A rua da fiação / Verdades ou

A rua da fiação / Verdades ou



Caros Leitores

Finalmente, OK! Podem da aleluia eu sei que mereço... Sem brincadeira espero que gostem do capitulo e ainda gostem da fic (e perdoem os erros de digitação), bom é isso
vou deixar vocês lerem em paz agora. Ah,só avisando quem fizer alguma pergunta eu vou responder lá no meu perfil Ok! Foi a maneira que eu achei mais praticar (melhor do que igniora as peruntas), e muito, muito obrigada mesmo pelos comentarios adoro todos eles.

Atenciosamente Linaps.
PS: Eu acho que tem uma coisa no capitulo que já falei em outro... Se tiver me perdoem.



 

"Em todas as histórias contadas, em qualquer epoca, de todas as maneiras;
Serei sempre o... Vilão..."

(Essa frase não é minha e não está completa)




Capitulo 5: A rua da fiação / Verdades ou Verdades






 


Albus Dumbledore caminhava lentamente pelos corredores de Hogwarts, completamente vazios, estava perdido em pensamentos, lamentando que tivesse que fazer uso da penseira novamente antes de se recolher, mais por hora tinha que ajudar um jovem menino a tenta retorna para um bom caminho, não seria fácil porem, seus pecados eram terríveis demais.


 


Ainda estava perdido em pensamentos quando chegou às portas da Alar Hospitalar, abrindo a porta, pode observa madame Pomfrey, e Professora Minerva atarefadas em volta da cama de Sr Pettigrew.


 


- Ah Diretor! – Exclamou Minerva assim que o viu – Já começaremos a ler o próximo capitulo, creio que já terminamos com o Sr Pettigrew Papoula?


 


- Sim Professora – respondeu eficientemente madame Pomfrey.


 


- Bem então vamos Diretor.


 


- Ah, não Minerva, resolvi cancelar a leitura de hoje, acho que os alunos já têm muito para absorver por hora – disse com pesar, Professora Minerva e madame Pomfrey assentiram ambas com olhares tristes – gostaria, no entanto de ter um momento a sois com o Sr Pettigrew.


 


Pedro que estava encolhido na cama tentando fingir que dormia, arregalou os olhos com medo e começou a roer as unhas desesperadamente.


 


- Claro Dumbledore – assentiu a professora e com um pequeno aceno para madame Pomfrey saiu da alar hospitalar.


 


Madame Pomfrey, entretanto continuou firme ao lado da cama de Pedro.


 


- Diretor esse menino ainda está muito debilitado, não é que eu não ache que ele mereça um castigo – lançou um olhar feio a Pedro que se encolheu ainda mais – porque Merlin sabe que ele merece, mais espere pelos menos ele se recuperar um pouco.


 


- Minha cara Papoula, não precisa se preocupar com o Sr Pettigrew, nenhum castigo será imposto a ele hoje, quero apenas ter uma palavrinha com ele – pediu – á sois – acrescentou ao ver que madame Pomfrey não saia de perto.


 


- Certo Sr Diretor – suspirou fazendo-se saber que não estava nenhum pouco satisfeita – qualquer coisa estarei em minha sala.


 


Dando meia volta encaminhou para uma salinha nos fundos da alar hospitalar.


 


Dumbledore se encaminhou lentamente até a frente da cama onde Pedro ainda tentava fingir que dormia, com um floreio da varinha conjurou uma cadeira e sentou a beirada da cama.


 


- Agora Sr Pettigrew somos somente nós, e, por favor, não insulte a minha inteligência fingindo que dorme, quando naturalmente eu vi o Sr, encolhe-se como um rato nos últimos 10 minutos – sentenciou Dumbledore os olinhos faiscando por trás de seus óculos de meia lua.


 


Pedro se sentou o mais rápido que sua enorme pança deixava, agarrando os cobertores até o queijo e ainda roendo desesperadamente as unhas.


 


- Dês... Desculpe Sr Di... Diretor – choramingou ele, seus olhos miúdos arregalados o Maximo que podiam.


 


- Não é a mim que o Sr deve desculpas – embora Dumbledore aparenta-se está tranquilo o tom gelado de sua voz era inconfundível.


 


Pedro se retesou, ele sabia muito bem a quem o Diretor queria que ele se desculpasse.


 


- Não creio que eles aceitariam Dir...


 


- E não vai saber se não tenta – interrompeu – mais eu não vim aqui para ouvir desculpas, meu rapaz, ou empecilhos então vamos direito ao assunto antes que madame Pomfrey nos interrompa.


 


Dumbledore se endireitou na cadeira fitando Pedro intensamente.


 


- Você se arrepende Sr Pettigrew?


 


- Sr... Mais eu ainda não fiz nada e...


 


- Você percebe Pettigrew é claro, ou talvez não perceba, nos temos essa mania de não percebe nossos próprios erros não concorda? – Perguntou Dumbledore quase sorrindo – você disse ainda meu rapaz, em vez de simplesmente não vou fazer – disse todo traço de sorriso sumindo de seu rosto.


 


- Então vou pergunta de novo, você de arrepende?


 


Pedro ficou mudo ele não sabia o que responde naturalmente que não pensava em fazer isso, mais já há algum tempo que vinha tendo pensamentos estranhos, de que os amigos eram melhores que ele, sempre os mais inteligentes, os mais populares, não é que não notara isso antes, sempre percebera fora isso no inicio que o fez tenta ser amigo deles, alem é claro que sempre o protegiam, então sempre ouve certa inveja, eram mais bonitos também, ao longo do tempo aprendera a gosta dos amigos, então de repente todos os pensamentos estranhos voltaram mais fortes do que nunca, não pensava em matar ninguém, entretanto não podia negar que já pensara mais de uma vez em se unir ao Lorde das Trevas, principalmente, quando do nada vinha essa raiva o consumindo de dentro para fora, raiva dos marotos, de suas brincadeiras, da amizade entre Tiago e Sirius, até mesmo de suas vozes irritantes, o enraivecia ter que desperdiça noites de sonos apenas para ficar com Remo, só continuava indo pelas aparências.


 


 - É uma pena – lamentou-se Dumbledore ao ver o silencio de Pedro, se levantou lentamente – bem sendo assim vou deixar você se recuperar... Antes, porém quero que pense... Você tem o privilegio que muitos dariam tudo para ter - Pedro olhou incrédulo – você tem a chance de corrigir o futuro – disse com simplicidade.


 


Encaminhou para a saída, no entanto antes de sair deu mais uma olhada em Pedro, seu rosto que sempre parecerá um camundongo estava horrendo, embora madame Pomfrey tenha cuidado dos ferimentos, ainda dava para ver muitos hematomas, entretanto era o olhar frio e calculista que mais preocupavam Dumbledore.


 


- Boa noite Pettigrew.


 


- Boa noite Diretor.


 


Pedro não concordava com Dumbledore, embora soubesse do passado com antecedência, não havia jeito de mudar, apesar do rancor que sentia pelos marotos ele se dera ao trabalho ao menos de conhecê-los, sabia que certo como seus hematomas não sumiria tão sedo, eles jamais o perdoariam se tinha uma coisa sagrada para eles era a lealdade, palavra essa que não existia no seu vocabulário.


 


 


 


 


 


Era realmente uma pena pensou Dumbledore ao deixar a enfermaria, mais ao que tudo indicava não tinha jeito para o Sr Pettigrew, suspirou, não gostava dessa sensação de impotência, amargurava-o ver um aluno perde sua bondade e alma dessa maneira, pois para ele bondade e alma andavam eternamente de mãos dadas.


 


Mal terminou de vira o corredor para ir aos seus aposentos, quando viu a Srta Granger, correndo desabalada pelo corredor.


 


- Diretor! – exclamou derrapando a sua frente, completamente sem fôlego.


 


- Acalme-se Srta o que houve?


 


- Eu tenho que... Já está na hora.


 


Imediatamente Dumbledore, compreendeu já estava na hora dela volta ao futuro, podia ver agora a luz branca ao seu redor sugando-a.


 


- Sim compreendo Srta, é realmente uma pena que tenha que ir tão cedo.


 


- Sim Diretor Dumbledore, de fato não vai dá tempo nem de me despedir dos outros, por favor, diga-lhes que sinto muito, que foi um prazer os conhecer! E ah! Pode começar a leitura mesmo se o outro viajante não tiver chegado ainda... Ah! Também diga a todos que os vejo no... No novo... Futuro.


 


Sem tempo de dizer mais nada a luz branca a sugou completamente, deixando um Dumbledore de boca aberta pela rapidez num fôlego só em que Hermione falou.


 


- De fato muito interessante essa Hermione Granger.


 


 


 


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Remo foi o primeiro a acorda naquela manha, sendo ainda muito sedo continuou deitado fitando as cortinas de sua cama, enquanto lentamente a luz do dia se espalhava pelo dormitório, não sabia o que espera da leitura de hoje, só estava pedindo que não houvesse mais desgraças, embora tentasse seus pensamentos viajavam imaginando o que fora dele no futuro com dois amigos mortos e Sirius preso, e ainda por cima devia ter lamentado a morte do desprezível Pedro.


 


- Merlin! Como sou idiota – resmungou baixinho pensando em vários impropérios para Pedro.


 


- Você realmente quer discutir quem é mais idiota.


 


- Pontas! – assustou-se Remo – cara não sabia que você já tinha acordado.


 


Tiago não respondeu se levantou e começou a se arrumar, Remo o observou atentamente, procurando algum sinal de que as coisas não estavam bem, mais ele parecia calmo até de mais, tinha algo estranho ele podia sentir, mais não consegui decifra o que.


 


Levantou-se e começou a se arrumar, logo Sirius se juntou a também muito quieto, ao ver a cena um estalo algo soou na cabeça de Remo, parou no ato de colocar a capa do uniforme, sabia o que tinha de estranho, de fato fora tolo, devia adivinha que depois de ontem isso aconteceria.


 


Eles finalmente cresceram, já fazia um tempo que tinham amadurecido, mais agora era diferente, da noite para o dia Tiago e Sirius deixaram de vez a adolescência para trás e ser tornaram homens.


 


 - Remo! – chamou Sirius, com a mão na maçaneta da porta – você vem?


 


- Sim claro – Remo apresou-se em terminar de se vestir para segui os amigos, mais Tiago esticou o branco barrando-o.


 


- Espere Sirius! – pediu.


 


- Que foi? – estranhou Remo.


 


- É bem... Eu queria dizer que... – mais não consegui, as palavras fugiam de sua cabeça, queria dizer aos amigos que não importava o que aconteceu com Pedro, mais a verdade é que importava e muito, e doía, suspeitava que doeria, por um longo tempo.


 


Sirius suspirou, largou a maçaneta da porto, aproximou-se de Tiago e Remo, colocando a mão no ombro de cada um, fitou atentamente os amigos.


 


- Nos sabemos Pontas – murmurou.


 


- É bom... Certo – foi tudo que Tiago foi capaz de dizer.


 


- Aproveitando – começo Remo louco para mudar de assunto – não te dei os parabéns Pontas – Tiago olhou – o intrigado – por Lily, suponho que ela aceitou sei pedido.


 


Como mágica as feições de Tiago mudaram, suavizarão o olhar preocupado substituído por alegria juvenil, um brilhante sorriso.


 


- Bem sim, minha Lily aceitou se casar comigo – disse orgulhoso.


 


“Era um milagre que não estufasse o peito ou explodisse”, pensou Sirius rindo enquanto Remo parabenizava Tiago.


 


- Hã... Desculpem não queríamos interromper – disse Arthur sem jeito ao chegar no, dormitório e ver os meninos num momento que ele imaginara que fosse particular.


 


- Você não está interrompendo nada Arthur, isso é apenas Tiago explodindo de orgulho por que Lily estava louca e aceitou se casa com ele.


 


- Ei! Seu pulguento!


 


- Ah então é isso, Lice tinha mesmo falado que vocês iam se casar – falou Frank que estava logo atrás de Arthur – Parabéns cara!


 


- Obrigado Frank – disse Tiago ainda fitando um Sirius risonho.


 


- É parabéns Tiago, sabe eu e Molly também vamos no casar após a formatura – falou Arthur visivelmente emocionado.


 


Os garotos explodiram em risadas de alegria e correrão a abraçar Arthur, embora Tiago já, imaginava, considerando que Molly estava grávida, era bom ouvir boas noticias em vias dos últimos acontecimentos, observou Sirius abraçando Arthur e perguntando quem seria o padrinho dele, dizendo com visível orgulho que seria o meu.


 


- Também devemos da os parabéns ao Sirius rapazes – falou maroto.


 


- O que? Por quê? – estranho Sirius, olhou para Tiago desconfiado, o conhecia muito bem, ai vinha coisa.


 


- Sirius também vai casar! – se assustou Remo.


 


- Casar eu? – se espantou - Sirius.


 


- Meus Parabéns Cara... – começou Arthur.


 


- Porque você não me contou antes? – perguntou Remo indignado.


 


- Espera com quem você vai casar Sirius? Nós a conhecemos? Cara! Eu achei que você gostava da Marlene? E agora você vai casar com outra? Ela é... – Tagarelava Frank entusiasmado.


 


- Eu gosto da Lene... – desesperou-se Sirius.


 


Tiago caiu na gargalhada, Remo percebendo a Jogada começou a rir também, os outros os olhava confuso.


 


- Não é isso gente – tentava dizer Tiago ainda rindo – temos que da os parabéns por ele finalmente, honrar suas calças e pedir Marlene em namoro.


 


- Ei! Pontas! Eu não pedir Marlene em namoro – exclamou Sirius, “mais queria” falou somente para ele mesmo ouvir.


 


- Então Marlene ainda está solteira? – sondou Remo.


 


- Hã! Solteira?


 


- Sabe tem um cara no nosso dormitório – começou Arthur indicando ele Frank – que não para de falar em como Marlene é linda.


 


- Que? – irritou-se Sirius, Frank concordou com a cabeça – quem é esse idiota?


 


- Sirius você não tem direito de reclamar com alguém por acha Lene bonita - disse Remo sensatamente.


 


- Afinal ela e solteira – apontou Tiago risonho.


 


- Solteira! Uma ova que ela é solteira! Eu á beijei cara! Quando eu beijo uma mulher ela está comigo e mais ninguém! – Exclamou Sirius visivelmente irritado.


 


- É assim que se, fala Almofadinhas! – aprovou Tiago.


 


Mais Sirius não estava mais ouvindo, tinha saído como um hipogrifo raivoso pela porta.


 


- Acho que ele foi atrás da Lene – falou Arthur.


 


- Ele a beijou? – questionou Remo.


 


- Ontem – respondeu Tiago


 


- Vamos, as meninas já desceram faz tempo. E se Sirius for clamar que Marlene está com ele, não quero perde isso por nada – riu-se Frank.


 


Entre risos e brincadeiras os quatro deixaram o dormitório.


 


 


 


 


 


Sirius caminhava apresado para o Salão Principal, ainda estava com raiva, era claro que Marlene estava com ele, e era bom ela saber disso, alias era bom todos saberem disso, ainda mais quando tinha um idiota a rondando! Merlin tinha vontade de socar algo só de pensar nisso, não permitiria de maneira nenhuma que algum cara se aproximasse dela, não agora que ele finalmente a beijara, e ela correspondera Por! Dera todas as chances dela fugi, deu muitas oportunidades de alguém chegar nela primeiro, agora já era tarde de mais, ele agira e faria todos saberem disso.


 


Entrando no Salão Principal Sirius rapidamente a procurou com os olhos, encontrou-a instantaneamente Ah! Estava linda, mais parecia um pouco nervosa, fez rapidamente seu caminho até ela.


 


- Ei! Sirius espera a gente! – chamaram.


 


Mais ele não deu bola sabia que eram os meninos, não podia para agora estava em uma missão, Marlene rapidamente virou-se para trás como se ativessem chamado-a, mais não, Sirius sabia que era por que ouviu seu nome quando os meninos o gritaram, observou-a atentamente esperando por sua reação, e não estava gostando nem um pouco do que via, ela congelou, e uma expressão meio triste, incerta, tomou conta de seu rosto, por quê? Por que ela o fitava assim? Droga! Não queria que ela o olhasse triste, queria sorrisos, como os de Alice e Molly ao ver seus respectivos namorado e noivo, queria que os olhos dela brilhassem como o de Lily brilhava para Tiago.


 


- Bom dia – disse a todos se postando ao lado de Marlene, no mesmo estante em que seus amigos sentavam, os quatro o fitando atentamente, mais ele não deu bola estava ocupado fitando Lene, mais ela não o olhava, apenas murmurara um bom dia tímido, raiva o atingiu em cheio ao percebe que ela afastara-se dele física e emocionalmente, ela não o queria? Porque aceitara seu beijo então? Estava com pena dele, achando que precisava de consolo? Não. Não sua Marlene não era assim, tinha alguma coisa a preocupando, mais ele não podia se aprofunda nisso agora. Tinha que mostra a todos que eles estavam juntos... Inclusive para Lene.


 


Calmamente sentou-se ao lado dela, aproximando-se pegou seu queijo com delicadeza, forçando-a a olhá-lo, ela correspondeu, seu olhar confuso, é tão linda! Chegando mais perto segurou seu rosto com as duas mãos e sem dá tempo dela contestar beijo-a, da forma mais possessiva e apaixonada que consegui, ouvi vagamente as meninas arfarem surpresas, não ligou estava mais preocupado com o fato de Marlene não beijá-lo de volta, embora suas mãos não faziam nenhuma tentativa de afastá-lo.


 


Afastou-se a olhando nos olhos, ela ainda estava confusa e incerta, foi então que ele percebeu Merlin! Como era tolo! Ela estava com a mesma preocupação que ele, pensava que ele não ia querê-la.


 


- Nós estamos juntos! – afirmou para ela, um lento sorriso abri-se em seus lindos lábios – agora por Merlin me beije de volta!


 


Sem perde tempo Lene o beijo, com a mesma paixão que ele a beijara segundos antes.


 


- Hã! O que? Hã... - Alice estava verdadeiramente sem palavras.


 


- Depois eu te conto os detalhes Lice – disse Franck animado.


 


- Já não era sem tempo hem? – comentou Molly rindo.


 


- Sim! Tem razão – concordou Lily, ela e Tiago entreolharam-se animados, estavam mais que felizes pelos amigos.


 


- Bom dia Querido – sussurrou Lily, Tiago sorriu-lhe e beijo-a levemente.


 


- Sem duvida um ótimo dia amor – falou.


 


- Esplêndido – concordou Sirius servindo-se do suco que Marlene o entregava, ela ainda estava rindo e corado do beijo que ele lhe deu, ou que ela lhe deu? Sirius pensou que não existi cor mais linda nesse mundo.


 


Remo tossiu e se engasgou com sua torrada na tentativa frustrada de esconder sua risada, Sirius parecia tão alheio ao seu redor, nem notara os olhares assassinos que algumas meninas estavam dando a Marlene, ou os olhares chocados que fitava o nosso grupo essa manhã.


 


- Tudo bem cara? – perguntou Arthur batendo em suas costas.


 


- Sim, sim – respondeu agarrando o primeiro copo de suco que viu a sua frente bebeu rapidamente para desentalar a garganta.


 


- O que há Aluado? – questionou Sirius.


 


Antes que Remo pudesse pensar em responder professor Dumbledore levantou-se na mesa dos professores e todas as atenções no Salão Principal se voltaram para ele. Hagrid aproveitando o momento para acenar para eles, que se apresaram em corresponder, Professora Minerva fitou-os severamente, Dumbledore, entretanto sorriu calmamente para Hagrid agora sem graça pelo olhar da professora Minerva.


 


- Bom dia – cumprimentou Dumbledore – Agora que já estamos todos alimentados – como se suas palavras fossem uma ordem todas as mesas foram limpas instantaneamente – sempre oportunos não? – comentou no que ninguém entendeu – creio que já é hora de começar a leitura...


 


- Espera! Desculpe Diretor Dumbledore? – pediu Lily, todos a olharam – está faltando a Hermione.


 


- Hermione?


 


- A garota do futuro?


 


- É mesmo eu não tinha notado – disse Remo em tom de desculpas.


 


- A Srta Hermione Granger – começou Dumbledore alto para que fizessem silencio - me procurou ontem, infelizmente não deu tempo de ela esperar até hoje, teve de parti, pelo o que entendi não é uma coisa que eles possam controlar...


 


 - Droga! Nem deu tempo gente confessar direito eu ainda tinha tantas perguntas – resmungava Sirius.


 


- Eu também Almofadinhas – lamentou-se Tiago.


 


Snape revirou os olhos Potter e Black, estavam mais impossíveis do que nunca essa manhã, e ele que imaginara que a traição do desprezível Pedro os faria manter a língua dentro da boca.


 


- É realmente uma pena Diretor eu queria pergunta tanta coisa sobre Harry – disse Lily.


 


O coração de Severo deu um salto ao ouvir a voz de Lily, para logo depois murchar ao observar Potter a consolando, a inveja o corroia, ao ponto de fazê-lo perde a razão.


 


- Nos não temos de esperar o próximo viajante para começar a leitura Diretor? – Perguntou a Professora Minerva.


 


- Não Professora Minerva, Srta Granger nos deu carta branca para começar a leitura sem o viajante, ah! Sim mais uma coisa a senhorita Granger pediu-me para dizer que foi um prazer conhecê-los, que sente muito por não poder se despedir e que os encontra no novo futuro... Deixe-me ver acho que não me esqueci de nada – falava pensativo.


 


- O mesmo que Neville disse... A parte do futuro – sussurrou Alice para os amigos.


 


Frank sorriu-lhe beijando carinhosamente em sua bochecha.


 


- Bem sim tenho certeza que não me esqueci de nada, então quem gostaria de começar a leitura? – perguntou Dumbledore fitando os alunos atentamente pelos seus óculos de meia lua.


 


Os alunos pareciam mais confiantes, determinados muitos levantaram as mãos, assim como Remo embora nenhum de seus amigos tenha se oferecido.


 


- Que? É melhor ler do que ficar na expectativa do que os outros vão ler – disse para os amigos que o fitavam questionadores.


 


- Bem acho que o Sr Lupin, faria uma boa leitura novamente – escolheu Dumbledore sacando a varinha e com um aceno faz o livro flutuar até Remo, pousando na mesa a sua frente.


 


Remo olhou-o como se fosse um desafio intimidante, antes de abri-lo na pagina em que tinha marcado ontem.


 


- Hã... – começou limpando a garganta.


 


 


 


Capítulo 2 - A Rua da Fiação


 


- O que?! – Exclamou Severo, chocado é pálido “Merlin é a rua trouxa onde moro”.


 


- O que há Severo? – perguntaram Avery e Mulciber um de cada lado dele.


 


Severo estava incapaz de responder não podia acreditar que o titulo do capitulo era tão vinculado a ele, olhou para a mesa dos leões procurando Lily, tentando captar seu olhar, ela também o fitava, tinha uma expressão confusa, ele sabia que ela também reconhecera o nome, enquanto a olhava, o maldito Potter a envolveu com seus braços o encarando com raiva, Lily imediatamente relaxou sua postura virando-se para o Potter e sorrindo para ele, mil facas foram cravadas em meu coração, como queria esse sorriso para mim.


 


- O que o ranhoso disse? – perguntou Sirius fechando a cara.


 


- Não consegui ouvir – falou Remo.


 


- Tiago? – chamou Lily, pois ele ainda fitava Severo com raiva.


 


- Não gosto da maneira como ele te olhar, você sabe o que eu penso – disse frio – eu sempre vou pensar assim Lily, isso não vai mudar – acrescentou.


 


Eles se olharam atentamente, a expressão dura de Tiago aos poucos relaxou, ao ver o olhar de amor com que Lily o olhava, erguendo a mão acariciou ternamente sua bochecha, parecia alheio ao fato que toda a Hogwarts estava observando.


 


- Tão linda! – murmurou e beijou-a intensamente, parte de seus pensamentos ainda em Snape, essa parte queria mostra á ele que Lily era sua namorada e em breve sua esposa.


 


- Hã... Senhor Potter, Srta Evans, Por favor! – Pediu Minerva ultrajada, Lily imediatamente separou-se de Tiago.


 


- Ah... Desculpe – falou envergonhada, Tiago sorriu largamente.


 


- Retorne a leitura Sr Lupin – disse severamente a professora, lançando olhares para Dumbledore que nada dizia, apenas contemplava parecendo interessadíssimo o céu meio nublado do Salão Principal.


 


- Ah! Claro – prontifico-se Remo voltando os olhares para o livro, segurando a vontade de rir – como eu disse titulo “A Rua da fiação”.


 


Severo estremeceu “não Podia ser”.


 


Lily apurou os ouvidos, sabia exatamente por que Severo ficara tão assustado era a rua onde ele morava e tinha o pressentimento que não vinha coisa boa desse capitulo. Suspirou sentia falta de sua amizade, não admitia isso para ninguém, ás vezes nem para si mesma, sabia que Tiago não gostava de ouvi-la falando dele isso o deixava irritado alem da conta, sabia também que Severo escolhera seu caminho, que era completamente aposto ao dela, ao ponto de não ter nenhuma esperança para a amizade deles.         


 


 


Há muitos quilômetros de distância, a névoa gelada que comprimia as vidraças do Primeiro-Ministro flutuava sobre um rio sujo que serpeava entre barrancos cobertos de mato e lixo.


 


 


Os alunos olhavam-se surpresos, questionando-se onde seria esse lugar.


 


Severo ficava cada vez mais rígido e Mulciber não parava de o olhar, confuso com sua reação.


 


 


 Uma enorme chaminé, relíquia de uma fábrica fechada, erguia-se sombria e agourenta. O silêncio total era quebrado apenas pelo rumorejo da água escura, e não havia vestígio de vida exceto por uma raposa esquelética que descera até o barranco na esperança de farejar um saco de peixe com fritas descartado no capim alto. 


 


 


- Acho que é uma rua trouxa, Molly querida – falou Arthur animadamente, Molly sorriu com carinho para ele.


 


- Será... Não será onde o Harry Potter mora? – perguntou Amos Digorry.


 


- Não, Não é ele mora com minha irmã, e pode acreditar Petúnia jamais moraria num lugar assim – respondeu Lily.


 


“Claro que não, a insuportável Petúnia, perfeita demais para uma rua como a que eu morava” pensou Severo amargamente.  


 


 


 



Então, com um leve estalo, uma figura magra e encapuzada se materializou na margem do rio.


 


 


 


- Bruxos – sussurrou Hagrid sombriamente.


 


- Sim – concordou Minerva, professor Flitwick sentado ao lodo da Professora Sprout estremeceu em sua cadeira encantada para ser mais altas que as outras.


 


Dumbledore se remexeu na cadeira, apurando os ouvidos, embora ainda fitasse atentamente o teto do Salão.


 


 


 


 


 


A raposa congelou, fixando os olhos assustados no estranho fenômeno. A figura pareceu se orientar por alguns instantes, então saiu andando com passos leves e ligeiros, sua longa capa farfalhando no capim.
Com um segundo estalo mais forte, outra figura encapuzada materializou-se.
—Espere!
O grito rouco alarmou a raposa, agora quase achatada no mato. Saltou do seu esconderijo e subiu o barranco. Houve um lampejo verde.


 


 


 


- Lampejo verde Aluado – lamentou-se Sirius, estremecendo.


 


- Sim lampejo verde – respondeu Remo emendando rapidamente a leitura evitando mais perguntas.


 


 


 


 


 


 Um ganido, e o animal caiu ao chão, morto. A segunda figura virou o corpo do animal com a ponta do pé.
— É só uma raposa — disse sumariamente uma voz feminina por baixo do capuz. — Pensei que fosse um auror...


 


 


 


 


 


- Merlin comensais da morte! – Exclamou Molly preocupada.


 


- Depois do lampejo verde não tinha como ser outro – falou sensatamente Sirius.


 


- Realmente não tinha Sr Black – concordou Dumbledore, ainda fitando o teto, muitos alunos olharão para o teto perguntando-se o que de tão interessante o Diretor via, sem com tudo acha nada fora do comum seus olhares voltavam-se para Remo.


 


- Só espero que Harry não esteja ai – pediu Lily preocupada, Tiago que ainda contemplava Remo, apertou forte sua mão, não queria pensar que aquela raposa podia ser o Harry.


 


- Nem Neville – murmurou Alice, Frank acenou em concordância.


 


Molly alisou sua barriga preocupada.


 


- Tomara que não seja uma emboscada para nenhum dos nossos – comentou Marlene.


 


Lily ficou rígida, sabendo quem morava naquela rua, ela não pensava que havia a possibilidade de ser uma emboscada, estranhamente esse pensamento não a animava em nada. 


 


“Não, não era uma emboscada, era algo bem pior” disso Severo tinha certeza.


 


 


 


 


 


 


 


- Ciça espere!


 


 


 


- Oh! Merda! – exclamou Sirius raivoso.


 


- Sirius!


 


- Sr Black!


 


- O que foi Almofadinhas? – perguntou Tiago preocupado.


 


- Ciça... Quer dizer Ciça é o apelido da minha prima Narcisa Black, se não me engano agora Malfoy – explicou relutante.


 


- Sinto muito cara – falou Remo solidário.


 


Severo se aprumou, e fez sinal para Avery fazer silencio se Narcisa estava ali era obvio que ia visita ele, isso não era nada bom pensou estremecendo, para logo depois se repreende baixinho “droga não perca a compostura” repreendeu-se. 


 


 


 



Mas a outra, que parara para olhar para trás ao perceber o lampejo, já estava subindo pelo barranco em que a raposa acabara de tombar.
—Ciça... Narcisa... Escute...
A segunda mulher alcançou a primeira e agarrou-a pelo braço, mas esta se desvencilhou.
—Volte Bela!


 


 


 


- Ah! Não isso só pode ser outro capitulo para me tortura se eu não agüentava uma imagine a outra – lamenta-se Sirius chateado.


 


Avery e Mulciber soltaram risadinhas ao lado de Severo, os três conheciam Bellatrix e sabiam de suas peculiaridades, embora sorrisse Severo pela primeira vez concordava com Black, não gostava de Bellatrix, por outro lado também não gostava de Black, e não gostava do fato de Bellatrix está visitando-o


 


- É sua parente também Sirius – perguntou interessada Marlene.


 


- Sim Lene – suspirou – elas são irmãs Narcisa e Bellatrix, Ciça e Bela, Bellatrix sempre foi mais cruel, creio que Narcisa não seja uma Comensal, embora tenho certeza que seu marido o seja, já Bela se casou com Rodolfo Lestrange, sei que ela jamais se casaria com ele se ele não fosse um Comensal – explicou fazendo um grande esforça para não ser grosso, Lene não tinha culpa por ele ter nascido nessa família.


 


Percebendo que o assunto incomodava Sirius, e que vários alunos pareciam curiosos Marlene fez um aceno para Remo retorna a leitura.


 


 


 



— Você precisa me escutar!
— Já escutei. Já me decidi. Deixe-me em paz!


 


 


 


- É realmente uma novidade as duas estarem brigando – murmurou Sirius.


 



A mulher chamada Narcisa chegou ao alto do barranco, onde um gradil velho separava o rio de uma rua estreita calçada com pedras. A outra, Bela, continuou seguindo-a. Lado a lado, elas pararam, examinando na escuridão as fileiras de casas de tijolos aparentes, em ruínas, as janelas opacas e sem luz.
— Ele mora aqui? — perguntou Bela com desprezo na voz. — Aqui? Neste monturo dos trouxas? Devemos ser os primeiros da nossa raça a pisar...


 


 


 


Severo trincou os dentes não podia acreditar que isso estivesse acontecendo.


 


- Isso é revoltante de ser ler – interrompeu-se Remo.


 


Vários alunos acenaram em concordância. Lily resistiu á vontade de olhar para Severo e ver qual era sua reação ao ver Bellatrix falando assim dele, de sua casa, pois tinha certeza que era ele que elas iam visita, só restava saber por que, boa coisa não podia ser.


 



Mas Narcisa não estava escutando; passara por uma abertura no gradil enferrujado e já atravessava a rua, apressada.
— Ciça espere!
Bela acompanhou-a, sua capa enfunando as costas, e viu Narcisa embarafustar por um beco em meio ao casario e sair em outra rua quase idêntica. Alguns dos lampiões estavam quebrados, e as duas mulheres percorriam alternadamente trechos de luz e sombra profunda. Bela alcançou Narcisa quando virava mais uma esquina, conseguindo desta vez segurá-la e virá-la de modo a ficarem frente a frente.
— Ciça, você não deve fazer isso, não pode confiar nele...


 


 


 


- Merlin sabe que eu odeio admitir, mais estou realmente curioso para saber o que elas estão fazendo ai – disse Sirius pensativo.


 


- Todos nos estamos Almofadinhas – falou Tiago.


 


- Hã... Vocês vão achar interessante essa parte – falou Remo olhando para o livro.


 


- Continua Remo – pediu Frank.


 


 


 



— O Lorde das Trevas confia nele, não é?


 


Lily e Severo simultaneamente enrijeceram, como se ambos tivessem acabado de receber um feitiço congelante, Tiago abraçado a Lily, numa reação automática também ficou imóvel ao senti-la rígida. 


 


- Hã!


 


- Outro comensal mais por que a tal da Bellatrix não quer velo? – se perguntou Arthur.


 


- Realmente um fato interessante Aluado/Sr Lupin – disseram simultaneamente Sirius e Diretor Dumbledore.


 


- Lily o que há? – perguntou Tiago preocupado.


 


Mais Lily não o ouvia seu olhar estava preso no de Severo, procurando sem nem mesmo saber o que, algum sinal? Alguma desculpa? Mais não tinha desculpa.


 


- Lily? – chamou Marlene, ao perceber o olhar raivoso de Tiago.


 


- Confia Severo? – questionou Lily sua voz tremia de choro ou de raiva nem ela mesma sabia.


 


Severo vacilou, era a primeira vez em quase dois anos que ela dirigia a palavra á ele, quase tinha esquecido o quanto era bom ouvi sua voz dizendo seu nome.


 


Mais ela o olhava nitidamente com raiva, pelo conto dos olhos podia ver Avery olhando assustado e admirado, como muitos sonserinos. O lorde das trevas confiava nele, não sabia como sentisse sobre isso, orgulhoso? Não, não podia orgulhasse não agora que sabia que o Lorde das Trevas a matara... Lilian


 


 


 


Os alunos pelo Salão olharam de uns para os outros intrigados.


 


Um estalo se fez na cabeça de Tiago, era de Snape que estavam falando, trocou um olhar com Sirius e Remo e poder comprova que eles também tinham percebido.


 


Dumbledore e Minerva trocaram olhares na mesa dos professores, Dumbledore fez sinal com a mão para que ela não interrompesse.


 


- Lily? – chamou Tiago, ela novamente ela parecia não ouvi-lo.


 


- Severo ele confia... Confia em você!... Eu nem posso imaginar o que você fez para ter essa confiança!


 


- Lily – começou Severo mais não sabia o que dizer, “ele era o que era não podia mais voltar atrás; podia?”


 


- Não! Não precisa dizer nada, não posso fingir que estou surpresa! Posso?– pergunto triste – você não negou da outra vez, negou?


 


Os alunos pelo Salão olhavam espantados para Severo Snape, “Você-sabe–quem, confiava nele”, Professor Flitwick cobriu a boca com as mãos para abafar um grito “é um de meus melhores alunos”.


 


Hagrid olhou ameaçadoramente para Severo, em seguida para a postura calma do Professor Dumbledore, e relaxou a sua própria, se Dumbledore estava calmo ele também ficaria.


 


Tiago não sabia o que fazer, segurava Lily? Enfeitiçava o ranhoso? Olhou para os amigos mais eles pareciam tão confusos quanto ele, viu que Sirius queria dizer algo mais Marlene e Remo o impediram balançando a cabeça em gesto negativo.  


 


- Eu... – tentou Severo.


 


- Eu não quero ouvir! Não quero ouvir nada que você tenha a dizer! – exclamou Lily quase gritando – Eu confie em você! E ele confia em você também! O homem que matou a mim e ao Tiago! Que, quer matar meu filho! Eu só estou... Estou tão decepcionada – disse como se ser rendesse, apenas um sussurro – Estou tão decepcionada com você Severo... Tão decepcionada... Tão... Talvez uma parte de mim... Uma pequena parte mim, ainda tivesse alguma esperança... E agora... Você simplesmente destruiu tudo... Tudo Severo.


 


Severo não agüentou a olhar nem mais um minuto, virou o rosto; não podia.


 


Não!


 


Não queria ouvi-la falando de esperança!


 


Não agora Merlin!


 


Não agora quando ele não tinha mais nenhuma, era cruel demais ver seu rosto ferido por causa dele, isso completamente destruía seu coração já á muito ferido.


 


Lentamente uma única lagrima desceu pela face de Lily ao ver Severo vira o rosto, rapidamente Lily tratou de afastar-la.


 


- Lily... Meu amor – pediu Tiago desesperado ao vela chorando.


 


- Não... Por favor, não diga nada... Não posso ouvir, não agora... Apenas me abrace – pediu enterrando a cabeça no peito dele.


 


Não podia.


 


Não podia suporta ouvir nada agora.


 


Sev...


 


Ele era seu melhor amigo...


 


Apesar de tudo ele era seu melhor amigo...


 


Não importava que á dois anos não se falassem...


 


Ele ainda era seu melhor amigo...


 


O primeiro a dizer-lhe que era uma bruxa, a dizer que não importava que ela fosse trouxa, mesmo quando sua própria irmã a chamava de aberração...


 


Isso não era coisa que se esquecia facilmente!


 


Talvez nunca se esquecesse...


 


Tiago abraçou-a ternamente, acariciando seus cabelos, desesperava-o vela chorando e não poder fazer nada.


 


 


 


Mulciber trocou um olhar com Avery, logo depois voltou seus olhos para Severo que tinha a postura rígida o olhar frio e impassível.


 


- Se...


 


- Shii! – exclamou Severo erguendo a mão para calá-lo.


 


 


 


Dumbledore suspirou, trocou um olhar com a professora Minerva, então rapidamente voltou seu olhar para céu que ficava cada vez mais claro “como a verdade” pensou “acho que esse ainda tem solução”.


 


- Por favor, Sr Lupin retorne a leitura, e lembrassem sem julgamentos até o final dos livros – pediu sem olhar ninguém em particular.


 


“Uma ova sem julgamento”


 


Remo resolveu volta logo á leitura antes eu Sirius resolvesse expressa maia sua revolta.


 


      


 


 


 


 


 


— O Lorde das Trevas está... Acho... Enganado — ofegou Bela, e seus olhos brilharam momentaneamente sob o capuz quando correu um olhar a toda volta para verificar se estavam de fato sozinhas. — Seja como for, recebemos ordens para não discutir o plano com ninguém. Isto é uma traição à diretriz...


 


 


 


 


 


- Então Voldemort – professores e alunos estremeceram ao ouvir Dumbledore, que fingiu não perceber – traçou um plano que de alguma maneira afeta terrivelmente Narcisa Malfoy, ao ponto dela bulha suas ordens.


 


- É como eu disse Diretor apesar de mar e amarga Narcisa nunca quis ser uma Comensal já por outro lado Luciu Malfoy – disse Sirius deixando a frase no ar.


 


- Lucio Malfoy sempre foi um verdadeiro calhorda – falou Arthur com visível desprezo.


 


Colegas de Luciu na mesa da sonserina sorriram uns para os outros, gostavam de Luciu mais não podiam negar que ele era realmente um calhorda, isso só os fazia gosta mais dele.


 



— Me largue, Bela! — bradou Narcisa, puxando uma varinha de dentro da capa e apontando-a ameaçadoramente para o rosto da outra. Bela apenas sorriu.
— Ciça, sua própria irmã? Você não faria...
— Não há mais nada que eu não faça! — sussurrou Narcisa, com uma nota de histeria na voz, e, quando baixou a varinha como se fosse uma faca, houve mais um lampejo. Bela soltou o braço da irmã como se houvesse recebido uma queimadura.


 


 


 


 


 


- Caracas, realmente a situação deve está bem ruim para Narcisa enfeitiçar Bellatrix – falou Sirius.


 


- Elas não costumam briga? – perguntaram Alice.


 


- Para dizer a verdade eu esperaria de Bellatrix mais de Narcisa não – explicou Sirius.


 


- Bom para mim as duas continuam sendo péssimas – disse Molly.


 


- Se Narcisa não fosse péssima, não teria se casado com Lucio – falou Arthur sensatamente.


 



— Narcisa!
Narcisa, contudo, prosseguira seu caminho, apressada. Esfregando a mão, a irmã perseguiu-a, mantendo distância enquanto se aprofundavam no labirinto deserto de casas de tijolos aparentes. Por fim, Narcisa precipitou-se pela Rua da Fiação, sobre a qual pairava a alta chaminé fabril como um gigantesco dedo em riste. Seus passos ecoaram nas pedras do calçamento ao passar por janelas partidas e fechadas com tábuas, até chegar à última casa, onde uma luz fraca se filtrava pelas cortinas de um aposento térreo.


 


 


 


 


 


“tinha quase me esquecido que estamos lendo sobre o ranhoso, então é aqui que ele mora, não via nada de mais mora ai, só era estranho que o ranhoso morasse na terra dos trouxas e tivesse a capacidade se ofende os nascidos trouxas”


 


Pensava Sirius, caçou Tiago e Remo com olhar, o primeiro tinha os olhos em vendas para o livro, já Remo estava franzindo a testa para o livro como se tivesse um grande mistério para resolver.


 



Ela batera na porta antes que Bela, xingando baixinho, a alcançasse. Juntas, esperaram ligeiramente ofegantes, respirando o mau cheiro do rio sujo que a brisa noturna trazia às suas narinas.


 


 


 


Severo podia sentir muitos olhares sobre ele, inclusive de seus colegas de dormitório, recusava-se a mostra qualquer reação, continuou rígido, seus olhos negros, frios sem demonstra as terríveis ondas de agonia que o assaltavam.


 


Perdera-a, não tinha mais volta, sabia disso no âmago de seu ser.


 


Fora tão tolo, queria poder, uniu-se ao Lorde das trevas, e ele matara não só Lilian, como também as pessoas que ela amava... Ela jamais o perdoaria e seu coração se recuperará dessa perda.


 


 


 


 


 


Passados alguns segundos, ouviram um movimento do lado de dentro da porta que se entreabriu. Viram um homem mirrado espiando-as, um homem com longos cabelos pretos repartidos ao meio que formavam cortinas emoldurando-lhe o rosto emaciado e os olhos pretos.


 


 


 


Remo parou um instante a leitura para fita os amigos, Tiago estava claramente segurando a língua, Lily mais recuperada olhava fixamente para o livro, Sirius abria e fechava a boca, provavelmente por conta dos olhares ameaçadores que Marlene lançava para ele.


 


- Inconfundível não? – falou Sirius sarcástico, sem consegui se agüenta, Tiago e Remo deram um pequeno aceno, Marlene revirou os olhos desistindo.


 



Narcisa baixou o capuz. Era tão pálida que parecia refulgir na escuridão; a cabeleira loura descia pelas costas, dando-lhe a aparência de uma mulher afogada.


 


 


 


- Melhor descrição não há – sussurrou Sirius.


 



— Narcisa! — exclamou o homem, abrindo um pouco mais a porta, de modo que a luz incidisse sobre ela e a irmã. — Que surpresa agradável!


 


 


 


- Agradável? – disseram Lily e Sirius ambos com expressões de profundo desgosto.


 


- Bem acho que gosto não se discute não é? – ironizou Alice.


 


- Com certeza Alice... Ainda mais por nos sempre gostarmos das pessoas com quem mais nos identificamos – comentou Molly acidamente.


 


Severo continuou impassível.


 


 


 


 


 


— Severo — ela sussurrou tensa. — Posso falar com você? É urgente.
— Mas é claro.
Ele recuou para deixá-la entrar. A irmã, ainda encapuzada, acompanhou-a mesmo sem convite.
— Snape — cumprimentou secamente ao passar.
— Belatriz — respondeu ele, os lábios finos encrespando-se em um sorriso ligeiramente zombeteiro, ao fechar a porta, depois que as mulheres passaram.


 


 


 


 


 


- Bom parece que a visita de Bellatriz não é assim tão agradável – desse Arthur.


 


- Com certeza não – concordou Sirius estremecendo.


 


- No entanto não vejo ninguém mais merecedor de receber uma visita dela – alfinetou Frank.


 


- Sim dois desagraveis sempre se combinam – falou Remo.


 


Lily olhou para Tiago esperando ele dizer algo, ele no entanto continuou calado, dava para percebe que ele estava segurando a língua, Lily sabia que era por ela, e estava completamente agradecida por isso.


 


Apertou-se mais a ele, encostando o nariz em seu peito, inalando seu cheiro, deu um leve beijo onde ficava seu coração, repousando a cabeça ali, Tiago suspirou beijou-lhe os cabelos, e apertou-a em seus braços.  


 


 


 



Tinham entrado diretamente em uma pequena sala de visitas, que dava a impressão de uma cela acolchoada e escura.


 


 


 


- Escuro! Tão apropriado para... Um comensal da morte – falou Sirius tetramente.


 


 


 


 As paredes eram inteiramente cobertas de livros, a maioria encadernada em couro preto ou castanho;


 


 


 


- E novamente o preto, realmente é a cor favorita dos comensais da morte hem? – ironizou Marlene.


 


Muitos sonserinos reviraram os olhos.


 


- Senhores, por favor vamos retorna a leitura sem provocações – pediu Diretor Dumbledore calmamente.


 


 


 


 Um sofá puído, uma poltrona velha e uma mesa bamba estavam agrupados no círculo de luz projetado por um candeeiro preso no teto. O lugar tinha um ar de abandono, como se não fosse normalmente habitado.


 


 


 


- Ah! Claro que não é habita! – exclamou Remo dando-se um tapa na própria testa.


 


- Remo?


 


- Você esta bem cara?


 


- Sr Lupin?


 


- Vocês não se lembram? – questionou Remo olhando entre os amigos e professores – A casa de Snape não é habitada porque ele é professor – varias exclamações puderam ser ouvidas entre os alunos – professor em Hogwarts.


 


- Mais ele é um comensal da morte! – exclamou Molly horrorizada.


 


- Ele é professor!


 


- Como o Diretor Dumbledore o deixou se torna professor?


 


- Merlin! Imagine as coisas horríveis que ele deve ensinar! – exclamava uma garotinha do primeiro ano.


 


- Um comensal professor! – indignavas-se Remo.


 


- Nossos filhos tem aula com ele Arthur! - falava Molly chocada.


 


- Calma Molly querida...


 


- Como um idiota desse calibre pode ter chegado a professor? – falava Sirius em voz alta.


 


Severo continuava indiferente, seus colegas de mesa o olhavam novamente admirados, “Idiotas”, com certeza imaginando que ele engana Dumbledore, mais o velho não era facilmente enganado, afinal não era a toar que o Lorde das trevas o temia, não sabia por que sendo um comensal da morte dava aulas em Hogwarts, e isso pouco o importava no momento, mais tinha certeza que Dumbledore sabia, que jamais o conseguiria enganar a esse ponto.


 


- Srs. Silencio! – pediu Dumbledore energicamente – Lembrem... Nos realmente não temos como saber por que deixei o Sr Snape ensina em Hogwarts, isso é uma coisa que só vamos descobri com o tempo... Agora Sr Lupin, por favor, retorne a leitura – ordenou Dumbledore, ainda em meio a alguns sussurros Remo retornou a leitura   


 


 


 



Snape indicou o sofá a Narcisa. Ela despiu a capa, atirou-a para um lado e se sentou, olhando para as mãos brancas e trêmulas que cruzara ao colo. Belatriz baixou o capuz mais lentamente. Tão morena quanto à irmã era clara, as pálpebras pesadas e o maxilar pronunciado, ela não desviou os olhos de Snape quando foi se postar atrás de Narcisa.
— Então, em que posso lhe ser útil? — perguntou Snape, acomodando-se na poltrona defronte às duas irmãs.
— Nós... Nós estamos sozinhos? — perguntou Narcisa em voz baixa.


 


— Claro que sim. Bem,


 


 


 


 


 


- MALDIÇÃO! – gritou Remo, pálido e enfurecido, fazendo vários alunos pularem em seus acentos assustados.


 


- Sr Lupin! Francamente isso são modos! – brigou a professora Minerva.


 


- Remo, o que há cara? – assustou-se Sirius.


 


- Rato desprezível! – respondeu ainda mais enfurecido.


 


- O QUE! – gritaram os dois, num átimo os dois estavam ao lado de Remo.


 


- INFERNO SANGRENTO! Não me diga que aquele merdinha está ai? – gritava Sirius.


 


- Sr Black! – exclamaram as professoras.


 


Tiago não perdeu tempo gritando, arrancou o livro das mãos de Remo, para conferir com os próprios olhos.


 


- TRAIDOR! – gritava com o livro – é ele mesmo Sirius o rato traidor! – dizia fuzilando o livro com os olhos.


 


- Tiago chegar! Vem deixa o Remo terminar o capítulo – chamou Lily, mais Tiago continuava parado encarando as letrinhas miudinhas do livro agora com Sirius e Remo ao seu lado - Tiago vem?


 


Lily e Marlene entreolharam-se, ambos assentiram uma para a outra, suspirando Lily levantou junto de Marlene.


 


- Vem querido? – pediu agarrando a mão de Tiago.


 


Sem uma palavra Marlene pegou o livro das mãos de Tiago e entregou á Remo, agarrando a mão de Sirius e o puxou para senta-se com ela ao lado de Tiago e Lily.


 


Remo continuou lá, parado, encarando o livro, todos os olhares nele esperando a leitura continua.


 


- Remo cara... – começou Arthur após trocar um olhar significativo com Frank.


 


- Você quer que eu continue Remo – pediu Alice solidaria, Remo parecia não ter ouvido.


 


- Remo querido? – chamou Molly.


 


- Não! – exclamou Remo a voz rouca, sacudindo a cabeça bruscamente espantando pensamentos ruins – quer dizer, não obrigada Alice... Eu só precisava de um... Um minuto – Terminou se sentando e voltando os olhos para o livro.


 


Severo estava mais rígido do que nunca.


 


“Não posso acreditar”!


 


“O que você esta fazendo Snape”


 


Gritava consigo mesmo em sua cabeça,


 


“Ele é o traidor, por causa dele Lily morreu, como você pode abrigá-lo dentro de sua casa!... Que tipo de pessoa você se tornou”


 


Pensava cada vez mais horrorizado,


 


“Que tipo de coisas você já fez?”


 


 


 


— Nós... Nós estamos sozinhos? — perguntou Narcisa em voz baixa.


 


— Claro que sim. Bem, Rabicho


 


 


 


E aqui a voz de Remo apesar de fria tremeu levemente, Tiago Sirius que o conheciam tão bem, podiam ver o leve tremo de suas mãos.


 


 


 


Está aqui, mas não estamos contando os vermes, não é mesmo?


 


 


 


Remo parou, franzindo a testa para o livro, aparentando confusão encarou os amigos.


 


- Eu te entendo Aluado, não é todo dia que nós somos obrigados a concordada com um comensal da morte – falou Sirius maldosamente.


 


“Então eu não gosto dele, porque o obrigo? Será que o Lorde das trevas me obriga”


 


Questionava-se Severo, seus pensamentos voando voraz a procura de uma resposta.


 


 


 



Ele apontou a varinha para a parede revestida de livros às suas costas e, com um estampido, uma porta oculta se escancarou, revelando uma escada estreita onde estava parado um homem pequeno.
— Como você já percebeu claramente, Rabicho, temos visitas — disse Snape sem pressa.
O homem desceu encurvado os últimos degraus e entrou na sala. Tinha olhos miúdos e lacrimosos, um nariz arrebitado e um sorrisinho incômodo. Sua mão esquerda acariciava a direita, que parecia estar calçada com uma reluzente luva prateada.
— Narcisa! — cumprimentou com uma vozinha aguda. — E Belatriz! Que prazer...


 


 


 


 


 


- Merlin! Isso é repugnante! – Exclamava Remo com nojo.


 


- Vou vomitar o meu café da manhã – concordava Sirius.


 


Tiago nada dizia, mantinha os olhos no livro, as mãos cerradas em punhos; Lily acariciava delicadamente seu braço, preocupada com sua reação.


 


- Você quer que outra pessoa leia Sr Lupin? – perguntou professora Minerva solidaria, com o olhar consternado.


 


- Um de nós pode ler Remo – ofereceu Frank.


 


Os outros acenaram em concordância.


 


- Obrigada gente, mais não... Eu quero ler! Eu preciso ler – falou Remo a voz dura e fria.


 


- Então continue Aluada, quero passar logo essa parte – pediu Tiago a voz rouca com emoções indecifráveis.


 


 


 



— Rabicho vai nos servir uma bebida, se aceitarem — disse Snape. — Depois voltará para o quarto.
Rabicho fez uma careta, como se Snape tivesse atirado alguma coisa nele.
— Não sou seu empregado! — guinchou, evitando olhar para o outro.
— Sério? Tive a impressão de que o Lorde das Trevas colocou-o aqui para me ajudar.


 


 


 


 


 


“Então o Lorde das trevas realmente mandou ele ficar comigo” pensava Severo enojado consigo mesmo.


 


- Está colhendo o que plantou – comentou Marlene com desprezo.


 


- Escória do mundo bruxo, é isso que ele é! – disse Molly, fuzilando o livro com os olhos.


 


Lily continuou em silencio ao lado de Tiago, pensava que no momento Severo e Pedro eram um assunto proibido para ela e Tiago.


 


 


 



— Ajudar, sim, mas não preparar bebidas nem limpar sua casa!
— Eu não fazia idéia, Rabicho, que você sonhasse com tarefas mais arriscadas — respondeu Snape melosamente. — Podemos providenciar isso sem demora: falarei com o Lorde das Trevas...
— Posso falar com ele eu mesmo, se quiser!
— Claro que pode — debochou Snape. — Mas enquanto não faz isso, traga as bebidas. Bastará um pouco de vinho dos elfos.


 


 


 


Remo balançava a cabeça, aparentemente indignado demais, Sirius parecia uma estátua olhando paralisado para o nada, Tiago continuava rígido em seu lugar.


 


Os amigos bem como a maioria dos alunos laçavam olhares receosos para eles como se esperassem um novo acesso de raiva com o do dia anterior.


 


Para Severo estava cada vez mais difícil continuar parado, queria levanta-se e sair da li, somente o orgulho o detinha, estava cada vez mais enojado consigo mesmo.


 



Rabicho hesitou um momento, como se fosse protestar, mas, então, virou-se e entrou por outra porta oculta. Ouviram-se algumas batidas e o tilintar de copos. Segundos depois ele retornava, trazendo em uma bandeja uma garrafa empoeirada e três copos. Depositou-os na mesa bamba e se retirou depressa, batendo a porta recoberta de livros ao passar.
Snape serviu o vinho vermelho-sangue nos três copos e entregou dois às irmãs. Narcisa murmurou um agradecimento e Belatriz nada disse, mas continuou a encarar Snape mal-humorada. Isto não pareceu perturbá-lo; muito ao contrário, dava a impressão de diverti-lo.


 


 


 


- Realmente um fato um tanto interessante – disse Dumbledore sem olhar para ninguém em particular.


 


Alunos e professores olharam-no em busca de explicação, Entretanto Dumbledore se manteve calado.


 



— Ao Lorde das Trevas — brindou ele, erguendo o copo e esvaziando-o de um gole.


 


 


 


Vários resmungos de nojo foram ouvidos pelo Salão.


 


Na mesa da sonserina muitos soltaram risinhos disfarçados


 



As irmãs o imitaram. Snape tornou a encher os copos. Quando Narcisa recebeu o dela, falou ansiosa:
— Severo, me desculpe vir aqui dessa maneira, mas precisava ver você. Acho que é o único que pode me ajudar...
Snape ergueu a mão para interrompê-la, então tornou a apontar a varinha para a porta oculta que abria para a escada. Ouviu-se um estampido forte e um guincho, seguido do ruído dos passos apressados de Rabicho subindo a escada.
— Peço desculpas — disse Snape. — Ultimamente ele deu para ficar escutando às portas. Não sei o que pretende...


 


 


 


 


 


- Não é ultimamente ele, sempre foi bisbilhoteiro – falou Sirius – se esgueirando por ai como o rato que é! Aquele...


 


- Agora que está falando Sirius, eu ainda não entendi essa historia de Rato com o Pettigrew e de cachorro com você? – questionou Hagrid inocentemente.


 


Sirius ficou pálido, trocou olhares com Tiago e Remo, ambos com expressões preocupadas.


 


- Isso é uma boa pergunta Hagrid – disse Minerva os olhos faiscando para os três meninos.


 


- É...


 


- Acontece que...


 


- Veja bem professora...


 


Começaram os três a falar ao mesmo tempo sem saber o que dizer.


 


- Acho melhor voltamos á esse assunto em outro momento professora – pediu Dumbledore calmamente os cantos da bocas franzindo em um ligeiro sorriso.


 


- Sim claro diretor – concordou Minerva relutante fitando os três severamente.


 


Tiago, Sirius e Remo soltaram visíveis suspiros de alivio.   


 


 


 


 


 


Mas o que era que você ia dizendo, Narcisa?
— Severo, sei que não devia estar aqui, recebi ordens para não comentar nada com ninguém, mas...
— Então deveria segurar sua língua! — vociferou Belatriz. — Principalmente diante de quem estamos!
— De quem estamos? — repetiu Snape em tom de zombaria. — E que devo entender por essa ressalva, Belatriz?
— Que eu não confio em você, Snape, e você sabe muito bem disso!


 


 


 


Lily tremeu ligeiramente “confiança”, essa palavra de novo.


 


- Amor? – sussurrou Tiago em seu ouvido, causando-lhe arrepios, fazendo sumir seus pensamentos tristes.


 


Percebendo sua reação, Tiago abriu o primeiro sorriso em muito tempo, inclinando-se, beijou-a logo abaixo da orelha.


 


- Te amo minha Lily – sussurrou dando-lhe mais beijos, e sentindo a treme a cada um, amava sua reação a ele.


 


Lily virou o rosto, olhando em seus olhos, dessa vez Tiago tremeu seu olhar transmitia tanto amor; que não precisa nem dizer as palavras; isso por si só, já despertava suas emoções, trazendo alegria para seu coração.  


 


 


 



Narcisa deixou escapar um som que poderia ser um soluço seco e cobriu o rosto com as mãos. Snape descansou seu copo na mesa e tornou a se acomodar, as mãos nos braços da poltrona, sorrindo para o rosto zangado de Belatriz.
— Narcisa acho que devíamos escutar o que Belatriz está doida para dizer; assim pouparemos monótonas interrupções. Bem, continue Belatriz — incentivou Snape. — Por que não confia em mim?


 


 


 


- Rá! Essa eu quero ver – disse Sirius endireitando-se na cadeira para ouvir Remo ler.


 


Vários alunos, inclusive Dumbledore fez o mesmo, todos apurando os ouvidos.


 


 


 



— Por centenas de razões! — respondeu a mulher em voz alta, saindo de trás do sofá e batendo o copo na mesa. — Por onde devo começar?


 


 


 


Remo aprumou-se mais na cadeira, aumentando ligeiramente a voz.


 


Severo olhava fixamente para frente, sua atenção total na leitura.


 


 


 


 


 


 Onde é que você estava quando o Lorde das Trevas caiu? Por que não fez o menor esforço para encontrá-lo quando desapareceu? Que esteve fazendo todos esses anos em que viveu no bolso de Dumbledore? Por que impediu o Lorde das Trevas de obter a Pedra Filosofal? Por que não voltou imediatamente quando ele ressuscitou? Onde estava há umas semanas, quando travamos uma batalha para recuperar a profecia para o Lorde das Trevas? E, Snape, por que Harry Potter continua vivo, quando você o tem nas mãos há cinco anos?


 


 


 


 


 


- Ele que não se atreva! – exclamou Tiago levantando-se.


 


- Fique longe do meu filho Severo! – exigiu Lily a voz fria.


 


- Ranhoso! – falou Sirius em forma de ameaça.


 


- Fique na sua Black – falou Severo friamente apertando a varinha sob a mesa.


 


- Gente calma, Bellatrix acabou de dizer que ele não fez nada com o Harry –tentou Alice.


 


- Lice está certa, vamos nós acalma – pediu Marlene olhando preocupada para os amigos.


 


- Não tentou; é bom que nem pense nisso – avisou Tiago apertando a varinha em seu bolso.


 


- É melhor você ficar na sua Snape – ameaçou Sirius raivoso.


 


Remo apenas olhou ferozmente em forma de aviso.


 


 


 



A mulher fez uma pausa, o rosto muito vermelho, o peito arfando em movimentos rápidos. Atrás dela, Narcisa sentava-se imóvel, o rosto ainda escondido nas mãos.
Snape sorriu.
— Antes de lhe responder... Ah, sim, vou lhe responder, Belatriz! E você pode repetir minhas palavras para os outros que cochicham às minhas costas e levam ao Lorde das Trevas histórias mentirosas sobre a minha traição!


 


 


 


 


 


- Claro que é mentira afinal a traição foi conta nós – falou Alice brava.


 


- Na verdade Lice, a traição foi contra a Lily – corrigiu Frank.


 


- Verdade; nós nunca fomos amigos dele - ponderou Arthur.


 


- Mais nem com ela foi uma traição, faz tempo que eles não são mais amigos; não é? – questionou Molly confusa.


 


- Mesmo assim Lily ainda tinha esperança e tal, que ele fosse volta para o “bom caminho” – opinou Marlene fazendo aspas com a mão.


 


Lily olhava para o céu do Salão principal, disposta a ser manter serena.


 


Severo olhava fixamente para a mesma mancha na mesa, fingindo uma calma que não tinha por dentro.


 


Os alunos cochichavam entre si sobre quem Severo trairá realmente.


 


Hagrid estava numa discussão calorosa com o professor Flitwick, ambos sem se dar conta dos olhares severos que minerva os lançava.


 


- Eles não se falavam mais...


 


- Isso não significa que não tenha doido a tra...


 


- Hora! Francamente! Filius! Hagrid!


 


- Chegar! – exclamou Tiago suficientemente alto para todos ouvirem, Sirius que acabara de abrir a boca fechou-a imediatamente – isso não é um assunto pra discutimos agora!


 


Sem dar chance para alguém retrucar Remo retornou a leitura seu tom um pouco mais alto para se sobrepor aos cochichos.


   


Mas, antes de responder, me permita uma pergunta. Você realmente acredita que o Lorde das Trevas já não me fez cada uma dessas perguntas? E realmente acredita que, se eu não as tivesse respondido satisfatoriamente, estaria aqui falando com você?
A mulher hesitou.
— Eu sei que ele acredita em você, mas...
— Você acha que ele está enganado? Ou que consegui cegá-lo de alguma maneira? Que iludi o Lorde das Trevas, o maior bruxo do mundo, o Legilimens mais talentoso que o mundo já viu?


 


 


- Muito bem informado Sr Snape! – disse Dumbledore em forma de aprovação.


 


Severo olhou-o confuso, como a maioria dos alunos, de fato alguns o olharam como se ele tivesse uma cabeça a mais.


 


“Biruta” sussurrava Sirius completamente indignado.


  



Belatriz não respondeu, mas pareceu, pela primeira vez, um pouco desconcertada. Snape não insistiu. Tornou a apanhar sua bebida, tomou um golinho e continuou:
— Você me pergunta onde eu estava quando o Lorde das Trevas caiu. Eu estava onde ele tinha me mandado ficar, na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, porque queria que eu espionasse Alvo Dumbledore.


 


 


 


 


 


- Merda! Então Dumbledore foi mesmo enganado – falou Sirius.


 


- Espião – sussurrou Lily para si mesma.


 


- Me parece que sim Sr Black – concordou Dumbledore, sem, contudo parece que lhe afetava em nada ter sido enganado.


 


- Mais Diretor Dumbledore isso não é possível – disse Minerva ultrajada.


 


- Sim não tem como ele ter enganado o Diretor Dumbledore – brandou Hagrid, falava como se a idéia fosse uma ofensa dirigida á ele.


 


- Mais claro que sim meus caros, até mesmo eu posso e me engano... De fato com mais freqüência do que gostaria – explicou Dumbledore com simplicidade.


 


Os alunos o fitaram incrédulos. Severo não acreditou em nenhum momento que esse fosse o caso.


 


“Dumbledore pode sim se enganar, mais duvido que esse seja p caso”


 


 


 


 


 


 Sabe, eu suponho que tenha sido por ordem do Lorde das Trevas que eu assumi esse posto, não?
Belatriz fez um aceno quase imperceptível com a cabeça e abriu a boca para falar, mas Snape antecipou-se.
— Você pergunta por que não tentei encontrá-lo quando ele desapareceu. Pela mesma razão que Avery, Yaxley,


 


 


 


Em uni somo dos às cabeças de Hogwarts, vivas e mortas viram-se para fitar Avery e Yaxley.


 


Os dois encolheram-se, xingando-se baixinho, Mulciber respirou aliviado por seu nome não ter sido citado ainda.


 


- Realmente não é nenhuma surpresa – disse Molly sensatamente.


 


 


 


 


 


Os Carrow, Greyback, Lúcio


 


 


 


- Isso também não é nenhuma novidade – comentou Arthur sarcástico.


 


 


 


 


 


 — ele indicou Narcisa com um curto aceno de cabeça — e muitos outros não tentaram encontrá-lo. Acreditamos que tivesse sido liquidado. Não me orgulho disso, errei, mas veja como são as coisas... Se ele não tivesse perdoado aos que perderam a fé nele, teriam lhe restado muito poucos seguidores.
— Ele teria a mim! — exclamou Belatriz apaixonadamente. — Eu, que passei tantos anos em Azkaban por causa dele!


 


 


 


- ISSO! – brandou Sirius erguendo o punho para o alto – pelo menos uma noticia boa... Se bem que ela podia ter passado a vida toda lar.


 


Marlene soltou uma leve gargalhada, beijando Sirius, apenas uma leve pressão de lábios, que o deixou com um sorriso de orelha a orelha.


 


Muitos soltaram risinhos da empolgação de Sirius, desanuviando assim um pouco da tensão que reinava no castelo.


 


“De fato podia Black” pensava Severo amargamente.


 



— De fato, é admirável — disse Snape entediado. — Naturalmente você não teve muita utilidade para ele na prisão, mas foi sem dúvida um belo gesto...
— Gesto! — guinchou ela, que parecia enlouquecida de fúria. — Enquanto eu suportava os dementadores, você continuava em Hogwarts confortavelmente, brincando de bichinho de estimação de Dumbledore.
— Não foi bem assim — retorquiu Snape calmamente. — Ele não quis me dar o cargo de professor de Defesa contra as Artes das Trevas, sabe. Deve ter pensado que isso pudesse provocar em mim uma, ah, recaída... Seduzisse-me a retomar minhas crenças anteriores.


 


 


 


- Ah! Claro grande consolo! – ironizou Remo.


 


- Mais se ele não deu aula de DCAT, de que foi? – espantou Tiago.


 


- Poções – pronunciou-se Lily.


 


- Claro mais uma matéria de cobra – falou Sirius com desprezo.


 


- E o professor Sloghorn? – perguntou Frank.


 


- Ele aposentou-se semana passada esqueceu Frank – disse Molly.


 


- Ah!


 


- acho até que ele já partiu – comentou Arthur.


 


- Já foi tarde – sussurrou Marlene consigo mesma.


 


- Ah sim ele veio se despedi de mim – falou Lily sorrindo.


 


-Sinceramente Lily você é á única pessoa que gosta dele – comentou Alice sensatamente.


 


- Eu não sou a única pessoa que gosta dele – respondeu Lily, meio confusa “às vezes gostava... Às vezes não” 


 


- Sim o Horário realmente pediu a dispensar, e partiu semana passada mesmo – disse professor Dumbledore. “Partiu... Novamente fugindo de minhas perguntas” suspirou Dumbledore tristemente.


 


 


 



— Foi esse o seu sacrifício pelo Lorde das Trevas, ser privado de ensinar a sua disciplina favorita? — zombou Belatriz. — E por que você permaneceu em Hogwarts todo esse tempo? Continuou espionando Dumbledore para um senhor que você acreditava morto?
— É pouco provável, mas o Lorde das Trevas se mostrou satisfeito que eu nunca tenha desertado o meu posto: acumulei dezesseis anos de informação sobre Dumbledore para lhe passar quando voltou um presente de boas-vindas bem mais útil do que as infindáveis lembranças sobre Azkaban e tudo que tinha de desagradável...
— Mas você ficou...
— Sim, Belatriz, fiquei — confirmou Snape, pela primeira vez traindo um quê de impaciência. — Recebi uma tarefa confortável que achei preferível a uma temporada em Azkaban. Estavam capturando os Comensais da Morte, sabe. A proteção de Dumbledore me manteve fora da prisão, foi muito conveniente e me aproveitei disso. Repito: o Lorde das Trevas não reclama de eu ter ficado, portanto não vejo por que você há de se queixar.


 


 


 


- Covarde – murmurou Sirius.


 


Hagrid olhou ameaçador par a Severo “como ele tem coragem de enganar o professor Dumbledore! Salafrário é isso que é!”


 


 


 



“E acho que você também queria saber”, continuou ele, alteando a voz porque Belatriz fazia menção de interrompê-lo, “por que me interpus ao Lorde das Trevas e à Pedra Filosofal. É fácil responder. Ele não sabia se podia confiar em mim. Achou, como você, que de fiel Comensal da Morte eu me transformara em espião de Dumbledore. Ele estava em condição deplorável, muito fraco, compartilhava o corpo de um bruxo medíocre. Não ousou se mostrar a um antigo aliado, temendo que esse aliado pudesse entregá-lo a Dumbledore ou ao Ministério. Lamento profundamente que não confiasse em mim. Ele teria recuperado o poder três anos antes. Do jeito que foi, vi apenas o ambicioso e indigno Quirrell tentando roubar a Pedra e, admito, fiz tudo que pude para impedir.”


 


 


 


- Muito engenhoso Sr Snape – elogiou Dumbledore.


 


- Diretor! – exclamou Minerva ultrajada.


 


Dumbledore fingiu não ter ouvido, assim como todos os alunos o fitando confusos e alguns raivosos.


 


 


 



Belatriz entortou a boca como se tivesse tomado um remédio de gosto ruim.
— Mas você não foi ao encontro dele quando ele voltou, não se reuniu a ele imediatamente quando sentiu a Marca Negra arder...
— Verdade. Fui duas horas depois. E por ordem de Dumbledore.
— Por ordem de Dum...? — começou ela em tom indignado.
— Pense! — disse Snape, impacientando-se de novo. — Pense! Esperando duas horas, apenas duas horas, garanti minha permanência em Hogwarts como espião! Deixando Dumbledore pensar que eu só estava retornando para o lado do Lorde das Trevas por ordem dele, pude passar informações sobre Dumbledore e a Ordem da Fênix desde então! Reflita Belatriz: a Marca Negra foi se acentuando durante meses, eu sabia que a volta do Lorde era iminente, todos os Comensais da Morte sabiam disso! Tive muito tempo para pensar no que queria fazer, planejar o meu lance seguinte, me safar como fez Karkaroff, não?


 


 


 


- Certo novamente Sr Snape, mais há algo que não se encaixa, você notou meu caro? – perguntou animadamente – mais vamos, vamos retorne a leitura Sr Lupin – emendou sem dar tempo de Severo responde.


 


- Esses elogios são um tremendo absurdo - murmurou Sirius bravo.


 


- Calma, Sirius – pediu Marlene no mesmo tom.


 


“Realmente tem muitas coisas que não se encaixam” ponderava Severo.


 



“Posso lhe garantir que o desagrado inicial do Lorde das Trevas com o meu atraso desapareceu completamente, quando lhe expliquei que eu ainda era fiel, e Dumbledore continuou achando que eu era o seu homem de confiança. O Lorde das Trevas de fato pensou que eu o tivesse abandonado para sempre, mas viu que estava errado.”
— Mas no que é que você tem sido útil? — desdenhou Belatriz. — Que informações úteis você tem nos passado?
— Minhas informações têm sido transmitidas diretamente ao Lorde das Trevas. Se ele prefere não dividi-las com você...
— Ele divide tudo comigo! — disse Belatriz, inflamando-se. — Diz que sou a mais leal, mais fiel...


 


 


 


 


 


- Sabe sempre achei sei lá... Que Bellatrix tem certa paixão por ele – falou Sirius sombriamente.


 


- Não Impossível – assustou-se Lily


 


- Credo Sirius que nojo! – exclamaram Marlene e Alice.


 


- Como pode alguém ser capaz de sentir algo por ele? – perguntou Molly horrorizada.


 


Sirius assustou-se com a quantidade de meninas que o olhavam feio dizendo coisas como “não acredito”, “impossível”, “que nojo!”.


 


- Calma, meninas, foi apenas um comentário – tentou Sirius, mais isso não as fez se cala; “como você pode dizer isso”, “paixão por ele”, “que nojo!”.


 


- Aluado, cara leia isso, antes que algumas delas ataquem Almofadinhas – pediu Tiago espantando.


 


Remo que olhava as meninas como se fossem alienígenas rapidamente voltou à leitura em meia a protestos; “não se pode mais nem fazer uma comentário”, “isso é repugnante Sirius”, “que nojo!”.


 


 


 



— Diz? — perguntou Snape, a voz subindo levemente para insinuar sua descrença. — E ainda divide, depois do fiasco no Ministério da Magia?
— Aquilo não foi minha culpa! — protestou Belatriz corando. — No passado, o Lorde das Trevas me confiou seu bem mais precioso... Se Lúcio não tivesse...


 


 


 


- Ah! Então Bellatrix também estava lar – disse Sirius se lembrando de sua morte.


 


Ao ouvi-lo as meninas que ainda murmuravam indignadas, olharam-no com pesar.


 


Marlene olhou-a com raiva, fuzilou-as com os olhos e agarrou a mão de Sirius.


 


- Oferecidas – murmurava para si mesma.


 


 


 



— Não se atreva... Não se atreva a culpar meu marido! — disse Narcisa em tom baixo e letal, erguendo os olhos para a irmã.
— Não vale a pena atribuir culpas — disse Snape com suavidade. — O que foi feito está feito.
— Mas não por você! — bradou Belatriz furiosa. — Não, você esteve mais uma vez ausente enquanto nós corríamos riscos, não é mesmo, Snape?
— Recebi ordens para permanecer na retaguarda. Quem sabe você discorda do Lorde das Trevas, quem sabe você acha que Dumbledore não teria reparado se eu fosse me reunir aos Comensais da Morte para combater a Ordem da Fênix? E... Me desculpe... Mas você fala de riscos... Você esteve enfrentando seis adolescentes, não?
— Aos quais foi se juntar, logo em seguida, e não finja que não sabe, metade da Ordem! — rosnou Belatriz. — E, por falar nisso, você continua a insistir que não pode revelar onde é o quartel-general da Ordem, não é mesmo?
— Não sou o fiel do segredo, não posso dizer o nome do lugar. Acho que você sabe como funcionam os feitiços, não? O Lorde das Trevas está satisfeito com as informações que lhe passei sobre a Ordem. Permitiram, como você talvez tenha imaginado, a captura recente de


 


 


 


- Oh, não– lamentou-se Remo.


 


- O que há Sr Lupin? – perguntou Minerva.


 


Os outros olharam amedrontados, quem teriam capturados.


 


 


 


 


 


- Emelina Vance – falou Remo com pesar.


 


 


 


- O QUE!


 


- Seu traidor maldito!


 


- Como você ousa!


 


Gritavam os amigos de Emelina que começara a chorar sendo consolada pelos os mesmos.


 


- Srtas, Por favor, mantenham a calma – pediu Dumbledore ao ver uma delas sacar a varinha, Severo continuou impassível como se nada.


 


“Eu ajudei na captura dela... Será que ajudei a matá-la também... Isso não deveria te surpreender tanto Severo... O que você achou que ia fazer sendo um comensal, jogar bexigas que não ia...”


 


Pensava Severo cada vez mais amargurado, esfregando distraidamente o braço, assim que notou o que fazia largou-o imediatamente.


 


 


 


 


 


 E, sem sombra de dúvida, a eliminação de...


 


 


 


 


 


- O QUE! – vociferou Remo como um animal raivoso levantando de um pulo.


 


Os alunos pularam assustados em seus assentos.


 


- Aluado?! – exclamaram Tiago e Sirius entreolhando-se assustados.


 


- Sr Lupin o...


 


Mais Remo não daria ouvidos a ninguém, fitava com uma raiva descomunal um ponto no outro lado do Salão.


 


- Ele está te olhando Severo... Você matou alguém...


 


- Cale a maldita boca Yaxley! – sibilou Severo “Eu não matei ninguém!”, gritava em sua própria cabeça desesperando-se.


 


- FOI VOCÊ! VOCÊ O MATOU... POR QUE SE MATOU... – Remo não conseguiu terminar a ameaça sua raiva era tanta que tremia o corpo inteiro.


 


Os alunos olhavam de um para o outro como se assentissem uma emocionante partida de quadribol.


 


- Que Remo? O que foi? – perguntou Lily assustada.


 


Mais Tiago tinha pulado de um pulo com a frase de Remo, correndo ao encontro do amigo pegou o livro de suas mãos.


 


 


 


 


 


A eliminação de Sirius Black


 


 


 


 


 


- DESGRAÇADO! – gritou Tiago, em meio a vários ofegos espantados – MALDITO! Você o matou – gritava enraivecido sacou a varinha ponto para atacar. 


 


- Não Tiago!


 


- Sr Potter! Guarde essa Var...


 


- Srs. Vamos...


 


- Cara! O que vocês estão fazendo? – perguntou Sirius chocado – Não tem como te sido ele...


 


Um estrondo como balas de canhão irrompeu para o castelo fazendo todos pulares em suas cadeiras, muitos sacaram as varinhas achando que estavam em vias de ser atacados.


 


- COMO VOCÊ OUSA! – Brandava Hagrid a plenos pulmões, sacudindo seu guarda chuva rosa na direção de Severo que ficou pálido.


 


- Hagrid largue esse guarda chuva agora! – exigiu a professora Minerva.


 


- Silencio Srs.! – mandou Dumbledore levantando-se – Hagrid, por favor, sente-se.


 


- Sim, pessoal vamos nós acalma, realmente agradeço a preocupação de vocês... Mais... Bem o Snape não estava na batalha lembram? – perguntou Sirius meio envergonhado para os amigos.


 


- Justamente o que eu ia dizer Sr Black, não tem como o Sr. Snape telo matado uma vez que ele não estava na batalha – falou Dumbledore olhando severamente para o trio que se assaltou.


 


Um longo silencio se seguiu enquanto todos digeriam essa informação, vários olhares em Tiago, Remo e Hagrid visivelmente envergonhados. Severo largando todo o disfarce simplesmente respirou aliviado.


 


- É... Bem... Nesse caso eu... – começo Hagrid olhando confuso para seu guarda chuva, percebendo o olhar fulminante da professora Minerva, sentou-se o mais encolhido possível em sua cadeira.


 


- Sim como Hagrid disse... É... Eu – tentou Tiago andando a passos lentos para trás até seus joelhos bateram no bando onde ele desabou guardando sua varinha, envergonhado pelo seu ataque.


 


Lily, Marlene, Alice e Molly, tamparam a boca com a mão abafando risadinhas.


 


Sirius, Frank e Arthur, evitavam se olhar, constrangidos pelos amigos.


 


- Sim... Isso mesmo Tiago... Vamos Ler... Quer dizer eu vou ler – atrapalhou-se um Remo extremamente vermelho.


 


Em meio a muitos olhares confusos e risadinhas Remo retornou a leitura.


 


 


 


 


 


 


 


 Embora eu dê a você todo o


 


 


 


- O que! – assustou-se Remo.


 


- Francamente Lupin de novo! – lamentou-se a professora Minerva.


 


- O que há Sr Lupin? – perguntou Dumbledore os lábios tremendo de segurar o riso ao ver Hagrid colocar o guarda chuva rosa em cima da mesa olhando ameaçador para Severo.


 


- O que aconteceu Remo? – sussurrou Marlene.


 


 


 


 


 


Crédito pela execução dele.


 


 


 


 


 


- Merda! – clamou Sirius – então foi Bellatrix quem me matou!


 


- Maldita gárgula – xingou Marlene – ela que não se atreva!


 


- Ela não terá chance de fazer mal ao Almofadinhas dessa vez – vociferou Tiago, saindo faíscas vermelhas de sua varinha – eu não permitirei!


 


- Nós não permitiremos – corrigiu Remo olhando ameaçador para o livro.


 


- Sim essa maldita admiradora das trevas não vai ter a menor chance! – afirmou Lily.


 


 - Sim nós também não deixaremos Sirius – prometeu Alice indicando ela e Frank, que respondeu com um fervoroso aceno de cabeça.


 


- Pode conta conosco também! Não é Arthur? – disse Molly olhando para o Arthur.


 


- Sim Sirius pode conta conosco – afirmou Arthur.


 


- Obrigada gente eu nem sei o...


 


- E comigo! Não se esqueçam de mim hem... Podem conta comigo também.


 


Gritou Hagrid levantando da mesa dos professores com tamanha animação que grande pança trombou na mesa fazendo-a sacoleja.


 


- Hagrid! – ralhou a professora Minerva.


 


A professora Sprout correu a ajudar o professor Flitwick, que tinha caído com o susto; Hagrid coçando sua grande barba sentou-se um tanto envergonhado.


 


- Obrigada... Obrigada a todos – falou Sirius olhando para Hagrid – Eu nem sei o quer dizer – disse visivelmente emocionado com o apoio dos amigos.


 


Remo querendo polpa o amigo do constrangimento resolveu volta a ler.


 


 


 



Snape inclinou a cabeça e fez um brinde à Belatriz. A expressão da mulher não se abrandou.
— Você está evitando a minha última pergunta, Snape. Harry Potter. Você poderia ter matado o garoto em qualquer momento nos últimos cinco anos. Mas não matou. Por quê?


 


 


 


 


 


- Por que ele não é nem besta de tenta – ameaçou Tiago.


 



— Você já discutiu este assunto com o Lorde das Trevas?
— Ele... Ultimamente... Estou perguntando a você, Snape.
— Se eu tivesse matado Harry Potter, o Lorde das Trevas não poderia ter usado o sangue dele para se regenerar e se tornar invencível...
— Você está afirmando que previu o uso que ele faria do garoto? — caçoou Belatriz.
— Não estou afirmando; eu não tinha a menor idéia dos planos dele; já confessei que julgava o Lorde das Trevas morto. Estou meramente tentando explicar por que o Lorde das Trevas não lamentou que Potter tenha sobrevivido, pelo menos até um ano atrás...
— Mas por que você o deixou vivo?
— Você ainda não me entendeu? Foi a proteção de Dumbledore que me manteve fora de Azkaban. Você discorda que se eu tivesse matado seu aluno favorito ele teria se voltado contra mim? Mas havia outras razões. Devo lembrar-lhe que quando Potter chegou a Hogwarts ainda circulavam muitas histórias a respeito dele, boatos de que era um grande bruxo das trevas, e por isso tinha sobrevivido ao ataque do Lorde das Trevas. De fato, muitos dos antigos seguidores do Lorde das Trevas pensavam que talvez fosse uma bandeira em torno da qual poderíamos nos reagrupar. Admito que fiquei curioso e nada inclinado a matá-lo quando desembarcou no castelo.
“É claro que rapidamente percebi que ele não possuía nenhum talento extraordinário.


 


 


 


 


 


- Pondere a boca ao falar de meu filho Snape – irritou-se Tiago.


 


Severo apenas olhou-o com indiferença “sempre tão sensíveis esses sonserinos”


 


Lily olhou tristemente para o livro, á desanimava tanto ouvi Severo falando de seu filho assim, sobre matá-lo, ou prejudicá-lo de alguma maneira, como se não importasse em nada que ele fosse sangue do sangue dela.


 


 


 


 


 


Conseguiu sair de muitos apertos graças a uma simples combinação de pura sorte e a ajuda de amigos mais talentosos.


 


 


 


Remo engoliu em cego.


 


 


 


 


 


Ele é medíocre ao extremo, e detestável e presunçoso como foi o pai.


 


 


 


 


 


- Hora seu! – falou Tiago irritando-se – vê se modera a boca seu...


 


- Ou a gente vai modelar ela para você ranhoso – ameaçou Sirius.


 


- Tiago, Sirius chegar! – pediu Lily – não valer á pena está claro que Snape não saber separa Pai de filho... E nem quero que separe, já percebi pelo livro que Harry é muito parecido com Tiago e gosto muito disso, não há pessoa melhor pra ele se parece do que Tiago, um bruxo integro, de extremo caráter... E que eu amo muito – completou sem lançar sequer um olhar a Severo, não podendo assim ver sua cara de profundo sofrimento.


 


Tiago aparentemente esquecendo-se do porque estava bravo tinha um sorriso de imenso, iluminando todos a sua volta.


 


 


 


 


 


Fiz tudo para que fosse expulso de Hogwarts, onde acredito não ser o seu lugar, mas matá-lo ou permitir que o matassem na minha frente? Eu teria sido, idiota de me arriscar com o Dumbledore por perto”.
— E dizendo isso você quer nos fazer acreditar que Dumbledore nunca suspeitou de você? Não faz a menor idéia de sua verdadeira lealdade; continua a confiar irrestritamente em você?
— Representei bem o meu papel — afirmou Snape. — E você está se esquecendo da maior fraqueza de Dumbledore: acreditar no melhor das pessoas. Contei-lhe uma história de profundo remorso quando entrei para o seu quadro docente, recém-saído dos meus dias de Comensal da Morte, e ele me recebeu de braços abertos... Embora, como disse, sem deixar que eu me aproximasse das artes das trevas até onde pôde impedir. Dumbledore foi um grande bruxo, ah, sim, foi (porque Belatriz deixara escapar um ruído sarcástico), e o próprio Lorde das Trevas reconhece isso. Mas fico feliz de poder afirmar que está envelhecendo. O duelo com o Lorde das Trevas no mês passado abalou-o.


 


 


 


- O Sr lutou com ele Diretor? – espantou-se uma garotinha do primeiro ano.


 


- Parece que sim Srta Windkes – respondeu fazendo a pequena garotinha cora, sussurrando amimada que o Diretor sabia seu nome.


 


 


 


 


 


 Deve ter sofrido um grave ferimento porque suas reações estão mais lentas do que no passado. Mas, durante todos esses anos, ele nunca deixou de confiar em Severo Snape e nisto reside o meu grande valor para o Lorde das Trevas.


 


 


 


- Realmente é muita cara de pau dele, falar que Diretor Dumbledore está mais lendo – reclamou Hagrid.


 


- Francamente que abuso! – disse Minerva ultrajada.


 


- Uma falta de respeito sem tamanho – ralhou professor Flitwick com sua vozinha fina.


 


- Merecia um castigo pelo desrespeito para com o diretor – falou sensatamente professora Sprout.


 


- Obrigado professores, aprecio muito a lealdade de vocês – agradeceu Dumbledore sorrindo – mais devo está realmente mais lento... Afinal todos envelhecem é a lei da vida... Agradeço por viver tantos anos a frente.


 


- Hora não diga isso...


 


- O Sr ainda vivera muito mais...


 


- Ainda ta inteiro professor Dumbledore...


 


- Sim, sim grande homem diretor Dumbledore...


 



Belatriz continuava insatisfeita, embora insegura quanto à melhor maneira de continuar atacando Snape. Aproveitando-se do seu silêncio, o bruxo se dirigiu à irmã.
— Agora... você veio me pedir ajuda, Narcisa?
A bruxa ergueu os olhos para ele, seu rosto eloqüente de desespero.
— Vim, Severo. Acho... acho que você é o único que pode me ajudar. Não tenho mais ninguém a quem recorrer. Lúcio está preso e...


 


 


 


- Só teve o que mereceu – falou Arthur.


 



Ela fechou os olhos e duas grandes lágrimas escorreram por baixo de suas pálpebras.
— O Lorde das Trevas me proibiu de falar nisso — continuou, com os olhos ainda fechados. — Não quer que ninguém saiba do plano. É... muito secreto. Mas...
— Se ele proibiu, você não deve falar — disse Snape imediatamente. — A palavra do Lorde das Trevas é lei.
Narcisa ofegou como se tivesse recebido um esguicho de água fria. Belatriz pareceu satisfeita pela primeira vez desde que entrara na casa.
— Ouviu? — disse triunfante à irmã. — Até Snape diz isso: você recebeu ordem de não falar, então fique calada!
Snape, porém, tinha se levantado e ido até a pequena janela. Espiou a rua deserta entre as cortinas e tornou a fechá-las com um puxão. Virou-se, então, para encarar Narcisa muito sério.
— Por acaso, eu conheço o plano — disse em voz baixa. — Sou um dos poucos a quem o Lorde das Trevas o contou. Mas, se eu não estivesse á par do segredo, Narcisa, você teria cometido uma grande traição.


 


 


 


- Afinal quando é que vamos saber que segredo é esse, já estou ficando impaciente – reclamou Sirius emburrado.


 


- Calma Almofadinhas pelo visto estamos chegando lá – falou Tiago que também estava curioso.


 


“que chegue logo, quero saber o que ela vai me pedir” pensava Severo nervoso.


 



— Achei que você devia conhecer! — exclamou Narcisa, respirando mais aliviada. — Ele confia tanto em você, Severo...


 


 


 


“confia”, lamentou-se Lily disposta a não mostra nenhuma reação “não importa que ele confie eu não confio mais... Nunca mais”.


 



— Você conhece o plano? — admirou-se Belatriz, sua momentânea expressão de prazer substituída pela mais pura indignação. — Você conhece?
— Com certeza — afirmou Snape. — Mas qual é a ajuda de que você precisa, Narcisa? Se está imaginando que posso persuadir o Lorde das Trevas a mudar de idéia, receio que não haja a menor esperança.
— Severo — sussurrou ela, as lágrimas deslizando pelo rosto pálido. — Meu filho... meu único filho...


 


 


 


- O que você-sabe-quem, quer com o filho dela – perguntou Molly nervosa, filho seria sempre um assunto delicado para ela.


 


Lily e Alice olharam preocupadas para o livro também.


 



— Draco devia se orgulhar — disse Belatriz com indiferença. — O Lorde das Trevas está lhe concedendo uma grande honra. E direi uma coisa em favor do seu filho: ele não está fugindo ao dever, parece contente com a oportunidade de ser posto à prova, excitado com a perspectiva...
Narcisa começou a chorar com vontade, sem tirar os olhos suplicantes de Snape.
— E porque ele tem apenas dezesseis anos e não faz idéia do que o espera! Por que, Severo? Por que o meu filho? É perigoso demais! É vingança pelo erro de Lúcio, eu sei que é!


 


 


 


- Que horror – lamento-se Molly.


 


- Coitadinha, é seu único filho – disse Alice solidaria.


 


- Até eu fico solidaria com ela agora – comentou Marlene.


 


- A maldade dele não tem limite – falou Lily sombriamente.


 


- De fato lamento dizer que não Srta Evans – afirmou Dumbledore com visível tristeza.


 



Snape não respondeu. Desviou o olhar das lágrimas da mulher como se fossem indecentes, mas não pôde fingir que não a ouvia.


 


 


 


- Você não tem coração!


 


- Insensível!


 


- Só podia está na sonserina!


 


Severo ignorava estoicamente todas as ofensas que as meninas pelo castelo dirigiam á ele, de fato até mesmo as meninas de sua própria casa o olharam feio, “será que vou me recusar a ajudá-la” lamentava cada vez mais nervoso, “eu quero ajudá-la, Por favor, que eu a ajude” pedia fervorosamente.


 



— Foi por isso que ele escolheu o Draco, não foi? — insistiu. — Para punir Lúcio?
— Se Draco for bem-sucedido — respondeu Snape, ainda sem olhar para Narcisa —, será mais prestigiado que todos os outros.
— Mas ele não será bem-sucedido! — soluçou Narcisa. — Como pode ser quando o próprio Lorde das Trevas...?
Belatriz soltou uma exclamação; Narcisa pareceu perder a coragem.
— Só quis dizer... Que ninguém teve êxito até agora... Severo... Por favor... Você é, e sempre foi, o professor favorito de Draco... Você é um velho amigo de Lúcio... Eu lhe suplico... Você é o favorito do Lorde, o conselheiro em quem ele mais confia... Quer falar com ele, persuadi-lo...?


 


 


 


- Realmente você é muito importante não? – ironizou Sirius sem consegui se agüentar.


 


Avery, Mulciber e dessa vez até mesmo Yaxley, olharam para Severo mais uma vez sem consegui esconder sua admiração. Em compensação Severo sentia cada vez mais nojo de si mesmo.


 



— O Lorde das Trevas não se deixa persuadir, e não sou bastante tolo para tentar — disse Snape sem emoção. — Não posso fingir que ele não esteja aborrecido com Lúcio. Seu marido controlava a operação. Ele se deixou capturar juntamente com os demais e, ainda por cima, não conseguiu recuperar a profecia. Com certeza o Lorde das Trevas está irritado, Narcisa, muito irritado mesmo.
— Então tenho razão, ele escolheu Draco para se vingar! — disse Narcisa com a voz sufocada. — Não quer que ele seja bem-sucedido, quer que ele morra tentando.
Não ouvindo resposta de Snape, Narcisa pareceu perder o pouco controle que lhe restava. Levantando-se, cambaleou até Snape e agarrou-o pelas vestes. Com o rosto muito próximo ao dele, as lágrimas caindo no peito do bruxo, ela exclamou:
— Você poderia fazer isso. Você em vez de Draco, Severo. Você teria sucesso, e ele o recompensaria mais do que a qualquer um...


 


 


 


- Afinal que plano é esse? – perguntou Minerva curiosa.


 


- Também gostaria de saber Minerva, deve ser uma coisa muito importante e perigoso para Narcisa está com, tanto medo por seu filho – ponderava Dumbledore.


 


- Coitadinho você tem que ajudá-lo – pedia Molly triste acariciando sua barriga “meu pequeno Guilherme”.


 


- Calma querida – perdia Arthur acariciando carinhosamente os cabelos ruivos de Molly.


 



Snape segurou-a pelos pulsos e afastou as mãos que agarravam suas vestes. Baixando os olhos para o rosto manchado de lágrimas, disse lentamente:
— Acho que a intenção dele é me mandar tentar depois. Mas decidiu que Draco deve tentar primeiro. Sabe, no improvável acaso de Draco se sair bem, eu poderei permanecer em Hogwarts por mais algum tempo, desempenhando o meu proveitoso papel de espião.
— Em outras palavras, não faz diferença para ele se Draco morrer!
— O Lorde das Trevas está muito irritado — repetiu Snape em voz baixa. — Não conseguiu ouvir a profecia. Você sabe tão bem quanto eu que ele não perdoa facilmente.
Ela desmoronou aos pés dele, soluçando e gemendo.
— Meu único filho... Meu único filho...


 


 


 


- Ajude-a homem – pediu Alice também se desesperando.


 


- Calma Lice – pediu Frank preocupado.


 


- Não negue ajuda á ela não ver seu estado – dizia Marlene mantendo os olhos no livro.


 


- Pelo menos tente Snape – sussurrou Sirius.


 


- É seu único filho Arthur – repetia Molly emocionada.


 


- Eu sei querida, eu sei.


 


- Isso é terrível – disse Tiago triste.


 


- Ajude-a Severo – pediu Lily fitando o livro seus olhos brilhando de lagrimas não derramadas.


 


“Eu quero Lily, eu quero” sussurrava Severo apenas para si mesmo.


 


Engolindo em seco Remo retornou a leitura.


 


 


 



— Você devia se orgulhar! — exclamou Bela triz sem se apiedar. — Se eu tivesse filhos, eu os daria para servir o Lorde das Trevas!


 


 


 


- Logicamente é por isso que você não os tem! – exclamou Molly para o livro.


 



Narcisa soltou um grito de desespero e agarrou os próprios cabelos com força. Snape se curvou, segurou a mulher pelos braços, levantou-a e sentou-a no sofá. Serviu mais um pouco de vinho e empurrou o copo na mão dela.
— Narcisa chega. Beba isso. E me escute.
Ela se acalmou um pouco; deixando cair vinho nas vestes, tomou um golinho, trêmula.
— Talvez seja possível... Ajudar o Draco.


 


 


 


- Isso o ajude é apenas um meninos – sussurrou professora Minerva e Sprout.


 



Ela se empertigou, o rosto branco como uma folha de papel, os olhos arregalados.
— Severo... Ah, Severo... Você o ajudaria? Você o protegeria, cuidaria para que não sofresse nenhum mal?
— Posso tentar.
Ela largou o copo, que deslizou pelo tampo da mesa, ao mesmo tempo que, escorregando do sofá e se ajoelhando aos pés de Snape, segurou suas mãos e levou-as aos lábios.
— Se você estiver lá para protegê-lo... Severo, você jura? Você fará o
 Voto Perpétuo?


 


 


 


 


 


- Voto perpétuo!


 


- Voto per o que?


 


- Ele não fará isso – disse Mulciber descrentes, Avery e Yaxley assentiram em concordância.


 


- O que é um voto perpétu? – perguntou um aluninho do segundo ano.


 


- Um voto Perpétuo Sr Lotles - corrigiu Dumbledore gentilmente – não pode ser quebrando se o for... A pessoa morre – explicou os olhinhos brilhando por trás de seus óculos de meia lua.


 


- Obrigada Diretor – agradeceu Duck Lotles animadíssimo na mesa da lufa-lufa.


 


- voto Perpétuo – sussurrou Lily, olhando pra os amigos espantadíssimos.


 


“voto Perpétuo” espantava-se Severo “eu... Eu o farei... Será”.


 


 
— O
 Voto Perpétuo? — O rosto de Snape se tornou impassível, impenetrável. Belatriz, porém, soltou uma gargalhada vitoriosa.
— Você ouviu bem, Narcisa? Ah, ele tentará, com certeza... As palavras vazias de sempre de quem tira o corpo fora... Ah, e por ordem do Lorde das Trevas, é claro!
Snape não olhou para Belatriz. Seus olhos negros estavam fixos nos olhos azuis marejados de lágrimas de Narcisa, que ainda lhe apertava as mãos.
— Certamente, Narcisa, farei o
 Voto Perpétuo — disse baixinho. — Talvez, sua irmã aceite ser a nossa Avalista.


 


 


 


O queijo de Remo caiu, o livro também caiu de suas mãos, tamanho seu espanto.


 


Dessa vez todos olharam para um Severo pálido e rígido, olhares admirados e intrigados.


 


- Isso! Você vai ajudá-la – disse Molly aliviada.


 


- Sim ela vai – murmurou Lily confusa “por que ele não podia ter essa mesma bondade com seu filho”.


 


- Muito nobre Sr Snape... Embora extremamente intrigante – disse Dumbledore – somente gostaria de saber qual será o fardo que você carregará se o pequeno Malfoy falha.


 


Os professore trocaram olhares intrigados.


 


- Acredite Diretor eu também gostaria de saber – disse Severo pronunciando, sua voz rouca de susto ou por falta de uso ninguém saberia, “Merlin eu farei, farei um voto perpétuo... Não posso ser tão ruim posso?”.


 


Tiago e Sirius entreolharam-se espantados de mais para conseguir de pronunciar.


 


Marlene levantando-se pegou o livro e entregou para um Remo ainda chocado.


 


- Aqui Remo melhor você continuar a leitura.


 


- Que? Ah, sim obrigada Lene – agradeceu ficando vermelho de vergonha pela sua reação.


 


 


 



O queixo de Belatriz caiu.


 


 


 


- Ela não é a única – consegui finalmente pronuncia-se Sirius.


 


 


 


Snape se ajoelhou à frente de Narcisa. Diante do olhar assombrado de Belatriz, eles uniram as mãos direitas.
— Você vai precisar de sua varinha, Belatriz — disse Snape friamente. A bruxa, ainda espantada, puxou a varinha.
— E vai precisar chegar um pouco mais perto — acrescentou ele. Belatriz se aproximou dos dois, e colocou a ponta da varinha sobre as mãos unidas. Narcisa falou:


 


 


 


A voz de Remo tremeu levemente, Tiago engoliu em seco, um foto perpétuo era muito serio para ser levado levianamente.


 



— Você, Severo, cuidará do meu filho Draco quando ele estiver tentando realizar o desejo do Lorde das Trevas?
— Cuidarei.
Uma fina língua de fogo-vivo saiu da varinha e envolveu as mãos como um arame em brasa.
— E fará todo o possível para protegê-lo do mal?


 


 


 


A tensão vibrou por todos no castelo como uma presença viva, lembrando-os da enormidade de uma promessa dessa espécie, até mesmos os fantasmas podiam jurar sentir o arrepio atrás da espinha a morte os perseguindo ao pensar que Severo Snape podia com essa promessa está em vias da morte ou pior perde completamente sua alma.


 


Severo fechou suas mãos em punhos apertando tão forte como podia, deixando seus dedos brancos, fazendo a unhas cavares na carne, sem se importa com a dor usando toda a sua força de vontade para se manter calado.


 


 


 



— Farei.
Uma segunda língua de fogo saiu da varinha e se entrelaçou com a primeira, formando uma fina corrente luminosa.
— E se necessário for... Se parecer que Draco falhará — sussurrou Narcisa (a mão de Snape estremeceu, mas ele não a soltou) —, você terminará a tarefa que o Lorde das Trevas incumbiu Draco de realizar?


 


 


 


O próprio Severo estremeceu sem conseguir se controlo


 


“Merlin estou fazendo um voto perpétuo, e esse menino não cumprirá o plano... Eu sei que não Merlin o que terei que fazer... Controle-se Severo... Você queria ajudar... E você vai... apenas na lamente...”


 


Então lentamente como uma borboleta ao sair do casulo, as mãos de Severo abriram-se, marcadas por unhas e vermelhas de sangue, ele as olhou sem se importa, delicadamente colocou-as sobre a mesa, ignorando a todos que o observavam se manteve firme olhando a frente.


 


Naquele momento diante de todos, sem ninguém notar, sua postura modificou-se deixando completamente os traços de adolescência para trás, sua expressão ficando dura, severa, seus olhos de besouro esfriaram tornando letais frios e debochados.


 


 


 



Houve um momento de silêncio. Com a varinha sobre as mãos unidas dos dois, Belatriz observava de olhos arregalados.
— Terminarei — jurou Snape.
O rosto estarrecido de Belatriz se avermelhou, refletindo o clarão da terceira língua de fogo que saiu da varinha, enrolou-se nas outras e se fechou em torno das mãos, grossa como uma corda, como uma serpente de fogo.


 


 


 


O costumeiro silencio se abateu, novamente conquistando exigindo seu lugar junto á todos.


 


Os alunos evitavam até mesmo se olharem, e ninguém excerto Dumbledore, tinha a coragem de fitar Severo, afinal o que deveriam sentir.


 


Pena? Deveriam ser solidários? Por ele um futuro comensal da morte! Sentir simpatia? Essa resposta ninguém sabia, e o silencio só se fazia mais presença e oportuno.


 


“As ações do Snape simplesmente não se casam, com o comensal da morte que seria o braço direito de Voldemort”


 


Ponderava Dumbledore observando atentamente a expressão genuína de Severo fitando o céu, em meio a pensamentos Dumbledore também olhou para o céu.


 


“Não tão claro como eu gostaria, mais acho... Que de fato não fui enganada”; pensava seus olhos voltando-se para os alunos pelo Salão.


 


- Bem antes do próximo capitulo vamos almoçar – disse um tanto animado, e como se suas palavras fossem uma ordem as travessas, pratos e jarros encheram-se de comidas com cheiros deliciosos e sucos de aparência formidáveis.


 


- Sinto que não poderei acompanhá-los...


 


As palavras de Dumbledore foram interrompidas, uma conhecida luz branca formou-se no meio do Salão principal, com ofegos de surpresa os alunos trataram se afastarem-se formando assim uma roda onde minutos depois um homem fez-se visível pra todos.


 


O homem manteve se cabeça baixa onde todos podiam observa seus brilhantes cabelos pretos e rebeldes apontando para todos os lados com se há anos não vissem um pente.


 


Tiago ofegou, conhecia aquele cabelo, olhou pra Sirius e Remo pelas suas expressões sabia que eles também reconheceram aquele era...


 


- Oh! – soltou Lily dando um passo à frente e arrastando Tiago junto prendendo seus brancos no seu.


 


Lentamente o homem levantou a postura, Lily paralisou apenas a alguns passos, chocando-se ao olhar nos olhos verdes exatamente iguais aos seus.


 


Tiago também parou Sirius e Remo logo atrás dele querendo olhar mais de perto o novo viajante.


 


Tiago absorveu completamente sua postura tão parecida com a sua própria, não só a postura todo ele até mesmo os óculos, excerto os olhos eram os olhos de sua Lily, e aquela cicatriz em forma de raio na testa, tirando isso era completamente ele, isso o deixava orgulhava e emocionava alem do que podia constatar.


 


Lentamente como se fugissem sem permissão uma lagrima deslizou pela face de Lily, ao observa o viajante.


 


- Harry – consegui por fim falar apenas um sussurrou sufocado.


 


Harry fechou os olhos, como sonhara, como desejara, sua vida toda... Como quisera ouvir sua voz... A voz de sua mãe.


 


Lentamente venceu os passos que o separavam dela, parando a sua frente, olhando em seus olhos verdes vivos, seus lindos cabelos ruivos sua bonita face, erguendo a mão levemente hesitante, Harry correu a mão por sua bochecha delicadamente secando suas lagrimas.


 


- Você é tão bonita – murmurou a voz rouca de emoções indecifráveis.


 


Os olhos de Tiago encheram-se de lagrimas ao observa as duas pessoas que sabia seriam as mais amadas por ele nesse mundo.


 


Seguindo os movimentos de Harry, Lily ergueu sua mão afagando-o, o acalentando com amor mais puro que existia em seu ser.


 


- Eu desejei tanto que você viesse – sussurrou então se jogou em seus braços o abraçando mais forte que conseguia como se assim consegui-se o manter ali pra sempre no que ela considerada ser seu lar.


 


Harry retribui seu abraço fervorosamente, seu coração deu um salto ao da cara com seu pai, sabia que era ele, não por fotografias, mais por finalmente comprovar com os próprios olhos o que todos diziam; excerto os olhos era igual ao seu pai.


 


- Filho – falou Tiago visivelmente emocionado abraçando Lily e Harry num único abraço.


 


- Papai – Sussurrou Harry pela primeira vez na vida sentia-se que encontrará seu lar.



 


 


 


 


 (Olhe para mim... "Você tem os olhos de sua mãe) 



- Esse capitulo e dedicado especialmente a Severo Snape, nosso querido "Príncipe Mestiço" um dos homens mais corajoso que a literatura me aprensentou;
capaz de fazer tudo por um amor, até mesmo torna-se frio para arrancar forças do fundo de seu ser, pra fazer o que lhe é exigido;
Leal... No significado mais fiel dessa palavra;
Severo Snape, nos mostra ao final de sua existencia um patamar completamente novo, desse sentimento chamado... Amor;
"Depois de todo esse tempo" (Dumbledore).
"SEMPRE"
(Severo Snape)

 

 

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