muitas verdades



Cap 26
Draco já estava sentado, mas não se lembrava de como tinha se sentado, nem quando, mas também não se importava com isso!
¾ Foi a 5 anos, aliais, mais de 5 anos...
¾ Que parte do “não enrole” você não entendeu.
Lúcio deu uma risada fria, tudo estava saindo conforme o planejado, Draco estava ansioso e prestando atenção, era a hora de soltar a bomba se queria realmente que ela tivesse o efeito esperado.
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Gina se aproximou mais, viu Lúcio e Draco, conversando ao mesmo tempo que tentava entender o que as vozes queriam dizer.
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¾ Draco Malfoy, caso sua amantesinha ainda não tenha tido coragem e sangue frio, a 4 anos...
¾ Não! – disse Gina entrando na sala! – você não tem direito de contar isso, isso é entre eu e Draco, você não tem esse direito! – disse ela, para Lúcio visivelmente desesperada.
Draco estava confuso, não sabia o que pensar, não conseguia se concentrar em nada, olhava de Lúcio para Gina.
¾ Porque eu não falaria? Porque, esta é a minha vingança, você teve 4 dias para falar, Draco, - disse Lúcio apontando para Gina - Ela teve gêmeos, um lindo casal, loiros, de olhos azuis dois lindo filhinhos, seus!
¾ O que? – disse Draco agora diretamente para Gina. – isso é verdade?
¾ Sim! – disse ela agora as lágrimas caiam de seus olhos. – eu ia te contar, eu ia...
¾ Quando?
Ela não respondeu, estava soluçando agora.
Draco estava visivelmente irritado “ Esse tempo todo, e eu tenho filhos, gêmeos, que são loiros de olhos azuis, eu, eu sou pai?!” . Ele levou a mão a testa contendo a fúria, não sabia de quem estava sentindo mais raiva, se de Gina, ou de Lúcio, ela por não contar e ele por esconder.
Naquele momento os dois esperavam a reação de Draco, ela definiria o futuro deles, se Draco ficasse do lado do pai, Gina podia perder a guarda de seus filhos, e se ele ficasse do lado de Gina, Lúcio ia ter que se ser subordinado dele, pois há muito tempo já não tinha poder nenhum sobre seus negócios.
¾ Há quanto tempo você sabe? – perguntou com a voz brava para Lúcio.
¾ Apenas a pouco tempo, coisa de algumas semanas. – disse ele usando seus dotes de atuação.
¾ Mentira, você sabe desde o começo! Você já sabia quando eu embarquei para Paris, você sempre soube, mas achou que não importava pois Selene te daria outros netos! Mas ela não deu, e agora você quer tirar os meus filhos de min! – disse ela acusando diretamente Lúcio.
¾ Quer dizer que eu sou o último a saber das coisas nessa casa? – disse Draco agora gritando. – Você moveu um processo para tomar os meus filhos, que eu nem sabia que existiam?
Lúcio não respondeu, sabia que agora estava saindo prejudicado.
¾ Você vai remover esse processo, ouviu? –disse diretamente para Lúcio. – O que vai acontecer com meus filhos, vai ser decidido, por min, e pela mãe deles! Acho que fui bem claro, não? – disse Draco.
¾ Muito! – resmungou Lúcio.
¾ Ótimo, com você eu já resolvi o que tinha de resolver, por hora!
¾ Agora, você vêm comigo! – disse ele para Gina, que estava visivelmente chorando.
¾ Posso ajudar em algo senhor? – perguntou Milla ao entrar ba sala seguidas por Iam e Locke, os elfos, estavam logo atrás da cortina, mas não podiam ser vistos a não se que alguém visse do canto.
¾ Locke, prepare um wuíque para min!
¾ Não - disse Draco- prepare uma poção calmante.
¾ Vai me proibir de beber agora?
¾ Quer saber, pode se embebedar a vontade! – disse se virando e puxando Gina delicadamente pela cintura.
¾ O que foi? –disse Lúcio para os empregados.
¾ Locke, explique para eles! – gritou Draco lá no outro corredor!
Lúcio saiu da sala visivelmente mal- humorado, e foi fazer seu próprio drinque, em outra sala.
Draco subiu as escadas, e entrou no quarto, Gina se sentou na cama.
¾ Pegue uma roupa! –disse ele. – Nós vamos resolver as coisas naquele apartamento, porque aqui, ficamos sob os olhos de meu pai e dos empregados.
Ela não contestou, pegou uma roupa no armário e pôs em uma bolsa.
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¾ Sente-se! –disse Draco para ela, no mesmo quarto em que tinham passado aquela noite, mas agora a cara dele não era nada amigável.
Ela sentou-se numa cadeira, estava pronta para falar tudo, mas não ia aceitar posar de culpada nessa história pois de todos ela tinha sido a mais prejudicada, ela estava em fim, recuperando a coragem que tinha feito ela chegar até ali.
¾ Porque, porque você não me contou desde o começo? – disse ele quase num sussurro.
¾ Porque eu não te contei? Pare de achar que você foi o único e exclusivo prejudicado! – disse ela firme, mas com a voz fraca de tanto chorar. – é fácil só olhar o seu lado.
¾ Não fique me acusando, se eu terminei com você, foi para que você continuasse viva! – disse ele falando alto.
¾ Eu ia te contar, - disse ela com a voz fraca, agora, visivelmente ela estava cansada de discutir, e não chegar a lugar nenhum. – eu ia te contar, não ia ser naquela lanchonete, mas eu ia te contar, talvez em um jantarzinho especial, talvez em outro lugar, mas estava dentro de meus planos, te contar logo...
Draco estava calado, ouvindo, com atenção.
¾ Mas você terminou tudo comigo... Eu aceitei a proposta de um hospital francês... Tive que cuidar da minha mãe, mas isso você sabe, você me apoiou muito naquela época...mas não foi tão fácil, eu tive que contar tudo, desde o começo para minha mãe, tive que agüentar minha família, O Rony, me olhando, como se sentisse vergonha de min, realmente, ele nunca chegou a me conhecer, ninguém porque não puderam perceber, sempre acharam que tinha uma paixão infantil pelo Harry, é claro, que eu fazia de tudo para parecer que tinha, mas se olhassem um pouquinho para min, teriam percebido que era tudo fingimento...
¾ Eu fui para a França – continuou – comecei a trabalhar, nem sei com consegui, eu não podia mais pensar na minha vida, tinha que me esforçar para ser reconhecida no meu trabalho, não voltei para casa, provei para eles que eu podia... tirei licença, depois de 8 meses trabalhando, nem sei como consegui pedir licença, olhar nos olhos da diretora, mas eu consegui... – Gina não olhava nos olhos dele, se perdia olhando para a vista da janela, assim era mais fácil, as vezes levantava os olhos, e o encarava, mas a situação estava muito difícil, para ambos – eu tive gêmeos, é claro que já sabia que ia ter, mas... eu cuidei deles, levantava a noite para atender o choro deles, trabalhava de dia, e estudava mais, de manhã, e de noite... mas eu cheguei a vice-diretoria, comprei um apartamento, em um prédio que era um por andar, e criei meus filhos, e nunca deixei faltar nada para eles! – finalizou com a voz mais forte, tinha conseguido, não, é estava lá no topo, e tinha conseguido sozinha...
¾ Mas você não está mais sozinha... entenda isso.... – disse Draco. –agora seus filhos tem um pai, e alguém que cuide deles... eu quero conhece-los!
¾ Você vai conhece-los, mas não quero que eles fiquem com Lúcio, nem vão para aquela mansão, aquele clima é muito pesado para crianças...
¾ Você pode dormir no quarto de hóspedes? – disse Draco só por cortesia, pois ele não estava dando muita opção.
¾Claro, é o último quarto do corredor não é?
¾ Há direita! – disse Draco quando ela já tinha saído.
Se sentou na cama, com os braços na cabeça, visivelmente estressado e irritado.
¾ Eu tenho filhos... – disse depois de um tempo se levantando e indo em direção a janela. – filhos, meu deus, filhos...
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