Cinco minutos





Cap. 11 Cinco minutos

Já se fazia um dia e Lúcio não tinha acordado, e Draco e Gina decidiram que era melhor ela examina-lo mas ela não ficaria sozinha com ele, Draco ficaria no quarto. É claro que ela estava nervosa pois não confiava em nenhum dos dois, e iria ficar em um quarto sozinha com eles. Mas não teve muita escolha.

Na terça de manhã, ela e Draco já se preparavam para entrar, eles estavam tomando café juntos em um dos terraços da casa, por mais estranho que pudesse parecer, eles estavam desenvolvendo um relação muito estranha, conversavam formalmente, mas Gina não deixava que a aproximação deles passasse disso!

¾ Bom, não se preocupe, eu sei que você não confia em min, mas eu prometo, que não vou fazer nada com você, nem deixar que meu pai faça!

¾ Você tem razão, não confio em você, nem que você me prometa, não acredito na sua palavra!

¾ Você tem o direito de não confiar em min! – eles se encararam, e ela viu, naqueles olhos cinza-azulados e profundos, a tristeza dele, aqueles olhos que muitas vezes tinham se mostrado frios, aqueles olhos cinza-azulados que ela via diariamente em seus filhos, tão parecido com Cris...

Aqueles olhos não estavam mentindo para ela, por algum motivo, ela não tinha conseguido odiar ele, e agora, ela sentia o amor por ele, mais forte que tudo, mais forte até que um grande sofrimento...Porque por mais que aquele dia tinha sido difícil, ela tinha anos de boas lembranças, anos de carinho e amor, e isso não conseguiu ser esquecido.

Ela se lembrou de muitas coisas e esqueceu de outras.

As vezes ela se perguntava porque raios foi se envolver com Draco Malfoy? Porque? O que ela não percebeu foi a proximidade deles, quando percebeu já era tarde demais, aqueles olhos cinzas já a dominavam completamente e ela não pode resistir ao impulso de beijá-lo.

Ele a encostou-se à parede fria da mansão e encostou levemente os lábios nos dela para depois lamber a parte inferior dos lábios dela, ela por sua vez tocou a nuca dele quase como uma suplica para intensificar o beijo que foi atendido com o maior fulgor.A muito que Draco almejava beijá-la, estava quase a esquecer do gosto do beijo da Gina, do seu toque leve e pensando nisso a apertou mais contra si querendo q nunca mais se separassem, nunca!

Mas no fundo ,bem no fundo ela sabia que isso não era correto e foi com esse pensamento que eles se separaram lentamente, tomando consciência do que tinham feito, Gina levantou, entrou na casa e sentou em um sofá marrom, sem reação, assustada por seus próprios atos. Ele também se levantou e entrou na sala.

¾ Não deveria ter acontecido, não... – ela estava quase chorando, tudo por que tinha lutado, como tinha sido tão fraca?

¾ Eu te amo, você me ama...

¾ Eu... nós... – a respiração dela estava muito irregular.

Ela se levantou, olhou o jardim e ficou de costas par ele, ele a abraçou mas ela logo desfez o abraço e no momento seguinte, Milla apareceu a porta, sem esperar ver os dois.

¾ Me desculpem, mas posso mandar recolher o café? – perguntou ela, sentido a tensão no ar.

¾ Pode, Milla, pode mandar os elfos recolherem! – disse Draco – bom, me acompanha até o quarto do meu pai?

¾ Claro! – disse Gina saindo com ele, trocou um olhar com Milla, sabia que ela tinha noção da situação e se sentia confusa, não conseguia odiar Draco, não queria acreditar nele, uma batalha entre a razão e o coração!

Ela seguiu ele para um corredor que ela reconheceu no momento em que entrou nele...

¾ Você deve se lembrar desse lugar! – disse Draco.

¾ Eu me lembro! – disse ela sem se atrever a dar um sorrisinho, essa era uma das lembranças felizes que ela não conseguira esquecer.

Eles pararam a frente de uma porta muito bonita, de carvalho.

¾ Você confia em min? – perguntou Draco a encurralando na parede.

¾ Eu não sei! – disse ela tímida.

¾ Então confie nisso! – disse ele e a beijou, o segundo beijo deles em um espaço de tempo pequeno demais para Gina, mas ela não fez nada para impedir, ela não entendia mais nada agora e sinceramente não conseguia pensar em nada em quanto estava sendo beijada (de novo) por Draco, ele conhecia todos os cantos de sua boca, afinal fora ele que tanto se aventurara lá, más o beijo acabou. Como um choque de frio para corpos que estavam tão quentes unidos.

Ela ficou de cabeça baixa, sem falar nada. Ele não tirou a mão de seu rosto.

Ela encostou sua mão na dele, levantou a cabeça e disse.

¾ Eu não sei, muita coisa mudou, eu não quero tomar uma decisão agora...

¾ Você confia em min? – perguntou ele.

Ela olhou bem os olhos dele, e disse a única coisa que poderia ter dito.

¾ Acho que confio!

Ele passou as mãos pelo cabelo, com ar de impaciente “Acho que confio... dê um tempo a ela Draco, já é bom demais as coisas estarem indo tão bem sem que você tenha consigo contar a verdade! Por falar nisso, é melhor contar rápido..não ela tem que confiar em min primeiro, se não, não vai adiantar... mas será que não?”

¾ Vamos entrar?

¾ Espera, eu quero falar algo com você! – disse Draco.

¾ Seja o que for, por favor deixe para outra hora, eu não quero falar de nada agora!

¾Está bem!- disse Draco.

Ele abriu a porta, que não estava trancada, e eles entraram, o quarto era frio, com cama com dossel, de carvalho, figuras ornamentadas, tudo muito lindo, mas ela só prestou uma pequena atenção nisso, estava muito confusa com os acontecimentos recentes e muito preocupada, mas ao mesmo tempo aliviada por Draco estar com ela!

¾ Como ousa entrar em meu quarto? – perguntou Lúcio que para a surpresa dos dois estava acordado, mas ainda muito fraco com ambos puderam perceber!

¾ Pai ela veio te examinar! – disse Draco num tom inexpressivo!

¾ Claro, depois de você me lançar um feitiço e me deixar de cama, a consciência pesou!

¾ Pai, você bebeu um pouco e...

¾ E quase matei esta...

¾ Curandeira, com anos de experiência e muito bem recomendada! – completou Gina sem medo.

¾ Gina, por favor... – disse Draco.

¾ Não, Draco, deixar ela falar, deixe ela falar sobre a vida dela, você se formou curandeira, foi para a França... nunca se sentiu sozinha? – perguntou Lúcio.

¾ Do que ele está falando? – perguntou Draco para Gina.

¾ Porque você não pergunta para ela? – falou Lúcio!

¾ Bom, Lúcio vejo que você não quer ser examinado por min! – disse Gina, suando frio, estava tremendo, assustada mas não deixava que ninguém percebesse isso!

¾ Correto! – disse Lúcio frio.

¾ Então eu darei as instruções para Draco, e ele é que cuidará de você, e na minha posição de médica eu digo que será necessário sim você ser examinado!- disse Gina.

¾ Então, pai, eu voltarei mais tarde e examinarei você! – disse ele em tom de ordem!

Eles saíram e foram para uma outra sala, lá ela passou as instruções para Draco, mas este estava impaciente pois não entendera nada da conversa e queria entender.

“ o que aconteceu na vida dela nesses cinco anos que eu não sei? E como é que meu pai sabe?” essas eram algumas das perguntas quem não saiam da cabeça dele.

¾ Do que meu pai estava falando aquela hora? – perguntou ele tomando coragem.

¾ Eu não sei! – disse ela.

¾ Você sabe sim!- disse ele.

¾ Olha... o que eu fiz nesses cinco anos não te interessam, porque foi você que acabou com tudo entre a gente! – disse ela brava, e de repente, se lembrou de tudo o que sofreu, e dos beijos e se odiou. – e esqueça tudo o que aconteceu entre a gente hoje porque se você se aproximar de min outra vez, eu juro que te mato! E eu já disse tudo o que você deve fazer, então tchau! – disse ela saindo pela porta e indo em direção aos jardins, para poder relaxar!

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