Brigas..



Fui caminhando com as garotas até o Salão Principal, claro não consegui disfarçar que eu tinha chorado meu rosto estava vermelho como meus olhos.


-Eu ainda acho que você devia falar com ele – Eleanora insistiu.


-Não eu não vou falar com ele okay?! – disse irritada.


-Calma aeh Paixão, a Branstone só quer o melhor pra você! E alias ela esta certa, mesmo o Sirius tendo feito isso mesmo ele merece uma... Explicação – Tonks disse passando a mão pelo cabelo loiro.


-Elas têm razão, Sirius foi sim um verdadeiro canalha de ter feito isso, mas ele tem que saber que ele é um canalha de ter feito isso – Rosa disse.


-Gente eu não vou falar com ele okay?! Não estou afim de olhar naqueles olhos azuis... Alias não vou ficar dando chilique por ai! Não sou uma garota do G.I.B barraqueira, sou superior a elas vou apenas ignora-lo! – eu disse parando na frente de todas e impedindo que elas pudessem continuar andando – Entenderam?


Rosa virou um pouco a cabeça para a direita e ouvi alguém dizendo um pouco perto de nós:


-Minha Paixão! – a voz me deu calafrios, me virei e observei os marotos vindo em nossa direção neste momento, vamos dizer que perdi o controle do meu corpo.


-Seu cachorro estupido! – corri até ele e comecei a lhe empurrar – Como.Você.Pode.Seu.Cretino.Safado – cada palavra era um empurrão.


-Anna do que você esta falando? – ele me perguntou meio perdido.


-Ah achou que poderia esconder isso me mim pra sempre Sirius Black?! Seu cretino mal amado! Não venha me dizer o porquê estou fazendo isso, por que você sabe muito bem! E vocês três – virei para James, Remo e Pedro e apontei para eles – Achei que éramos amigos, principalmente você James! Eu confiava em vocês sabiam?! Eu tinha tanta confiança em vocês que continuei o namoro com Sirius, porque sabia que vocês não iriam o deixar fazer nada, mas estava errada né?! Completamente errada! – eu gritava pelos corredores e todos os alunos que passavam por ele pararam pra ver, mas eu pouco me importava. As meninas não foram bobas de me interromper, alias eu estava certa de fazer isso! Na verdade certa mais ou menos.


-James Potter seu viado, ridículo e imbecil pensei que fossemos melhores amigos e que você não deixaria fazer isso! – o empurrei – Remo Lupin, seu grande burro! Você que era sempre o certinho achou isso certo?! Pensei que você iria o impedir de fazer isso, porque eu também confiava em você, era o único com juízo, mas ERA!! – o empurrei – E você Pedro Pettigrew deveria fazer alguma coisa de útil além de ficar comendo e comendo igual a um rato esfomeado! – o empurrei – E você Sirius Black, nunca mais ouse olhar, falar e pensar em mim! Não sou dessas garotas que vai passar o pano e fingir que esta tudo bem, tudo normal NÃO! Não sou uma dessas garotas perdidas e achadas por você, tenho ainda minha mente em consciência, uma coisa que você nunca terá! Acabou tudo, tudo! Não pense que vou deixar você fazer o que você fez com a McKinnon ou com a Owen, nunca vou deixar você me fazer de idiota com essas suas palavras doces e... Eu te odeio Black! Te odeio! – comecei a socar seu peito, mas sem forças ele apenas estava parado me vendo dar um chilique.


-Hum tá, mas do que você esta falando? – ele me perguntou.


-O que?! Como assim seu imprestável?! – gritei mais alto.


-Concordo Paixão! Do que você esta falando? – perguntou Remo um tanto ofendido.


-Não sabemos do que você esta falando – James disse colocando a mão no meu ombro.


-Além de tudo que vocês fizeram agora vão ser covardes em não dizer a verdade?! – meus olhos queimaram de lágrimas, os fechei e deixei uma lágrima rolar – Viu só?! Os Marotos não passam de idiotas, babacas e covardes! – gritei.


-E você – apontei para Sirius – A coisa que eu mais odeio em você é sua capacidade de me fazer sofrer seu... – levantei a mão e estava certa que iria quebrar o seu nariz, mas acho que voltei à atualidade, observei todos ao meu redor alguns olhavam assustados, incrédulos e alguns até riam, olhei para James que tinha uma expressão de medo e tristeza, Remo olhava para mim tristonho e com certeza ofendido e Pedro me olhava assustado que basicamente queria correr para um prato de comida e Sirius... Ah Sirius... Olhava-me tristonho, assustado e não sabia o que fazer olhei no profundo dos seus olhos e vi todos os momentos que passamos juntos, tudo... Na verdade não tinha voltado a atualidade eu estava apenas em transe.


-Okay, okay acabou o show! – Tonks veio gritando com os alunos que nos olhavam e Rosa veio me abraçar.


-Vamos Anna, vamos... Você ainda esta fraca – Rosa disse colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha – E você Black achei que gostava dela de verdade, pensei...


-Pensamos que você não fosse fazer da Anna mais um dos seus brinquedinhos – Eleanora interrompeu Rosa – Todos vocês são iguais pra falar a verdade! – Tonks nessa hora veio e segurou minha mão – O Potter tentando fazer ciúmes na Evans, Lupin enganando e dando esperanças e você Black fazendo mais uma garota de boba.


Os Marotos ficaram quietos, não responderam nada nem retrucaram nada apenas nos olhava, eu não sei o que era pior muitas palavras ou a falta delas.


-Anna tenho certeza de que nenhum de nós sabe do que vocês estão falando – Remo disse parecendo sincero.


-É sério Anna, não sei do que você esta falando se você pelo menos me falasse o que é facilitaria! – Sirius disse debochado fazendo James lhe lançar um olhar censurador.


-Não venha com essa Black, até parece que você não sabe do que eu estou falando! – gritei.


-É e não sei e pelo amor de Merlin pare de gritar! – ele disse.


-Não me mande parar de gritar! – me soltei de Rosa e Tonks e dei um passo para frente e Sirius fez a mesma coisa – Seu ignorante!


-Sua problemática! – ele gritou.


-Metido, tinha que ser um Grifino! – gritei mais alto.


-Sua covarde, tinha que ser uma Lufana! – ele gritou mais alto do que eu, okay agora eu não respondi por mim.


-Estupefaça! – quando dei por mim estava com a varinha estendida e Sirius desmaiado no chão logo a minha frente – Da próxima vez, diga ao seu amigo – me virei para James – Para que ele pense duas vezes antes de falar da minha casa.


-Anna... – não quis ouvir nem dizer mais nada dei meia volta e sai correndo para o Salão Comunal me tranquei no banheiro e não sai de lá por um bom tempo. Meu braço ardia, sangrava e estava vermelho na marca em que eu e Sirius fizemos. Era uma dor insuportável eu gritava e espancava a porta do banheiro, se as meninas estivessem lá elas não tentaram me acalmar ou conversar comigo.  Tinha tirado a maioria do uniforme eu estava apenas com a saia, a camiseta com os todos os botões apertos e meus pés estava descalço o sangue havia manchado minha camiseta, mas isso não era importante agora. Tentei vários feitiços para retirar aquela marca ou apenas parar de sangrar e para com a dor, mas foi tudo inútil. Me encostei em um canto do banheiro e fiquei apenas ouvindo o barulho da imensa chuva que caia lá fora, eu queria esfriar a cabeça , mas no banheiro tudo que eu via me lembrava Sirius, então me decidi.
Sai do banheiro abrindo a porta devagar querendo não assustar as meninas se estivessem lá, eu particularmente preferia que elas não estevem ali, mas Merlin estava hoje ao meu favor, no dormitório não havia ninguém fui até minha cama abotoei minha camiseta, coloquei minha capa novamente e peguei a varinha e a coloquei no bolso e segurei minha vassoura. Não queria ver ninguém muito menos falar com alguém! Abri a janela que molhava a grama fresca e por milagre (ou sorte) consegui passar para fora com a vassoura. A chuva estava fria, mas agradável e logo subi em cima da vassoura e dei um impulso me colocando em voou. Aquilo me fazia bem estar a sós com minha Tinderblast voando numa chuva monstruosa, os relâmpagos e os raios iluminavam a parte de fora de Hogwarts e isso me mostrava que aquele lugar era mais bonito à noite! Alguns podem me chamar de louca, mas não tenho mais problemas com a morte. Parei e observei de longe uma das janelas do Salão Principal, eu não sabia se queria ou não ver Sirius eu ainda o amava e aquilo era o que eu mais odiava nele a capacidade dele me fazer chorar, mas na chuva eu era capaz de confundir lágrimas com pingos o que era mais aceitável do que eu estar chorando por um idiota daqueles. Eu gostaria de saber se ele estava pensando em mim, pensei em olhar para coração que ardia que nem brasa grudada na pele, mas preferi não tirar minhas mãos escorregadias da vassoura e as meninas? Como será que elas estão? E seu deixasse tudo como esta, sabe, fingir que não aconteceu nada e voltar pra ele..? NÃO NÃO ANNA SCRIMGEOUR PAIXÃO, ESTA LOUCA! Sim eu devo estar louca, completamente louca... Eu queria que nada disso tivesse acontecido... Sirius deveria estar agora sentado junto com a vaca da McKinnon? James estaria rindo da cara dela junto com Remo? E Pedro estaria dando mais atenção ao macarrão do que tinha acontecido (o que eu tinha certeza que sim)?


Eu devia ter pelo menos escolhido que palavra usar quando eu discuti com os meninos e não deveria ter dado aquela bronca em todos eles, somente em Sirius o verdadeiro culpado! Eu poderia ter poupado um pouco eles, sei lá...


Apareceu um raio muito próximo de mim, poderia ter me deixado surda! Eu me desequilibrei um pouco, mas logo retomei ao meu lugar e desisti de ficar lá parada, voei até o lago. Sai de cima da vassoura e tirei os sapatos, fui caminhando lentamente pela margem do rio sem querer pensar em nada, apenas nada. Sentei-me encostada em uma árvore até que o sono veio eu sabia que se eu adormecesse lá eu acordaria morta, mas isso não estava me preocupando apenas fechei os olhos e chorei.


 


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Acordei com os raios solares no meu rosto, primeiro tentei sentir todas as partes do meu corpo e consegui, depois tentei mexer tudo da ponta do meu pé gelado até a ponta do meu nariz também gelado e que surpresa eu consegui! Estava viva! E minha vassoura e meus sapatos estavam parados do meu lado que sorte!


Lembrei-me de tudo o que tinha acontecido e lembrei também que eu tinha dormido na margem do Lago Negro e que eu tinha aula de Trato das Criaturas Mágicas! Eu ainda era uma aluna exemplar e eu não deveria me atrasar, eu não sabia se estava realmente atrasada, mas decidi procurar Hagrid ele pelo menos poderia me dizer que horas são. Coloquei meus sapatos e subi na minha vassoura e fui em direção a cabana de Hagrid que estava sentado tocando sua flauta.


-Hagrid! – passei voando por ele que me olhou surpreso.


-Anna, o que faz aqui tão cedo? – ele me perguntou sorrindo se levantando e indo me abraçar – E como você está? Fiquei preocupado quando soube que você estava no St.Mungus!


-Ah ufa ainda é cedo – fiquei mais aliviada – E estou bem sim Hagrid obrigada!


-E o que você faz aqui? – disse ele me soltando e me olhando sério.


É que hoje eu... Assim... Dormi aqui fora.


-O que?! Sua desmiolada entre! – ele disse se levantando e segurando na minha mão para que eu entrasse – Chá? – ele me perguntou carinhosamente.


-Hum sim, por favor! – disse gentilmente me sentando em uma cadeira completamente grande pra mim.


Ele tirou um pouco de liquido de um caldeirão borbulhante e me deu em uma xicara grande, tomei um gole que passou queimando pela minha garganta fria seu gosto não era assim aquela coisa, mas era o que eu tinha pra hoje, ele além do chá colocou uma coberta em cima de mim, pois alias de um Sol lindo lá fora estava frio


-Você disse que dormiu aqui fora como assim?! – perguntou ele preocupado passando a enorme mão na cabeça do Canino.


-Eu vim da uma volta e acabei adormecendo – disse.


-Dar uma volta naquela chuva de ontem? – ele perguntou.


-Hum é! – respondi entre outro gole.


-Isso foi coisa do jovem Sirius? – ele perguntou e percebeu que eu olhei para o chão – Vocês estão juntos... Não estão?


-Na verdade não Hagrid, terminei com ele ontem por isso vim dar uma volta na chuva – respondi  segurando com mais força a xicara querendo que seu calor penetrasse na minha pele, o que talvez pudesse fazer passar a dor.


-O que aconteceu?! – ele perguntou.


-Brigamos por um motivo muito, muito sério – disse perdendo a força nas palavras.


-Oh eu sinto muito, vocês dois eram perfeitos um pro outro! – Hagrid disse tentando me fazer sorrir e conseguiu um sorriso triste, mas fofo.


-Nem tudo que achamos realmente é – disse.


-Eu realmente sinto muito – ele disse um tanto culpado.


-Não sinta talvez isso fosse melhor pra nós dois – respondi tomando outro gole do chá.


A xicara de chá se espatifou pelo chão entre milhares de cacos.


-Desculpe Hagrid! – disse pegando do bolso minha varinha – Juro que não foi minha intenção, meu pulso... – descobri o coração que agora estava vermelho e completamente dolorido eu realmente estava sem forças no pulso, por causa dele – Reparo xícara! – disse e os cacos de vidro se juntaram e se tornaram uma nova xícara que agora estava nova em folha em cima da mesa.


Hagrid andou até mim e olhou meu pulso.


-Pelas barbas de Merlin! Isso esta inflamado – ele disse olhando meu pulso, mas não perguntou onde eu havia arranjado aquilo – Tenho uma coisa que pode ajudar.


Ele saiu e voltou com pote de vidro com algo preto dentro.


-O que é isso? – perguntei enquanto ele passava a coisa peguenta preta no coração.


-Sangue de Seminviso – ele respondeu pegando um esparadrapo – Faz bem para inflamações e machucados.


-Ah obrigada, não precisava! – ele sorriu pra mim e eu retribui.


 Ele passou e enfaixou minha mão, disse que eu poderia dormir mais um pouco e que me acordaria quando os alunos estivessem passando por aqui, eu agradeci e aceitei o convite eu tinha dormido mal minhas costas doía me deitei em uma cama completamente grande e me aconcheguei nas cobertas largas e quentes.


 


Hagrid me acordou mais ou menos depois de uma hora e disse que os alunos já estavam descendo, coloquei meus sapatos e peguei minha vassoura agradeci muito a Hagrid que me disse que eu sempre poderia vim conversar com ele e pediu para que eu cuidasse melhor de mim, eu prometi pra ele e sai da cabana.


Alguns alunos corvinos andavam entrando na Floresta Proibida e eu esperei aparecer alunos lufanos que eu conhecesse e que eu poderia me juntar, Ed chegou junto com Amos e fiquei junto deles enquanto as garotas não haviam chegado, eles não me perguntaram nada nem mesmo da Tinderblast. As meninas correram na minha direção e cada uma me abraçou, Rosa me deu uma bronca por ter sumido e dessa vez todas concordaram com ela, contei tudo que havia acontecido depois que cheguei no banheiro do Salão Comunal e levei vários tapas de todas elas por ter feito “Uma loucura” daquelas, fui salva pela professora Grubbly-Plank dizendo:


-Srta. Paixão você não sabia que seria aula de Trato das Criaturas Mágicas? – ela me disse olhando pra vassoura e muitos alunos me olharam.


-Desculpe professora devo ter confundido meu material – disse.


-Hum okay, coloque a vassoura perto daquela árvore e não se esqueça de pega-la depois.


 


A manhã foi calma e tranquila não encontrei nem Sirius nem os meninos e nossas aulas hoje eram separadas. À tarde tínhamos treino eu claramente, joguei muito mal, mas nem todos se importaram. A noticia do meu “Surto” foi dada pela escola inteira já! Algumas meninas ao passarem por mim soltavam risadinhas e comentava alguma coisa isso me deixa nervosa, com medo e desesperada! Okay fazia exatamente três dias que eu não troquei nenhuma palavra com Sirius!! Eu admito quase morri... Trocávamos olhares entre as aulas e as refeições, mas apenas isso e esse silêncio era terrível! Eu realmente queria que Sirius sumisse da face da Terra, mas outra parte de mim queria ele tão perto de mim que eu poderia sentir até o sangue puro correndo em sua veia.


Quatro dias e nada de Marotos, nada de Sirius.


-Ei Zeller o que você tá fazendo? – perguntei esparramada na minha cama enquanto Rosa se arrumava no espelho.Eleanora havia saído para se encontrar com um grupo de torcida da Lufa-lufa ela me chamou, mas eu preferia ficar deitada o domingo inteiro comendo sapos de chocolate.


-Hum... Nada – ela claramente mentiu, ela estava completamente maquiada e com o cabelo escovado.


-Nada? Desde quando se produz assim pra nada? – perguntei observando o teto do dormitório.


-Desde que nada é da sua conta – ela respondeu desborrando o batom.


-Nossa desculpa então! – disse fingindo estar magoada – Quem é a vitima dessa vez?


Senti um enorme travesseiro ser jogado em mim, dei um grito agudo não de dor, mas sim de susto.


-Calada Anna Scrimgeour Paixão! O Bones... – ela disse ficando vermelha – Ele pediu um reforço em Herbologia.


-Edgar Bones?! O Ed?! – perguntei pulando da cama.


Ela fez que sim com a cabeça.


-Ah sua safada! – disse marotamente, o que me fez lembrar Sirius.


-Calada! – ela riu – Mas é apenas uma ajuda só isso.


-Só isso?! – a analisei ela estava com uma jeans clara e uma camiseta de manga comprida preta um pouco decotada – Você não sairia assim apenas para uma “ajuda”.


-Mais uma vez, calada seu hipogrifo com problemas mentais! – ela disse rindo – Estou atrasada e vê pelo amor de Merlin se sai dessa cama sim?


Balancei a cabeça afirmando que sim e acompanhei-a até a porta que desceu as escadas radiante, seja feliz Hipogrifo Zeller!


Deitei novamente na cama e pensei que poderia ir acompanhar Tonks no treino, nada sério apenas uma diversão, mas eu não tinha a mínima vontade. Decidi apenas me deitar fechar os olhos e sumir, o que seria uma ótima opção...


 


Correria entre a Floresta Proibida sentia que algo atrás de mim estava tão próximo de me pegar e fazer sua vitima do que eu estava pronta pra morrer, veio algumas imagens de Dumbledore me dizendo sério e pensativo “Você tem capacidade Srta.Paixão uma capacidade incrível para isso, não sinta medo, as vezes, ele é quem mais nós atrapalha”.


 


Acordei assustada com fortes trovões do lado de fora, o dormitório ainda estava vazia me senti solitária sem ninguém nessas horas era que eu sentia mais falta do Sirius. E James como estaria? Eu sentia falta dele também... Isso era péssimo! Eu estava sendo derrubada pelos meus próprios pensamentos enquanto Sirius estava por ai pegando geral?! Mas que absurdo! Isso era ridículo! Chega ANNA SCRIMGEOUR PAIXÃO! QUEM É VOCÊ GAROTA PARA FICAR DEITADA NUMA CAMA NUM PLENO DOMINGO?! CHEGA DISSO, PODEPARA!


Graças a Merlin, minha mente me despertou me levantei da cama tomei um ótimo e refrescante banho, coloquei uma calça leve e uma camiseta branca de manga comprida, minhas queridas sapatilhas de bruxa e uma toca amarela com um grande símbolo da Lufa-lufa e desci pelas escadas. Estava calmo e aconchegante no Salão Comunal, alguns alunos estudavam para os exames da semana que vem, outros praticavam feitiços, papeavam e alguns apenas esperavam o tempo passar. Sai e fui caminhando até os jardins de Hogwarts, queria ver as estrelas isso sempre me animava, quando eu ficava triste papai me levava num bosque onde o céu era incrível e isso trazia de novo meu bom humor, quem sabe isso não me faria melhor. Cheguei um pouco afastado de Hogwarts e deitei na grama apenas olhando os pontinhos iluminados do céu. Eram lindos, brilhantes e quentes! Cada estrela era um sorriso para mim sorriso de pessoas queridas que já se foram, mas que sempre estariam nos vigiando.


Meu humor mudou na hora! As estrelas tinha esse poder sobre mim, as estrelas tinha o poder me acalmar, mas por pouco tempo.


-Ei Paixão! – gritou alguém em minha direção. Para ser clara adoraria ver Sirius, mas para ser sincera eu odiaria! Mas não era infelizmente num felizmente ele.


-Potter?! – perguntei me levantando.


-P-Paixão! – ele disse ofegante – Posso?


Não respondi apenas deitei no chão de novo e ele me acompanhou.


-Quanto tempo em.


-Pois é.


-Sirius esta parecendo seu tio avô – ele respondeu, virei-me para ele que apenas observava as estrelas.


-Como assim? – perguntar sobre Sirius não estava nos meus planos de esquecê-lo, mas fazer o que né.


-Parece um velho leão ranzinza! – ele disse – Não sai do dormitório nem mesmo para ver garotas!


-Ah você esta brincando, depois do que ele fez comigo?! – disse sendo um tanto chata.


-Na verdade o que ele fez pra você? – perguntou James.


-E você não sabe?! – disse me levantando.


-Não eu não sei! – ele se levantou também.


-Sirius me traiu James, você sabe – meus olhos arderam em lágrimas de novo – Não posso suportar isso, você suportaria?


Ele ficou quieto, o que me deixava mais angustiada. Não consegui segurar minhas lágrimas e deixei que elas fizessem o seu trabalho, de limpar meus olhos de lembranças ruins. Deitei-me no colo de James e comecei a soluçar, ele por um momento não sabia o que fazer, mas depois começou a passar a mão no meu cabelo.


-Eu juro que não sabia – ele pareceu sincero – Me conte do começo... Por favor leãozinho.


Lhe contei tudo o que tinha acontecido, James era sim o meu melhor amigo e tenho duvidas que ele não teria me contado ou impedido Sirius de tal ato.


-Mas esta claro que isso foi armação! – ele disse inconformado enquanto eu relaxava em seus braços.


-Como armação James? Você sabe como Sirius é, sabe melhor do que eu! – disse tristonha.


-Anna Sirius é uma criatura que não é capaz de amar, mas como toda criatura bizarra existe exceções e aconteceu uma exceção com ele! Quem sabe até foi castigo do próprio Merlin por ele ter feito tanta garota chorar. Sirius esses quatro dias não saiu do dormitório, não fala com ninguém, não quer ver ninguém até Pedro tentou levar algumas garotas no quarto pra ver se ele se animava – Anna lhe olhou com um olhar demoníaco – Calma leãozinho ele não fez nada! Se quer encostou nas garotas.


-Isso é verdade mesmo James, você não esta mentindo pra mim só porque Sirius pediu? – perguntei.


-Estou falando mais do que a verdade! Ele esta um trapo! Esta morrendo aos poucos, não conte a ele que lhe disse isso se não ele me tortura.


-Mas então porque ele não veio me procurar?


-Pelo menos motivo que você Anna, por causa do orgulho – isso me deixou em silêncio por um bom tempo – E se eu te provasse que isso é uma mentira.


-Você não conseguiria provar – respondi.


-Quem disse? Esqueceu que sou um maroto – ele bagunçou o cabelo rebelde.


-Não, não esqueci – dei uma risada gostosa.


-Então querido leãozinho o que me diz? Provo-te que é mentira! – ele se pôs de pé e estendeu o braço.


-“Provo-te que é mentira?” – dei uma risada gostosa – Isso não é coisa de um maroto.


-Evans gosta de garotos inteligentes sabe, estou treinando um pouco meu vocabulário de cavalheiro – ele deu um sorriso sonhador – Ei você poderia me ajudar né?!


-Hum tá bom! – apertei a mão dele – Prove-me que Sirius Black não fez este ato monstruoso que eu lhe ajudarei a conquistar tua sonhada dama.


-Você não existe leãozinho! – ele sorriu apertou minha mão e me deu um abraço gentil e carinhoso – Eu fiquei com medo de perder sua amizade depois daquilo.


-Você deveria ter perdido minha amizade depois daquilo – rimos – Eu pensei que você tinha escondido, fui grossas com vocês três, vocês não mereciam... Me desculpa Remo deve estar chateado comigo.


-Quem o Aluado?! Que isso! Conversamos sobre isso e sim ele ficou chateado não por você ter quase o chamado de burro, mas chateado por medo de perder sua amizade também.


-Olhe ali – soltei James e apontei para o céu para a estrela mais brilhante – Aquela é a estrela Sirius a mais brilhante do céu.


-E olhei ali – James apontou para uma janela que estava alguém observando os jardins, mas eu não conseguia identificar quem era – Aquele é Sirius Black o garoto mais galinha que Hogwarts já teve, que agora esta em depressão por perder a namorada.


James me fez rir pela primeira vez naqueles quatro dias.


Ele me acompanhou até o Salão Comunal da Lufa-lufa.


-Sabe Anna, nunca pensei em ter uma irmã – ele olhou para baixo – E você acha que faria alguma coisa para perdê-la agora que tenho uma?


Abracei James e soltei algumas lágrimas:


-Eu te amo seu viado! – dei um soco em seu braço.


-Eu também te amo leãozinho – ele deu aquele sorriso maroto bagunçou o cabelo e se foi.

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