O Voto Perpetuo





 

 


Como Tudo começou...


 


 


Em 1990, um mundo desconhecido foi descoberto por um jovem garoto de cabelos negros e profundos olhos verdes com uma marca que ele carregaria pelo resto de vida, a marca deu para ele uma fama incrível, seu nome era Harry James Potter, conseqüentemente Harry descobriu um mundo que ele jamais imaginou que existisse, um mundo mágico onde todas as coisas são possíveis, o jovem rapaz não descobriu somente isso, descobriu que dispõe de poderes incríveis, descobriu o verdadeiro significado da amizade, descobriu o sentimento amargo da dor e da morte, Harry Potter descobriu varias coisas ao mesmo tempo, o garoto com o tempo conseguiu belas amizades e um novo protetor, um homem cujo o nome é conhecido por todo mundo mágico, Alvo Dumbledore.


 
 


Harry conseguiu um alguém para admirar e proteger, mas o ódio e a culpa governava seu coração, ninguém ao seu redor conhecia sua verdadeira dor, sua verdadeira face, Harry dissimulava a dor com a cortina do seu caráter impecável, Harry é um rapaz pouco sentimental e muito determinado, depois que completou seus 11 anos, Harry havia sido convocado para estudar em uma escola diferente, uma escola mágica chamada Hogwarts e assim os anos se passaram, tudo estava exatamente como na profecia, uma profecia que Harry e seus amigos não conhecia, nem mesmo o bruxo mais poderoso do mundo tinha conhecimento de tal profecia, apenas ele, aquele que retirou tudo do jovem Harry Potter, a serpente faminta pelo sangue e pela morte, aquele que não deve ser nomeado, um tabu na sociedade Bruxa, Voldemort...



 


... Voldemort tinha o pleno conhecimento que a família Potter seria sua ruína, sabia tudo o que os Potter significava, seria seu completo e total aniquilamento, essa família devastaria aquele universo de mentiras que foi arquitetado por ninguém nada menos que Salazar Slytherin, o dito-cujo foi determinado o bruxo mais poderoso daqueles tempos remotos, esse Mago foi aquele que criou a barreira indestrutível entre sangues-puros e sangues-ruins, ele foi aquele que sucumbiu ao preconceito e repulsa pela raça inferior, Salazar odiava humanos e qualquer vestígios deles...e Voldemort idolatrou os adágios de Salazar, fazendo-se de si o Herdeiro de Salazar Slytherin...



 


...Aquele que não deve ser nomeado, Aquele que deve ser temido, Aquele que deve ser odiado...



 


...Harry Potter o odiava mais que todos, Voldemort matou os restantes membros da família Potter, apesar de todo seu poder, Voldemort temia que a profecia viesse a se cumprir...



 


...A Profecia em que...



 


...Harry Potter iria destruí-lo e mudar o Mundo dos Bruxos para sempre...



 


Anos se passaram e...



 


A Profecia está sendo cumprida...



 


...perfeitamente...


 


 


Wiltshire sudoeste da Inglaterra| Mansão dos Malfoy| 20 de Fevereiro 1996...


 


 


Um entardecer enfadonho se aperfeiçoava sobre os céus de Londres, nuvens sobrecarregadas de chuva cobriam perfeitamente uma mansão ao além da cidade, a casa nobre estava em repleto silencio, ninguém estava pelos jardins ou mesmo na entrada da casa, parecia mais um belo retrato de tão monótona que a mansão se encontrava, estava calma demais, a bela mansão tinha o aspecto antigo e muito tradicional, uma mansão imaculadamente bela, mas nada naquela perfeição compensava o cheiro de sangue e morte que circulava por aquele lugar...



No Exterior da mansão tudo estava em perfeita consonância, mas no interior da mesma não poderia ser dito exatamente o mesmo, um grupo de Comensais da Morte catalogava quase todo o espaço do hall de entrada, era um numero formidável de comensais, um mais aterrorizante que o outro, sorrisos cheio de escárnio eram distribuídos entre as pessoas daquele local, a cor preta era o contraste daquele ambiente e daquelas pessoas, alguns comensais se encontrava em perfeita tranqüilidade, outros em completo estado de depressão, mas não demonstrava nenhum tipo de sentimento diante do seu mestre, O Lorde que nada sentia, realmente aquele que um dia foi chamado de Tom Marvolo Riddle não obtinha um coração, seus “sentimentos” apenas resumiam-se em agonia e morte, alguns comensais idolatravam seu mestre por conta própria, por pura admiração, alguns realmente admiravam os “valores” de Lorde Voldemort, portanto outros comensais simplesmente eram forçados a viver uma vida amaldiçoada, qualquer um que renunciasse aos objetivos do Lorde da Trevas estava condenado ao extermínio...



 


Uma figura pálida com o rosto de uma serpente passeava pelo salão de um lado para o outro com a vestimenta negra suja por sangue fresco, era o Lorde as Trevas, um sorriso inumano se apresentava nos lábios da serpente, aquela visão de duas pessoas impelidas no chão frio da mansão do Malfoy era prazeroso para ele, uma mulher de cabelos negros e um homem de cabelos loiros acinzentados, cobertos pelo próprio sangue, a mulher agonizava sentindo uma dor descomunal em cada célula de seu corpo, o sangue esguichava de dentro do seu corpo, ela sangrava demasiadamente, portanto o corpo do homem ao lado da mulher se encontrava frio e sem nenhum resquício de vida, Voldemort deleitava-se com os bramidos desesperados daquela mulher, um sorriso demoníaco se formou nos lábios do ofídioglota, centímetros a frente da mulher desconhecida, havia uma garota com o rosto angelical coberto por lagrimas, seus cabelos eram negros e levemente ondulados, seus olhos verdes cintilantes se encontrava rubros, denunciando que ela havia chorado por um longo tempo, seus olhos verdes transmitiam uma dor indescritível, a jovem garota tentava de todas as formas se aproximar daquela mulher, mas o Lorde não permitia aquilo, um sussurro leve foi soltado dos lábios quase sem vida da mulher de cabelos negros ensangüentada...



 


– Fuja...Fuja Charlotte... – a mulher balbuciou com a boca ensangüentada gritando em seguida...



 


– Cale a boca sua traidora imunda...Crucio!!! – esbravejou Voldemort com desprezo e repulsa pisoteando o corpo retalhado da mulher, iniciando novamente sua sessão de tortura contra aquela mulher, os gritos ficavam cada vez mais altos, antes de usar uma maldição imperdoável, Voldemort havia usado o feitiço Sectumsempra para fazer aquela mulher sangrar por todos os seus orifícios, Snape, seu servo fiel havia ensinado aquele feitiço para o Lorde, a serpente usava esse feitiço apenas em ocasiões “especiais”, usava para torturar sangues-ruins, trouxas e até mesmo bruxos de sangue-puro, aqueles que o traíssem...



 


– Não!!!! Pare Por favor, você vai matá-la, por favor, me torture no lugar dela!!!! Me torture!!!! – gritou a jovem de cabelos negros chorando copiosamente, seu pedido foi tão desesperado que saiu como uma clemência, seu nome era Charlotte, ela gritava pedindo algo, clamando para ser torturada no lugar daquela mulher, Voldemort soltou uma gargalhada e disse...



 


– Minha querida, não se preocupe, logo depois dela será a sua vez, não me tire o desprazer de ouvir gritos tão agradáveis assim... – disse ele educadamente, aquele modo frigido de falar causava medo em qualquer um, Voldemort apontou novamente sua varinha para o corpo sofrido da mulher e iniciou mais uma vez, uma tortura sem fim...



 


Crucio!!!!!!! – Voldemort lançou mais uma vez a Maldição Cruciatos sobre a mulher, rindo de uma forma desumana do estado humilhante da mulher, ela se contorcia de dor, gritando sem parar, apenas os gritos ecoava pelo salão da mansão, Charlotte estava imobilizada com algumas cordas e estava jogada no chão frio da mansão dos Malfoy, implorando para que Voldemort parasse com aquilo, todos os comensais naquele lugar apenas apreciavam aquela cena, alguns simplesmente ignoravam e conversavam entre si, outros permaneciam sérios e levemente assustados com a brutalidade de Voldemort, mas eles eram inteligentes o bastante para não demonstrar nenhuma compaixão pelos traidores do Lorde ou acabariam no mesmo lugar daquela mulher...



 


– Por favor, pare... – choramingou Charlotte, sua força vital estava sendo absorvida de alguma forma, era desgastante mais do que parece, observar aquilo sem poder fazer nada, aquilo estava a suprimindo, matando sua alma, aquela mulher era uma pessoa importante para Charlotte, realmente aquilo era bárbaro demais para ela agüentar, suas lagrimas desciam sem parar pelas bochechas, suas forças estavam se esvaindo junto com aquela mulher, morrendo junto com ela, aquela tortura se prolongou por horas, Charlotte se sentia inútil, mas a única força que a impedia de protestar contra aquilo, era o olhar daquela mulher, ela ainda estava viva, gritava sem parar com a dor da maldição e o sangramento fora de controle do Sectumsempra, o brilho imperceptível nos olhos verdes da mulher torturada dava forças para a jovem Charlotte...



 


Por um Breve Momento, o silencio tomou conta do salão, Voldemort recolheu a sua varinha e analisou o corpo ensangüentado da mulher que ele havia acabado de torturar por horas, um brilho sem existência dominou os olhos verdes de Charlotte, suas forças foram totalmente apagadas, o brilho que ainda existia nos olhos daquela mulher, não permanecia mais nos olhos dela, a mulher que Voldemort estava torturando...



 


Estava Morta...



 


– Não!!! – gritou Charlotte, seu grito foi tão alto que assustou os comensais presente ali, Charlotte começou a falar em uma língua desconhecida, as cordas que a amarrava agora estavam totalmente rasgadas naquele chão, Charlotte se soltou e abraçou os corpos sem vida daquela mulher e daquele homem, se cobrindo com o sangue de ambos, Charlotte chorava sem parar, abraçando os corpos frios, Voldemort apenas analisava aquilo com frieza, sua expressão era de extremo nojo, o Lorde tinha nojo dos sentimentos, para ele, os sentimentos era o que mais tornava o ser humano fraco e vulnerável, para ele era descartável, ele odiava aquilo...



 


Crucio!!!!!!! – Voldemort lançou a maldição sobre a garota, fazendo-a se contorcer no chão urrando de dor, agora a serpente gargalhava, analisando o corpo da garota se dobrar naquele chão, Charlotte gritava demasiadamente, seus olhos lacrimejavam pela agonia e pela dor, Um homem alto de longos cabelos loiros adentrou o salão, sua aparência era deplorável, a barba mal feita e a palidez denunciava sua desnutrição e sua falta de cuidado com ele mesmo, Voldemort rapidamente contornou seu olhar para aquele homem, mas não se descuidava de Charlotte, consagrava cada segundo daquele momento para torturá-la até a morte...



 


– Que bom que se juntou a nós Lucius... – disse Voldemort sério, voltando novamente o olhar para a jovem, Charlotte conseguia apenas gritar de dor naquele momento, Lucius olhava para ela com uma expressão preocupada, mas ele trabalhava dificilmente para disfarçar seu incomodo com aquilo...



 


– Sempre é um prazer Mi Lord, essa é a jovem Van Der traidora não é mesmo? – perguntou Lucius disfarçando a voz amedrontada para uma voz firme e frigida, Voldemort abriu um sorriso de escárnio e respondeu...



 


– Sim, não permito traidores no meu ciclo, minha querida logo você estará com seus pais, isso mesmo grite de dor para mim... – exigiu Voldemort tranqüilamente trabalhando sua varinha para duplicar a agonia da Maldição Cruciatos sobre a garota, Charlotte agora sentia seu corpo queimar e ao mesmo tempo sentia uma dormência incomensurável em cada célula do seu corpo, sentia uma dor insuportável até em sua alma, Charlotte acreditava que agora sua morte estava próxima, não agüentaria mais nenhum segundo daquela tortura...



 


A mente dela estava prestes a fracassar, Voldemort continuava sua crucificação sem parar, Lucius e os outros comensais apenas observavam sem contestar o Lorde das Trevas, alguns achavam divertido olhar aquilo porque ela e sua família haviam traído o Lorde no final das contas...


 


 


– Morra traidora!!!!!!!!!!! – bradou o Lorde dando um sorriso infernal, aquele sorriso que todos naquela sala temem...


 


 


Charlotte sentiu um formigamento nas pernas, estava entrando no estado de dormência, seu corpo estava desistindo aos poucos da vida, seus olhos estavam pesados e desfalecidos, Charlotte avistou uma luz branca muito intensa invadir aquele lugar sombrio, era tão intensa que ofuscou seus olhos, Charlotte não entendeu quem era que estava causando aquela claridade muito forte naquele lugar...



 


Antes que pudesse saber o que estava acontecendo ao seu redor, o mundo de Charlotte escureceu....



 


**



 


25 de Fevereiro| Cinco dias apos do ocorrido| Travessa do Tranco




 


A consonância das ruas de Londres perpetrava em um perfeito dia para o livre arbítrio de Comensais da Morte pela misteriosa Travessa do Tranco, duas mulheres caminhavam silenciosamente sobre a chuva tempestuosa pelos becos estreito da Travessa do Tranco, uma senhora de cabelos negros com dois novelos loiros na lateral emoldurando a beleza de seu rosto, seus olhos angustiados e castanhos escuros constatavam que aquela mulher era Narcisa Malfoy e ao seu lado estava sua irmã mais velha Bellatrix Lestrange, uma mulher fria e calculista que coloca seu mestre Voldemort acima de tudo e de todos, uma leal Comensal da Morte para todos os sentidos, portanto ao contrario de Bellatrix, Narcisa temia demasiadamente o Lorde, por esse motivo era membro do ciclo da serpente...



 


– Cissa você não deve fazer isso, ele não é confiável!!! – bradou Bellatrix, caminhando ao lado da irmã em um beco estreito, ambas totalmente ensopadas pela chuva...



 


– O Lorde das Trevas confia nele. – disse Narcisa com sua voz calma e solene...



 


– O Lorde das Trevas está enganado!!! – contestou Bellatrix, ambas pararam rapidamente em uma fresta entre os prédios, temendo que fossem vistas por algumas crianças que brincavam de bicicleta pela rua, realmente as Comensais da Morte não queriam ser vistas naquele lugar, muito menos Bellatrix, por ter escapado de Azkaban há alguns anos, realmente Narcisa e Bellatrix estavam tramando algo e obviamente era algo muito ruim...



 


Após alguns minutos quando as crianças haviam desaparecido daquele lugar, Narcisa e Bellatrix rapidamente caminharam até uma porta e Narcisa bateu rapidamente na mesma, naquele lugar se encontrava um homem de cabelos negros e vestes da mesma cor, Severus Snape lendo um jornal do Planeta Diário que estampava na pagina inicial o noticias sobre o eleito, quando o professor de porções ouviu um ruído vindo da porta, mandou Rabicho abri-la porta para receber suas convidadas, Rabicho obedeceu, Bellatrix e Narcisa adentraram na humilde casa estampada de livros e alguns papéis caídos pelo chão...



 


– Pode sair agora Rabicho. – disse Snape de uma forma amarga, jogando um feitiço em Rabicho, retirando-o do ambiente a força, Narcisa sentou-se educadamente no sofá de estampas cinza...



 


– Eu sei que não deveríamos está aqui, o Lorde das Trevas me proibiu de falar com você... – disse Narcisa tranqüilamente, mas foi rudemente interrompida por Snape...



 


– Se o Lorde das Trevas a proibiu você não deveria está aqui, coloque isso onde estava Bella, não devemos ficar mexendo naquilo que não é nosso!!! – disse Snape repreendendo Bellatrix por está mexendo em um artefato antigo daquela casa, a morena o colou novamente no lugar ficando aborrecida com aquilo...



 


– Estou ciente da sua situação Narcisa. – disse Snape olhando fixamente para Narcisa...



 


– O Lorde das Trevas contou para você? – perguntou Bellatrix surpresa porque Snape estava ciente de tudo que estava acontecendo com a família Malfoy, Bellatrix sabia que apenas o Lorde tinha conhecimento disso, a Comensal concluiu que apenas o Lorde poderia dar tais informações daquilo para Snape...



 


– Sua irmã duvida de mim, isso é compreensível porque ao longo dos anos vim cumprindo perfeitamente o meu papel dentro da Ordem e enganei até o melhor Bruxo de todos os tempos, Dumbledore é um grande bruxo, somente um idiota duvidaria disso... – disse Snape, o discurso de Snape deixou Bellatrix enojada a ponto de soltar um longo suspiro e revirar os olhos na mesma hora que ele havia terminado de falar...



 


– Eu não duvido de você Snape... – enfatizou Narcisa olhando para o bruxo a sua frente...


 



– Você deveria se sentir honrada Cissa, assim como Draco – disse Bellatrix andando de um lado para outro naquela pequena sala...



 


– Ele é somente um menino... – disse Narcisa tentando convencer Snape.



 


– O Lorde das Trevas nunca muda de idéia... – pausou Snape, dando alguma esperança a Narcisa, novamente o professor de porções continuou... – Portanto talvez seja possível ajudar o Draco... – após terminar a frase um sorriso casto se manifestou nos lábios descorados da Sra. Malfoy...



 


– Severus... – disse Narcisa levantando-se da cadeira, mas rapidamente foi interrompida pela irmã novamente...



 


– Ele tem que jurar... – disse Bellatrix pausadamente. – Faça o Voto Perpetuo!!! – exigiu.



 


Uma atmosfera de tensão rapidamente se estendeu no pequeno espaço daquela sala, Narcisa e Snape se entreolharam tensos por causa daquela palavra mencionada por Bellatrix, realmente o Voto Perpetuo era um feitiço muito imprevisível, como uma faca com dois gumes... 



 


– São somente palavras vazias, ele irá fazer o que puder quando chegar a hora... – continuou Bellatrix, realmente a Comensal não confiava em Snape o suficiente para deixar Narcisa confiar a vida de Draco nas mãos do professor de porções, o teatro persuasivo de Bellatrix estava funcionando, Snape escutou cada palavra de Bellatrix sem contestar... – Se tudo der errado, o Lorde das Trevas se voltará para você, você é um covarde Severus Snape... – concluiu Bellatrix satisfeita...



 


– É melhor pegar a sua varinha... – exigiu Snape, realmente Bellatrix não esperava aquela atitude do Comensal, sentiu-se derrotada por um segundo, Narcisa sorriu satisfeita com atitude do bruxo, Bellatrix puxou rapidamente a varinha do bolso e pediu para que Narcisa segurasse a mão de Snape para que ela pudesse fazer o juramento, Bellatrix se colocou diante deles e lançou um feitiço sem pronunciar nenhuma palavra, apenas uma linha tênue dourada surgiu em volta das mãos de Snape e Narcisa, agora tudo estava pronto, faltava apenas proferir as palavras do juramento para que o Voto Perpetuo fosse concluído...



 


– Você, Severus Snape, cuidará de Draco Malfoy enquanto ele tenta realizar o desejo do Lorde das Trevas? – articulou Bellatrix, iniciando o ritual do Voto Perpetuo...



 


– Cuidarei... – afirmou Snape



 


– Você fará tudo o que for possível para protegê-lo a todo instante? – continuou Bellatrix



 


– Farei...



 


– E se Draco falhar, você mesmo concluirá a tarefa que o Lorde das Trevas incumbiu ao Draco de realizar?   



 


Concluirei... – disse Snape finalizando o ritual do Voto Perpetuo, Bellatrix e Narcisa estavam satisfeitas com o profissionalismo de Snape, realmente as Comensais não esperava tanto assim de Snape, mas o voto estava completo e não havia como voltar atrás, Snape estava ciente de apartir do momento que fez o Voto Perpetuo teria que cuidar de Draco Malfoy, filho único de Narcisa Malfoy...


 


 


Beco Diagonal| Londres- Inglaterra  




 


Os Dias permaneciam consecutivamente nebulosos e sombrios na Londres Trouxa, os tempos estavam mudando de acordo com o poder ampliado de Voldemort, os eventos não complicaram apenas no Mundo dos Bruxos, o Mundo Trouxa também arcou com as algumas conseqüências do poder ilimitado de Voldemort, Os tempos eram outros agora, tempos ruins, mas um pouco de esperança restava nos corações daqueles que lutavam a favor da própria liberdade, assim como a Ordem da Fenix e qualquer seguidor da mesma, caso Voldemort conseguisse o poder total, tanto o Mundo dos Trouxas como o Mundo dos Bruxos seriam condenados a escravidão eterna, portanto em algum lugar de Londres a consonância e a alegria manejavam, principalmente na Loja dos Irmãos Weasley, O Trio de ouro decidira-se buscar algo a mais, decidiram se divertir um pouco na Loja dos Gêmeos Weasley, realmente o trio precisava se distrair um pouco, principalmente Harry, o jovem bruxo vivia assombrado pelos “pesadelos” freqüentes que tivera com Voldemort e mais outro fato que conspirava contra Harry, era conter que sua preocupação diante de todos, principalmente para seus amigos, mas ele estava preocupado...



 


Pó escurecedor instantâneo do Peru? – perguntou Harry entusiasmado, iniciando uma conversa agradável com Fred e George Weasley durante sua caminhada pela loja forasteira dos gêmeos, muitas invenções excêntricas que os Weasley criaram e exportaram estavam a venda na loja, um pequeno objeto semelhante a um pedaço minúsculo de rocha azul chamou a atenção de Harry, conhecido como Pó Escurecedor Instantâneo do Peru, Fred e Jorge apenas sorriram amigavelmente para o garoto...



 


– Uma verdadeira maquina de dinheiro... – afirmou George colocando a mão sobre o ombro de Harry, o rapaz apenas ouvia atentamente, realmente Harry estava interessado no Pó Escurecedor...



 


– Útil se quiser uma fuga rápida e imperceptível – completou Fred animado tocando no pequeno objeto, mostrando-o para Harry dando em seguida o Pó Escurecedor nas mãos do moreno, segundo depois os gêmeos deixaram-no sozinho, caminhando pela Loja lotada, Fred e George caminharam sorrateiramente pegando Gina e Hermione de surpresa na seção de Porções...



 


– Olá meninas... – disseram os gêmeos em uníssono de uma forma debochada e divertida, chamando a atenção das Grifinórias, antes que pudesse falar algo, George se adiantou mais uma vez...



 


Porções do Amor? – perguntou ele debochadamente, vendo um frasco minúsculo rosado sobre o domínio de Hermione, as bochechas brancas logo coraram num leve tom rosado, Gina apenas fitou seus irmãos, achando-os dois completos idiotas...



 


– Elas funcionam mesmo, mas pelo o que escutai por ai maninha, você não precisa dessa porção. – brincou Fred dando um sorriso sarcástico frisando o “maninha” de propósito, George riu baixo com a brincadeira do irmão, Gina olhou para ambos confusa, não havia entendido aquela brincadeira sem fundamento...



 


– Como assim? – perguntou ela com um sorriso de canto...



 


– Você não está saindo com o Dino Thomas? – Fred perguntou o obvio, sorrindo para a irmã, Gina sorriu com sarcasmo...



 


– Isso não te interessa! – replicou Gina deixando o local, certamente aquilo havia deixado a ruiva chateada, a Grifinória não gostava de sua vida pessoal exposta, até mesmo exposta para os irmãos intrometidos, Fred e George também se retiraram da seção de porções deixando Hermione sozinha, a castanha apenas observava timidamente o pequeno frasco rosado em suas mãos, por um único momento pensou em Rony, mais depois sacudiu rapidamente a cabeça para afastar tais pensamentos com o ruivo, Hermione pressentiu alguém observando-a minuciosamente, para comprovar sua suposição, a castanha rapidamente contornou seu corpo, olhando para trás, avistando um rapaz de cabelos loiros levemente dourados com alguns cachos, olhando-a detalhadamente com um sorriso galante nos lábios, Hermione reconheceu rapidamente que o rapaz era bonito, mas não fazia o seu tipo, sentiu-se intimidada pela presença dele, realmente ele secando-a não dera muito certo, Hermione afastou-se assustada largando bruscamente o vidro de Porção do Amor no recinto de onde havia retirado...



 


No outro lado da Loja Gemialidades Weasley, estava Rony desacompanhado, mexendo em algumas latas lacradas, o ruivo pegou uma lata redonda e demonstrou está interessado no objeto estranho, apenas em uma fração de segundo os Gêmeos Weasley apareceram, perguntando o que tanto Rony procurava, o ruivo contornou seu corpo para os irmãos e disse...



 


– Quanto custa isso? – perguntou interessado, olhando minuciosamente para o pequeno objeto em suas mãos, sorrindo esperançoso para os irmãos...



 


– Cinco galeões. – disse Fred e George em uníssono, realmente os gêmeos adoravam fazer aquele discurso e adorava ainda mais tirar brincadeiras com o irmão mais novo, os gêmeos travessos não perderam aquela oportunidade, Rony os encarou com uma cara insatisfeita e retrucou...



 


– Para mim quanto custa? – perguntou novamente o ruivo, tentando pechinchar apenas por ser irmão dos donos da Loja, mas aquilo não funcionava com os gêmeos, ambos riram debochadamente de Rony após a sua pergunta...



 


– Cinco Galeões!!! – disseram novamente em uníssono com um sorriso divertido nos lábios...


 



– Mas eu sou seu irmão!!! – Bradou Rony rabugento



 


– 10 galeões!!! – novamente disseram em uníssono, debochando de Rony novamente, subindo o preço propositalmente para irritar o irmão mais novo, conseguindo com sucesso, Rony fechou a cara e cruzou os braços como se tivesse perdido em uma partida de Xadrez de Bruxo, o ruivo mal havia percebido que Harry e Hermione o observavam com um sorriso estampado em seus rostos...



 


– Ah Vamos embora! – retrucou Rony ainda aborrecido com os irmãos, caminhando para a saída da loja ao lado de seus melhores amigos, uma voz melodiosa e terna ressonou próxima ao ruivo...



 


– Oi Rony – saudou uma jovem de cabelos loiros cacheados com um laço vermelho amarrado nos cabelos, realmente aquilo foi uma surpresa para Rony, Lilá Brown nunca havia lhe dirigido a palavra, ela apenas sorriu gentilmente para ele acenando com uma das mãos, Rony ficou surpreso...



 


– Oi – disse Rony simplesmente não dando tanta importância assim para Lilá, ela ficou levemente desapontada, Rony voltou a seguir seus amigos para fora loja...



 


O Silencio...



 


– Como é que o Fred e o George estão funcionando? Metade do Beco está fechando as portas... – perguntou Hermione quebrando o silencio, percebendo que o Beco Diagonal estava realmente com quase todos os comércios fechados, os tempos estavam mudando, tudo havia se tornado mais sombrio, ainda mais com o retorno de Voldemort, cada dia que passava a serpente ficava ainda mais poderosa e a Ordem da Fenix mais fraca, era um fato que até mesmo o aluno mais idiota de Hogwarts reconheceria, realmente o tempo das trevas estava mais próximos do que eles imaginavam...



 


– Fred acha que as pessoas estão precisando rir ultimamente... – disse Rony colocando as mãos nos bolsos laterais de sua calça bege...



 


– Eu acho que ele está certo – confirmou Harry



 


– Oh Não!!! Olivaras, todo mundo comprava suas varinhas aqui!!! – bradou Hermione assustada com estado da Loja Olivaras, a melhor Loja de Varinhas do Beco Diagonal, Harry e Rony analisaram rapidamente o local, o trio decidiu entrar nos escombros sobrados da loja, tudo estava negro por causa das chamas, realmente tudo havia sido destruído na loja, Rony se desvencilhou até a janela e percebeu um movimento estranho fora da loja destruída, um jovem com madeixas loiras platinadas trajando um terno preto na companhia de Narcisa Malfoy, Rony perguntou a si mesmo o que Draco e Narcisa Malfoy estavam fazendo no Beco Diagonal naquele exato momento, ambos murmurava algo entre si, temendo que alguém viesse a escutar a conversa...



 


– Harry – chamou o amigo, Harry e Hermione rapidamente olharam pela mesma direção que o ruivo olhava e observaram Draco na companhia da mãe... – Impressão minha ou Malfoy e a Mãe não estão querendo ser seguidos? – perguntou Rony desconfiado, Draco e Narcisa adentraram rapidamente um pequeno beco, caminhando rapidamente para ninguém realmente segui-los...



 


Harry, Rony e Hermione decidiram segui-los, realmente aquilo era um pressentimento ruim, assim o trio de amigos concluiu, os Grifinórios caminharam lentamente para não serem descobertos pela dupla, Harry havia compreendido que eles estavam indo alem do Beco Diagonal, quando percebera, eles prontamente estavam na Travessa do Tranco, o trio somente recuou quando Narcisa e Draco adentraram na loja Borgin e Burkes, a curiosidade do trio aumentou ainda mais, o que Narcisa e Draco faziam em uma loja como aquela? Realmente a loja não se enquadrava nos gostos da família aristocrática dos Malfoy, o trio percebeu que tinha algo importante iria acontecer e iria descobrir a qualquer custo, Harry teve a brilhante idéia de subir para o telhado, para poder ver no interior da loja, Harry, Rony e Hermione subiram rapidamente na cobertura, avistando a janela da loja, a visão interior da loja estava boa o bastante para eles conseguirem ver Draco e Narcisa e mais um grupo de pessoas desconhecidas naquele local...



 


– O que está acontecendo? – perguntou Harry curioso, mas não obteve resposta, tanto ele como Rony e Hermione estavam confusos, olhando atentamente para o jovem Malfoy e sua mãe, o Sonserino contemplava um armário antigo, passando lentamente a mão sobre o objeto, estava admirando, Narcisa afetivamente beijou a bochecha do filho, o trio olhava vidrados para aquela visão estranha e sem sentido, mas a visão foi interrompida por um homem com a aparência de algum animal, seu rosto deformado e suas presas designavam que ele não era humano, o trio rapidamente se escondeu na cobertura para não serem vistos por aquele homem, o estranho fechou rapidamente as cortinas da Borgin e Burkes para que ninguém visse o que se passava lá dentro, Harry e seus amigos ficaram ligeiramente desapontados e decidiram sair daquele lugar enfadonho...



 


17:30 da Tarde| Expresso de Hogwarts 




 


Harry, Rony e Hermione conversavam amenidades na cabine do expresso de Hogwarts, mas Harry ainda estava equivocado com a situação de outrora, um conceito veio na mente do Grifinório sobre o encontro de Draco e Narcisa com aquelas pessoas na Borgin e Burkes, o moreno concluiu que Draco finalmente havia se tornado membro do Ciclo de Voldemort, em outras palavras, havia se tornado um Comensal da Morte...



 


– O Que Draco estava fazendo naquele lugar? Quem era aquelas pessoas? Vocês não entendem? Aquilo era um ritual, uma iniciação, ele finalmente se tornou um deles... – soltou Harry não suportando guardar aquela suposição para si mesmo, Hermione havia entendido de imediato o que Harry queria dizer com aquilo, a castanha pensou o mesmo, mas ainda não tinha absoluta certeza, Hermione não gostava de julgar as pessoas, mesmo que essa pessoa fosse Draco Malfoy, aquele que sempre a humilhava pelos corredores de Hogwarts...



 


– Pare Harry, sei muito bem onde você quer chegar!!! – pediu Hermione com uma voz aborrecida, reprovando a atitude de Harry, realmente Hermione não gostava de julgar as pessoas e não gostava que seus amigos julgassem também...



 


Rony ainda não havia entendido nenhuma palavra sequer, olhou para os amigos confuso com o que eles haviam dito... 



 


– O que você quer dizer com isso Harry? – perguntou Rony novamente...



 


– O Harry está achando que o Draco Malfoy é um Comensal da Morte... – respondeu ela com uma voz solida, soltando um leve suspiro, Rony agora havia entendido tudo o que Harry estava dizendo, rapidamente o rapaz reprovou a suposição do amigo, assim como Hermione...



 


– Você está louco? O que Você-Sabe-Quem iria querer com um imprestável? – perguntou Rony frisando o final da frase com um sorriso debochado nos lábios, Rony odiava Draco Malfoy e sempre fazia questão de botar algum apelido maldoso no Sonserino...



 


– Então o que ele estava fazendo na Borgin e Burkes? Comprando moveis? – perguntou Harry com um tom serio e levemente irritado, realmente ele queria que seus melhores amigos acreditassem no que ele estava falando, mais estava falhando perfeitamente, Draco havia virado um Comensal da Morte e ele tinha absoluta certeza disso...



 


– A Loja é nojenta, ele é nojento. – disse Rony sarcasticamente, igualando a loja velha de Borgin e com Draco...



 


– Olhe, o pai dele é um Comensal da Morte, isso tem tudo haver, além disso a Hermione viu o que eles fizeram!!! – insistiu Harry na historia de Draco ser um Comensal, realmente Hermione e Rony não acreditava que Draco Malfoy realmente fosse um Comensal da Morte...



 


– Eu te disse, eu não sei direito o que eu vi!!! – contestou Hermione exaltada segurando firmemente seus livros entre os dedos, Harry soltou um suspiro de decepção...



 


– Eu vou dar uma volta – enfatizou ele aborrecido levantando-se da cadeira, Harry estava chateado porque seus amigos não acreditava na sua hipótese, o Grifinório apenas pegou uma pequena bolsa com objetos que ele havia comprado na loja do Gêmeos Weasley e saiu da cabine, Hermione olhou com compaixão para o amigo, realmente a castanha desconfiava que Draco fosse um comensal, mas não era da natureza de Hermione sair julgando as pessoas, por mais que elas merecessem...



 


Harry caminhou pelo trem rapidamente com a bolsa em sua mão, ele estava determinado a descobrir se realmente Draco havia se tornado um Comensal, o Grifinório caminhou rapidamente para o vagão da Sonserina, o moreno parou antes de adentrar o vagão, ele avistou Draco Malfoy alguns metros de onde ele estava escondido, Harry observou o Sonserino minuciosamente para de alguma forma pegar alguma informação importante, mas aquela distancia não era o bastante, Harry teve uma brilhante idéia de usar algumas da Gemialidades Weasley para conseguir alcançar seu objetivo, o moreno colocou a mão dentro da pequena sacola preta que estava em sua mão e retirou alguns Pós Escurecedores Instantâneos do Peru que havia comprado dos Weasley e o arremessou no vagão da Sonserina, rapidamente uma fumaça negra e densa se alastrou e tomou conta de cada milímetro daquele vagão, deixando todos os Sonserinos atordoados naquele escuro, Harry aproveitou a chance para usar sua Capa da Invisibilidade e se esconder entre os pertences de Draco...



 


– O que foi isso? – perguntou Draco ficando nervoso com aquilo... – Blasio? – chamou o colega de casa, mas apenas uma voz feminina respondeu o chamado de Draco...



 


– Deve ser alguns desses calouros do primeiro ano fazendo bagunça, venha Draco sente-se, logo chegaremos em Hogwarts... – disse Pansy Parkinson, chamando o Sonserino, Draco contornou seu corpo e sentou-se ao lado da morena...



 


A Aparência do jovem Malfoy havia mudado bastante, parecia muito abatido, os olhos que antes transmitia seu ego elevado e uma prepotência sem igual, agora eram turvos e distantes, como se Draco estivesse pensativo o tempo inteiro e realmente ele estava, a vida de Draco Malfoy estava mudando assim como o tempo, sua vida não era mais aquela que ele normalmente estudava com os colegas de casa tranquilamente e humilhava algumas pessoas pobres ou sangues-ruins, agora ele havia se tornado um homem, um homem com responsabilidades, responsabilidades que ele mal podia suportar, era cedo para ele, mas como todo o Malfoy, Draco teria que amadurecer de uma maneira precoce e enfrentar grandes responsabilidades, uma tarefa abominável foi designada ao Sonserino, uma tarefa mais difícil do que qualquer coisa que o jovem Malfoy fizera na vida, portanto para manter a propria segurança e a segurança de sua família, Draco deveria esquecer que tem sentimentos e cumprir cegamente as ordens do seu líder, Lorde Voldemort, realmente Draco Malfoy havia se tornado um Comensal da Morte...



 


– Hogwarts, não sei como ainda chamam isso de escola, eu me jogaria da Torre de Astronomia se tivesse que continuar por mais dois anos... – enfatizou Draco enojado colocando as mãos sobre a mesa olhando pela janela...



 


– Está falando do que Draco? – perguntou Pansy preocupada com o Sonserino, realmente Draco estava esquisito, concluiu Pansy...



 


– Digamos que vocês não vão me ver perdendo tempo nas aulas de feitiço ano que vem! – disse Draco olhando para seus pertences, realmente Draco havia notado algo estranho entre suas coisas, algo se movimentava entre as suas coisas, Draco sorriu de canto, percebendo que tinha alguém o espionando com alguma capa invisível, Blaiser soltou uma risada, achando cômico o que Draco havia dito, rapidamente o Sonserino contornou o rosto para o colega, ficou irritado com o deboche...



 


– Acha engraçado Blaise? Vamos ver quem vai rir no final... – disse Draco friamente, contornando novamente o olhar para seus pertences, alguém estava ali, concluiu ele...



 


19:30 da noite| Plataforma de Hogwarts|




 


Quando o Expresso de Hogwarts chegou ao seu destino, a escuridão da noite já dominava os céus de Hogwarts, O Trio de Ouro ainda permanecia dentro do expresso de Hogwarts, portanto estavam separados, Harry ainda permanecia escondido no vagão da Sonserina, seguindo qualquer passo que Draco desse, Harry estava determinado a descobrir se Draco realmente tinha se transformado em um Comensal, o moreno observava cada movimento de Draco, Pansy e Blaise naquele momento, avistou os amigos de Draco se levantarem das cadeiras para sair para plataforma para pegar a carruagem para Hogwarts, Pansy e Blaise pararam no caminho, olhando para Draco que permanecia sentado...



 


– Vão na frente, eu quero ver uma coisa... – disse Draco com um tom serio passando o dedo delicadamente no queixo delineado, Pansy e Blaise apenas assentiram, deixando o Sonserino sozinho no vagão, Draco levantou-se da cadeira e olhou para cima onde se encontrava sua pasta com seus pertences, o loiro puxou rapidamente sua varinha do bolso da calça...



 


**



 


No vagão da Grifinória, Hermione e Rony preparava-se para sair do Expresso, mas Hermione parou repentinamente no meio do caminho e disse...



 


– Cadê o Harry? – perguntou Hermione preocupada, ela e Rony analisavam o corredor para ver se Harry ainda estava por ali, mas não o encontraram...



 


– Acho que ele deve está na Plataforma, vamos... – disse Rony começando a caminhar novamente, mas Hermione estava preocupada demais com o amigo, a castanha puxou Rony pela camisa e disse...



 


– Vai na frente Rony, realmente sinto que algo ruim está acontecendo com Harry, vou procurar por ele, nos vemos no salão principal... – disse Hermione, Rony assentiu continuando a caminhar novamente, Hermione começou a caminhar na direção oposta de Rony, Hermione sentia um pressentimento muito ruim, algo que não havia sentido antes, era uma sensação nova, parecia algum tipo de poder, mas realmente Hermione não queria pensar naquilo agora, apenas continuou a procurar pelos vagões da Lufa-Lufa e Corvinal, alguns minutos haviam se passado, a Grifinória ainda não havia encontrado Harry...



 


**



 


Draco inclinou uma de suas mãos até a sua maleta e a pegou, o Sonserino caminhou lentamente até a porta de saída, mas não a atravessou como deveria, Draco apenas levou a mão até a maçaneta da porta e a fechou rapidamente e depois cerrou a cortina da porta e privou que alguém do outro vagão assistisse alguma coisa no vagão que ele estava, Draco lançou um feitiço para que todas as cortinas do Expresso fossem fechadas, ele estava totalmente ciente que alguém o espionou a viagem inteira, ele sabia exatamente quem estava naquele vagão escondido debaixo de uma capa de invisibilidade, esse alguém era seu rival Harry Potter...



 


– Sua mãe não te ensinou que é feio espionar Potter? Petrificus Totalus!!! – bradou Draco com desprezo aparente na voz, lançando um feitiço de petrificação em Harry, Draco estava com muita raiva naquele momento, Harry caiu bruscamente no chão, ficando totalmente paralisado com o feitiço que Draco lançou nele, o Sonserino caminhou até o corpo de Harry caído no chão e retirou a capa de cima do Grifinório e o encarou com um nojo aparente em sua face, Draco odiava Harry, aquela oportunidade de “cuspir” na cara de rival era imperdível...



 


– Lembrei!!! Sua mãezinha de Sangue-ruim morreu antes de você limpar a babar do seu queixo!!! – retrucou Draco com uma voz carregada de desprezo e ódio, uma veia que costumava a pulsar na têmpora do Sonserino estava bastante visível, ele realmente estava furioso e realmente não perderia a chance de agredir Harry covardemente, Draco levantou uma das pernas e chutou o rosto do Grifinório sem hesitar, descontou toda a raiva que sentia pelo Santo-Potter naquele chute que deslocou o nariz de Harry, Draco sorriu satisfeito com aquilo...



 


– Afaste-se dele seu desgraçado!!!! – Hermione estava ali parada perante Draco, seus olhos brilhavam em fúria, estava furiosa por Draco ter agredido seu melhor amigo daquela maneira, sentiu nojo e repulsa pelo Sonserino como nunca havia sentido em toda sua vida, Hermione estava tão furiosa que encostou agressivamente sua varinha no pescoço de Draco, o machucando...



 


– Perdeu a noção do perigo sangue-ruim? – perguntou Draco furioso, agora seus olhos chamejavam de tanta fúria, mas o Sonserino resolveu permanecer imóvel, apenas encarou Hermione com um nojo aparente nas íris acinzentadas, ele odiava Harry Potter e toda sua gente, apenas ao ficar próximos a eles, aquilo causava nojo em Draco...



 


– Quem perdeu a noção do perigo aqui foi você Malfoy, você encostou essa mão suja no Harry!!! Fique longe de nós!!! – esbravejou Hermione quase gritando, pressionando ainda mais a ponta de sua varinha no pescoço pálido de Draco, a medida que ela pressionava a varinha no pescoço dele, mais ficava avermelhado, Draco estava muito furioso a ponto de estuporá-la sem pensar duas vezes...



 


– Cale essa boca sua imunda, tecnicamente foi meu pé sua imbecil suja e para sua informação sangue-ruim, o Potter que procurou por isso, ele ficou me espionando a tarde inteira, apenas me defendi, agora afaste essa maldita varinha do meu pescoço porque tenho mais o que fazer agora!!! – esbravejou ele furioso, os olhos de Draco cintilava de tanta raiva que estava sentindo, realmente era humilhante demais para ele ser imobilizado por uma nascida trouxa, principalmente por Hermione Granger, a queridinha do Trio-Maravilha, a sabe-tudo nojenta e desprezível de Hogwarts, assim que ele determinava Hermione Granger, para ele, Hermione não passava de um lixo descartável pior do que Harry Potter e Rony Weasley...



 


– Nada do que você fale Malfoy, não me atinge mais, você é nada para nós, você é insignificante, espero que não chegue mais perto de nós, se não eu mesma me encarrego de acabar com você. – disse ela soltando cada palavra com repulsa recolhendo novamente sua varinha, Draco apenas a olhava com desprezo, mas demorou apenas alguns segundos para ele desaparecer do vagão, Hermione se ajoelhou diante de Harry e olhou preocupada, lançando um contra-feitiço para reverter o Petrificus Totalus, rapidamente Harry levantou-se suspirando aliviado por ver Hermione, seu nariz sangrava sem parar por causa do chute que levou de Draco, Hermione levou a mão até o bolso e retirou um lenço e deu para o amigo...



 


– Harry, você não deveria ter feito isso e se o Malfoy realmente for um Comensal da Morte? Se ele for, ele é perigoso agora, não deveria ter feito isso! – disse Hermione repreendendo Harry, o moreno apenas limpava o sangue, levantando-se do chão com Hermione, ambos seguiram silenciosos para a Plataforma, depois de alguns minutos, Hermione e Harry haviam chegado para pegar a carruagem, mas não havia mais disponíveis e ambos foram caminhando...



 


Alguns minutos depois, Harry e Hermione haviam chegado em Hogwarts em segurança, passando pela segurança de Aurores no portão principal que dar acesso para Hogwarts, na entrada haviam topado com Draco novamente, mas ambos decidiram ignorá-lo, ao chegar na entrada do castelo, Hermione olhou para Harry e disse...



 


– Devemos ir imediatamente à Ala Hospitalar, seu nariz está ficando roxo e não para de sangrar Harry, vamos!!! – disse Hermione preocupada, puxando Harry pelo braço, o Grifinório não respondeu apenas seguiu com Hermione para a Ala Hospitalar, afinal ele estava sentindo uma terrível dor no nariz e precisava de alguma porção para dor...



 


20:25 da Noite| Ala Hospitalar de Hogwarts




 


Hermione e Harry adentraram rapidamente na Ala Hospitalar, avistando Madame Pomfrey dando alguma poção a um garoto do primeiro ano, Hermione caminhou até a senhora, cutucando-a no ombro, causando um susto enorme nela, quando Madame Pomfrey virou-se para ver quem havia lhe dado aquele grande susto, sorriu para Hermione rapidamente...



 


– Olá Srta. Granger é bom revê-la aqui mais esse ano, o que a Senhorita faz aqui? – perguntou Pomfrey sorrindo gentilmente, deixando o remédio em cima da mesinha quadriculada ao lado da cama, o garoto na cama fazia caras e bocas, indicando que aquele remédio tinha um gosto terrível, Hermione direcionou novamente seu olhar nas irias azuladas de Pomfrey e sorriu brevemente...



 


– Meu amigo deslocou o nariz e não para de sangrar... – disse Hermione puxando Harry pelo braço, mostrando seu estado para Pomfrey, a senhora rapidamente analisou o rapaz...



 


– Tenho um feitiço infalível para estruturar os ossos e também uma porção para cura, certamente o tecido rasgou por dentro por causa da pancada, afinal Sr. Potter como conseguiu deslocar o nariz? – perguntou Pomfrey passando um dedo levemente no queixo com uma expressão confusa em seu rosto, Hermione rapidamente travou...



 


– Ah Madame Pomfrey, a senhora sabe que acidentes acontecem, ele apenas caiu na plataforma, será que agora a senhora pode nos ajudar? – mentiu ela com um sorriso sínico nos lábios tentando cortar aquela conversar, Hermione não sabia mentir bem por muito tempo, as vezes começava a gaguejar sem parar, mentir não era uma de suas virtudes, Pomfrey assentiu apenas, pegando no braço de Harry, o conduzindo até uma cama no canto da Ala Hospitalar, era uma parte menos iluminada, Hermione acompanhou Pomfrey e Harry silenciosamente...



 


– Sente aqui Sr. Potter, quero que o senhor se concentre, vou consertar seu nariz... – disse Pomfrey pegando sua varinha, apontando-a para o rosto de Harry, o moreno manteve-se imóvel e Hermione apenas os observava...



 


– Lá vai... – disse Pomfrey pausadamente... – Episkey!!! – bradou Pomfrey, provocando um ruído nos ossos do nariz de Harry, o Grifinório gritou de dor colocando a mão sobre o nariz, agora o osso havia voltado para o lugar, Pomfrey sorriu e disse...



 


– Pronto, novo em folha, agora aguarde um segundo Sr. Potter e Srta. Granger, vou pegar uma Porção Revigorante para acelerar o metabolismo de cura do Sr. Potter... – disse Pomfrey caminhando para algumas prateleiras recheadas de medicamentos e acessórios hospitalares...



 


Hermione olhou para Harry e ele olhou para ela...



 


– Realmente estou pensando sobre essa história do Malfoy Harry, será mesmo que ele virou Um Comensal da Morte, se realmente ele virou, teremos que fazer alguma coisa para alertar Dumbledore sobre isso... – disse Hermione passando a mão levemente na testa soltando um suspiro de alivio, Harry não disse nenhuma palavra, ambos ficaram em silencio por alguns segundos...



 


NÃO, COMENSAL DA MORTE NÃO!!!!!!!!!! MORTE NÃO!!!!– uma voz assustadora e desesperada ecoou no Ala Hospitalar, Hermione e Harry assustaram-se com a gritaria de uma garota que estava na cama ao lado, Hermione olhou imediatamente, aproximando-se da garota estranha que gritava sem parar a mesma frase, estava delirando e tendo convulsões, Harry e Hermione olhavam para a garota espantados, Pomfrey ouviu a gritaria e correu imediatamente para onde eles estavam e parou em frente a cama daquela moça...



 


– Se Acalme menina, isso... – disse Pomfrey aplicando um remédio através de uma seringa no braço fino e pálido da garota, Pomfrey soltou um suspiro aliviado retirando lentamente a seringa, jogando-a no lixo em seguida, Hermione e Harry ainda olhava aquela cena confusos...



 


– Madame Pomfrey ela esta melhor? Como ela se chama? – perguntou Hermione preocupada com estranha garota, analisando o rosto pálido da garota, os cabelos negros emolduravam perfeitamente sua cor empalidecida e seu rosto levemente delineado, parecia uma frágil boneca de porcelana, sua expressão parecia tão aflita, tão atormentada, Hermione concluiu que quem fosse aquela garota, ela havia sofrido muito, mas Hermione guardou suas teorias para si mesmo, olhou para a garota com compaixão, Harry apenas permaneceu calado diante daquela situação...



     


– Sim ela está melhor Srta. Granger, o nome dela é Charlotte Van Der Woodsten, posso dizer apenas isso, Dumbledore disse que não era para... – disse Pomfrey levantando-se da cama da garota, encarando Hermione e Harry nos olhos, mas a senhora não continuou seu discurso, apenas puxou a mão de Harry e depositou um frasco verde na mão dele e disse...



 


– Essa é a Porção Revigorante, agora por favor, vão para o salão comunal agora... – disse ela simplesmente, caminhando novamente para ao lado da cama daquele garoto que ela cuidava quando Hermione e Harry haviam entrado na Ala Hospitalar , A dupla se entreolharam confusos, realmente Dumbledore estava escondendo alguma coisa e aquela garota era o motivo, Hermione e Harry analisaram mais uma vez o corpo quase sem vida da garota na cama hospitalar e depois de alguns minutos ambos saíram da Ala Hospitalar...



 


Realmente os tempos estavam mudando, Voldemort expandia a cada dia seu exercito de Comensais da Morte, agora Draco Malfoy era mais um membro de seu Ciclo de Morte, Voldemort arquitetou um plano perfeito para obter vantagem sobre a Ordem da Fenix, realmente muitas coisas estranhas estavam acontecendo e muitas estavam prestes a acontecer daquele dia e diante, e a Charlotte Van Der Woodsten? Porque Lorde Voldemort odiava tanto os Woodsten? Realmente o tempo está imprevisível e novamente o Trio de Ouro deverá entrar em ação para manter todos em segurança...



 


CONTINUA...

 

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