Caminhando com Ela.



O primeiro dia de aula nunca foi fácil, ainda mais para o Gilbert, estava mudando de cidade com seus pais e pra ele foi o melhor momento a mudança de escola. Para ele sempre foi simples acordar cedo ir á escola e a tarde cuidar de sua irmã mais nova de oito anos. Mais na sua antiga escola ele nunca entendeu porque as pessoas gostavam tanto dele, ela sabia que no fundo era o status de seus pais e aquele seus cabelos loiros e arrepiados, ele nem sabia como que aos 12 anos já tinha músculos. Ele nunca se interessou por popularidade e nem por esportes, mais na sua antiga escola seus colegas falavam que ele era o primeiro, que ele era popular e tinha aquelas garotas sem peitos e sem graças atrás dele, ele odiava aquela coisa toda. Ele gostava era de cuidar da Lex sua irmã e de jogar vídeo games. Sua vida não tinha nada de interessante mais os alunos de sua antiga escola achavam que sua vida era de mais, que ele era o cara.Gilbert já estava com 17 anos e iria mudar de casa, seu pai era empresário e a sede de sua empresa teve que mudar para outro estado, para sua mãe era o fim de tudo, mas para Gilbert e Lex era a melhor coisa que poderia acontecer com eles. Gilbert estava empolgado com a mudança, pois começaria o ano em um lugar novo e numa nova escola, não na sua antiga escola. Mais ele não tinha muito do que reclamar daquela escola, pois ele teve um amigo, seu nome era Tiago, eles jogavam vídeo-game todos os dias da semana e na escola Gilbert o ajudavam com garotas, era o mais próximo de uma amizade para eles, Gilbert também ficava com algumas garotas foram três até agora, mais ele nunca deu o primeiro passo para o beijo.Ele estava decidido que seria diferente esse novo ano nesta escola, ele seria ele mesmo e não faria nada pra ser popular e quando entrasse na sua sala de aula sentaria no fundo onde ninguém percebesse quem era ele. Foi com essa promessa que Gilbert foi pensando a viagem toda, chegando à nova casa que era bem grande ele começou a ficar preocupado, ele não queria ser popular de novo.– Olha só essa casa – Lex exclamou com a boca aberta – é enorme.Era uma casa enorme mesmo, não era muito diferente da sua anterior mais aquela tinha dois andares e o seu quarto era bem maior que o antigo. A mudança já tinha chegado uma semana antes deles mudarem, Gilbert achou isso muito fácil.
– Agente tinha que mudar igual às pessoas normais mãe – dizia ele na sala enquanto jogava seu jogo preferido.
– Mais nos mudamos igual às pessoas normal filho – disse a mãe dele indo pra cozinha e encerrando aquele assunto que ele estava falando o tempo todo.
– Pessoas normais por acaso se mudam pra uma casa já com mobília?
 Ele não teve sua resposta.
...
– Esse cabelo é uma droga – gritou Gilbert depois de passar muito creme para acabar com aquele cabelo arrepiado. Era seu primeiro dia de aula e ele estava tentando ser ele mesmo, pegou uma camiseta vermelha velha e sem mangas e sua calça surrada favorita que por sinal sua mãe a odiava.
– Esse cabelo nunca vai ficar lambido – disse Lex entrando no seu quarto com uma boneca na mão.
– Mais ele tem que ficar mesmo que eu tenha que passar todo esse creme...
– É melhor um boné – disse sua genial irmã.
Gilbert abriu sua gaveta e tirou de lá um boné que ele tinha ganhado do seu tio ano passado em seu aniversario.
– Você é de mais princesa e agora você vai ganhar muitos beijos e cócegas.
– E melhor colocar uma camiseta maior, se não as garotas vão babar nesses músculos – disse Lex dando gargalhadas correndo pro seu quarto.
...
Chegando à escola Gilbert ficou surpreso pelo tamanho daquilo, era enorme e ele nem sabia por onde andar, ele tinha chegado trinta minutos mais cedo porque sua mãe insistiu nisso e ele não conseguia contrariar sua mãe quando ela era teimosa, mais a cidade era desconhecida também para seus pais e ele chegou atrasado. Caminhado pelos corredores da escola ele avistou uma porta escrito diretoria, sem nenhum aluno perambulando e perdido bateu na porta, quando entrou tinha uma garota sentada numas das cadeiras e estava vestida como uma mendiga, sua roupa era toda preta e ele tinha cabelos roxos que nem conseguia ver seu rosto, ele não conseguia dizer nenhuma palavra.
 – Muito bem senhorita Fullen parece que sua mãe não pode vir na escola agora e já fica avisada que nesta semana terá uma reunião com a sua mãe...
A garota se levantou sem esperar para ouvir o resto da conversa.
– Meia volta Sara – grita a diretora, que usava óculos garrafões e uma saia cinza que era da mesma cor da blusa. Sara para e fica olhando para a diretora.
– Você está muito abusada garota... – a diretora percebe que tem mais alguém na sala – e você quem é?
– Sou novo aqui e estou perdido – Gilbert balança os ombros como se fosse o obvio e quando Sara o olha ele dá um sorrisinho.
– Tudo bem e você é?
– Gilbert Junior ketre – ele sempre falava o nome todo, pois todos o conheciam pelo seu sobrenome.
– O filho do senhor Ketre, seja bem vindo meu nome é Adelaide – começa a repentina educação da diretora e Sara bufa e caminha para sair da sala – Sara, será que pode acompanhar o senhor Ketre até sua sala que é a mesma que a sua.
Sara da de ombros e sai da sala e sem saber o que fazer Gilbert corre atrás dela.
– E então, essa diretora é meio maluca hein? – Gilbert tenta puxar algum assunto com Sara – ela parece minha mãe falando às vezes “meia volta” “você esta muito abusada”– ele fala imitando a diretora e fazendo aspas com as mãos e depois começa a rir.
– essa escola é enorme, serio acho que vou me perder aqui direto, parece àqueles labirintos sinistros que agente vê naqueles filmes de terror...
Ela para de andar e olha pra ele bruscamente – Da pra calar a boca? Eu não to afim desse papinho idiota de labirinto, de diretora... Só da um tempo – ela se vira e continua a caminhar.
– Ta bom senhorita Fullen, eu só queria arrumar um papo, sei La você pareceu maneira sentada naquela cadeira toda séria e fazendo cara de quem não ta nem ai pra nada, foi muito engraçado, é serio não sei como eu consegui ficar serio e aqueles olhos estranhos da diretora naqueles óculos é muito engraçado.
Ela não se virou pra ele, mais ela sorriu e balançou a cabeça isso ele viu.
– Ta entregue, esta é a sua sala – ele para na frente da sala mais ela continua a caminhar.
– Ei, é sua sala também – grita ele vendo que ela não para e vai pro outro lado do corredor.
– Que novidade – e então Sara desaparece de sua vista e ele entra na sala.
Sua nova sala não é diferente de sua antiga sala, sempre tem os mesmo típicos alunos: Os nerds, os mais ou menos, os populares, as gatinhas nerds, as gatinhas viciadas em bebidas e drogas, os bagunceiros. Quando Gilbert entrou na sala ele se sentou bem lá no fundo e ficou calado a aula inteira, ele percebeu que algumas garotas ficaram olhando pra ele mais ele fingiu não se importa, tentou prestar atenção na aula, uma loira com uma saia bem curta não tirou os olhos dele e ele sentiu sua ereção subir com as olhadas dela.
– E então? Qual seu nome? – Uma voz feminina se aproximou dele e pelo ângulo em que ele estava só conseguia ver pernas, e que pernas!Ele levanta a cabeça e demorando um pouco para afastar os olhos daquelas penas ele olhou para o seu rosto ao ver uma linda loira com um par de peitos enormes. – Gilbert – responde ele com a voz seca.
– Gilbert, e então porque você está se escondendo neste capuz e boné? – pergunta à loira se sentando perto dele e o olhando com atenção.
– Poxa, você me pegou é difícil fingir as coisas por aqui mesmo hein?
Ela sorrir – ate que não, de mim que não é difícil, normalmente eu sei de tudo só de olhar.
– Se eu tivesse lido o manual do estudante saberia dessas coisas.
– Talvez você possa tentar de novo.
Ele sorrir – e como seria isso?
– você amanha poderia vir sem essas roupas e vir com as suas normais.
Ele olha pra ela sem entender, como ela sabia que ele não usava aquelas roupas?
– E você é quem? Uma feiticeira? Uma bruxa?
– Não – ela lhe da um tapa no ombro e sorrir – Meu nome é Jane, meu pai trabalha com o seu pai e eu vi umas fotos suas no seu álbum de família.
– Serio isso? Como isso pôde acontecer? – pergunta ele já desanimado do seu disfarce que agora foi por água abaixo.
– Seu pai viajou muito pra cá e meu pai curioso pediu fotos da sua família e foi bem fácil te reconhecer quando você entrou por esta sala.
– Muito bem espertinha você me pegou – diz ele percebendo que a sala toda estava observando eles – temos platéia e eu espero que eu não seja zoado no fim da aula.
– Pode ter certeza que não, e quem faria isso?– Bom não sei... O assunto foi encerrado porque a professora de português tinha entrado na sala e ele não olhou para o lado nem sequer uma vez depois daquela conversa com a Jane, quando foi o horário do intervalo ele foi pra qualquer lugar da enorme escola e não viu ninguém, nem a Sara que por sinal não participou de nenhuma aula.



Para quem chegou ao final o meu muito obrigada, em breve postarei mais... contadora de estórias. 

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