiva, o ruivo replicou que precisava treinar para o teste de Quadribol enquanto caminhava pelo castelo na companhia de Harry, ambos conversavam sobre isso, os corredores estavam completamente vazios e eles estavam atrasados para a aula com Slughorn, isso foi complementado quando Harry e Rony adentraram a sala de Horacio, muitos olhares caíram sobre eles, ambos sentiram-se envergonhado pelo atraso, O Professor de Porções apenas sorriu...


 


 


– Ah Harry meu rapaz, bom dia, vejo que trouxe alguém com você – disse Horacio entusiasmado, Rony olhou com expressão entediada e retrucou algo...


 


 


– Meu nome e Rony Weasley professor, mas eu sou muito ruim em porções, um desastre, por isso é melhor eu... – disse Rony em uma frase só contornando seu corpo para sair da sala, realmente Rony era péssimo em porções e não tinha nenhum interesse naquela aula, Harry o impediu de sair, nos fundos da sala, Hermione estava ao lado de Lilá, a garota que nutria uma paixão pelo ruivo, quando Lilá ouviu a voz de Rony ecoar pelo ambiente, a garota entusiasmou-se rapidamente, Hermione havia percebido o interesse da colega de casa, Hermione a encarou com expressão aborrecida, certamente estava com ciúmes de Rony, enfim Hermione também estava secretamente apaixonada por ele, mas não admitia isso nem sob a tortura de mil Crucios, Hermione era inteligente e excessivamente orgulhosa...


 


 


– Não se preocupe Sr. Weasley, posso ajudá-lo com a matéria, qualquer amigo de Harry também é meu amigo, vamos peguem seus livros – exigiu, novamente uma expressão constrangida debateu nos rosto de Rony e Harry, ambos não havia comprado os livros...


 


 


– Me desculpe senhor, eu e Rony ainda não compramos os livros. – disse Harry rapidamente, Horacio era um professor muito gentil, sorriu novamente apontando para um armário antigo no fundo da sala...


 


 


– Não tem problemas senhores, podem pegar os livros no armário... – disse ele voltando sua atenção para a turma... – Agora como eu estava dizendo, essa manhã preparei algumas misturas, alguns de vocês têm idéia do que seja essa aqui? – perguntou Horacio apontando para o caldeirão que emanava uma fumaça, certamente havia uma porção preparada dentro do pequeno caldeirão, Hermione rapidamente levantou sua mão, a castanha estudava e lia bastantes livros o tempo suficiente para reconhecer qualquer porção daquela sala, Horacio sorriu para ela...


 


 


– Sim Senhorita? – perguntou ele.


 


 


– Granger senhor, essa é uma Veritasserum, é uma porção que fossa o usuário que a ingere a falar a verdade e essa aqui é a Porção Polisuco, ela é uma porção muito complicada de se fazer e essa porção tem a habilidade de fazer uma pessoa se transformar facilmente em outra, mas para a metamorfose dar certo, quem fez a porção e quem vai tomar precisa de um pedaço do cabelo da pessoa em quem ela vai se transformar para poder dar certo e essa aqui é Amortencia, a porção do amor mais poderosa do mundo, tem um aroma diferente para cada pessoa dependendo do que a atrai, por exemplo, eu sinto o cheiro de grama cortada, pergaminho novo e pasta de dente de hortelã... – finalizou ela com expressão incomodada no rosto, respirando fundo o delicioso aroma que a porção liberava naquela sala, realmente Amortencia era uma porção muito poderosa, Hermione afastou-se rapidamente da porção incomodada com o seu aroma convidativo, enquanto Hermione explicava as propriedades das porções, no canto da sala, Draco a observava com certa repulsa nos olhos, o olhar frio acinzentado poderia até ser capaz de perfurar a garota em sua frente enquanto ela falava sem parar, o Sonserino passou delicadamente o dedo sobre a marca roxa que havia ficado em seu pescoço depois do que Hermione havia feito, sua expressão irritada naquele momento advertia que aquilo teria troco, Hermione pagaria por ter marcado o corpo dele, no outro lado da sala Harry e Rony disputavam entre o livro antigo e mais novo que se encontrava no armário de Horacio, depois de alguns segundos, Rony conseguiu pegar o livro novo, deixando o velho para Harry, o moreno ficou aborrecido, mas depois relevou juntando-se aos demais alunos, agora era a vez de Horacio falar...


 


 


– Mas Amortencia não gera amor de verdade é impossível, portanto ela causa uma forte paixonite ou uma obsessão, por essa razão ela é denotada a porção mais perigosa dessa sala... – finalizou ele fechando o cadeirão de Amortencia...


 


 


As horas se passaram rapidamente, a aula com o professor de Porções havia acabado, após aquela aula, Harry teve conhecimento sobre um livro de porções e magias que pertencia ao Príncipe Mestiço, quem fosse ele, Harry concluiu que era um bruxo formidável e muito inteligente, os ensinamentos do Príncipe Mestiço haviam contribuído para Harry naquela aula, o jovem Grifinório havia conseguido fazer uma porção conhecida como Sorte Liquida, uma porção que fazia quem a bebesse obter sucesso em tudo que fosse fazer, apesar de toda essa distração na aula de Porções de Slughorn, Harry ainda estava cismado com a jovem garota que havia encontrado na Ala Hospitalar ontem a noite, realmente Dumbledore estava escondendo algo, concluiu Harry, decidido, o Grifinório despediu-se dos seus amigos e traçou o caminho para sala da Diretoria para dialogar com Dumbledore, ele precisava saber porque Dumbledore não queria que ninguém soubesse quem exatamente era Charlotte Van Der Woodsten, o moreno bateu algumas vezes na porta da diretoria, a voz rouca de Dumbledore ecoou dentro da sala, pedindo-o para entrar...


 


 


– Oi Harry, que bom revê-lo, sente-se. – pediu Dumbledore educadamente sorrindo para Harry, o moreno apenas sentou-se, estava ansioso para conversar com o diretor...


 


 


– Sr. Dumbledore, eu vi até o senhor porque estou confuso com algumas coisas – replicou Harry indo diretamente ao assunto, Dumbledore apenas assentiu colocando as mãos sobre a mesa...


 


 


– Continue Harry, eu realmente queria falar com você... – pediu


 


 


– Ontem à noite sofri um acidente e fui para a Ala hospitalar, bem... – pausou Harry, Dumbledore sabia exatamente onde aquela conversa iria dar, então adiantou-se, interrompendo Harry...


 


 


– Todos esses anos confiei em você Harry, você realmente merece saber o que está acontecendo, você encontrou a Srta. Woodsten na Ala Hospitalar não é mesmo? – Harry olhou para o Dumbledore surpreso...


 


 


– Ah Sim professor Dumbledore, aquela garota parecia está beira da morte, fiquei curioso porque Madame Pomfrey não queria falar quem era ela exatamente, falou somente o nome dela, pelo o que a Madame Pomfrey deixou escapar, o senhor também não queria que soubessem, Professor Dumbledore, quem é aquela garota? – perguntou Harry sem rodeios, olhando fixo nos olhos do diretor...


 


 


– Ela é membro de uma família tradicional da frança, mas atualmente a família dela estava morando em Londres, todos na família de Charlotte eram bruxos de Sangue-Puro, os nomes dos pais da garota eram Elizabeth Van Der Woodsten e Mike Van Der Woodsten... – disse Dumbledore, mas Harry não estava entendendo muito aquela história, então o interrompeu... 


 


 


– Eram? Como assim professor? – perguntou ele curioso...


 


 


– Sim Eram, Os Woodsten estão mortos, morreram há seis dias atrás, Você-Sabe-Quem matou os pais da garota...- finalizou Dumbledore, Harry ficou espantado com a revelação do bruxo, o moreno ficou alguns minutos refletindo sobre aquelas palavras, realmente era algo mais inesperado do que ele esperava...


 


 


– Mas porque ele os matou? Que tipo de ligação os Woodsten tinham com ele? E Como Charlotte veio parar aqui?  – perguntou Harry com uma expressão ainda abismada...


 


– Os Woodsten eram Comensais da Morte, faziam parte do exercito de Você-Sabe-Quem está criando em segredo e eu a salvei naquele dia Harry...


 


– Eu sabia que tinha alguma coisa errada, então é isso? Realmente precisamos fazer alguma coisa para pará-lo imediatamente, a cada dia que passa ele fica mais poderoso, mas ainda não entendo porque a salvou, ela é uma Comensal da Morte... – bradou Harry


 


– Realmente você está certo Harry, mas agora estamos de mãos atadas, realmente contarei tudo a você, a Srta. Woodsten pode ser de grande ajuda para nós... – disse Dumbledore sábio, mas Harry o interrompeu...


 


– Como uma Comensal da Morte pode ser de grande ajuda para nós professor? – perguntou ele exasperado, realmente Harry detestava os servos de Lorde Voldemort, porque uma simples garota iria servir de ajuda? Assim pensou ele exaltado...


 


– Com o tempo você irá entender o que estou querendo dizer Harry, apenas confie em mim, Harry eu não contei uma ultima coisa, Os Woodsten renunciaram ao poder que Voldemorte ofereceu a eles, os Woodsten planejaram fugir do País para que Voldemort não os encontrasse, eles não faziam mais parte do Ciclo de Voldemort, nenhum dos Woodsten queria ser Comensais da Morte... – finalizou Dumbledore desarmando Harry, o Grifinório ficou desconcertado por ter julgado a família Woodsten tão mal, realmente o tempo de preconceitos estava cegando a todos, até mesmo Harry Potter, mas todos os bruxos cometiam esse ato ruim sem mesmo se dar conta, ate mesmo Harry e seus amigos eram preconceituosos, mas o mal nunca é percebido por si só, Harry lembrou-se de Draco, por isso havia julgado mal a jovem Woodsten, Harry ficou serio e encarou Dumbledore nos olhos...


 


– Desculpe Professor, fiquei exaltado demais, é porque estou com uma teoria em minha mente que não me deixa em paz... – desculpou-se


 


– Está certo filho e qual seria essa teoria? – perguntou Dumbledore


 


– Que Draco Malfoy se tornou um Comensal da Morte, eu e meus amigos o vimos na Travessa do Tranco com sua mãe e mais alguns homens desconhecidos, pareciam que eles estavam fazendo um ritual, ritual para um Comensal da Morte, eu sei que parece loucura, mas nem tanto assim, afinal Lucius Malfoy é um Comensal da Morte e o com certeza Draco também é agora... – disse Harry em uma frase só, recuperando o fôlego em um longo suspiro, realmente o Grifinório precisava desabafar, aquilo não era apenas suposições, Harry tinha certeza absoluta que Draco Malfoy era um Comensal, Dumbledore não ficou surpreso com o que Harry havia dito, na verdade não esboçou reação nenhuma, apenas passou o dedo indicador sobre o queixo, analisando as palavras de Harry...


 


– Certo Harry, eu já sabia que o Sr. Malfoy virou um Comensal da Morte, mas é um acontecimento que não quero intervir, realmente ele é inofensivo... – disse Dumbledore certo de suas palavras, realmente o diretor tinha plena confiança em alguém que aparentemente não era confiável, Harry o encarou de um modo como se ele tivesse ficado louco ou como se aquilo fosse um insulto...


 


– Inofensivo? Obviamente não, agora que ele se tornou um Comensal, ele pode muito bem matar alguém ou até mesmo abrir alguma passagem para os Comensais tomar conta do castelo, o senhor já pensou nessa possibilidade? – bradou Harry rapidamente, realmente ele não estava acreditando que Dumbledore estava tão calmo diante daquela situação...


 


– Se acalme Harry, apenas quero que confie em mim em relação ao Sr. Malfoy e Srta. Woodsten, cedo ou tarde você entenderá porque estou fazendo isso... – disse Dumbledore deixando um mistério no ar, Harry soltou um longo suspiro e encarou novamente o diretor...


 


– Está bem professor, espero que o senhor realmente esteja certo, professor, realmente é apenas isso sobre Charlotte que tem para me contar? – perguntou Harry ficando mais tranqüilo, Dumbledore sabia muito bem o que estava fazendo, Harry resolveu confiar novamente no diretor...


 


– No momento posso apenas dizer isso para você Harry, mas posso afirmar que Charlotte é uma garota importante e precisamos cuidar dela, na verdade quero muito que você vire amigo dela, você e seus amigos, isso é essencial, pode fazer isso? – perguntou Dumbledore, Harry hesitou em responder, queria dizer não, porque afinal Charlotte era uma Ex-Comensal da Morte, mas realmente aquilo era importante para Dumbledore, Harry respondeu...


 


– Posso sim professor, vai ser um pouco difícil, mas eu posso sim... – disse Harry hesitante, Dumbledore sorriu de canto meneando a cabeça...


 


– Harry meu rapaz e suas atividades fora da sala de aula? – perguntou Dumbledore com um sorriso de canto, mudando bruscamente de assunto, Harry o encarou confuso com tal pergunta...


 


– Desculpe senhor, Como? – perguntou Harry ainda sem entender...


 


– Percebi que o senhor tem passado muito tempo com a Srta. Granger, imaginei que... – enfatizou Dumbledore reprimindo um sorriso, Harry ficou inerte a insinuação do diretor em relação a ele e Hermione...


 


– Não senhor, somos somente amigos – confirmou Harry interrompendo rapidamente Dumbledore...


 


– Desculpe, mais já chega de falamos sobre isso, quero lhe mostrar uma coisa... – disse Dumbledore caminhando até um pequeno armário emoldurado pela cor de dourada e com duas cravelhas pequenas para abrir, Dumbledore estendendo uma de suas mãos, abrindo o pequeno armário, dentro do mesmo havia vários frascos, Harry apenas observava...


 


– Sabe o que são isso? São memórias Harry, memórias importante sobre Voldemort, essa aqui é uma memória muito importante daquele que um dia foi chamado de Tom Riddle, eu gostaria que você a visse, se quiser... – disse Dumbledore pegando um daqueles frascos, mostrando-o para Harry, o moreno rapidamente se agitou com aquela revelação, ficou apenas contemplando o pequeno objeto nas mãos do diretor, Harry decidido, pegou o pequeno frasco da mão de Dumbledore caminhando até a Penseira que se encontrava sobre a mesa do diretor, jogando o liquido do frasco dentro da mesma, Harry mergulha a cabeça diretamente na Penseira, mergulhando nas memórias de Dumbledore, relacionadas a Voldemort...


 


 


 


Lembranças de Dumbledore...


 


 


Harry agora se via em um mundo paralelo, onde ele era apenas o telespectador, o Grifinório avistava um senhor de meia idade de cabelos castanhos ondulados trajando uma roupa social segurando uma pasta na mão direita, aquele era Dumbledore mais jovem, Dumbledore estava caminhando pela Londres trouxa, minutos depois Harry o viu adentrar um prédio, um orfanato trouxa, conhecido como Orfanato Wool’s, minutos depois Harry observou Dumbledore conversando com uma mulher subindo as escadas do orfanato, ...


 


 


– Confesso que fiquei surpresa quando recebi sua carta Sr. Dumbledore, porque todos esses anos que Tom esteve nesse orfanato, nunca recebeu visitas. – disse a estranha mulher, subindo rapidamente as escadas e Dumbledore estava no seu encalço, apenas ouvindo-a atentamente, agora Harry via a mulher e Dumbledore conversando no corredor do orfanato sobre alguns acidentes que estava acontecendo dentro do orfanato...


 


 


– Ultimamente tem acontecido acidentes bem desagradáveis... – disse a mulher para Dumbledore, ele permanecia calado, acompanhando a mulher até um quarto estranho do orfanato, a mulher abriu a porta para o diretor de Hogwarts e disse...


 


 


– Tom, você tem uma visita. – ponderou a mulher, olhando para um garotinho de cabelos lisos e castanhos e olhos da mesma cor, ele estava sentado sobre a cama de seu quarto, aquele era Voldemort quando tinha a aparência humana e quando era muito jovem, Dumbledore olhou para ele com compaixão adentrando o quarto do jovem Tom Riddle...


 


 


Agora Harry via Dumbledore sentado na cama de Tom, ambos encarando um ao outro, Tom Riddle carregava uma tristeza nos olhos, um sentimento de amargura, os olhos castanhos eram frios e sem vida antes mesmo de ele se tornar o temido Lorde das Trevas, Voldemort quando era jovem já carregava certa magoa, uma magoa incomensurável...


 


 


– O senhor é um medico não é? – perguntou Tom com uma voz calma, encarando Dumbledore nos olhos...


 


 


– Não, sou professor... – disse o Dumbledore mais jovem...


 


 


– Não acredito no senhor , ela quer que me examine, eles acham que sou diferente... – disse Tom cético encarando Dumbledore com aquele olhar enfadonho...


 


 


– Talvez estejam certos. – disse Dumbledore simplesmente...


 


 


– Eu não sou Louco!!! – bradou Tom, lançando um olhar frigido para Dumbledore


 


 


– Hogwarts não é um lugar para loucos, Hogwarts é uma escola, uma escola de magia. – disse Dumbledore tentando explicar para Tom Riddle que Hogwarts era uma escola para bruxos, mas o Ofidioglota era cético demais, Dumbledore percebeu que o garoto não estava acreditando em sua história, então continuou... – Você faz coisas aconteceram, coisas que as outras crianças não fazem?  - perguntou


 


 


– Faço as coisas se mexerem sem tocar nelas, faço os animais me obedecerem sem treinamento, faço coisas ruins aconteceram as pessoas que me aborrecem, elas sentem dor se eu quiser...mas quem é o senhor? – perguntou o jovem Tom interessado agora em que Dumbledore tinha para dizer a ele...


 


 


– Eu sou como você Tom, Eu sou diferente – disse Dumbledore...


 


 


– Prove!!! – exigiu Tom com uma voz fria e cortante...


 


 


Dumbledore apenas encarou o garoto, um ruído estranho ecoou pelo pequeno quarto de Tom, um fogo incontido tomava conta do armário que estava naquela quarto, Dumbledore lançou uma magia para detectar objetos roubados, Tom fitou o armário em chamas impressionado...


 


 


– Tem algo no seu armário querendo sair Tom – disse Dumbledore levantando-se da cama, apenas observando o garoto caminhar lentamente até o armário em chamas, retirando do mesmo alguns brinquedos que ele havia roubado, Dumbledore olhou para ele em reprovação...


 


 


– Roubar em Hogwarts é proibido Tom, em Hogwarts não ensinamos apenas usar a magia, ensinamos a controlá-la, você me entendeu? – repreendeu Dumbledore, caminhando até a porta, Tom apenas o encarava com um brilho estranho nos olhos, antes que Dumbledore fosse embora, Tom sussurrou algo...


 


 


– Posso falar com as cobras também, elas me acham, sussurram coisas, isso é normal para alguém como eu? – perguntou o garoto, Dumbledore contornou seu corpo para olhar novamente para o garoto, estava abismado com a confissão de Tom, realmente ele não esperava que Tom Riddle fosse um Ofidioglota, Dumbledore sabia muito bem o que aquilo significava...




 


 


Agora apenas nuvens negras se alastravam por aquela vaga lembrança, Harry presenciou aquele momento importante da vida de Dumbledore, realmente ele não esperava que Dumbledore tivesse conhecido Voldemort quando ele era apenas um garoto, para o Grifinório aquilo era novo demais, o moreno havia ficado impressionado com as lembranças que havia presenciado no momento em que colocou a cabeça dentro daquela Penseira, sendo puxado para um mundo paralelo que retratava a infância de Tom Marvolo Riddle, aquele que atualmente era conhecido pelo codinome Voldemort...


 


 


– O Senhor já sabia? – perguntou Harry confuso, fitando a água cintilante da Penseira que estava a sua frente, Dumbledore olhou para o jovem Grifinório e disse...


 


 


– Se eu já sabia que tinha acabado de conhecer o bruxo mais perigoso de todos os tempos? Não Harry, durante um tempo que ficou em Hogwarts, Tom Riddle se aproximou especialmente de apenas um professor, consegue adivinhar que professor seja? – perguntou Dumbledore olhando de uma maneira séria para Harry, o moreno refletiu um pouco sobre aquelas palavras e rapidamente deduziu algo...


 


 


– O Senhor não trouxe o Professor Slughorn apenas para dar aulas sobre porções não é? – perguntou Harry deduzindo que Horacio era o tal professor, Dumbledore assentiu...


 


 


– Claro que não, o professor Slughorn obtém uma coisa que desejo muito e ele não vai entregar assim facilmente... – disse Dumbledore colocando as suas duas mãos atrás da costa...


 


 


– Lembro-me que o senhor disse que o professor Slughorn me quer na coleção dele, o senhor quer que eu permita? – perguntou Harry olhando para a água da Penseira, Horacio obtinha uma coleção de quadros com Alunos de Hogwarts com talentos extraordinários, o professor de Porções prezava muitos alunos que tinham habilidades incomuns, Harry Potter obtinha muito daqueles talentos que Slughorn admirava, Horácio queria mais do que tudo que Harry Potter fizesse parte de sua coleção, assim como Lily Potter , mãe de Harry, algum dia fez...


 


 


– Sim... – respondeu Dumbledore olhando fixamente para Harry, realmente aquele era um plano muito bom para que Dumbledore e Harry descobrissem os segredos que Slughorn guardava sobre o passado de Voldemort...


 


Após aquela conversa com Dumbledore, Harry estava determinado a conseguir tudo o que o diretor havia pedido, o Grifinório sentiu-se melhor após aquela conversa porque ele queria agir logo antes que fosse tarde demais, quanto mais tempo Harry e a Ordem esperava, o poder de Voldemort crescia cada vez mais, percebeu com aquelas lembranças que Voldemort era uma pessoa insegura e rejeitada, Harry agora entendia porque Tom havia se transformado em quem ele era agora...


 


Em um lugar escuro e vazio do castelo, Draco Malfoy caminhava sorrateiramente, o jovem Sonserino atuava de um modo muito estranho depois que havia feito o ritual para se transformar em um Comensal da Morte, Draco tinha uma missão para cumprir, a missão de fazer uma abertura no castelo para Os Comensais da Morte invadi-lo, esse era o plano e Draco foi forçado a realizá-lo a qualquer custo...


 


Draco caminhou até um adequado ponto do castelo, parando em frente a uma parede plana aparentemente sem nada na mesma, mas quando o jovem Malfoy fechou os olhos, a parede começou a se desintegrar diante dele formando um portão grande, aquele lugar era conhecido como a Sala Precisa, uma sala camuflada que ficava localizada do outro lado do castelo, Draco apenas adentrou na sala e caminhou pelo diversos objetos largados na mesma, o Sonserino carregava em sua mão uma maçã verde, ele estava procurando algo, o jovem rapaz caminhou por alguns minutos balançando a maçã em sua mão, até que minutos depois encontrou o que ele tanto queria, Draco caminhou até um grande objeto agasalhado por um tecido vermelho empoeirado, o loiro tocou veemente no tecido e o puxou bruscamente, retirando o pano velho de cima do armário, O jovem Malfoy ficou hipnotizado com o objeto antigo, fitando-o por alguns longos minutos, realmente Draco Malfoy havia mudado bruscamente seu comportamento, o jovem rapaz antes se comportava arrogantemente, era egocêntrico e debochado, Draco Malfoy era um garoto individualista demais, mas a transformação em Comensal da Morte, o havia feito mudar radicalmente, mas não para melhor, Draco havia se tornado um garoto frigido e ausente, sua mesquinharia tornou-se elevada, o Sonserino agora não andava nem mesmo com seus colegas da Sonserina, preferia ficar maior parte do tempo sozinho...


       


Ao fazer um movimento brusco, Draco sentiu uma pequena dor em seu pescoço, naquele ponto roxo em seu pescoço, aquele hematoma ainda estava dolorido, hematoma causado por Hermione...


 


– Maldição!!! – bradou ele passando lentamente um de seus dedos sobre a ferida... – Aquela maldita Sangue-Ruim me paga por isso, tenho que passar algo nessa ferida... – disse para si com uma raiva carregada em sua voz saindo rapidamente da Sala Precisa, Draco estava furioso desde a noite passada quando foi repreendido por Hermione no Expresso de Hogwarts, sua raiva somente passaria se ele se vingasse de Hermione e isso aconteceria mais cedo do que ele imaginava...


 


Hermione caminhava lentamente pelos corredores vazios de Hogwarts, a Grifinória estava indo ver o treino de Quadribol, hoje seria o dia que Rony faria o teste para goleiro da Grifinória e ela queria está lá para torcer por ele, Hermione realmente gostava muito do ruivo e não ambicionava perder esse momento importante para Rony, Hermione odiava Quadribol, mas pelo ruivo ela não perderia essa ocasião, os pensamentos da castanha permaneciam ligados a Rony Weasley, a castanha estava tão desligada do mundo que não havia percebido a presença de mais uma pessoa naquele corredor e essa vinha em sua direção, Hermione estava sorrindo similarmente a uma garota apaixonada, minutos depois se chocou de frente com alguém...


 


 


– Ah Desculpe!!! – bradou ela envergonhada, fitando o chão com seus olhos castanhos, Hermione levantou o olhar rapidamente para saber com quem havia se chocado pelo corredor, arrependeu-se de ter pedido desculpas no mesmo instante que cruzou seus olhos castanhos com os olhos acinzentados de Draco Malfoy, o Sonserino encarou a garota com um olhar sério e assustador, Draco deu um sorriso de canto rapidamente, aquilo era o destino querendo que ele se vingasse da sangue-ruim que ele mais odiava, assim pensou Draco ao dar aquele sorriso raivoso, antes que Hermione pudesse falar algo ou desviar seu caminho do dele, Draco levou um de suas mãos até o braço fino e delicado da Grifinória, apertando o local com força...


 


 


– O que está fazendo Malfoy???? Me solte!!! – ponderou ela irritada tentando inutilmente soltar o seu braço, o Sonserino ainda a olhava da mesma forma, seus olhos estavam negros de raiva, Hermione estava pela primeira vez assustada, nunca havia visto Draco daquela maneira, mesmo sabendo que ele a odiava por ser uma nascida-trouxa, Hermione lembrava-se que Draco nunca havia a tratado da forma que ele estava tratando agora, a castanha via o ódio aparente nos olhos do Sonserino...


 


 – O Que eu estou fazendo? Estou fazendo você pagar pela marca que deixou no meu pescoço sangue-ruim idiota, como você ousou levantar sua varinha para mim? Você não tem esse direito garota, na verdade você não tem o direito nem de usar uma varinha sangue-ruim, não se deu conta de quanto mais você tenta ser a melhor da turma, mais pessoas debocham de você? Acorde Granger, você nunca vai ser melhor que um sangue-puro, você é ridícula!!! – disse Draco puxando um sorriso desumano nos lábios, após terminar a frase, Hermione levantou uma de suas mãos rapidamente, depositando uma forte bofetada no rosto pálido do Sonserino que agora estava com o rosto avermelhado pela violenta bofetada que recebera, Hermione respirava ofegante contendo as lagrimas que teimava em cair de seus olhos, ela não suportava mais nenhuma ofensa daquele nível, aquilo fazia Hermione se sentir inferior, mesmo que ela fosse a melhor aluna de Hogwarts...


 


 


 – Cale a boca!!! – Hermione conseguiu dizer apenas isso, sua voz estava tremula e chorosa, mas a Grifinoria era forte, não choraria por causa de algo tão banal, ela segurou suas lagrimas com sucesso, Draco ainda segurava seu braço, o Sonserino contornou novamente seu olhar para Hermione, dessa vez um brilho intenso havia tomado conta da íris acinzentadas, Draco colocou rapidamente sua outra mão no outro braço de Hermione e a encostou bruscamente na parede, ele estava com muito ódio naquele momento, Draco apertou com todas as suas forças o braço delicado da Grifinória, ela apenas gemia de dor pedindo para ele solta-la, mas Draco estava cego pela raiva, por um momento ele pensou em matá-la...


 


 


– Me solte, por favor... – clamou ela, Hermione sentia um enorme dor em seus braços, Draco estava apertando-a com muita força, a Grifinória não segurou mais nenhum minuto sequer as lagrimas, chorou desatadamente pedindo diversas vezes para que Draco a soltasse, ele não escutava, Hermione havia percebido que o corpo dele havia travado, Draco sequer piscava, não movimentava nenhum celular de seu corpo, Draco havia entrado em algum tipo de transe, Hermione tentava se soltar inutilmente...


 


 


Uma vaga memória veio na mente do garoto...


 


 


Uma memória de sua infância...


 


 


Memórias de Draco Malfoy


 


 


Draco se encontrava sentado perto da chaminé da Mansão dos Malfoy, mas sua aparência era mais jovial, seus cabelos loiros platinados estavam perfeitamente arrumado com gel e suas bochechas estavam mais coradas, a roupa negra que vestia constatava sua pele excessivamente clara, sua estatura era menor, denunciando que sua idade de sete anos, o jovem Malfoy brincava com alguns aviões de papel, jogando-os dentro da chaminé crepitante, a expressão no rosto do garoto era desanimada, triste...


 


 


– Você deveria está treinando suas habilidades Draco!!!! – esbravejou Lucius subindo as escadas do salão acompanhado de Narcisa, Draco rapidamente virou-se para encarar os pais, Lucius caminhou lentamente até o filho e o olhou com expressão de desprezo...


 


 


– Mas meus ferimentos ainda não estão curados papai, olhe... – disse Draco, mostrando suas mãos, havia alguns cortes densos na pequena mão do jovem Malfoy, aquilo era resultado do treino, Lucius era muito rigoroso quando colocava Draco para treinar, ele fazia isso todos os dias com o filho sem exceção, preparando-o para quando fosse virar um Comensal da Morte, Lucius esboçou uma expressão aborrecida nós olhos, levantando a mão, dando uma bofetada violenta em Draco, fazendo-o cair no chão, Narcisa assustou-se com atitude do marido, correndo até o filho, ajudando-o levantar do chão, Narcisa passou delicadamente a mão na bochechas avermelhada do filho e limpou a pequena quantidade de sangue que escorria no canto dos lábios de Draco...


 


 


– Deixei de ser covarde Draco!!! Você não vai deixar de treinar hoje por causa dessas meras feridas nas mãos, vou deixar marcas piores se você não for treinar comigo agora mesmo!!!!! – esbravejou Lucius com muita raiva, olhando para Draco e Narcisa com desprezo, Narcisa olhou para o marido assustada e disse...


 


 


– Ele não vai treinar hoje Lucius, olhe só para as mãos deles, esses ferimentos são graves, ele não vai!!! – bradou Narcisa levantando-se do chão junto com Draco, o garoto apenas olhava a cena sem dizer nada...


 


 


– Cale a boca Narcisa!!! – gritou Lucius agarrando Narcisa pelos cabelos, puxando-a, Lucius levantou a mão e começou a esbofeteá-la o rosto da esposa sem parar, o som de cada bofetada ecoava alto pelo salão da Mansão...


 


 


– Pare papai, por favor...PARE!!!!!!! – gritou Draco puxando o braço de Lucius, tentando fazer o Lucius parar de agredi-la, ela apenas chorava copiosamente...


     


 


– Cala boca seu merdinha!!!! – gritou Lucius dando um chute no estomago de Draco, fazendo-a cair no chão novamente, Draco sentiu um dor inimaginável em seu estomago, ele apenas se contorceu de dor naquele chão frio enquanto Lucius agredia Narcisa sem parar, rosto da mãe do garoto sangrava e estava ficando roxo com as bofetadas fortes que Lucius distribuía por toda face alva da mulher, ela apenas choramingava nos braços do marido, uma lamuria que Draco jamais havia esquecido, ele não queria nunca mais ouvir uma mulher chorar, muito menos sua amada mãe, a visão do garoto começou a escurecer rapidamente, até não restar mais nada...


 


 


Uma lagrima escorreu da íris acinzentadas...


 


 


Draco percebeu que não estava naquele lugar, percebeu que estava em Hogwarts e estava prestes a agredir Hermione, o Sonserino contemplou o rosto assustado e molhado pelas lagrimas da Grifinória, o rosto dele também estava molhado, ele também havia chorado, aquela lembrança amarga o fez desabar por completo na frente da sua inimiga, Draco rapidamente soltou os braços da garota, jogando-a no chão...


 


 


Draco rapidamente desapareceu naqueles corredores vazios sem olhar para trás...


 


 


Hermione limpava inutilmente suas lagrimas incontidas, nunca em toda sua vida ela havia ficado com medo de alguem, pensou que a qualquer momento Draco fosse realmente agredi-la, a castanha levou sua um de suas mãos até local onde Draco havia machucado, massageou lentamente levantando-se do chão, correndo rapidamente para o salão comunal da Grifinória chorando...


 


 


Realmente eram tempos difíceis, Draco Malfoy havia mudado bruscamente após o ritual e estava seguindo cegamente as ordens de Voldemort, Harry Potter estava à procura de respostas para as suas perguntas, estava procurando uma maneira para destruir Voldemort e qualquer um que congregasse com ele, ambos os lados estavam trabalhando arduamente para destruir um ao outro, Luz e Trevas já havia começado a guerra, uma guerra que estava apenas começando...


 


 


 CONTINUA...


 
 

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