Dica dois: confiança

“Confiança: tema ambíguo

Mulheres adoram homens confiantes, então não seja um completo palerma! Tenha confiança em si mesmo! Muitos que leram a primeira dica não se deram bem, porque são menos confiantes que tronquilhos. Então ao lerem essa dica reflitam: ‘Sou confiante?’. Você vai perceber que não é. Afinal, homens fazem tudo para impressionar os outros homens. Não diga que isso está errado, pois não está! Ou vai me dizer que você joga Quadribol para impressionar a menina que gosta? Isso se chama insegurança e idiotice.

Mas também se trata da confiança que a mulher tem para com a sua pessoa. Portanto, não minta! Se fizer isso e a mulher descobrir, você está perdido, caro rapaz...”

– Uma mulher escreveu esse livro? – Scorpius fechou o livro e olhou o nome do autor: “S. B. M.” – S. B. M? Que diabos é isso? Sociedade das Bruxas Malévolas? – ele riu da própria piada ruim.

– Falando sozinho de novo? – um colega de quarto disse rindo.

– Cale a boca, Jimmy. – o loiro retrucou, guardou o livro embaixo do seu travesseiro e saiu do quarto.

Viu Rose sentada em uma das poltronas lendo um folheto sobre aparatação.

– Você ainda não fez o teste? – o loiro perguntou, chamando a atenção da ruiva para si.

– Não. Eu ainda não fiz dezessete... Meu pai diz que é horrível a sensação. – ela acrescentou pensativa.

– Eu concordo com ele. – o loiro disse. Ele já fizera e passara no teste.

– Scor, - Rose começou, séria – queria conversar sobre nossos pais.

– Tudo bem. – ele respondeu se sentando na poltrona ao seu lado.

– Nós dois sabemos que meu pai odeia o seu. O tio Harry também. Minha mãe também... Meu avô t...

– Eu já entendi. – ele exclamou rindo – Todos odeiam o Malfoy. – ele usou o tom que Rony sempre usava ao se dirigir ao seu pai.

– Então, mas nós dois gostamos um do outro. – a ruiva continuou e Scorpius arregalou os olhos – Como amigos. – ela acrescentou.

– Ah! Sim...

– Você tem que ter uma conversa com meu pai. Ele não tem uma perspectiva muito boa sobre você, sabe? – o loiro assentiu com a cabeça – Mas não quero que esse clima continue ruim entre vocês dois, afinal, quero continuar a ser sua melhor amiga. – dito isso ela sussurrou algo inaudível.

– Tudo bem. – Scorpius concordou nervoso.

– Olha, se você não quiser, Alvo e eu faremos isso! – ela disse, exasperada.

– Seria uma boa ideia. – ele sussurrou.

– Essa é a hora que você tem que dizes: “Não, Rose, deixa que eu falo com seu pai”. – ela disse, fazendo uma falsa voz grossa.

– Seu pai é maluco! Ele quase me matou só por saber que sou seu amigo, que dirá um melhor amigo pra vida inteira! – o garoto retrucou.

– VOCÊ CHAMOU MEU PAI DE MALUCO? – a ruiva gritou se levantando.

– Você vive o chamando assim. – o loiro protestou se levantando também.

– MAS ELE É O MEU PAI! EU POSSO CHAMÁ-LO ASSIM! – ela continuou a gritar, suas orelhas se tornando vermelho vivo – VOCÊ GOSTARIA QUE CHAMASSE O SEU PAI DE SANGUE-PURO NOJENTO? NÃO!

– E POSSO SABER POR QUE CHAMARIA MEU PAI ASSIM? POR ACASO SUA MÃE SANGUE RUIM O CHAMA ASSIM? – ele gritou e Rose arregalou os olhos e escancarou a boca. Ele parou para pensar no que disse e se amaldiçoou.

– EU TE ODEIO MALFOY! – a ruiva exclamou dando-lhe um belo tapa no rosto. O local ardia muito, mas não era nem um décimo do que ele merecia.

Não desceu para tomar café da manhã e quando saiu viu Alvo o esperando. Estava com os punhos cerrados.

– Você também vai me bater? – o loiro perguntou triste.

– Não fale assim. – o moreno o censurou – Mas eu deveria te dar uma surra com os meus próprios punhos!

– Eu sei. Eu mereço. – o loiro respondeu se sentando no primeiro degrau da escada e depois Alvo se juntou a ele.

– Você a magoou, cara. - o moreno disse.

– É eu sei. Eu sou um retardado!

– Eu sei.

– Cale a boca.

Os dois trocaram mais algumas ofensas e voltaram ao tópico: "Rose". Scorpius falaria com ela na primeira oportunidade. Seu estomago doía de fome, mas ele não tomou o café da manhã.

 

– Qual é? Dominique! Você nem é da Corvinal! – Scorpius disse à garota depois de voltar do jantar. Estavam no Salão Comunal da Corvinal. A varinha dela apontada para seu coração.

– Não vou deixá-lo entra lá. – Dominique protestou – Você é um imprestável e insensível! Assim como seu pai!

– Quando foi que meu pai entrou nessa conversa?

– Falando em pai, - ela falou, pensativa – Rose mandou uma carta ao pai dela. Ele provavelmente virá aqui. – quando a garota disse aquilo todos os músculos do ombro de Scorpius se tencionaram – E ela lhe contou sobre o que disse sobre a Hermione.

– Pelas barbas de Merlin! – o garoto murmurou. Quando viu a garota abaixar a varinha viu uma oportunidade de falar com Rose.

– Não senhor! Você não vai entrar naquele quarto, ouviu? – Dominique disse pousando suas mãos no peito do loiro e o empurrando.

Dando-se por vencido ele rumou para seu quarto às nove da noite. Estaria totalmente ferrado quando o pai de Rose chegasse. Seria ótimo ouvir o que ele tinha a dizer, contanto que a ruiva nunca mais dissesse que o odeia.

Ele se deitou e ficou pensando. Pensou em como aquela ruivinha era extremamente arrogante com ele quando se conheceram e de quando os dois descobriram a Sala Precisa no quarto ano. Lembrou-se quando ela tivera uma queda pelo jogador de Quadribol mais famoso de sua geração, sua tia Gina o havia apresentado à ela. Também no dia em que os dois acabaram na detenção por irem à Floresta Proibida à procura da Pedra da Ressurreição. Não a acharam e a ruiva fez um interrogatório completo no tio para saber a localização exata da pedra.

Pensou tanto que logo adormeceu. No fundo do seu âmago desejava que Rony o torturasse. Não com a maldição Cruciatos, mas sim jogando em sua cara como era desprezível e insensível.

Placar total:

Scorpius 1 x 10 Problemas amorosos

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