Ginny e a meninha H&G



Harry saiu da lareira na sala de casa na madrugada do sábado. Tinha sido uma semana longa longe de casa. Ele era chefe dos Aurores do ministério da Magia do Reino Unido e isso por si só já era bem desafiador, mas como era também a pessoa tinha acabado com Voldemort chamava muita atenção. Odiava isso, mas como obrigação tinha de comparecer nessas benditas conferencias. Essa fora na Alemanha. Apesar de tudo gostava de poder ajudar na paz do mundo bruxo.


Largou a mala perto do sofá. Havia fotos bruxas e trouxas. Gina gostava das trouxas pelo ar de mistério. Audrey era trouxa e fotografa e adora tirar fotos de todos os momentos da família. A maioria dos retratos trouxas era obra dela e Harry adorava também. Uma em particular ele adorava. Tinha sido tirada no aniversario de três aninhos de Tiago. Ele e Alvo abraçados. O filho mais novo faria dois anos daqui dois meses e era sua copia fiel. Os dois estavam rindo e Harry lembrava que era porque tinha colocados fogos em uma maça que Teddy ofereceria para Victorie. Um sorriso passou pelo seu rosto: seus filhos eram verdadeiras pestes.


Devolvendo a foto para o aparador ele subiu para o segundo andar. Gina tinha transformado a casa que tinham comprado. No Largo ele organizou algo como uma sede da ordem, que agora estava sobre o comando de Rony.  Na antiga casa dos pais ele fez um memorial a todos que tinha ido embora para sempre em consequência da guerra: Seus pais, Sirius, Dumbledore, Lupin, Tonks, Olho –Tonto, Fred, Colin e tantos outros. Era um dos lugares mais visitados do mundo bruxo. Foram Gina e Hermione que ajudaram a organizar tudo.


Quando Gina e ele finalmente se acertaram e casaram começaram a procurar uma casa. Primeiro pensaram em Hogsmead, mas lá o assedio era enorme. Ela não queria morar em Londres. Fora Rony que os ajudará no impasse.


- Existe uma casa do outro lado do morro, antes da casa de Luna. Quando éramos pequenos íamos lá, a Gina deve se lembrar, existe um lago em frente. Esta abandonada há anos, mas acho que vocês vão gostar.


Eles amaram. A casa parecia saído de um sonho. Mesmo caindo os pedaços dava para ver a enormidade dela.


Havia varandas em volta de todo o andar térreo. A Sala era enorme e em conjunto com uma sala de jantar. A cozinha se abria para os fundos com a vista para o sopé do morro. Havia ainda uma biblioteca com grandes estantes e um lavabo. No meio da sala havia a escadaria para o andar superior. Lá havia quatros suítes e uma saleta. Na suíte principal havia uma sacada que era virada para oeste e para o lago.


Eles localizaram os herdeiros do dono da casa. Eram trouxas e ficaram felizes de se livrar daquela casa no meio do nada que o parente tinha. Eram sobrinhos – netos do antigo dono e não tinham interesse naquele casarão caindo aos pedaços e ainda pediram um valor bem simbólico só para não passar aquilo de graça. O rapaz que comprou pagou mais do que o pedido e ainda ficou satisfeito quando pode tomar posse.  Cada um com sua loucura.


Mas para Harry não era loucura. Eles contrataram pessoas especializadas para as reformas maiores, mas a decoração foi por conta deles. Eles fizeram uma lareira de pedras na sala, e um escritório na antiga biblioteca. Incorporaram um quarto a cozinha para Monstro. No piso superior nos quartos nada mudou apensa a saleta virou um quarto menor, uma espécie de quarto de visitas encantado para apresentar – se conforme o gosto dos visitantes.


Na sala Gina escolheu tons claros e detalhes em dourado nos lustres e no balaústre da escada. As janelas foram pintadas de vermelho claro, nada muito chamativo. A cozinha tinha um bonito tom de verde com detalhes em branco. Rony brincava que a sala era grifinória e a cozinha sonserina. Mas eles adoravam.


Nos quartos três suítes foram pintadas de branco. Gina falou que quando tivessem que ocupa – las iria decorar. O quarto do casal era branco com detalhes em vermelho e amarelo. Era perfeito. Com os anos duas suítes tinham sido decoradas de azul. As duas eram parecidas, com pomos de ouro e vassouras no papel de parede. Harry parou na primeira porta. No quarto de Tiago tudo remetia a quadribol. A colcha era Azul e verde as cores das Harpias que Gina tinha jogado. Nos portas- retrato as fotos que ele tinha escolhido para o quarto: a mãe voando na vassoura de uniforme de quadribol e outra de Harry com ele no colo quando ainda era um bebê. Ele dormia agarrado a coberta sem estar coberto e Harry  ajeitou o filho.


Indo para a suíte do lado Harry viu a decoração de quadribol complementada com dragões. Alvo adorava dragões, e seu edredom era laranja como chamas com dragões vermelhos. Ele dormia abraçado com uma almofada que representava um dragão. Estava encolhido. Depois de conferir se estava tudo certo ele ia para suíte principal quando viu a porta da outra suíte aberta: entrando lá viu as paredes todas brancas, mas havia coisas novas lá: uma poltrona que estava no quarto dos meninos quando Gina os amamentava, um berço de vime que tinha sido usado também. Gina dormia encolhida na poltrona de um jeito bem desconfortável.


Lógico que ele suspeitava, depois de duas gravidezes ele conhecia os sintomas. Claro que ele não ia pressiona – la porque ela não queria outro filho, pelo menos não muito como ele que sempre falava de uma menininha. Nas semanas que antecedam a viajem dele ela estava enjoada e sonolenta nunca saia da cama no horário. Ele sabia que ela também estava desconfiada, mas meio que se negando a aceitar isso.


A pegou no colo e se encaminhou para o quarto deles. Por incrível que pareça ela não acordou. Depositando na cama com o maior cuidado ele a fitou por um momento. Depois de tantos anos ele ainda há amava cada dia mais. Foi para o banheiro e tomou um banho rápido. Quando voltou ela estava acordada.


- Oi, achei que era um sonho.


- Oi Gina. E era um sonho bom?


- Ótimo. Mas ainda não está completo.


- Você esta bem meu amor?


- Depois de duas gravidezes você ainda pergunta isso. Claro que estou bem. Eu meio que sabia, mas não queria acreditar. Me sinto incapaz, mal tenho tempo para os meninos e mais um agora.


- Pare com isso amor. Você é maravilhosa, uma mãe ótima. E estou aqui não ajudo em nada?


- Claro que ajuda. Estou sendo boba.


- Não esta não. E aí quer me contar o sonho?


- Prefiro mostrar. E já se entregou ao beijo feroz e cheio de saudade. Bem mais tarde quando ela já dormia em seus braços ele pegou no sono e sonhou com uma menininha de cabelos vermelhos com olhos castanhos esverdeados correndo pelo campo em frente da casa. 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.