Os Sete Potters



Demorou pouco mais de uma hora até que todo o movimento normalizasse. Os alunos voltaram a seus lugares nas mesas espalhadas pelo grande salão e conversavam animadamente esperando a continuação da história.


 


Ficou acertado que Cornélio Fudge tomaria as providencias para tudo que estivesse proposto de errado pelo livro, embora todos soubessem que era uma tentativa de salvar seu cargo.


 


Hermione do futuro permaneceu entre os Grifinórios e manteve uma conversa animada com a jovem Tonks e um menos enrugado Remo, do qual sentia muita falta, mas se recusou terminantemente de adiantar qualquer coisa da leitura.


 


Percy estava ansioso para saber se alcançaria seus objetivos e os gêmeos caçoavam dele ao saberem que no sexto ano de Harry já teriam uma loja.


 


Molly e Arthur Weasley estavam entretidos conversando com mais alguns primeiranistas nascidos-trouxas e o Sr. Weasley ficou surpreso ao saber qual a serventia dos microondas, ele achava antes que era para a secagem de roupa.


 


Enquanto isso a pequena Mione, Harry e Ron tentavam se aproximar, já que seria inevitável e, pelo que a viajante havia dito, todos eles tinham papéis importantes.


 


Gina estava ainda mais radiante com a perspectiva de poder jogar Quadribol e ser namorada de Harry Potter. Só de olhá-lo ela já corava, tentava imaginar como conseguira chamar a atenção dele.


 


Então as portas do salão principal se abriram e as pessoas voltaram-se para ver os novos convidados.


 


Um homem alto e de cabelos longos e loiros usando extravagantes vestes de bruxos na cor vermelha foi o primeiro a aparecer, ao seu lado vinha saltitando uma menininha que aparentava a mesma idade de Gina. Era magra e um pouco mais alta que a jovem Weasley. Com longos cabelos no meio das costas descendo em cachos loiros. Tinha os olhos azuis profundos e sonhadores. Eles sorriram e acenaram e foram ao diretor que lhes explicou sobre o que tudo se tratava e então foram sentar-se junto de Dédalo na mesa da Lufa-Lufa. Ou melhor, Xenofílio Lovegood foi. A Hermione do futuro levantou-se um momento antes e lhe chamou.


 


–Será que a pequena Luna não poderia juntar-se a nós?


 


Ele pareceu um tanto surpreso, assim como Luna. Mas ela apenas deu de ombros e foi saltitando e tomou lugar ao lado de Gina. Elas se encararam e a Weasley sorriu, Luna deu um meio sorriso.


 


–Alô, sou Luna Lovegood.


 


Rony riu – vocês moram atrás do morro da nossa casa não é?


 


–Sim, Ronald. – Ele pareceu um pouco surpreso, mas nada disse, suas orelhas avermelharam e Hermione do presente olhou confusa. A do futuro havia sussurrado em seu ouvido sobre como os Lovegood eram, e que Luna e o pai eram boas pessoas e ótimos amigos dela.


 


Os brincos de beterraba de Luna resplandeciam assim como seu sorriso. Neville que ficou sentado a frente dela, encarava seus grandes olhos azuis meio assustado.


 


Poucos minutos depois dois homens ruivos entraram rindo. Molly levou as mãos à boca para evitar um grito de surpresa e seus olhos se encheram de lágrimas. Arthur e Percy tinham grandes sorrisos e os gêmeos bateram as mãos no ar.


 


–Legal! – Disseram rindo, enquanto Rony levantava assim como Gina. Ele voltou-se para Harry contando que aqueles eram seus irmãos, enquanto Gina disparava correndo pelo salão.


 


–GUI! CARLINHOS! – Ela saltou no colo do mais velho e lhe abraçou forte. Ambos riram. Ele fez carinho em seus cabelos, Carlinhos mais os bagunçou do que tudo, antes de também abraçar a irmã. Eles avistaram os pais e foram juntar-se a eles. Que novamente resumiram tudo. Ficaram cerca de dez minutos olhando de uma Hermione pra outra até Carlinhos finalmente soltar um assobio e dizer – Que diferença, hein. – O que fez a Mione do presente bufar e a do futuro rir.


 


Gina voltou para seu lugar enquanto os Weasley botavam a conversa em dia.


 


Eles haviam recebido uma carta que fora parar lá (Egito e Romênia) por um feitiço de transporte já que seria urgente e não tinha como uma coruja entregar algo tão rápido. Diziam ser sobre uma guerra e que eles deveriam tomar chaves de portal imediatamente para Hogwarts, assim eles pediram licença temporária e se encontraram na entrada do terreno.


 


Por ultimo entrou a figura meio curvada do senhor Olivaras, esse cumprimentou a todos e ganhou lugar na mesa dos professores.


 


–Mais alguém a quem devemos esperar senhorita Granger? – A viajante do futuro demorou uns segundos para perceber que falavam com ela. Então assim que o fez, ela olhou para a porta por um tempo e depois para Remo que encarava ansioso também. Seus olhos se encontraram e ela balançou a cabeça em negação. Ele suspirou e assentiu.


 


Ela voltou-se ao diretor.


 


–Não senhor, a próxima visita deve chegar somente no próximo capitulo... Ou melhor, as próximas. Acho que Dino já pode começar a leitura.


 


O menino cochichou com Simas por um instante e disse:


 


Os sete Potters.


 


Harry correu de volta para seu quarto, chegando à janela no exato momento em que pudera ver o carro dos Dursley partindo. Era visível o chapéu de Dédalo entre tia petúnia e Duda no banco de trás.


 


 


O carro virou à direita no fim da Rua dos Alfeneiros, suas janelas brilharam por um momento durante aquele pôr do Sol e então o carro já havia partido.


 


 


–Por que você detalha tanto as coisas? – Simas interrompeu a leitura e Harry deu de ombros. A viajante do futuro sorriu. Aquilo era tão a cara de Harry!


 


 


Harry pegou a gaiola de Edwiges, sua Firebolt e sua mochila, deu uma última olhada em seu quarto, e fez seu caminho de volta ao hall, onde ele deixou a gaiola, vassoura e mochila ao pé da escada. A luz estava se esvaindo mais rapidamente agora, o hall cheio de sombras na luz do anoitecer.


 


 


Rony revirou os olhos – mais informações extras e sem sentido. - Mione lhe deu um cutucão e ele fez bico, o salão se encheu de risadas.


 


 


Houve o estranho sentimento de estar parado ali no silêncio e saber que ele estava para deixar a casa pela última vez. Há muito, quando ele era deixado para trás sozinho enquanto os Dursleys saiam para se divertir, as horas de solidão eram raras. Parando somente para comer algo bom da frigideira, ele corria para cima para jogar no computador de Duda ou assistir TV. Ele teve um súbito momento de felicidade ao lembrar desses tempos. Era como lembrar de um irmão mais novo que ele havia perdido.


 


As pessoas tornaram a olhá-lo estranhamente, Harry sentia-se exposto como nunca antes.


 


 


– Você não quer dar uma última olhada neste lugar? - Ele perguntou a Edwiges, que permanecia com a cabeça embaixo da asa. - Quero dizer, olhe só para essa entrada. Que memórias... Duda vomitou aqui depois que o salvei dos dementadores... Acabou que ele foi grato depois de tudo, você pode acreditar?... E no último verão, Dumbledore veio através da porta da frente...


 


–Esteve na casa dele alvo? – Minerva encarou o diretor e ele lhe deu um sorriso.


 


–Eu não sei minha cara minerva, consta o fato de que ainda não aconteceu. – A professora ficou um pouco vermelha, e a viajante apressou-se a explicar que eram sobre o testamento de Sírius e mais algumas coisas.


 


 


Harry perdeu a linha de seus pensamentos por um instante e Edwiges não fez nada para ajudá-lo, e sim continuou com sua cabeça embaixo de sua asa. Harry voltou suas costas para a porta da frente.


 


 


– E bem aqui embaixo – Harry abriu a porta embaixo das escadas...


 


– Eu não acredito que vou dizer isso - disse Harry baixando a cabeça como que para se esconder.


 


Dino parecia atônito com as próximas linhas e todos estavam ansiosos para saber sobre o que aquilo se tratava.


 


Assim que se recuperou do choque, Dino leu em voz alta o resto da frase:


 


era onde eu costumava dormir! Você nunca me conheceu nessa época – Droga, isto é pequeno, eu tinha me esquecido...


 


Ouve silêncio de metade do salão, os demais gritavam coisas difíceis de entender.


 


– Como eles podem tratar um garoto assim?! - Gritou Molly irritada.


 


–Olhe o que o menino passou Alvo! Desde quando você dormia lá, Harry? – Perguntou a professora Minerva com os lábios franzidos.


 


– Eu parei de dormir lá quando chegou minha primeira carta de Hogwarts – Respondeu o menino meio corado.


 


–Primeira? – Indagou Cedrico Diggory que parecia mais conformado e pensava em um jeito de não morrer. – Por acaso recebeu mais de uma carta?


 


Harry riu – Mais de uma? Devo ter recebido umas cem! Meus tios não queriam que eu soubesse que era bruxo. Para falar a verdade vocês sabiam mais sobre mim do que eu mesmo;


 


O Diretor Dumbledore parecia pesaroso e Minerva aborrecida.


 


–Viu o quero dizer agora, professor? – Hermione (do futuro) disse empinando o nariz.


 


–Eu não poderia imaginar que eles tratariam o sobrinho assim!


 


–Francamente, Alvo, eu lhe avisei! – Vociferou amargamente McGonagall, o salão ficou uns segundos em silêncio até perceber que Snape ria, todos pareciam atônitos.


 


–Petúnia aparentemente continua muito anti-bruxos. Não deveria ter a deixado cuidar do Potter.


 


Ninguém falou mais nada. Se uma agulha caísse ali poderiam ouvir reverberar seu eco por todo o salão, então Harry tomou coragem:


 


–Como conhece a minha tia? – Severus deu um sorriso frio, mas não respondeu.


 


Hermione tomou a palavra, e para espanto de todos, ela sorriu para Snape.


 


–Tudo será esclarecido na leitura, vocês ficarão surpresos com muitas coisas.


 


–Mas isso não muda nossa conversa! – A senhora Weasley voltou-se para Harry – você dormiu lá por onze anos! -exclamou irritada.


 


–Sim, mas agora ja passou. Vamos voltar a ler, por favor – ele ja estava ficando irritado com os olhares de pena que estava recebendo.


 


Dino aceitou a deixa e prosseguiu.


 


Harry olhou em volta os sapatos e sombrinhas empilhados, lembrando de como ele costumava acordar todas as manhãs, olhando para cima por dentro da escadaria, a qual freqüentemente abrigava uma ou duas aranhas.


 


Ron fez uma careta, e os gêmeos Weasley ameaçaram trancá-lo lá qualquer dia. Gui e Carlinhos ainda tentavam descobrir o que faziam ali, assim como os Lovegood.


 


Aqueles haviam sido os seus dias antes dele saber qualquer coisa sobre sua verdadeira identidade; antes dele descobrir como seus pais haviam sido mortos ou porque coisas estranhas sempre aconteciam à sua volta. Mas Harry ainda conseguia lembrar dos sonhos que o perturbavam, até mesmo naquela época; sonhos confusos envolvendo raios verdes, e – uma vez Tio Válter quase bateu o carro quando Harry contou – uma moto voadora.


 


– A moto de Sirius? – Remo perguntou e Hagrid assentiu.


 


Harry estava achando tudo muito estranho, passara 11 anos sem ao menos saber que tinha um padrinho, e de repente ele era mencionado todo o tempo, admitiu para si que estava louco para conhecê-lo. Olhou para a gaiola ao lado de Remo e sentiu nojo, aquele rato traira seus pais.


 


–Você tem uma memória assustadora! – Comentou sonhadoramente Luna – Acho que tomou muito chá de raiz de Fundungos.


 


–O que é isso? – Ron perguntou ao irmão mais velho que deu de ombros. Luna sorriu e explicou.


 


–São criaturas pacíficas que moram geralmente na áfrica, são plantas que tem a capacidade de andar e pensar, e soltam muita fumaça rosa que deixa as pessoas apaixonadas. Suas raízes são boas para a memória.


 


Em todo o salão risadinhas debochadas eram ouvidas, Draco soltou em alto e bom som um - LOOOOOOONY (lunática) – e a Hermione mais velha o olhou raivosamente, isso o fez se calar.


 


Na mesa da lufa-lufa seu pai a olhava orgulho. Mione agradeceu mentalmente pela sua eu do futuro a avisar, afinal de contas gostara da menina, e não queria arrumar briga falando que aquilo não existia.


 


Gina gostou do assunto e inocentemente começou uma conversa entusiasmada com Luna. Harry a admirou por alguns instantes até Ron perguntar o que ele estava olhando.


 


“Ela é realmente admirável, eu entendo um pouco por que eu vou namorar ela no futuro” – O pensamento o fez corar.


 


 


Houve um repentino e ensurdecedor barulho vindo de algum lugar por perto. Harry levantou-se bruscamente e bateu sua cabeça no topo da porta. Parando apenas para utilizar alguns dos seletos palavrões de Tio Válter, ele voltou para a cozinha, enfiando a cabeça para fora da janela que dava para o jardim.


A escuridão parecia estar se agitando, o ar estava trêmulo. Então, uma a uma, figuras começaram a passar levemente à medida que suas magias de desilusionamento se extinguiam.


 


–Oh, foram buscá-lo! – comentou alegremente Dédalo.


 


– Não entendo, por que não simplesmente aparataram. Pelo menos agora entenderemos o que Dédalo e Héstia disseram no capitulo anterior. – Comentou Mafalda e os que não haviam lido prestaram um pouco mais de atenção.


 


 


Em toda a sua volta, outras pessoas estavam desmontando de suas vassouras, e, em dois casos, cavalos esqueléticos pretos com asas. Dominando a cena estava Hagrid, usando um capacete e óculos de proteção, sentado em uma enorme motocicleta com um carrinho preto apegado a si.


 


Hagrid sorriu.


 


 


–Oh papai, Testrálios!


 


–Sim, Luna querida – ele comentou do outro lado do salão.


 


–O que são? – Perguntou Gina, e Harry e Ron acharam que era mais uma criatura inventada, se surpreenderam ao ouvir Hagrid responder.


 


–São animais mágicos, cavalos esqueléticos com asas, e só podem ser vistos por quem viu alguém morrer. Hogwarts tem um grande rebanho adestrado, eles puxam as carruagens.


 


–O senhor foi informado de que o ministério classifica Testrálios como perigosos? – Perguntou Dolores metidamente, Fudge apenas assentiu, Hagrid mexeu-se nervosamente, mas quem respondeu foi Xenofílio.


 


–Ao contrario do que pensam eles são bem dóceis! Já trouxe minha Luna algumas vezes aqui para alimentá-los.


 


– Mas isso é um...


 


–Uma verdade. – Retrucou a Hermione do futuro. – Já voei neles algumas vezes com meus amigos, são criaturas boas e leais, e não é por que não pode vê-los que tem que temê-los.


 


– E você os vê? – Perguntou uma aluna da Corvinal.


 


–Depois do meu sétimo ano todos que eu conhecia podiam vê-lo.


 


 


Ficaram em um silêncio tenso. Na mesa da Grifinória Luna contava para os mais chegados por que ela conseguia vê-los.


 


Dino continuou.


 


 


Abrindo de mau jeito a porta dos fundos, Harry correu até o meio deles. Houve um choro geral de cumprimento, enquanto Hermione jogava seus braços em volta dele...


 


 


– Hum, vocês dois hein! - disseram os gêmeos recuperando o bom humor, parecia ter surgido uma esperança de Harry não ficar com sua irmãzinha. Harry e Hermione coravam fortemente, ela pela ousadia de fazer assim, ele pela provocação. Gina olhou a nova amiga sentindo-se meio magoada, então seu namoro com Harry não durou?


 


Dino achou melhor voltar a ler.


 


 


Rony deu um tapinha em suas costas e Hagrid disse – Tudo certo Harry? Pronto para irmos?


– Definitivamente - disse Harry, olhando todos a sua volta. - Mas eu não esperava tantos de vocês!


– Mudança de planos. - disse Olho-Tonto, que estava segurando dois enormes sacos cheios, e o qual o olho girava rapidamente, alternando entre Harry, a casa, o jardim e o céu. - Vamos para um lugar coberto antes de falar disso com você.


 


–Bom, vamos finalmente descobrir a droga do plano – Draco resmungou chamando a atenção para si. Sua mãe lhe acariciou os cabelos e Lúcio permaneceu quieto.


 


Moody prestou bastante atenção no que seu eu falaria.


 


 


Harry guiou-os para a cozinha onde, rindo e batendo papo, eles sentaram dividindo-se entre cadeiras, sobre as brilhantes superfícies de Tia Petúnia, ou recostaram-se contra seus impecáveis aparelhos. Rony, alto e magro;


 


–Olha só, não esta muito diferente – caçoou Carlinhos.


 


Hermione, seus cheios cabelos presos para trás em uma longa trança;


Hermione corou.


 


Fred e George, sorrindo idênticos;


 


Os gêmeos Weasley lançaram um sorriso as meninas da Lufa-Lufa, algumas suspiraram e deram risadinhas.


 


Gui, mal cicatrizado e com cabelos longos;


 


–Opa, como assim cicatrizes? – Perguntou Carlinhos vendo que o irmão parecia surpreso demais.


 


–Ele meio que lutou com Grayback. – Sussurrou a Hermione do futuro. Os Weasley e Remo ficaram pálidos.


 


–Ele foi mordido? – Remo perguntou a meia voz, e Hermione assentiu. Quando a senhora Weasley parecia a ponto de romper em lágrimas ela apressou-se a explicar:


 


–Não era noite de lua cheia além das cicatrizes a única diferença é que ele fica meio aborrecido na lua cheia, e gosta mais de carne mal passada.


 


Algumas pessoas conseguiram sorrir aliviando a tensão. Fred olhou para Jorge e piscou o olho batendo no ombro de Gui.


 


–Parece que temos um aprendiz de vampiro na família.


 


–Vampiro? – Hermione perguntou.


 


–Oh sim, Gui já gostava de carne mal passada, agora ele vai querer come-la crua, e chupar todo o sangue – completou George.


 


Gui revirou os olhos assim como Percy.


 


–Fazendo piada até nas horas mais impróprias, como sempre.


 


–Ora, meu querido TM – começou George.


 


–Somos a alegria da família – completou Fred.


 


–TM? – perguntou Gui.


 


– Tremendo Chefão – Sorriram os gêmeos levando cascudos da mãe.


 


Risadas ecoaram pelo salão.


 


 


Sr. Weasley, de rosto bondoso, careca, seus óculos um pouco tortos;


 


Senhora Weasley beijou o rosto do marido que ficou com as orelhas vermelhas.


 


-tonto, marcado por batalhas, com uma perna, seu olho mágico azul claro girando em sua


Olho órbita; Tonks, cujo cabelo estava em sua cor favorita de rosa claro;


 


Tonks riu.


 


Lupin, mais grisalho e enrugado;


 


Fleur, esguia e bonita, com seu longo cabelo loiro prateado;


 


– Quem é essa? – alguém na mesa da Sonserina resmungou. Muitas pessoas deram de ombros ao perceber que a viajante não falaria nada.


 


Kingsley, careca, negro, de ombros largos;


 


–Ele não estava cuidando do ministro? – Lilá perguntou.


 


 


Hagrid, seus cabelos e barba selvagens, estava curvado para evitar bater a cabeça no teto; e Mundungo Fletcher, pequeno, sujo, e de aparência desprezível, com seus caídos olhos de cão de caça e cabelos embaralhados. O coração de Harry parecia estar se irradiando de felicidade. Ele sentiu um inacreditável carinho por todos, até mesmo Mundungus, o qual ele tentou estrangular na última vez que haviam se visto.


 


–Porque eu iria querer estrangular alguém que eu nem conheço?- perguntou Harry.


 


– Esqueceu-se que nessa época você o conhece? Provavelmente ele deve ter roubado alguma coisa importante para você. - respondeu Olho Tonto.


 


 


– Kingsley, pensei que você estava cuidando do Primeiro Ministro - ele disse do outro lado da sala.


– Ele pode se virar sem mim por uma noite - disse Kingsley - Você é mais importante.


 


Lilá assentiu para si mesma, quando sua pergunta foi respondida.


 


 


– Harry, adivinhe? - Disse Tonks de seu lugar no alto da máquina de lavar, e ela mostrou a ele sua mão esquerda, um anel se encontrava lá.


– Vocês se casaram? - Harry gritou, olhando de Lupin para ela.


 


Dora e Remo coraram. Os cabelos da auror cresceram e ficaram ruivos. Remo a achou ainda mais adorável corada, mas nada disse.


 


Lilá e Parvati suspiraram, adoravam casamentos.


 


 


– Ok, ok, nós teremos tempo para uma conversa agradável depois – Disse Moody, e o silêncio reinou sobre a cozinha. Moody pôs seus sacos a seus pés e se voltou para Harry.


– Assim como Dédalo provavelmente lhe contou, nós abandonamos o plano A. Thicknesse se foi, o que nos traz um grande problema. Segundo problema, você é menor de idade, o que significa que você ainda tem o Rastro sobre você.


– Eu não...


– O Rastro, o Rastro! - disse Olho-tonto impacientemente. - O encanto que detecta atividades mágicas praticadas por menores, o jeito do Ministério encontrar menores infratores! Se você, ou qualquer um aqui, utilizar uma magia para transportar você, Thicknesse irá saber disso, e junto com ele os Comensais da Morte. Nós não podemos esperar o Rastro ser quebrado, porque no momento em que você atingir a maior idade, você perderá toda a proteção que sua mãe lhe deu. Resumindo: Thicknesse pensa que o encurralou.


 


–Bom, agora sabemos por que não podem ir aparatando ou pelo flur – Disse Dumbledore sombriamente.


 


 


Harry não pode fazer nada além de concordar com o desconhecido Thicknesse.


– Então o que faremos?


– Iremos usar o único método que nos restou, o único método que o Rastro não pode detectar, pois não dependemos de magia para utilizá-lo: Vassouras, Testrálios, e a moto de Hagrid.


Harry podia ver defeitos naquele plano, contudo, ele segurou sua língua para dar a Olho-Tonto a chance de continuar:


– Agora, o feitiço de sua mãe somente irá quebrar sobre duas condições: quando você atingir a idade, ou... – Moody gesticulou ao redor da impecável cozinha – Você não mais chame este lugar de casa. Você, sua tia e seu tio terão os caminhos separados esta noite, em total entendimento que jamais verão um ao outro novamente, certo?


 


–Já não era sem tempo. – Resmungou Harry, e Ron e Mione riram.


 


 


Harry concordou.


– Então dessa vez, não haverá volta, e o encanto se quebrará assim que você sair do raio de visão. Nós escolhemos quebrá-la mais cedo, pois a única alternativa é esperar por Você-Sabe-Quem vir e te matar quando completar dezessete anos.


– O que nós temos ao nosso favor é que Você-Sabe-Quem não sabe que estamos te transportando esta noite. Nós deixamos escapar uma falsa pista para o Ministério: Eles acham que você não sairá até que o encanto seja desfeito. Contudo, estamos lidando com Você-Sabe-Quem, então nós não podemos contar com que ele realmente saiba a data errada.


 


 


–Errado infelizmente, senhor Snape disse pros outros que era mentira. – Suspirou Gina preocupada. Harry a olhou longamente e sorriu, a menina caiu do banco. Os gêmeos correram para acudi-la e Ron riu enquanto ela explicava que havia escorregado, Harry fez uma anotação mental para não fazer mais aquilo por enquanto.


 


Ele provavelmente tem os Comensais Da Morte patrulhando os céus em toda essa área, por prevenção. Então, nós providenciamos para uma dúzia de casas diferentes toda a proteção que poderíamos. Todas elas parecem possíveis lugares os quais usaríamos para te esconder, todas tem alguma ligação com a Ordem; minha casa, a casa de Kingsley, a casa da Tia Muriel de Molly – você pegou a idéia.


– Sim. - Disse Harry, não totalmente confiante, pois ele ainda podia ver um grande buraco naquele plano.


 


–Eu também vejo isso - Alastor resmungou;


 


– Nós iremos para a casa dos pais da Tonks. Uma vez que é a casa mais preparada para nos receber e devido aos encantamentos de proteção que lá jogamos, você poderá utilizar uma chave de portal até a Toca. Perguntas?


 


 


 


– Err... Sim. - Disse Harry. - Talvez eles não saibam qual das doze protegidas casas eu estou indo primeiro, porém não ficará óbvio? – contou rapidamente – quatorze de nós indo em direção a casa dos pais de Tonks?


 


–Exatamente o ponto que todos querem saber. – Hestia afirmou.


 


 


– Ah! - disse Moody - Eu me esqueci de dizer o ponto-chave. Quatorze de nós não estarão voando para a casa dos pais de Tonks. Irão haver sete Harry Potters voando através dos céus hoje à noite, cada um deles com um companheiro, cada par indo para uma casa diferente.


 


 


De dentro de sua capa, Moody agora retirou uma garrafa cheia do que parecia lama. Não havia motivos para ele dizer qualquer outra palavra; Harry havia entendido todo o plano imediatamente.


 


–É poção polissuco. – Disseram Snape, Remo, Alastor, mais os outros aurores e a Hermione do futuro.


 


– Não entendo como Potter pode ter reconhecido. – Disse Snape com desdém e a Hermione do futuro deu um sorriso malicioso que espantou os gêmeos.


 


 


– Não! - Ele disse de forma audível, sua voz ecoando pela cozinha – Nem pensar!


– Eu disse a eles que você reagiria dessa forma. - disse Hermione.


 


–Hermione sabe sobre isso também, eu não entendo, já usaram polissuco? – Perguntou McGonagall e Mione riu ainda sem responder.


 


 


– Se vocês pensam que eu deixarei seis pessoas se arriscarem dessa forma—


– Não é a primeira vez para nenhum de nós - disse Rony.


– Como assim? Quer dizer que vocês ja se meteram em confusões antes? – Molly perguntou olhando feio para Ron e Mione.


 


– Parece que sim - Respondeu a professora Minerva.


 


– Dessa vez é diferente, fingindo ser eu—


– Bem, nenhum de nós deseja isso Harry. - Disse Fred. - Imagina se algo dá errado e ficamos pra sempre magrelos e “ocludos”.


 


 


– Parem de fazer piada de tudo! – Ralhou Percy e os gêmeos jogaram a cabeça para trás fazendo cara feia e disseram em uníssono.


 


– Nos obrigue!


 


O salão encheu-se de risos.


 


 


Harry não riu.


 


 


–Sem graçaaaa – cantarolou Fred.


 


 


Vocês não podem fazer isso sem minha cooperação, vocês precisam de mim para lhes dar algum cabelo.


 


Ambas as Hermione’s reviraram os olhos.


 


 


– Exatamente, não tem como nós continuarmos com o plano sem você cooperar. - disse Jorge.


– Sim! Treze de nós contra um cara que não pode usar magia; nós não temos a menor chance. - disse Fred.


– Engraçado. - disse Harry - Muito engraçado.


– Todos aqui são maiores de idade, Potter, e estão todos dispostos a se arriscar.


 


–Eu sou maior de idade!? – Ron perguntou impressionado e os irmãos riram.


 


–Parece que sim, Roniquinho – Debochou Jorge, Ron fechou a cara.


 


 


Mundungus deu de ombros e fez careta; O Olho mágico de Moody logo o fitou.


– Não vamos mais discutir. O tempo está passando. Eu quero um pouco de teu cabelo, garoto, agora!


– Mas isso é ruim, não há necessidade...


– “Não há necessidade!”, enfatizou Moody. - Com Você-Sabe-Quem lá fora e metade do Ministério do lado dele? Potter, se tivermos sorte, ele terá engolido a falsa pista e estará planejando te pegar somente em seu aniversário, mas ele provavelmente tem um ou dois comensais te vigiando, é o que eu faria. Eles podem não ser capazes de lhe pegar ou à esta casa enquanto o encantamento de sua mãe ainda existe, mas é só ele se quebrar e eles terão posse desse lugar. Nossa única chance é usar estes chamarizes. Até mesmo Você-sabe-quem não pode se dividir em sete.


 


 


Harry encontrou o olhar de Hermione e o desviou logo após.


 


 


– Eia, tem coisa ai, vocês se comunicam pelo olhar? Estão escondendo alguma coisa! – Sr. Weasley perguntou, e Hermione sorriu.


 


– Muito tempo de convivência. – Ela respondeu e Rony começou a sentir um pouco de ciúmes assim como Gina


 


.


 


– Então, Potter – Um pouco de teu cabelo, por favor.


Harry olhou para Rony de relance, este sinalizou um “Apenas o faça”.


 


Com isso Ron sorriu.


 


–Parece que é a mesma coisa com Ronald. – Molly sussurrou emocionada, seu filho teria amigos maravilhosos. O futuro trio de ouro se entreolhou sorrindo timidamente.


 


 


– Agora. - irritou-se Moody.


Com todos o observando, Harry estendeu sua mão até sua cabeça, agarrou um punhado de cabelo, e puxou.


– Ótimo. - disse Moody, pegando o vidro de poção. - Logo aqui, por favor.


 


–Sim, por favor, Harry – Imitaram os gêmeos.


 


Olho-tonto rosnou.


 


 


Harry jogou o cabelo no líquido lamacento. No momento em que houve contato em sua superfície, a poção começou a se modificar e então tornou-se, por fim, um claro dourado brilhante.


 


–Nossa. – Minerva parecia surpresa, assim como Snape. – nunca vi uma poção tomar essa coloração.


 


– Eu já vi, uma vez – Snape murmurou um pouco alto e todos pararam para prestar atenção. – Lily Evans, aula de poções do sétimo ano.


 


Alguns verdadeiramente não entenderam, mas Hermione do futuro sorria, assim como Remo, minerva e Dumbledore.


 


– Era a sua mãe, Harry – Remo sussurrou para ele e o menino pareceu pasmo. Uma coisa apitou em sua mente – Snape a conhecia? E o que foi aquilo falando sobre sua tia?


– Aaah, você parece muito mais apetitoso do que Crabbe e Goyle, Harry. - Disse Hermione, antes de focar as sobrancelhas levantadas de Rony, corando levemente ela disse.- Ah, você entendeu o que quis dizer – a poção de Goyle parecia “cocô”*.


 


 


–Como sabem da cor da do Goyle? – Perguntou Narcisa em muito tempo, Hermione sorriu.


 


–Precisávamos saber quem era o Herdeiro de Sonserina no meu segundo ano, e achávamos que era o Draco. Eu fiz a poção e Harry e Ron se passaram por Crabbe e Goyle.


 


– Minerva ficou impressionada, Severo parecia incrédulo.


 


–Você fez uma poção polissuco com malditos 12 anos?


 


Ela sorriu orgulhosa e assentiu, a Hermione do presente corou satisfeita.


 


– E Draco era o herdeiro? – Perguntou uma terceiranista da Grifinória.


 


Hermione não havia contado a eles sobre a pessoa que abriu a câmara era Gina e que ela fora levada para lá também. Então ela apenas negou e pediu que continuassem a leitura.


 


Draco estava imperceptivelmente magoado por não ser ele. Sua mente infantil imaginava que aquilo seria uma honra, assim como seu pai. Sua mãe ao contrario estava aliviada.


– Certo então. Falsos Potters, alinhem-se aqui, por favor. - disse Moody.


Rony, Hermione, Fred, Jorge e Fleur se alinharam em frente à impecável pia de Tia Petúnia.


 


– Quem será essa Fleur? - Perguntou Neville, ja era a segunda vez que ela era mencionada.


 


– Bom se você me deixar ler nos descobriremos - disse Dino.


 


 


– Falta um. - disse Lupin.


 


– Aqui. - disse Hagrid grosseiro, e levantou Mundungus pelo pescoço e o colocou ao lado de Fleur, que arredou ligeiramente para a outra direção.


– Isso está errado, eu deveria ser um protetor. - disse Mundungus.


– Quieto! - bravejou Moody. - Como eu já lhes disse, qualquer Comensal da Morte que encontrarmos terá a intenção de capturar Potter, não matá-lo. Dumbledore sempre dizia que Você-sabe-quem desejaria matá-lo pessoalmente. Os protetores são aqueles que mais tem o que temer; os Comensais da Morte não hesitarão em matá-los.


Mundungus não parecia exatamente tranqüilizado, mas Moody já estava pegando meia dúzia de copos de dentro de sua capa, os quais ele distribuiu, antes pondo um pouco de Poção Polissuco em cada um.


– Todos juntos, agora...


Rony, Hermione, Fred, Jorge, Fleur e Mundungus beberam. Todos eles engasgaram e fizeram caretas de nojo à medida que a poção atravessava suas gargantas; Na mesma hora, suas expressões começaram a borbulhar e distorcer como cera quente. Hermione e Mundungus davam chutes para cima; Rony, Fred e Jorge estava tremendo, seus cabelos estavam escurecendo, os de Hermione e Fleur pareciam estar voltando para dentro da cabeça..


 


–Isso é tremendamente estranho – disse Cho franzindo o nariz. ,uitos concordaram com a cabeça.


 


 


Moody, um tanto despreocupado, estava agora afrouxando os nós dos largos sacos que ele havia trazido consigo. Quando ele endireitou-se, havia seis Harry Potters engasgando e cuspindo à sua frente. Fred e Jorge voltaram-se um para o outro e disseram ao mesmo tempo – Uau, estamos idênticos!


 


– Eu não sei, todavia. Penso que continuo um pouco mais bonito. – Disse Fred examinando seu reflexo.


 


Percy revirou os olhos enquanto as pessoas do salão davam risadinhas.


 


 


– Bah. - disse Fleur, checando a si mesma na porta do microondas. - Gui, não me olhe – estou terrível!


 


– Nossa ela acabou de te chamar de feio, Harry – Rony caçoou.


 


– Hum, Gui e Fleur devem ser namorados - disse o senhor Weasley sorrindo para o filho e este corou enquanto Carlinhos zoava com a cara dele.


 


 


Aqueles os quais as roupas estão um pouco largas, eu tenho menores aqui - disse Moody, indicando o primeiro saco, - e vice versa. Não esqueçam os óculos, há seis pares no bolso lateral. E quando estiverem vestidos, há bagagem no outro saco.


 


 


O Harry verdadeiro pensou que aquilo era a coisa mais estranha que ele já havia visto, e ele já havia visto coisas extremamente estranhas. Ele observou como suas seis cópias vasculharam os sacos, procurando as roupas, pondo óculos. Ele teve vontade de pedir a eles para demonstrarem um pouco mais de respeito pela sua privacidade a medida que eles começaram a trocar de roupas, tirando-as sem vergonha, claramente mais tranqüilos de estarem mostrando o corpo de Harry do que se estivessem com seus próprios corpos.


– Eu sabia que Gina estava mentindo sobre aquela tatuagem, - disse Rony, olhando para baixo para seu peito nu.


 


– O QUE?! - exclamaram os homens Weasley ao mesmo tempo. Se olhar pudesse matar, Harry estaria morto de m mil maneiras diferentes. Gina e Harry coraram fortemente, mas Gina estava muito feliz por dentro, voltara a esperança de talvez estar com ela.


 


Ela olhou para Harry e pela primeira vez conseguiu verdadeiramente sorrir, ele retribuiu, e Dino continuou:


 


– Harry, sua visão é realmente terrível - disse Hermione, enquanto colocava seus óculos.


Uma vez vestidos, os falsos Harry pegaram suas bagagens e gaiolas de corujas, cada uma contendo uma coruja branca empalhada, vindas do segundo saco.


– Ótimo. - disse Moody, quando o sétimo Harry terminara de se vestir, e aguardava com a bagagem pronta. Os Harry encararam-no. - Os pares serão estes: Mundungus viajará comigo, de vassoura...


 


– Por que eu estou com você? – Grunhiu o Harry mais perto da porta dos fundos.


 


– Porque você é um dos que precisa ser vigiado, - Rosnou Moody, e Mundungus não saiu da mira de seu olho mágico.


 


–Obviamente – Olho-onto resmungou.


 


 


– Arthur e Fred...


 


– Eu sou Jorge, - disse o gêmeo para o qual Moody estava apontando. -Vocês não podem parar de nos confundir nem quando somos Harry?


– Desculpa, Jorge.


– Só estou te enchendo, na verdade sou o Fred.


– Chega de brincadeiras!. - enraiveceu-se Moody - O outro – George ou Fred ou qualquer um que seja – você esta com Remo. Senhorita Delacour...


 


– Levarei Fleur em um Testrálio, - disse Gui. - Ela não é muito fã de vassouras.


Fleur caminhou para o lado dele, lançando-lhe um olhar brilhoso e submisso e Harry desejou com todo seu coração que ele nunca mais aparece no rosto dele de novo.


 


Os gêmeos riram imitando uma expressão que julgavam parecida com a do livro. Lee Jordan parecia pronto para ter uma sincope de tanto rir. Gui estava da cor dos cabelos.


 


 


Senhorita Granger com Kingsley, também de Testrálios.


 


Hermione pareceu tranqüilizada ao responder o sorriso de Kingsley; Harry sabia que Hermione também não era muito íntima de vassouras.


 


Ambas Hermione’s concordavam enquanto os que gostavam de voar reviravam os olhos em conjunto.


 


 


– O que deixa você e eu, Rony! - disse Tonks, empolgada, derrubando uma caneca enquanto acenava para ele.


Rony não parecia tão satisfeito quanto Hermione.


 


–Eu vôo muito bem, okay? – Disse Tonks fingindo uma bronca, seus cabelos ainda longos ficando ondulados e negros, ela parecia uma verdadeira Black com olhos azuis acinzentados, Remo perguntou-se se aquela era a verdadeira aparência dela.


 


Ron pediu desculpas.


 


– E você está comigo, Harry. Tudo certo? - disse Hagrid, parecendo um pouco ansioso. - Nós estaremos na moto, pois vassouras e Testrálios não suportam meu peso, entende. E você não cabe no assento comigo junto, todavia, então você irá no carrinho lateral.


 


 


– Está ótimo. - disse Harry, não totalmente certo disso.- Nós achamos que os Comensais da Morte estarão esperando que você esteja em uma vassoura, - disse Moody, que pareceu adivinhar como Harry se sentia. - Snape teve muito tempo para dizer a eles tudo que ele nunca disse antes, então caso sejamos perseguidos por qualquer Comensal, estamos crentes que ele irá escolher um dos Potters que está em uma vassoura. Tudo bem, então. – Ele continuou carregando o saco com as roupas dos falsos Potters e caminhou para a porta, - Três minutos pra gente sair. Não tranque a porta de trás, isso não manterá os Comensais da Morte fora quando eles vierem. - Vamos.


Harry se apressou, pegou suas bagagens, Firebolt e a gaiola de Edwiges no escuro jardim.


Por todos os lados, vassouras estavam levantando vôo. Hermione já havia recebido ajuda de Kingsley para subir no grande Testrálio negro. Fleur subira no outro com Gui. Hagrid estava parado, pronto para partir ao lado de sua moto, óculos postos.


 


– É essa? É essa a moto de Sirius?


 


– Ela mesma. - disse Hagrid sorrindo para Harry – e a última vez que esteve nela, Harry, você cabia na minha mão!


 


–Ownnnnnnn – As meninas do salão no geral disseram isso, Harry envergonhado afundou a cabeça nos braços confuso. Então ele gostava verdadeiramente de Sírius.


 


Harry não pôde evitar se sentir um pouco humilhado à medida que entrava no carrinho lateral. O carrinho o colocava alguns centímetros abaixo de todos; Rony riu ao vê-lo sentado no carrinho como uma criança.


 


Ele colocou sua mochila e a vassoura debaixo dos pés e enfiou a gaiola de Edwiges entre suas pernas. Era extremamente desconfortável.


 


– Arthur deu uma “turbinada” – disse Hagrid, não percebendo o desconforto de Harry. Ele se posicionou na moto, que fez alguns barulhos e afundou alguns centímetros no chão. – Tem alguns truques aqui no guidom. Aquele foi idéia minha.


 


Ele apontou um dedo grosso para um botão roxo perto do acelerador.


 


– Por favor, tenha cuidado Hagrid – disse Sr. Weasley, que agora estava do lado deles, segurando sua vassoura. – Eu ainda não tenho certeza se é aconselhável usá-lo a não ser em emergências.


 


– Tudo bem então – disse Moody – Todos prontos, por favor; quero que nós todos saiamos no mesmo exato momento ou todo o propósito da distração será perdido.


 


Todos montaram suas vassouras.


 


– Segura firme agora, Rony. – disse Tonks, e Harry viu Rony lançar um olhar furtivo e culpado a Lupin antes de por suas mãos na cintura dela.


 


Remo sorriu para o pequeno Rony que olhava para ele envergonhado.


 


 


Hagrid ligou a motocicleta. Ela rugiu como um dragão, e o carrinho lateral começou a vibrar.


 


– Boa sorte, para todos. - Gritou Moody. - Vejo vocês todos em uma hora na Toca. No três. Um... Dois... TRÊS!


 


Houve um grande rugido de moto, e Harry sentiu o carrinho lateral dando uma boa arrancada. Ele estava cortando o ar rapidamente, seus olhos enchendo de lágrimas levemente, seus cabelos ventavam para fora de seu rosto. Em volta dele, vassouras levantavam vôo também; a longa calda negra de um Testrálio passou por ele. Suas pernas, apertadas dentro do carrinho lateral devido à gaiola de Edwiges e sua mochila, já doíam e começavam a ficar dormentes. Tão grande era seu desconforto que ele quase esqueceu de dar uma última olhada no número 4 da Rua dos Alfeneiros; no momento em que ele olhou pela beirada do carrinho lateral, ele não podia mais dizer qual era. Cada vez mais altos, eles adentraram o céu.


 


 


E então, de lugar nenhum, do nada, eles estavam cercados. Pelo menos trinta figuras encapuzadas, voando, formaram um grande circulo em volta deles, no qual os membros da Ordem subiam, sem saber...


 


Gritos, raios de luz verde por todos os lados: Hagrid de um grito e a moto abaixou. Harry perdeu a noção de onde estavam: luzes acima, gritos a volta, ele agarrou o carro lateral pra valer.A gaiola de Edwiges, a Firebolt, e sua mochila escorregaram embaixo dos pés dele—


 


– Não- EDWIGES!


 


O salão parecia prender a respiração e Dino apressou a leitura para não haver interrupções.


 


 


A vassoura caiu pra terra, mas ele conseguiu agarrar a ponta da mochila e o topo da gaiola enquanto a moto subia novamente. Um segundo de alívio, e então outro raio de luz verde. A coruja gichou e caiu no chão da gaiola.


 


– Não – NÃO !


 


A motocicleta foi à toda velocidade para frente; Harry vislumbrou Comensais da Morte encapuzados espalhando-se à medida que Hagrid disparou através do circulo.


 


– Edwiges!-- Edwiges!


 


Os olhos de Harry ficaram nublados e houve silencio na mesa da Grifinória, Harry amava muito sua coruja, ele sentiu alguém se mover ao seu lado e ao olhar percebeu que não era mais a Hermione do futuro e sim Gina que sentou ali e fingiu se escorar em Ron que observava Dino ler totalmente absorto com os acontecimentos. Uma mãozinha quente apertou de leve a de Harry e ele sorriu para Gina que lhe mandava forças com um simples olhar.


 


 


Mas a coruja permaneceu imóvel e patética como um brinquedo no chão de sua gaiola. Ele não podia aceitar, e seu terror pelos outros foi primordial. Ele olhou por cima de seu ombro e viu uma massa de gente se movendo, feixes de luz verde, dois pares de pessoas em vassouras se afastando, mas ele não podia dizer quem eram...


 


– Hagrid, nós temos que voltar, nós temos que voltar! - ele gritou em meio ao barulho de feitiços e ao rugir da motocicleta, puxando sua varinha, colocando a gaiola de Edwiges no chão, se recusando a acreditar que ela havia morrido. - Hagrid, VOLTE!


 


– O meu trabalho é levá-lo lá a salvo, Harry! - berrou Hagrid.


 


–Exatamente Hagrid. Leve-o em segurança – Disse Moody e Hagrid sorriu.


 


Pare! PARE! - Harry gritou, porém quando olhou para trás novamente, dois jatos de luz verde passaram por pouco de sua orelha. Quatro comensais da morte tinham deixado o círculo e estavam a persegui-los, mirando nas largas costas de Hagrid. Hagrid desviou-se, porém os


 


Comensais estavam na cola da moto; mais jatos, e Harry teve que se enfiar no carrinho lateral para evitá-los. Esgueirando-se ele gritou, “Estupefaça!” e um raio saiu de sua varinha, criando um vão entre os quatro Comensais da Morte à medida que eles desviavam.


 


– Segure-se Harry, essa é pra eles! - gritou Hagrid, e Harry olhou justo na hora que Hagrid esmurrou um espesso dedo em um botão verde próximo ao medidor de combustível.


 


Uma parede, uma sólida parede, surgiu pelo exaustor. Esticando seu pescoço, Harry a viu expandir-se no meio do ar. Três Comensais desviaram-se bruscamente e a evitaram, mas o quarto não teve tanta sorte; ele desapareceu de vista e então caiu como um pedregulho por trás, sua vassoura quebrou em pedacinhos.


 


–Oh! – os Weasley ofegaram.


 


–Isso é ruim, isso é ruim! – a Hermione do presente quicava na cadeira, ela agarrou a outra mão de Harry e olhou sofredoramente para ele. Ele indicou Ronald com a cabeça e Hermione saiu de seu lugar e foi sentar-se do outro lado de Ron.


 


 


Um de seus companheiros diminuiu para salvá-lo, mas ele e a parede voadora foram engolidos pela escuridão à medida que Hagrid retomou o controle da moto e acelerou.


 


Mais maldições passaram pela cabeça de Harry vindos dos dois Comensais restantes; eles estavam mirando em Hagrid. Harry reagiu com feitiços estuporantes: Vermelho e verde colidiram no meio do ar, em um espetáculo de faíscas multicoloridas, e Harry lembrou-se um pouco de fogos de artifício, e então dos Trouxas abaixo os quais não tinham idéia do que ocorria.


 


– Aqui vamos nós de novo. Harry, segure-se! - gritou Hagrid, e ele pressionou um segundo botão.


 


Desta vez uma grande teia saiu do exaustor, mas os Comensais Da Morte estavam preparados para isso. Não somente desviaram, mas o companheiro que havia voltado para salvar o amigo inconsciente voltara. Ele surgiu repentinamente da escuridão e agora três deles estavam perseguindo a motocicleta, todos soltando feitiços.


 


– Agora vai, Harry, segura firme! - gritou Hagrid, e Harry o viu meter toda a mão em um botão roxo ao lado do medidor de velocidade.


 


Com um inconfundível barulho, chamas de dragão saíram do exaustor, branco-azul quentes, e a motocicleta atingiu a velocidade de uma bala com o som de metal desvencilhando. Harry viu os


 


Comensais da Morte desviarem bruscamente para evitar a chama mortal, e ao mesmo tempo sentiu o carrinho lateral se balançar sinistramente. Suas conexões metálicas com a moto haviam lascado com a força da aceleração.


 


– Tá tudo bem, Harry - berrou Hagrid, agora com o corpo muito para trás devido a velocidade; ninguém estava conduzindo agora e o carrinho lateral começou a girar violentamente.


 


– Esta tudo sobre controle Harry, não se preocupe! - Hagrid gritou, e de dentro do bolso de sua jaqueta ele puxou sua sombrinha rosa e florida.


 


– Hagrid! Não! Deixa que eu faço!


 


– REPARO!


 


Houve um barulho ensurdecedor e o carrinho lateral desvencilhou-se da moto completamente;


 


Harry voou para frente, impulsionado pelo ímpeto do vôo da moto, então o carrinho lateral começou a perder altura.


 


Gina parecia a ponto de chorar e apertava a mão de Harry com mais força, ele apertou de volta, a olhando com curiosidade.


 


 


Desesperado, Harry apontou sua varinha para o carrinho lateral e gritou:


 


– Wingardium Leviosa!


 


– muito bom Harry. Muito bom! – Gritou Carlinhos fazendo todo o salão da um pulo.


 


 


O carrinho levitou, desestabilizado, mas ao menos continuava no ar. Ele teve alguns segundos, porém, novos feitiços passaram por ele: Os três Comensais da Morte estavam se aproximando.


 


– Estou indo, Harry! Hagrid berrou do meio da escuridão, mas Harry pôde sentir o carrinho começar a desabar novamente: agachando-se o máximo que conseguira, ele apontou para o meio das figuras na escuridão e gritou “Impedimenta”!


 


Remo sorriu, lembrando os velhos tempo, Snape fez uma careta.


 


 


O feitiço atingiu o Comensal do meio bem no peito: Por um momento, o homem estava absurdamente perdido ao bater em uma barreira invisível. Um de seus companheiros quase bateu com ele.


 


Então o carrinho começou a cair para valer, e o Comensal restante lançou um feitiço muito próximo a Harry que ele teve que se abaixar bruscamente, batendo um dente na beira do assento.


 


– Estou indo Harry, estou indo!


 


Uma grande mão pegou as vestes de Harry e o puxou para fora do carrinho; Harry pegou sua mochila enquanto foi puxado para o assento na motocicleta. Enquanto eles subiam, fora do alcance dos dois comensais restantes, Harry cuspiu o sangue para fora de sua boca, apontou sua varinha para o carrinho caindo e gritou, “Confringo!”


 


Ele sentiu uma péssima ponta de culpa por Edwiges; o Comensal da Morte mais próximo fora jogado para fora de sua vassoura e caiu; seu companheiro voltou e desapareceu.


 


Algumas garotas choravam pelo salão, aquilo era terrível demais.


 


 


– Harry, Eu sinto muito, sinto muito. - Gemeu Hagrid - Eu não deveria ter tentado reparar o carrinho eu mesmo – eu não sei fazer nada...


 


– Isso não é um problema agora, só continue voando! - Harry gritou de volta, avistando mais dois Comensais que emergiram da escuridão, se aproximando.


 


À medida que os feitiços iam passando por eles, Hagrid desviava. Harry sabia que Hagrid não ousaria usar o ‘botão do fogo do dragão’ novamente, com Harry espremido ali, de forma tão insegura. Harry mandou feitiço depois de feitiço de volta contra seus perseguidores, mal os segurando. Ele mandou outro feitiço Impedimenta. O Comensal mais próximo desviou-se bruscamente e seu capuz caiu, e pela luz vermelha do feitiço Harry pôde reconhecê-lo: Stanislau Shunpike—Stan—


 


–O que trabalha no Nôitibus Andante? – Cornélio pôs-se de pé irritado.


 


– Imperius – A Hermione do futuro esclareceu e ele sentou-se lívido.


 


 


Expeliarmus! - Harry gritou.


 


– É ele, é ele, é o verdadeiro!


 


– Como é que ele sabia que você era o verdadeiro? – perguntou Mione.


 


– Eu não sei – respondeu Harry.


 


A viajante garantiu que no livro explicaria.


 


 


O grito do Comensal chegou a Harry mesmo com todo o barulho da moto: No outro momento, ambos os perseguidores ficaram para trás e desapareceram de vista.


 


– Harry, o que houve? - berrou Hagrid. - Para onde eles foram?


 


– Eu não sei!


 


Mas Harry estava com medo. O Comensal encapuzado havia gritado “É o verdadeiro!”. Como ele sabia? Ele olhou fixamente em volta para a escuridão e sentiu a ameaça. Onde eles estavam?


Ele subiu com dificuldade no assento para olhar para frente e se agarrou nas costas de Hagrid.


 


Hagrid, faz a coisa do fogo do dragão de novo, vamos embora logo!


 


– Segura firme então Harry!


 


Houve novamente um barulho inconfundível e a chama branca e quente saiu pelo exaustor. Harry sentiu ele mesmo voltando para trás do pequeno assento, Hagrid afundou para trás também, mal mantendo o controle da motocicleta.


 


– Eu acho que eles nos perderam Harry, eu acho mesmo! - gritou Hagrid.


 


Mas Harry não estava convencido. O medo corria por ele quando ele olhava da direita para esquerda a procura de perseguidores... Por que eles haviam ficado para trás? Um deles ainda possuía uma varinha...é ele... é o verdadeiro ... eles disseram isso depois da tentativa de Harry de desarmar Lalau...


 


– Estamos quase lá Harry, quase lá! - disse Hagrid.


 


Harry sentiu a moto baixar um pouco, apesar das luzes abaixo ainda parecerem estrelas remotas.


Então a cicatriz em sua testa queimou como fogo. Um Comensal da Morte apareceu em cada lado da bicicleta, duas maldições da morte erraram Harry por milímetros.


 


Gina deu um gritinho e todos a olharam, ela baixou a cabeça, tão vermelha quanto os cabelos. Harry acariciou a cicatriz, sentira um formigar na primeira noite ao olhar para Snape.


 


Hermione não havia contado a eles sobre Quirrel, ainda. Apenas comentara que uma pessoa no primeiro ano de Harry tentara mata-lo.


 


 


E então Harry o viu. Voldemort estava voando como fumaça no vento, sem vassoura ou Trestálio para segurá-lo, sua cara de cobra brilhando na escuridão, seus dedos brancos segurando sua varinha novamente.


 


Os salão pareceu ficar muito mais gelado de repente.


 


Hagrid foi com a moto para um repentino mergulho. Esgueirando-se, Harry mandou uma série de feitiços contra a escuridão. Ele viu um corpo passar por ele e soube que tinha atingido algum deles, mas então ele ouviu um barulho e viu fagulhas saírem do motor; a motocicleta pirou no ar, completamente fora de controle—


 


Jatos de luz verde passaram por eles de novo. Harry não fazia idéia do que era cima, ou o que era baixo. Sua cicatriz continuava a queimar; ele esperava morrer a qualquer segundo. Uma figura encapuzada em uma vassoura estava logo à sua frente, ele a viu levantar seu braço.


 


–NÃO!


 


–NÃO! – Grifinória inteira gritou.


 


 


Com um grito de fúria, Hagrid jogou-se de dentro da moto até o Comensal; para seu horror, Harry viu ambos caindo, seus pesos combinados eram muito para a vassoura—


 


Mal segurando-se a motocicleta com seus joelhos, Harry ouviu Voldemort gritar:


 


– Meu!


 


Estava acabado. Ele não podia ver ou ouvir onde Voldemort estava; ele vislumbrou outro Comensal da Morte voando e ouviu:


 


– Avada...


 


Varias pessoas ficaram pálidas enquanto Dino lia. Gina abraçou o braço de um Rony pasmo, enquanto ela soluçava, assim como Mione que olhava para Harry, angustiada. Hagrid deu um grunhido como um cachorro chorando. Remo estava suando.


 


Assim como a cicatriz de Harry forçou seus olhos a se fechar, sua varinha agiu por conta própria. Ele sentiu ela empunhada em sua mão como um imã, viu um esguicho de fogo dourado através dos seus olhos semi-abertos, ouviu um ‘crack’ e um grito de fúria. O Comensal restante berrou. Voldemort gritou.


 


– Não!


 


 


– Não entendo... – Mione começou, mas calou-se para que continuassem.


 


Olivaras arregalou os olhos e cochichou rapidamente com Dumbledore.


 


De alguma forma, Harry achou o botão do fogo de dragão. Ele o apertou com sua outra mão e a moto lançou mais fogo no ar.


 


– Hagrid!


 


Harry chamou, segurando-se na moto.


 


– Hagrid. Accio Hagrid!


 


A moto aumentou a velocidade, puxada diretamente para a terra. Cara a cara com o guidão da moto, Harry não via mais nada a não ser as distantes luzes cada vez mais perto. Ele ia bater e não havia nada que ele podia fazer. Atrás dele pôde ouvir outro grito.


 


– Sua varinha, Selwyn, dê-me sua varinha!


 


–Cornélio anotou o nome de Selwyn em um pergaminho, Dolores estava raivosa.


 


Ele sentiu Voldemort antes de vê-lo. Olhando para os lados, ele visualizou os olhos vermelhos e tinha certeza que seriam a última coisa que ele veria. Voldemort estava se preparando para atacá-lo mais uma vez.


 


No entanto, Voldemort sumiu. Harry olhou para baixo e viu Hagrid jogado no chão embaixo dele.


 


Ele puxou forte o guidão da moto para evitar bater em Hagrid, tateou atrás do freio, mas com um barulho estrondoso, o chão tremia, ele caiu direto em um poço de lama.


 


 


– Caramba, esse capitulo foi bom - disse Dino.


 


– Por que não foi você que quase morreu. – disse Harry.


 


Ron deu um sorriso aliviado e Harry começou a receber os cumprimentos da maioria do salão por ter sobrevivido, Hermione ainda queria esclarecer a história da varinha, mas seu eu futuro sorriu e ela achou melhor deixar para depois.


 


No meio das louvações Hermione acabou por abraçar Rony rapidamente e depois ambos se separaram corados. Harry riu.


 


Quando toda a comemoração e as palmas que se seguiram acalmaram Dino levantou o livro.


 


–Quem gostaria de ler?


 


Infelizmente não houve tempo de decidir, a mesma luz ofuscante tomou conta do salão e um grande baque ouviu-se enquanto alguém caia na frente da mesa dos professores.


 


–EU TE DISSE QUE VIRIA SOZINHA! – Uma ruiva gritou batendo em um garoto que poderia ser Draco Malfoy em quatro anos, que sorria enquanto se encolhia.


 


–Calma, calma, você não poderia vir sozinha!


 


–SEU IDIOTA A MAMÃE VAI ME MATAR!


 


A Hermione do futuro se levantou e olhou pasma para os dois.


 


–Rose, o que faz aqui? E você Scorpius?


 


–É culpa dele, mamãe! – O salão ficou em silêncio enquanto a menina apontava para o menino.


 


–Sua filha, Hermione? – Perguntou Amélia Bones e a viajante sorriu abraçando a menina e o menino pelos ombros. Aos poucos as pessoas olhavam para sua mão e reparavam algo que lhes passou despercebido: Uma aliança de ouro e um anel com um pequeno diamante.


 


–Mas ela é ruiva. – Disse Xenofílio após um tempo.


 


–Muito bem reparado Sr. Lovegood – disse a garota e ela olhou para a mesa da Grifinória procurando por alguém, não dando tempo para perguntarem como ela o conhecia. Seus olhos pararam em Harry, Rony e Hermione e ela sorriu e acenou. O garoto fez o mesmo sorrindo e depois encarou Draco, Narcisa e Lucio na mesa da Sonserina. Draco deu um pulo.


 


–ISSO É IMPOSSIVEL! – Gritou furioso. Os seus colegas de casa se assustaram, seus pais estavam pálidos. – EU NÃO POSSO TER ME CASADO COM A GANGER!


 


Com essa informação a Grifinória olhou para eles horrorizados, a Hermione do futuro piscou confusa, olhou para o menino ao lado da filha, eles pareciam no mesmo estado, então quando pareceram entender começaram a rir.


 


–E-Eu casada com o M-Malfoy? – Hermione mais velha tentou pronunciar em meio às risadas, isso fez as pessoas que começaram a comentar se calarem para prestar atenção.


 


Draco estava vermelho.


 


–Então como explica esse menino parecido com o Draco? – Lúcio exigiu e Hermione deu um sorriso resplandecente.


 


–Ora, Scorpius é realmente filho de Draco, mas apenas Rose é minha filha, eles são amigos.


 


Pansy Parkinson sorriu debochadamente – até parece que Draco deixaria o filho dele com uma filhote de sangue ruim.


 


Rose ficou tão vermelha quanto os cabelos e pegou a varinha apontando para Pansy que vacilou, ela tinha o ar de sabe tudo de sua mãe.


 


–Sou uma filhote de sangue-ruim com orgulho, sua cara de buldogue! E se falar mal da minha mãe de novo eu vou te dar um rabo para você balançar enquanto põe a língua para fora, sua cadela!


 


– Rosalie! – Hermione ralhou e esfregou a têmpora – Eu tenho que falar para o seu pai parar de contar os apelidos que ele deu para os sonserinos.


 


Os gêmeos assobiaram.


 


–Gostei dela, Fred.


 


–Concordo, Jorge.


 


Scorpius riu com Rose e deu a mão a ela, isso não passou despercebido.


 


– Meu neto esta de mãos dadas com ela! – Lucio parecia incrédulo, a Mione do presente reparou nas roupas deles.


 


–Grifinória? – Piscou e apontou as roupas de Scorpius que sorriu orgulhoso.


 


–Sim, sou artilheiro do time de Quadribol da Grifinória!


 


Ninguém estava entendendo nada.


 


–Um Malfoy na Grifinória? – muitos sussuravam e, Scorpius manteve o queixo erguido.


 


–Você envergonha a nossa família. – Draco cuspiu e Scorp deu um sorriso frio e disse com a voz arrastada como a do pai.


 


–Não foi isso que disse quando foi passar o natal com Weasley e aprovou a torta da vovó Molly.


 


Isso gerou um silêncio constrangedor.


 


–Vovó? – A Senhora Weasley perguntou.


 


Rose sorriu.


 


–Ele vai à Toca desde o nosso primeiro ano, é meu melhor amigo, e do Alvo, e a senhora o trata como um neto também sabe.


 


–Muitas coisas mudaram desde a Guerra, Molly – Hermione do futuro garantiu. A Sr. Weasley analisou Rose.


 


–Você então é minha neta? E esse tal Alvo.


 


Ela assentiu sorrindo.


 


Alvo Dumbledore sorriu;


 


–E quem é seu pai? – Os Weasley arregalaram os olhos e encararam a garota que abriu a boca quando Hermione fez que não.


 


–Nada disso mocinha, não agora. – Rose deu um pulo e fez uma careta de desculpa para a avó. – O que vocês estão fazendo aqui? – Disse a mãe severa.


 


Scorpius balançou a cabeça na direção de Rose - O senhor Weasley a mandou vir te buscar, parece que é a vez da irmã dele.


 


–Na realidade papai esta morrendo de saudades! - Rose deu um sorriso maroto.


 


Hermione revirou os olhos e abraçou-os pelos ombros novamente – acho que isso é um adeus. Em breve vem mais uma pessoa para ler com vocês. Não comecem o capitulo antes disso.


 


Rose sussurrou algo para a mãe que assentiu e ela correu até a mesa da Grifinória.


 


–Podem me dizer qual aqui é o Fred? – os gêmeos se encararam e o da direita indicou que era ele. Rose deu um sorriso e abraçou o da esquerda com todas as suas forças.


 


–Como sabia? – ele sussurrou surpreso.


 


–Convivi com vários gêmeos a minha vida toda.


 


–Por que fez isso? – Jorge, que se indicara antes como Fred, perguntou.


 


Ela negou com a cabeça e correu até a mãe e Scorpius novamente.


 


–Até logo – eles disseram em uníssono e desapareceram dessa vez em uma luz vermelha.


 


Então enquanto esperavam pela próxima pessoa que leria com eles, ergueu-se um debate na mesa da Grifinória:


 


“Quem é o pai de Rosalie Weasley?”


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Bom gente e so....
como eu disse no capitulo passado so irei postar agora ano que vem, desejo a todos voces feliz natal e um feliz ano novo bjss ate ano que vem. 

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Comentários (3)

  • HarryJ.Potter

    Ansioso pelo proximo,muito bom o esse capitulo,o melhor até agora,estou adorando o casal Harry\Ginny

    2013-12-17
  • LilyLuppin2

    Só ano que vem? Quer me matar de curiosidade?????????????? PRECISO do próximo! Amei.

    2013-12-14
  • Clenery Aingremont

    Na verdade o nome da Rose é só Rose mesmo... Acho que é meio óbvio quem é o pai da Rose, não? Enfim! Até o ano que vem :( Então a próxima que for aí será a Ginny? Legal!

    2013-12-14
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