O Plano





Cap. 16 O Plano

Selene continuava mal, não estava fora de perigo, mas estava melhorando, ainda não podia tomar remédios, comia comidas especiais, dispostas em um cardápio na cozinha, que Gina fixava diariamente. Ela própria estava sentindo muito, não podendo fazer mais nada!

Mas algo não saia da cabeça dela, o filho de Selene, sentia muita pena dela, sabia como ela estava se sentindo, porque sabia que o processo de guarda dos seus estava rolando, e sabia que tinha poucas chances, o que afirmara o advogado que tinha contratado e que também estava lutando para deixar a guarda com ela. Ela ficava muito desanimada as vezes, sem ter com quem falar, por vezes pensara em abrir o jogo Draco, mas tinha certeza que ele apoiaria o pai. Já tinha se decepcionado com ele uma vez, e não queria arriscar outra decepção!

Foi movida por esse sentimento, e por saber o que Selene tinha passado, que ela estava lá, já eram oito horas, e ela, estava parada em frente a porta do quarto de Draco Malfoy, há uns dez minutos, reunindo forças.

Levantou a mão para bater, sabendo que tinha que fazer isso, não podia deixar a situação assim, sabia o que Selene estava sentindo e nenhuma mãe merecia sentir isso! Foi com esse pensamento que ela bateu na porta do quarto dele.

Não demorou para aporta se abrir e revelar um Draco com a camisa amassada, cabelos despenteados ( “ como ele fica lindo assim...” para de babar, não é hora para você pensar nisso!) só de meia.. e bem espantado.

¾ Aconteceu algo com Selene? – perguntou ele.

¾ Sim, e não! Não se preocupe ela está bem, é um assunto particular – disse ela, falsamente calma. – Não vai me convidar par entrar? – perguntou depois de alguns segundos.

¾ Não precisa de convite, deixei isso bem claro, há uns... deixa eu ver... seis anos! – começou ele com um sorrisinho. Ela entrou e ele trancou a porta.

Ela estava tremendo, estava no quarto dele, de noite...

¾ Fique a vontade! – disse ele com um olhar malicioso, só para provocá-la.

Ela foi até a escrivaninha dele, sentou em uma cadeira muito confortável de carvalho.

“ A última vez que eu sentei aqui... é melhor eu parar de pensar nisso!”

Pelo olhar dele, ele tinha lembrado da mesma coisa. E estava adorando lembrar!

¾ Venho tratar de um assunto muito delicado, e por favor sente- se!

¾ Claro! – disse ele se sentando. - mas quero te pedir uma coisa antes!

¾ Claro! – disse ela.

¾ Pare de me tratar assim, e de ignorar tudo o que aconteceu entre a gente!

¾ Antes de você me dizer todas aquelas coisas, deixar bem claro que você brincou comigo, que você só ligava para o meu corpo, e de destruir todos os meus sonhos! – disse ela o sem que percebesse, contendo as lágrimas.

Ele estava de cabeça baixa, ela nunca poderia imaginar que estava contendo a vontade de mandar o contrato as favas e contar tudo a ela. Sentia um ódio de si mesmo, uma repugnância, um nojo... “ como pude fazer ela sofrer tanto? Meu Deus, como pude fazer sofrer tanto a pessoas que mais amo no mundo!”

¾ Mas isso é passado e não vim aqui falar sobre isso... – disse ela. – vim falar de Selene!

¾ Sem rodeios, me conte qual é esse assunto particular! – disse ele sério.

¾ O que você sabe sobre o passado de Selene?

¾ Que ela amava outro cara e que foi obrigada a se casar comigo!

¾ O que sabe sobre a relação deles?

¾ Que ela chegou há ficar grávida mais perdeu o bebê!

¾ É sobre isso que eu quero falar!

¾ Como?

¾ Ela não perdeu o bebê!

¾ O que? – disse ele pasmo.

¾ Exatamente isso o que você ouviu! Ela teve o bebê, só que os pais dela colocaram a criança em um orfanato!

¾ Que tipo de monstros fariam isso?

¾ Eu sei, é horrível !

¾ O que você propõe?

¾ Podemos tentar descobrir o que aconteceu com a criança! – disse ela determinada. “Ele me conhece melhor do que eu pensei!”

¾ Não acho que vá dar certo!

¾ E você vai ficar ai sentado, enquanto Selene sofre! È claro que você não se importa, por que se importar, a selene está morrendo mesmo! – disse ela se levantando, acumulando tudo o que estava passando nesses dias e descontando em Draco.

Ela se levantou e foi em direção a porta, mas Draco a segurou e olhou bem nos olhos dela:

¾ Eu imagino como deve ser horrível tirar uma criança da mãe! Como Selene deve ter sofrido e estar por todos esses anos, mas será impossível, irmos até a França, e procurar em todos os orfanatos, sem nome, sem referência, só se guiando pela aparência!

¾ Você não sabe, nem nunca vai saber o que ela está sentindo! – disse ela, com raiva , também era mãe, sentia a mesma dor que Selene.

¾ E você sabe, não é?

¾ Eu tenho irmãos, posso imaginar como é seria como perder um deles!

¾ Com filho é diferente!

¾ Como sabe? Você nunca teve filhos! – disse ela, sabendo da mentira.

Estavam tendo uma briga de casal, algo que não tinham a cinco anos!

¾ Mas imagino, como deve ser... eu sempre quis ter filhos... – disse ele, por um momento, Gina pode ver sinceridade nos olhos, dele, ficou desarmada, começou a se questionar se contava! Ele a soltou, e foi para o outro lado do quarto!

¾ Há um modo! – disse ela sinceramente, com a voz calma.

¾ Qual? – disse ele se aproximando dela.

¾ È uma criança de sangue puro, não se acha isso em orfanatos trouxas, é só usar rastreadores!

¾ E como fazemos isso?

¾ Uma busca oficial no Ministério da Magia, na França! Não precisa se expor pode mandar um representante! Eu vou! Só que preciso de ajuda!

¾ Não, eu mandarei alguém, mas concordo com você!

¾ Obrigada! – disse ela com um sorriso sincero! “Ele está como eu me lembro dele, gentil, um pouco frio, mais gentil, acho que ele amadureceu, não é mais, nem pensa mais como um garoto!”

¾ Não há de que! – disse ele se aproximando dela, e a beijando.

Gina não teve como evitar, desprevenida, ficou sem reação, mas logo depois começou a corresponder ao beijo, esquecendo tudo o que tinha para esquecer,parecia que ele já conhecia sua boca (e realmente já a conhecia). Ele começou a desabotoar sua blusa, com prática, e delicadeza.

Mas quando ele foi fazer isso, a mão dela empurrou a dele. Ela tinha recuperado a consciência.

¾ A festa acabou, Draco Malfoy! – disse ela reunindo toda a determinação que tinha e empurrando ele, e abotoando a blusa dela.

Draco se levantou.

Ela foi destrancar a porta, e quando fez isso, alguém segurou o ombro e falou:

¾ Não vai, não! – disse ele, mas ela não escutou, destrancou a porta e saiu, não sem antes se virar e falar.

¾ Amanhã, acertamos detalhes pendentes, sobre o Selene! – disse e depois saiu pelo corredor.

Draco trancou a porta e se jogou na cama, bufando.

¾ A culpa é minha, ela não confia mais em min! – disse ele, depois se levantou – vou tomar um banho frio!

**************

Ela se jogou na cama de seu quarto.

¾ O que eu estava fazendo...?

Disse ela se levantou, e foi tomar uma ducha.

“ Eu sei que o amo, mais não vou me humilhar mais, não vou dormir com ele, não vou! Mas você também em Guinevere, que bela idéia aparecer no quarto dele de noite... eu sou muito idiota!”

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